Desenvolvimento Econômico | Polo Têxtil é apresentado em Vitória da Conquista com previsão de gerar 8 mil empregos

Fotos: S ECOM | PMVC

A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico apresentou nesta quinta-feira (17), Auditório Lúcia Dórea, o projeto do Polo Têxtil de Vitória da Conquista, cujo nome será Feira da Moda Conquista. Antes que o projeto fosse concluído e apresentado pelo engenheiro têxtil Kanji Kato, idealizador do projeto, o Governo Municipal de Vitória da Conquista cumpriu um cronograma que durou quase três anos, desde as primeiras discussões sobre a ideia inicial, passando pela formalização de contratos com a Fundação de Apoio ao Ensino e Pesquisa (FAEPE) e a K Consultoria, e, em seguida, fez um mapeamento que reuniu uma grande variedade de informações sobre Vitória da Conquista e outras 40 cidades do Centro Sul Baiano, abrangendo um raio de 300 quilômetros. É essa a região que será atendida pelo Polo Têxtil, assim que o empreendimento começar a funcionar, o que, segundo a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (SMDE), deverá ocorrer nos próximos doze ou catorze meses. E, já de início, espera-se que sejam criados pelo menos 8 mil empregos diretos, além de milhares de outras ocupações indiretas e seus futuros resultados econômicos.

“São 8 mil pessoas que vão precisar se alimentar, dormir, comprar remédios, andar de táxi ou de Uber, enfim. É uma ciranda econômica em torno de um projeto fabuloso que foi abraçado desde o primeiro momento pela prefeita Sheila Lemos”, analisou o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Marcos Antônio de Miranda Ferreira. Segundo Marcos Ferreira, o potencial impacto econômico provocado pela Feira da Moda Conquista pode ser equivalente ao que houve no município na década de 1980, no auge da cultura do café. “A prefeita é empresária e viu aqui um divisor de águas, a exemplo do que aconteceu com a cultura do café, há quase 40 anos, que mudou a história da cidade. Sem nenhuma pretensão, imaginamos que, com o Polo Têxtil, vai acontecer a mesma coisa”, afirmou o secretário. A prefeita Ana Sheila Lemos Andrade destacou a viabilidade do projeto e as expectativas positivas quanto ao seu funcionamento. “É um projeto feito a várias mãos. Não é da prefeita, nem de Vitória da Conquista. É da região Sudoeste e é da Bahia. Não tem carimbo nem cor partidária”, disse a gestora, fazendo menção à necessidade de apoio institucional tanto do Governo do Estado da Bahia quanto do Governo Federal para que o sucesso do empreendimento seja possível.

“Precisamos crescer todos juntos, com responsabilidade social e ambiental. Tenho certeza de que, até o final do ano, estaremos colocando a pedra fundamental deste sonho”, assegurou Sheila. Para José Carlos Oliveira, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado da Bahia, o Polo Têxtil será importante para o adensamento do ambiente de negócios do estado. “É fundamental um trabalho como este para o desenvolvimento de Vitória da Conquista e da Bahia”, afirmou. Para expor esse potencial de mudança na realidade econômica do estado, Zé Carlos apresentou dados técnicos: segundo ele, a Bahia é, atualmente, o segundo maior produtor de algodão do Brasil, no entanto, apenas uma pequena parte do produto permanece em terras baianas, já que a grande maioria é vendida para outros estados, como São Paulo e Rio Grande do Sul. “Precisamos desenvolver os negócios da Bahia na sua diversidade”, defendeu o representante do Governo Estadual. Para elaborar o projeto do Polo Têxtil, o Governo Municipal levou em conta vetores como geração de emprego e renda, sustentabilidade, segurança e viabilidade econômica. A ideia é que, na Feira da Moda Conquista, sejam comercializados produtos fabricados em toda a região.

O empreendimento será construído numa área localizada entre os quilômetros 829 e 831 da BR-116, às margens da Rodovia Santos Dumont. A localização é considerada estratégica por ser próxima de bairros com grande densidade populacional e por estar a 8 quilômetros do Centro de Vitória da Conquista. Em relação ao Aeroporto Glauber Rocha, a distância é idêntica, 8 quilômetros. De acordo com o projeto, a área total do terreno deverá ser entre 390 mil e 440 mil metros quadrados. A área construída terá entre 170 mil e 190 mil metros quadrados. O projeto prevê um alojamento para motoristas, equipado com 440 leitos, 13 lotes empresariais, uma praça de eventos, entre 280 e 320 plantas industriais e estacionamentos capazes de oferecer entre 2,8 mil e 3,4 mil vagas, distribuídas em áreas específicas para ônibus, veículos de pequeno porte e motocicletas. O equipamento terá ainda setor administrativo, 48 guarda-volumes, mais de 2,8 mil boxes, cerca de 700 lojas, 32 estabelecimentos de alimentação [restaurantes e lanchonetes] e 16 sanitários. Para viabilizar o empreendimento, o projeto prevê um investimento total superior a R$ 374,5 milhões, a fim de custear obras preliminares para a preparação do terreno, pavimentação, construção dos diversos equipamentos, estruturas metálicas, reservatórios, instalações elétricas.

Lígia Santos Rissardi, gerente de Comunicação e Marketing da Associação Brasileira da Indústria têxtil e de Confecção (ABIT): “O setor têxtil é muito capilarizado no Brasil inteiro e tem um grande potencial de gerar emprego e renda. Pelo tamanho do empreendimento que será feito aqui, a gente já entendeu que vai gerar muitos empregos, não só para a cidade, mas também para todo o entorno. O investimento no setor é realmente uma boa noticia, a despeito de todas as dificuldades que os industriais e as empresas, de todos os tamanhos, enfrentam no nosso custo Brasil de produção. Os empresários estão aqui, com vontade de empreender. E nós vamos dar todo o nosso apoio”.

Antônio Gomes Martins, da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB): “Prefeita Sheila Lemos, a senhora está de parabéns. Tenho certeza de que Vitória da Conquista não será a mesma depois da implantação deste projeto.”

Paulo César de Andrade Oliveira, residente do SICOOB CREDICONQUISTA: “O que nós estamos vendo, com essa iniciativa, é capitalizar empreendimentos em Vitória da Conquista. E esses empreendimentos vão trazer tecnologia, conhecimento, empregos, renda, investimento. Então, é tudo o que o que a cidade tem condição de transformar em bem-estar, riqueza e felicidade para a população.”

Marcos Haiala Lima dos Santos, secretário de Agricultura, Abastecimento e Empreendedorismo de Bom Jesus da Lapa: “A gente pensa nesse norte, no crescimento dessas indústrias vindo para a região de Vitória da Conquista. E Lapa, como uma cidade forte no turismo e no empreendedorismo, a gente tem buscado essas parcerias com os municípios vizinhos. E quando se fala deste grande evento que acontece aqui em Vitória da Conquista, onde pensamos também em algo para o município de Bom Jesus da Lapa, a gente fica muito feliz por participar.”

Elânio Machado, da Cooperativa Agroindustrial do Recôncavo Baiano (COOARB): “Sou natural de Vitória da Conquista. Fui para o Oeste da Bahia doze anos atrás e vi a potência que é o agro. Agora, retornando aqui para Vitória da Conquista, vejo um projeto de polo têxtil que abrilhantou meus olhos. Vai ser um marco para Vitória da Conquista, que volta a crescer, e, logo, logo, a ser vista com bons olhos por todo o país, porque um investimento como este, um projeto como este, não se vê há muito tempo aqui na região”.


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