Jovem, saudável e praticante de esportes: Yago Mendes Costa, de 14 anos, morreu após o rompimento de um aneurisma no coração, em Anápolis, a 55 quilômetros de Goiânia. Ao g1, a neurologista Aline Madeira explicou o que é a doença e o neurocirurgião Marcos Spadoni falou sobre a prevenção. Yago morreu na última terça-feira (27), afirmou a família do adolescente. “Não sabíamos que ele tinha aneurisma, pois ele sempre foi um menino muito forte e saudável. Praticava esportes e nunca apresentou nada de problemas de saúde”, disse Rayner Mendes, tio do garoto, à TV Anhanguera. Ao g1, a médica neurologista Aline Madeira explicou que o aneurisma é uma dilatação das paredes das artérias, como um balão de sangue. Segundo ela, a deformidade pode acontecer no cérebro, no coração, no rim, abdômen e outros. Madeira afirma que as causas são variadas e genéticas. “As maiores causas de aneurisma são, primeiro, o tabagismo, segundo a hipertensão, terceiro a diabete tipo 2 e, por fim, o álcool”, detalhou. No caso de Yago, segundo a médica, a suspeita é de que a doença seja genética devido ele ser jovem. Além disso, de acordo com ela, ter um aneurisma não significa que ele vai romper. “Ele está lá quietinho por anos e existem pessoas que nascem e morrem com a doença sem saber”, disse.
Segundo o neurocirurgião Marcos Spadoni, é preciso atenção aos casos de aneurisma na família, pois, enquanto o aneurisma não romper, não há sintomas. “Quem tem histórico de Acidente Vascular Cerebral (AVC) na família, precisa fazer exames para identificar e fazer o tratamento”, disse.
Spadoni explicou que, devido à dilatação, a parede da artéria fica mais fina, o que provoca o rompimento. Segundo ele, neste momento, o sangue que estava no “balão” se espalha pelos órgãos e é uma emergência médica. Ele detalhou os sintomas e destacou a importância de procurar o hospital.
“Quando rompe, a pessoa sente uma dor de cabeça muito forte que pode vir acompanhada de alterações visuais, dor na nuca e vômitos”, disse.
Em caso de não rompimento, segundo os médicos, o tratamento é o clampeamento da aorta ou embolização, que bloqueia o fluxo de sangue em uma determinada área do corpo. Quando rompe, o neurocirurgião afirmou que o paciente precisa de uma cirurgia para drenar os coágulos de sangue.
Madeira e Spadoni explicaram que, no caso do rompimento de um aneurisma no coração, como o de Yago, o paciente tem um mal súbito devido ao sangue espalhado. “Ele rompeu e abriu espaço para o sangue escorrer para o coração e mais sangue vir, e não tem como fechar”, finalizou a neurologista