Para auxiliar no socorro às vítimas das chuvas no Rio Grande do Sul, o Corpo de Bombeiros Militar da Bahia (CBMB) enviou, na tarde desta quinta-feira (2), 22 bombeiros com experiência em situações de emergências decorrentes de desastres naturais. Também embarcaram no Aeroporto Internacional de Salvador, profissionais de saúde, entre médicos e enfermeiros, enviados pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SESAB). Mais de 20 mortes foram registradas além do rompimento de uma barragem, alagamentos e deslizamentos de terra. “Nós estamos com a equipe totalmente bem preparada, bem equipada, estamos levando equipamentos.
Sabemos das dificuldades nesse momento que nossos irmãos estão sofrendo. Estamos embarcando agora com 22 bombeiros especialistas para ajudar no resgate daquelas pessoas. E também, nós estamos encaminhando quatro médicos e um enfermeiro da nossa Secretaria da Saúde para também dar apoio lá no estado do Rio Grande do Sul” explicou o comandante-geral do CBMB, coronel Adson Marquezine. O comandante-geral destacou ainda que, neste primeiro momento, a necessidade é de resgate e socorro. “O Corpo de Bombeiros está preparado para fazer buscas e resgate das pessoas que o estão necessitando”, completou.
Comandante da missão Rio Grande do Sul, o coronel Jadson Almeida explicou que todos os bombeiros selecionados são especialistas nesse tipo de catástrofe. “A princípio, seremos designados para a cidade de Caxias do Sul, onde já houve alguns desabamentos, alguns soterramentos, e nós vamos atuar nessa missão. Nós também enfrentamos esse tipo de calamidade e nós nos preparamos antecipadamente para que possamos dar o melhor retorno à população”, afirmou. Sanitarista do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia, Edson Ribeiro Júnior tem experiência em enchentes na Bahia e já participou de ações no Oeste e Extremo Sul Baiano.
“A gente vai junto com o Corpo de Bombeiros para apoiar as equipes na análise da situação de saúde, na observação dos desabrigados, abrigos, enfim, a gente vai tentar apoiar, ver quais são as necessidades, conhecer o cenário e fazer uma avaliação de risco”. Edson revelou outra grande preocupação. “É uma situação que envolve muitas perdas. Então, a saúde mental também é uma coisa a ser avaliada”, acrescentou. Outro aspecto importante são as doenças que são emergentes em desastres, como as arboviroses, leptospirose, as doenças diarreicas, as transmissíveis, além da situação vacinal e de vários outros fatores que precisam ser avaliados.