Arraiá da Conquista | Chambinho do Acordeon traz forró autêntico ao Centro Cultural Glauber Rocha

Fotos: SECOM | PMVC

O cantor e compositor Chambinho do Acordeon, como é conhecido Nivaldo Expedito de Carvalho, segunda atração do palco principal do Centro Cultural Glauber, neste sábado (22), trouxe ao Arraiá da Conquista mais um espetáculo com o que há de mais autêntico em matéria de xote, baião, arrasta-pé, coco e outros subgêneros da canção nordestina. Ele faz questão de que seja assim, embora esteja também aberto a outros ritmos. Chegou a cantar canções de Amado Batista (de quem é fã) durante seu show, por exemplo. “Eu também gosto de violão, cavaquinho… Mas eu cresci numa família de músicos. Meu avô tocava sanfona, meu tio também. Então, nesse ambiente, eu me apaixonei pelo forró”, contou o artista, que nasceu em São Paulo.

“Gosto muito desse estilo, desse ritmo. Eu vivo dessa música que Luiz Gonzaga urbanizou. E estamos no mês de junho”, contou. “Forró é a trilha sonora do mês inteiro”. Ao falar sobre o Rei do Baião, Chambinho se refere a um personagem com quem sua relação vai além da incrível semelhança física e da sanfona branca com que se apresenta, a ponto de tê-lo interpretado no filme “Gonzaga: de pai para filho”, de Breno Silveira. “Eu já bebia dessa fonte antes da história do filme. E, depois do filme, realmente eu passei por uma espécie de pesquisa aprofundada do ser humano, Luiz Gonzaga do Nascimento, e do gênio, o Gonzagão”, disse Chambinho. Além de Gonzagão, seu show foi composto por clássicos de Dominguinhos e de outros artistas que fazem parte do universo junino, uma receita seguida pela maioria dos artistas que formam a programação musical do Arraiá da Conquista. “A Prefeitura de Conquista está de parabéns. O forró realmente tem que ter cadeira cativa no mês de junho”, defendeu o artista.

“Tem espaço, sim, para os outros segmentos. O que não pode é o forró ficar de fora da festa”. Felizmente, muitas pessoas pensam como Chambinho, a exemplo do eletricista Lucas Aragão, 36 anos, que foi ao Centro Cultural Glauber Rocha ao lado da esposa, Mailza, 43 anos, e dos filhos Cecília, 7, e os gêmeos Emanoel e Helena, ambos com 2 anos e meio. Segundo ele, o principal motivo de ter ido ao evento foi para ver o show de Chambinho. “Ele é um cara muito bom. A gente assistiu ao filme de Luiz Gonzaga. É um cara que representa o Luiz Gonzaga na música e na forma de ser. Creio que é uma promessa muito grande no forró, no baião. Eu gosto muito”, avaliou Lucas.


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