Nesta segunda-feira (11) o presidente da República Brasileira Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que caberá à Justiça decidir sobre uma eventual prisão do presidente da Rússia, Vladimir Vladimirovitch Putin, caso ele venha ao Brasil para participar da cúpula de líderes do G20, que será sediada no Rio de Janeiro, no ano que vem. Lula confirmou que convidará o Líder Russo para o evento. Neste ano, Putin deixou de ir a reuniões internacionais por causa do risco de ser preso. O TPI (Tribunal Penal Internacional) emitiu em março mandados de prisão contra ele e Maria Alekseyevna Lvova-Belova, comissária dos Direitos da Criança no Gabinete Presidencial russo, por suposto crime de guerra de deportação ilegal de crianças e transferência ilegal de crianças de áreas ocupadas da Ucrânia. Em agosto, o presidente russo participou por videoconferência da cúpula dos Brics (bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), realizada na África do Sul, e se ausentou da cúpula de líderes do G20, realizada na Índia. Em entrevista à jornalista Palki Sharma, do canal indiano Firstpost, que foi ao ar na tarde do último sábado (9), Lula afirmou que, se Putin viesse ao Brasil, não seria preso. “A gente gosta de tratar as pessoas bem. Então, eu acho que o Putin pode ir tranquilamente ao Brasil. […] Eu posso lhe dizer que eu sou o presidente do Brasil. Se ele vier para o Brasil, não há por que ele ser preso”, declarou. Mas nesta segunda-feira, Lula tentou amenizar sua fala ao jogar para o Judiciário a decisão sobre a eventual detenção do líder russo. Por ser signatário do TPI, o governo brasileiro pode sofrer sanções se não prender Putin em território nacional. O presidente conversou com jornalistas pouco antes de embarcar de volta de Nova Délhi (Índia) para Brasília.
