O economista e ex-ministro Antônio Delfim Netto morreu nesta segunda-feira (12), aos 96 anos, em São Paulo. Desde o último dia 5, ele estava internado por complicações de saúde, no Hospital Israelita Albert Einstein. Em nota, a assessoria do economista informou que não haverá velório aberto e seu enterro será restrito à família. Delfim Netto deixa filha e neto. Descendente de imigrante italianos, ele nasceu em São Paulo. Formou-se economista pela Universidade de São Paulo (USP) e tornou-se catedrático. Fez carreira acadêmica como professor titular de Análise Macroeconômica e recebeu o título de professor emérito pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP). Foi membro do Conselho Consultivo de Planejamento (CONSPLAN) do governo Castelo Branco. Tornou-se secretário de Fazenda no Governo de São Paulo. Foi um dos signatários do Ato Institucional número 5 (AI-5). O decreto é considerado o mais duro após o golpe militar, e foi instituído durante o governo Costa e Silva, para suspender direitos e garantias individuais. Delfim Netto chegou a ministro da Fazenda, ainda no governo Costa e Silva, e ocupou o cargo até o governo Médici. Nos quatro anos seguintes, foi embaixador do Brasil na França e, passou a integrar Conselho Monetário Nacional e comandou o Banco Central no governo Figueiredo. Delfim foi deputado federal na Constituinte pelo Partido Democrático Social, sucessor da Arena. Posteriormente, elegeu-se cinco vezes deputado federal pelo estado de São Paulo e permaneceu representante na Câmara dos Deputados.
