Judiciário Baiano | Vitória da Conquita sedia o1º Congresso Regional da Associação dos Magistrados da Bahia

Fotos: SECOM | PMVC

A abertura do 1º Congresso Regional da Associação dos Magistrados da Bahia (AMAB), na quinta-feira (13), no Auditório Lúcia Dórea, reuniu mais de 400 estudantes inscritos, além de juízes, desembargadores, professores e outros participantes. O evento é promovido a AMAB, Escola de Magistrados da Bahia (EMAB) e conta com apoio do Município de Vitória da Conquista. A programação segui até sexta-feira (14), de forma simultânea às atividades do projeto TJBA Mais Perto, promovido pelo Tribunal de Justiça da Bahia. Tanto no caso do projeto do TJBA quanto do congresso da AMAB, é a primeira vez que essas iniciativas são realizadas no Interior Baiano. “A aproximação com o TJ é muito importante, porque somente quem está no interior é que sabe as dificuldades que nós passamos. Vitória da Conquista ainda é uma cidade boa, nós temos condições, inclusive, de estar sempre indo à capital para resolver as coisas junto ao Tribunal de Justiça da Bahia. Mas, se formos verificar, o nosso estado tem dimensões praticamente continentais”, observou Sheila, que, mais cedo, participou da cerimônia de instalação da Vara de Execuções Penais, de Execuções de Penas e Medidas Alternativas em Vitória da Conquista, ao lado da presidente do TJBA, Cynthia Rezende, e do presidente da AMAB, Júlio Travessa.

 “Quantas dificuldades esses magistrados têm de estar indo à Capital. Então, isso é de fundamental importância. Quero, mais uma vez, parabenizar por essa sensibilidade de aproximar o interior do TJBA”, complementou a prefeita, que elogiou ainda a participação massiva do público estudantil: “Este congresso regional da AMAB aproxima todos os profissionais do sistema judiciário com os nossos alunos de Direito. Eles serão o futuro da magistratura e do Direito brasileiro, em especial da nossa querida e amada Bahia”.  O desembargador Júlio Travessa admitiu que a AMAB e os demais organizadores se surpreenderam com a grande quantidade de estudantes inscritos. “Nós tínhamos uma expectativa menor, mas mais de 400 se inscreveram. Temos aqui professores das universidades, e o nosso objetivo é debater os temas jurídicos relevantes para a sociedade brasileira e trazê-los para cá, para o interior”, disse Travessa. “A nossa expectativa é de que o meio acadêmico de Conquista, os estudantes, os professores e quem não seja da área jurídica, participem e escutem os temas que vão ser debatidos. A grade é bastante diversificada”. A interiorização desses debates foi mencionada também pela desembargadora Cynthia Rezende. “Não podemos ficar encastelados no Tribunal, sem conhecer os juízes de perto”, analisou a presidente do TJBA. “As funções magistrais da sede são em Salvador, mas a maioria dos juízes mora e trabalha no interior. Então, esses encontros são muito importantes, porque proporcionam que os juízes participem sem precisar sair da sua comarca”.

Segundo Cynthia, o TJBA também ganha com essa aproximação: “É bom para o Tribunal, porque conhece os juízes. É uma oportunidade de a gente conhecer, conversar, trocar ideias e experiências”. Os estudantes Jéferson Silva, 26 anos, e Victória Nery, 23, ambos do 6º semestre do curso de Direito da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), demonstraram entusiasmo pela oportunidade de participar do congresso, sem ter de viajar a Salvador ou a outras capitais do país. “Fiquei entusiasmado em participar porque é o primeiro congresso que está tendo na cidade, que traz a magistratura para Vitória da Conquista”, disse Jéferson. “Para a gente, enquanto estudante, é importante entender como funciona, quais são as dificuldades, os novos desafios para a sociedade e para a magistratura, porque, futuramente, nós também desejamos estar nesses espaços”, complementou. Victória analisou o significado da realização do congresso fora de Salvador.

“É muito importante este evento aqui, para a cidade e para nossos estudantes de Direito, para dar a oportunidade de a gente ouvir e ampliar os nossos horizontes, e para entender como o TJ está se posicionando e participando na comunidade”, comentou a estudante.  Mas nem só os estudantes de graduação se interessaram pelo evento. Isbela Teles, 32 anos, formada em Direito e pós-graduada em Direitos Fundamentais e Justiça, também pela UESB, viu no congresso uma forma de incrementar seus estudos com vistas a ocupar uma vaga na magistratura. “Eu tenho estudado para os concursos de magistratura e percebi uma grande oportunidade de estar mais conectada com a realidade do Judiciário através deste evento”, contou Isbela. “A principal expectativa é de ter a oportunidade de ouvir grandes nomes da magistratura nacional e, com isso, angariar experiências a partir da realidade forense. Nós estudamos, e nós sabemos que a realidade é algo bem distinto da prática”. Além da mesa de abertura, a programação da primeira noite incluiu uma palestra ministrada pelo juiz do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul (TJMS) e juiz instrutor do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Fernando Cury, sobre o tema “A Resolução 219/2016 do CNJ como instrumento de eficácia da prestação jurisdicional de 1º Grau”.


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