Uma amiga do servidor público federal Jaques Freitas, 44 anos, que morreu na sexta-feira (23) ao se ferir durante a invasão de um condomínio em Salvador, revela que ele sofria com um transtorno mental e estava em surto no momento da morte. “Ele tinha um diagnóstico de esquizofrenia”, disse a amiga Grace Bulcão. “Ele tinha parado de tomar os medicamentos, não estava fazendo o tratamento”, acrescenta. Ela afirma que Jaques já tinha sofrido um episódio de surto anteriormente, quando estava na cidade baiana de Santa Terezinha, onde costumava saltar de para-quedas. “Lá ele surtou e correu pra mata, passou dois dias achando que estava sendo perseguido. Depois foi pro quartel, todo ferido, porque entrou na mata descalço, de qualquer jeito. Isso aconteceu já, mas agora o problema é que aconteceu no meio de pessoas”. A amiga falou que entende a reação das pessoas diante da abordagem de Jaques, mas não acredita que ele queria praticar violência sexual contra a mulher que seguiu. “Quando vi a cena fiquei chocada, ao ver falarem de estupro. Claro que (as mulheres) se assustaram. Ele era um homem alto, devia estar todo sujo”, diz. Ela lembra que o condomínio invadido foi onde Jaques morou brevemente quando estava se separando. “Na cabeça dele, ele estava voltando para onde ele morava. O que eu imagino é isso”, salientou. “Não foi uma coisa dele invadir qualquer lugar”.
Destaque Estadual | homem invadiu condomínio, atacou mulheres e agonizou até morrer
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