O Tribunal do Júri decidiu pela condenação dos pastores Fernando Aparecido da Silva e Joel Miranda a pena de 21 anos [18 anos pelo crime e 3 pela agravante] de reclusão pelo homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, meio cruel e sem possibilidade de defesa da vítima de Lucas Terra, queimado vivo e morto em março de 2001. A pena será cumprida inicialmente em regime fechado, no entanto, até o trânsito julgado, os pastores irão responder em liberdade. A decisão dos sete jurados, composto por duas mulheres e cinco homens, sobre um dos casos mais marcantes do milênio, veio após uma maratona de três dias seguidos, ao todo foram quase 40 horas, no salão principal do Fórum Ruy Barbosa, no Campo da Pólvora, em Salvador. Quinze testemunhas, sendo cinco de acusação e dez de defesa [cinco da parte de Fernando e cinco da parte de Joel]. “A minha expectativa, depois de 22 anos, é de pena máxima. Que a sociedade baiana julgue e condene, que seja uma pena realmente exemplar, para que outras famílias não venham passar pelo que eu passei. Durante 22 anos é como se a justiça tivesse sido invertida”, desabafou Marion Terra. A aflição da mãe do jovem, que foi torturado e queimado vivo pelos pastores da Igreja Universal, esteve presente ao longo de cada frase dita entre defesa e acusação, em cada repercussão que saiu nos veículos de comunicação. E a caminhada até a decisão final que condenou Fernando Aparecido e Joel Miranda, na busca por justiça, foi cercada de momentos marcantes.
Caso Lucas Terra | pastores são condenados a 21 anos de prisão por matar e queimar corpo de adolescente
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