Em Brumado, Centro Sul Baiano, uma área federal tem sido alvo de especulações imobiliária e também de denúncias de intolerância religiosa. O a Centro Cultural do Candomblé Alto de Xangô tem permissão de ocupar parte do terreno, mas a instituição vem sendo atacada. Em vídeos o presidente do Alto de Xangô, Dionata de Jesus Silva, conhecido nacionalmente como Pai Dionata de Xangô, mostra as ações denunciadas às autoridades policiais e jurídicas. “Furtos, destruição ao sagrado aos pontos de Candomblé desde os meados de 2015 que viemos sofrendo com toda essa perseguição”, firmou o religioso. Polícia Civil da Bahia, através da 20ª Coordenadoria de Polícia do Interior, tem investigado atos de vandalismo no Terreiro.
“A Polícia Civil naquilo que lhe compete, que é competência da Polícia Civil apurar esses crimes, eles foram identificados a autoria, a materialidade e inclusive já com remessas desses inquéritos ao Poder Judiciário [de Brumado]”, informou o delegado Cláudio Marques Pereira. Esse problema também envolve famílias que moram no espaço há quase três décadas. De acordo com Clécio da Silva, o caso se agravou nos últimos dois anos com parte da área dos seus avós, de 79 anos de idade, foram invadidas. “Isso é crime. Estão vendendo? Estão doando terra da União agora?”, questionou. O Ministério Público Federal de Vitória da Conquista também acompanha o processo.
“Todos os órgãos, o Ministério Público Federal, a Polícia Federal também acompanha, existem inquéritos policiais sobre esses casos, sobre esses conflitos, não só com a intolerância religiosa, mas a ocupação ilícita de espaço público federal. Então os órgãos federais estão atentos, especialmente o Ministério Público Federal está atento, não só a proteção do bem público, como também a proteção da liberdade religiosa e das pessoas que ali estão buscando a sua moradia, a sua crença religiosa, sua religiosidade”, declarou o procurador da República André Sampaio Viana ao Bahia Meio Dia [TV Sudoeste] que o BLOG DO ANDERSON reproduz neste domingo (14).
