Jorge Maia | Professor e Advogado
Eu era menino, e não faz muito tempo, e nas minhas andanças pela cidade, menino sempre andava por aí, e não sei porque razões eu costumava passar pela Rua dos “Eucalipes”. Talvez para mudar o roteiro em direção ao centro da cidade. O nome da rua era por conta dos eucaliptos ali plantados. Os mais velhos afirmavam que a área era um tanto pantanosa e o plantio dos eucaliptos era para secar o local, pois se tratava de uma área pantanosa e o eucalipto era apropriado para sugar a água e secar a terra. Era a lenda que corria, não sei qual é a verdade sobre isso. A Rua dos “Eucalipes” está situada na parte de baixa da rua Dois de Julho e o mais curioso é que não é uma rua, mas sim uma praça, conhecida como Praça Vitor Brito. Ali moravam famílias ilustre da cidade, por exemplo a família Ferraz, o nosso colega Cassiano Ferraz, já falecido. Há muito deixou de ser residencial e tornou-se novo Centro de Comércio seguindo a tendência das ruas adjacentes: Dois de Julho e Lauro de Freitas, fronteira das antigas “Baixa da Égua” e “Mamoneiras”. Confira a íntegra da nova crônica de Jorge Maia.
Naquela época, ainda na década de sessenta, não possuía qualquer tratamento de calçamento ou asfalto. Sofria com as chuvas. As enxurradas que desciam da Dois de Julho e da Lauro de Freitas provocavam um estrago naquela praça que servia de estacionamento para caminhões que faziam frete para o sertão.
Demorou muito tempo para que eu entendesse que o nome da rua, embora praça, fosse Rua dos Eucaliptos. Tão acostumado com a corruptela do seu nome “eucalipes”. Mas a praça está lá, muito conhecida como praça da Bíblia, em razão de um monumento em homenagem à Bíblia.
Em razão do trânsito no local não se tornou muito acolhedora, não cumpre o papel de Praça: acolher, reunir, tornar-se um lugar de encontro para jogar conversa fora e tornar mais humana a vida.
Ilhada entre duas vias de grande movimento o seu espaço é pouco aproveitado para cumprir a sua missão de praça. Atribuo a isso o fato de deixar de ser uma zona residencial e isso faz a praça perder a função agregadora que lhe compete. Para isso, resta fazer um trabalho de urbanização que seja atrativo para as pessoas. VC26122022