A deficiência dos atendimentos nas Unidades de Saúde da Família impacta na superlotação de toda a Rede de Saúde do Município de Vitória da Conquista, tanto em instituições privadas quanto nas públicas. Na tarde da sexta-feira (16) a Unidade de Pronto Atendimento do Complexo Hospitalar de Vitória da Conquista tinha gente dentro e fora do prédio que fica na Avenida Filipinas. “Como você pode observar a UPA está superlotada há um bom tempo, porque o nosso contingente de pacientes, a nossa prioridade são Amarelos e Vermelhos, atendemos os outros pacientes Azul e paciente Verde, mas a nossa prioridade de atendimento é paciente Amarelo e Vermelho”, comentou a coordenadora em entrevista ao BLOG DO ANDERSON. Na quarta-feira (14) diversos vídeos chegaram ao BA expondo o cenário da UPA que gerava revolta. De acordo com Manuela Fausto, na referida data foram acolhidos 448 pacientes, “destes quatro foram pacientes Azuis, 292 pacientes Verdes, 150 pacientes Amarelos e 2 pacientes vermelhos”.
Manuela Fausto e Robert Braga, gestores da UPA
“Então só aí dá para você ver que a UPA está atendendo uma classificação de pacientes que não é da UPA, que teria que ser atendido na Rede Básica, na Atenção Básica, na verdade”, explicou Manuela que conta com apoio de Robert Braga para gerir a UPA, que é considerada como a maior entrada de Emergência do Centro Sul Baiano.
Consoante ao Ministério da Saúde, “a classificação de risco é utilizada no acolhimento hospitalar para se fazer uma avaliação inicial do paciente e determinar a necessidade de um atendimento mais urgente. Esse método permite saber a gravidade do estado de saúde dos pacientes, seu potencial de risco, o grau de sofrimento, entre outras informações”. No Brasil, a classificação mais comum é o Protocolo de Manchester, que utiliza cinco cores para identificar o grau de cada paciente. Geralmente, elas são: vermelho, laranja, amarelo, verde e azul. Vermelho representa os casos mais graves, e a azul, os mais leves. Na entrevista sonora, Manuela, uma experiente quando o assunto, detalha toda essa situação que deve ser reavaliada pelo secretário municipal de Saúde, Vinícius de Brito Rodrigues, no intuito de minimizar os problemas que também agravam o Hospital Municipal Esaú Matos.