Situação Preocupante | Vitória da Conquista registra mais de 100 casos de violência sexual contra crianças no 1° semestre

Fotos: BLOG DO ANDERSON

Vitória da Conquista, no Centro Sul da Bahia, registrou mais de 100 casos de violência sexual contra crianças no primeiro semestre deste ano. Segundo o Núcleo de Defesa da Criança e Adolescente da Polícia Civil, na maioria das ocorrências, os abusos foram cometidos por parentes ou pessoas próximas à família. “Na realidade, a gente acredita que essas crianças e esses adolescentes estão precisando de uma proteção maior dentro das suas casas. Toda vez que a denúncia chega na gente, a vítima já foi abusada cotidianamente”, disse a delegada do, Rosilene Moreira Correia. “Qualquer ato que simule uma conotação sexual, um beijo lascivo, pegar nas partes íntimas, convidar uma criança para uma situação de sexo, são crimes e devem ser denunciados”, explicou a delegada.

O Centro Integrado dos Direitos da Criança e do Adolescente de Vitória da Conquista. No local, funcionam vários serviços, entre eles o da escuta protegida. “Antigamente essa escuta era feita dentro da sala de audiência, onde todos os operadores do direito estavam presentes, e que não era um ambiente inadequado para a criança e adolescente”, afirmou a entrevistadora forense Sílvia Azevedo.

Durante a Escuta Protegida, crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência contam com atendimentos que garantem a proteção durante todo o processo judicial. Segundo os órgãos de segurança, a maioria das crianças que são abusadas sexualmente não sabe diferenciar afeto de abuso. Para mudar essa realidade, especialistas apontam que é preciso abordar a educação sexual com as vítimas, como forma de prevenção. De acordo com os especialistas, além de abordar aspectos comportamentais e de saúde, a educação sexual também ajuda crianças a identificarem casos de abusos dentro e fora de casa. “A maior parte das crianças que passam pela violência são violentadas mais de uma vez. Os abusos sexuais são feitos de forma reiterada”, explicou a entrevistadora forense Sílvia Azevedo.


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