O homem preso suspeito de matar o dentista Lucas Maia de Oliveira, de 36 anos, no Celebration Garibaldi, Rio Vermelho, em Salvador, disse em interrogatório à Polícia que tinha uma relação de amizade com a vítima, mas os dois brigaram por causa de uma dívida por drogas no valor de R$ 100. Identificado como Patrick Pereira Pinho, de 22 anos, o suspeito foi encontrado na manhã desta segunda-feira (18), na casa em que morava com a namorada, no Engenho Velho da Federação. Ele estava escondido embaixo de uma pia, enrolado em um cobertor. Patrick Pereira pediu para a companheira falar que ele não estava. A mulher foi ouvida e disse que o namorado confessou ter matado o dentista. Ele confessou o crime para ela após a companheira reconhecer a tatuagem dele em uma reportagem na televisão. O suspeito contou que conheceu o dentista cerca de um mês antes do crime em uma Praça, na Avenida Garibaldi. Ele negou que os dois tenham tido qualquer envolvimento amoroso e sexual. De acordo com as delegadas Zaira Pimentel e Pilly Dantas, os dois discutiram por causa da dívida e entraram em luta corporal. Lucas Maia teria pedido para Patrick Pereira comprar drogas e depois não pagou o valor que o suspeito gastou. Patrick disse que achou que o dentista estava desmaiado. Decidiu então amarrar os pés da vítima e roubar uma televisão, o notebook, um relógio, uma mala com roupas e o carro. Patrick Pereira Pinho disse que agiu sozinho. As investigações não apontaram a participação de outras pessoas no crime.
O suspeito informou ainda que vendeu a televisão de Lucas Maia em uma plataforma online, além do notebook e um relógio em uma feira. O smartfone e as roupas teriam sido descartados. Apesar de o suspeito ter dito que vendeu a televisão, a Polícia Civil encontrou uma semelhante na casa dele e apreendeu o aparelho para a realização de perícia, que será realizada no Departamento de Polícia Técnica (DPT). De acordo com a Polícia Civil, a identificação e localização do suspeito aconteceram após a análise de imagens de câmeras de segurança e depoimentos de testemunhas, amigos e familiares. A tatuagem que ele tem em um dos braços ajudou nas investigações. No dia 5 de dezembro, a Polícia revelou que a morte do dentista era investigada como homicídio qualificado e furto. Até aquele momento, 21 pessoas tinham sido ouvidas no inquérito. No mesmo dia, a Polícia Civil informou que 121 horas de filmagem dos circuitos internos de câmeras de segurança do edifício foram analisadas. Em novembro, um homem suspeito de envolvimento na morte do dentista foi identificado. A informação foi confirmada para o g1 e TV Bahia por uma fonte da Polícia Civil. No entanto, a identidade não foi revelada para não atrapalhar as investigações. Além disso, outro homem foi ouvido na delegacia na companhia de um advogado. De acordo com a delegada, elementos de provas foram analisados e foi constatado que ele não era o mesmo que apareceu nas filmagens do elevador como principal suspeito do crime.