Religiosos do Candomblé e Umbanda realizaram um protesto no Distrito Integrado de Segurança Pública em Vitória da Conquista, movimentação acompanhada pelo BLOG DO ANDERSON. Na manhã da quarta-feira (25) os manifestantes foram denunciar um suposto caso de Intolerância Religiosa cometida por um pastor de Igreja Evangélica no último domingo (22). “Pra gente foi muito doloroso. A gente não estava nem no ato do nosso Terreiro de Religião, a gente estava com uma festa de um projeto social para oitenta crianças e a gente atendeu até mais.
Desestabilizou todo mundo. Então a gente vive e viveu o tempo todo o racismo, tanto pela cor da pele como racismo religioso”, afirmou Lais Gonçalves Sousa administradora do Beco de Dola, onde funciona o Terreiro de Candomblé Xangô. Em vídeo compartilhado ao BLOG DO ANDERSON e que vão integrar o processo de investigação da 1ª Delegacia Territorial de Vitória da Conquista, mostram as palavras de afronta por um homem que utilizava microfone e caixa de som.
De acordo com Rosilene dos Santos Santana, a Mãe Rosa, presidente do Conselho Municipal de Igualdade Racial “a gente lembra é praticar, induzir ou incitar discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional é crime com pena de prisão de três anos e multa”.
De acordo com Maria Aparecida Rocha Carvalho, da Comissão da Igualdade Racial da Ordem dos Advogados do Brasil, “com a nova legislação, a 14.532, agora a gente está bem mais específico, a gente tem condições de em caso de intolerância religiosa a gente acionar a Polícia, a gente acionar o Judiciário para que seja configurado como crime, porque é um crime quando você afronta, quando você humilha, quando tenta reduzir a religião do outro”.
Em nota o presidente a Assembleia de Deus, convenção da qual a Igreja Pedrinhas faz parte, diz que a Assembleia de Deus é contra qualquer tipo de racismo e intolerância religiosa, mesma posição defendida também pela Associação de Pastores Evangélicos de Vitória da Conquista que diz não compactuar om o desrespeito religioso. O caso registrado pela 77ª Companhia Independente de Polícia Militar é também acompanhado pela Secretaria de Promoção da Igualdade Racial do Estado da Bahia. O Governo Municipal de Vitória da Conquista não se manifestou.