O Município de Urandi, no Centro Sul Baiano, está há quatro dias sem água, devido às fortes chuvas desde o início da semana. Até esta sexta-feira (26), a situação ainda não havia sido normalizada. O abastecimento em Urandi, que tem 17 mil habitantes, é feito através da nascente do Rio Cabeceiras e Rio Raiz. Logo, o fornecimento não via empresa privada. Segundo munícipes, com a tempestade na obra de instalação de um Parque Eólico, houve um deslizamento de terra no local e a nascente, que era limpa e possuía água potável, encontra-se com terra e barro. Os consumidores receberam nos últimos dias nas torneiras líquido impróprio para consumo, e por causa disso, carros pipas iniciaram uma operação emergencial. Uma Audiência Pública com a presença do Ministério Público do Estado da Bahia, do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA), de membros do Governo e Câmara Municipal de Urandi debateu os impactos ambientais causados pela obra do Parque Eólico. Por meio de nota, o Parque Eólico Serra das Almas informou que tem monitorado os recursos hídricos da área, com a realização de amostras das nascentes para análise da qualidade da água. Até o momento, segundo o Parque Eólico Serra das Almas, não foram verificados parâmetros acima dos valores máximos permitidos pela portaria do Ministério da Saúde. O Parque Eólico Serra das Almas disse ainda que o estudo realizado evidenciou que as áreas das nascentes não sofreram danos e que mantém contato com a comunidade e as autoridades com a disponibilidade de caminhões pipa e galões de água mineral.