Novembro Negro | grupos de capoeira e samba de roda realizam apresentações culturais em Vitória da Conquista

Fotos: SECOM | PMVC

Para celebrar o Dia da Consciência Negra e dar continuidade às atividades da campanha Novembro Negro: União e Resistência, a Coordenação de Igualdade Racial, promoveu uma tarde de apresentações culturais na Praça Nove de Novembro, Praça Histórica de Vitória da Conquista. O ato contou com a participação de representantes de movimentos sociais, que realizaram espetáculos de capoeira, samba de roda e outras manifestações artísticas em referência ao candomblé e aos povos de terreiro.

A concentração na Praça Nove de Novembro atraiu a comunidade que passava pelo local durante o evento. Para o coordenador de Igualdade Racial, Ricardo Alves de Oliveira, a iniciativa é uma forma de dar protagonismo à população negra, visibilizando as comunidades quilombolas e os povos de terreiro. “Devemos aproveitar essa oportunidade para celebrar e reconhecer a riqueza da cultura afro-brasileira, além de fortalecer a resistência e a união nesse Novembro Negro”, afirmou. A Marujada Mirim, que faz parte do Quilombo Urbano Beco de Vó Dola, foi um dos grupos participantes das comemorações.

Ao som da batucada de tambores, o grupo, formado majoritariamente por crianças, apresentou músicas tradicionais da cultura afro-brasileira.  “Essas apresentações significam muito para nós. Podemos mostrar a nossa arte e a nossa cultura. O trabalho da Marujada Mirim tem resgatado vidas, é muito lindo ver ele ser reconhecido”, relatou Edineide Gonçalves, do Beco de Vó Dola. A Associação de Capoeira Viva Conquista e a Associação de Capoeira Berimbau Me Chama também fizeram parte dos espetáculos. Considerada uma das principais manifestações da arte e da cultura afro-brasileira, a capoeira, que é uma luta e dança de resistência, teve destaque nas apresentações da campanha Novembro Negro.

Para o contramestre Geovaldo Santo, conhecido como Sorriso, é fundamental que os grupos possam se apresentar em espaços públicos, como as praças. “Faço parte do grupo há 35 anos e espero que ações como essa possam acontecer constantemente. Apesar das dificuldades, sempre estamos presentes para contribuir”, afirmou o contramestre de capoeira. As atividades em comemoração ao Novembro Negro continuam no sábado (25) com o encontro do Povo de Axé no Centro Cultural Glauber Rocha.


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