A fotógrafa Mbeni Waré Costa Lacerda, filha do líder indígena Ailton Krenak e da indigenista Rosa Costa, morreu aos 38 anos no domingo (11), em Salvador. O sepultamento aconteceu no fim da tarde desta segunda-feira (12). Mbeni também era ativista das causas indígenas e estudante do Bacharelado Interdisciplinar em Artes da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Ela fazia um tratamento contra câncer no fígado, realizou uma cirurgia, mas não resistiu ao procedimento. Integrantes do Projeto Culturas de Antirrascimo da América Latina lamentaram o falecimento de Mbeni e postaram uma nota de falecimento. Nas redes sociais, seu pai Ailton Krenak postou uma nota de pesar. Em nota, o Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Professor Milton Santos (IHAC) lamentou a partida precoce de Mbeni Waré.
“Nós, comunidade acadêmica do IHAC, ficamos consternados com a partida física de Mbeni Waré Costa Lacerda. Militante da causa indígena, fotógrafa, estudante do BI em Artes e participante do Grupo de Pesquisa em Ecologia Política, Mbeni nos brindou em vida com afeto e força. Nossos sentimentos aos familiares e amigos. Mbeni, presente!”, diz o pronunciamento. A ativista chegou a iniciar os cursos de Cinema e Ciências Sociais na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, mas não concluiu. Felipe Milanez, professor do IHAC, era amigo de Mbeni e lamenta a morte da fotógrafa.
“Era uma pessoa muito querida por todos. Muito talentosa, dedicada, carinhosa e comprometida com as causas indígenas. Essa partida precoce é uma tristeza para a UFBA e para a UFRB”, afirma o docente. O professor também disse que um dos sonhos de Mbeni era fazer um documentário sobre artes indígenas. “Ela já estava vendo com umas amigas indígenas para tocar esse projeto. Mebni tinha muito orgulho da sua família”, disse Felipe. Mbeni Waré foi fotógrafa e monitora da exposição Hãhãw Arte Indígena Antirracista, realizada em outubro do ano passado, no Museu de Arte Sacra da Bahia. A mãe de MBeni, Rosa Costa, é indigenista e faz parte da organização não governamental (ONG) Anaí. Nas redes sociais, a ONG também lamentou a morte da fotógrafa.
