Para comemorar e refletir sobre o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra e o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, realizou nesta quarta-feira (26), o evento “Mulheres negras que acolhem mulheres negras”, no Centro Integrado de Direito Humanos. O objetivo da ação, organizada pela Coordenação de Promoção da Igualdade Racial (COPIR), foi promover o conhecimento, a reflexão e a valorização das mulheres negras no contexto da política de assistência social, com uma homenagem às servidoras negras da SEMDES. O evento também contou com apresentações culturais com Luna Havena, Fernanda Correia, Ednalia Maria da Cruz e com uma roda de conversa sobre autocuidado e autoestima mediada pela psicóloga Ana Amélia Sobral. No Brasil, o 25 de julho foi instituído pela Lei nº 12.987/14 como o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, uma lei que homenageia a líder quilombola que se tornou símbolo de resistência tanto para a comunidade negra quanto indígena, liderando bravamente seu quilombo por mais de 20 anos, até ser capturada e morta pela coroa portuguesa em 1770.
A prefeita Ana Sheila Lemos Andrade lembrou a importância da educação para o combate ao racismo estrutural. Para Sheila, o empoderamento das mulheres negras começa pela oferta de escola de qualidade. “É por meio do estudo que a gente transforma e combate o racismo, assim seremos todos iguais em oportunidade, por isso, estamos investindo em educação de qualidade para que todas tenham a mesma igualdade de oportunidades para rompermos todas as barreiras, onde falarem que não nos cabem é lá que devemos estar” declarou Sheila.
Para o secretário Michael Farias Alencar Lima, a celebração do Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha é uma oportunidade para dar visibilidade às lutas diárias das mulheres negras das periferias do Brasil. “Esse evento é histórico, pois representa um momento de valorização e reconhecimento do trabalho incansável das nossas servidoras negras. Elas são essenciais na construção de uma sociedade mais justa e inclusiva, e é fundamental que celebremos sua dedicação e compromisso em acolher e atender a população com sensibilidade e respeito” ressaltou Michael. Marina Oliveira, de 30 anos, servidora da SEMDES e estudante de Serviço Social, disse que o lugar da mulher negra na sociedade atual é resultado de muita luta. “Essa homenagem hoje é um reconhecimento desta luta e nos incentiva a continuar lutando por mais espaços. E a minha mensagem para todas as mulheres é: seja você e vire tendência” salientou Marina.