Após criarem, programarem e darem vida aos seus próprios robôs, estudantes da Escola Municipal Bem Querer, em Vitória da Conquista, apresentaram suas obras no 1º Campeonato de Robótica da Rede Municipal de Ensino. O evento é uma iniciativa da Secretaria Municipal de Educação em parceria com a Associação SIMgular, realizado na tarde desta quinta-feira (9), no campus da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. O trabalho começou em agosto do ano passado, quando alunos dos 8º e 9º ingressaram nas oficinas da Associação SIMgular, uma associação de empresários sem fins lucrativos que apoiam a tecnologia, arte e ciência.Ao longo das aulas de programação, designer e filosofia, os jovens desenvolveram os robôs de forma autônoma.
Nesta tarde, 12 alunos, distribuídos em quatro equipes, apresentaram o resultado do seu trabalho. Um dos quesitos avaliados pela comissão julgadora foi a programação dos robôs. Nessa categoria, os três alunos premiados com o primeiro lugar ganharam, cada um, um computador de última geração, doados pelos parceiros da Associação SIMgular. Os robôs também foram classificados conforme o designer, que considerou a estética e a robustez dos equipamentos. E além disso, os alunos foram avaliados quanto ao desempenho do trabalho em equipe.
De acordo com o secretário municipal de Educação, Edgard Larry Andrade Soares, esse é o primeiro passo para disseminar o estímulo à robótica em toda a rede de ensino. “Quando assumimos a pasta, fizemos o credenciamento junto ao FNDE [Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação], solicitando a liberação de recursos para aquisição de laboratórios de robótica, e ainda estamos aguardando a liberação de recursos. Enquanto isso, estamos fazendo parcerias com diversas instituições, entre elas, a Associação SIMgular, e hoje o resultado está aí posto, uma competição em nível escolar que vai demonstrar o potencial de nossos alunos”, disse.
“Essa parceria reforça o compromisso do Governo para Pessoas com a educação de qualidade, para fugir ou mudar os padrões de uma educação formal elitizada, e trazê-la também para o público. E assim ressignificar a vida dessas crianças, que terão, a partir desse projeto, dessa parceria com a SIMgular, acesso a essas novas tecnologias; e quem sabe sairão das nossas escolas públicas, crianças que vão contribuir com novas tecnologias também”, destacou assessora especial do Gabinete Civil, Cléa Malta de Oliveira.
Para a presidente da Associação SIMgular, Rosa Maria Falcão de Oliveira Aurich, o trabalho com a robótica também oportuniza aos estudantes o desenvolvimento do senso crítico e da liberdade de expressão. “Trazendo, através das oficinas, esse olhar sobre o mundo que a gente vive hoje, um mundo tão tecnológico e inclusive adoecido nesse processo. A gente pode oportunizar para os jovens uma reflexão para além do uso técnico das coisas, em que eles possam, nesse universo, desenvolver os seus saberes e seus conhecimentos de forma livre e com senso crítico”, explicou. A estudante do 9º ano da Escola Municipal do Bem Querer, Ana Clara Lopes, falou sobre a expectativa de poder continuar os estudos na área. “Foi uma experiência única, muito importante, a gente aprendeu muita coisa”, contou.