Jorge Maia | OAB – una e indivisível

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Jorge Maia | Professor e Advogado

O velho Aristóteles afirmou que o todo é maior do que a soma das partes. Não sei o que ele queria dizer com isso em Matemática, mas, no campo da ciência jurídica, penso que se refere à situação da OAB, que é maior do que a soma dos seus integrantes. Transformada na última trincheira da liberdade, tornou-se o escudo dos oprimidos e ardorosa defensora dos direitos humanos, do Estado Democrático de Direito e dos valores constitucionais. A sensação de pertencimento à cidadania que a OAB oferece ao povo brasileiro destaca-se em todo o mundo, pois o seu diferencial é estar na Carta Magna como sua guardiã — uma promessa repetida tantas vezes, seja na colação de grau, seja por ocasião do recebimento da carteira de identificação profissional. Confira a íntegra.

A Ordem dos Advogados do Brasil é sui generis. Nenhum outro povo tem na sua história e representação uma Ordem de Advogados que tenha, ou tenha tido, o significado que temos aqui no Brasil. Sem infantaria e sem outro aparato que lhe garanta a existência, tem no Direito a grandeza do seu valor. É temida pelos poderosos e respeitada por sua tenacidade na luta pelos valores inquebrantáveis da ética e, muitas vezes, pela esperança daqueles a quem resta somente a OAB.

Nossa OAB firma-se por sua majestosa história de resistência nos momentos difíceis, quando o arbítrio tentou sufocar o direito. Vez por outra, em especial na época de eleição, ouvimos vozes discordantes entre os seus componentes, contudo, não passam de breves momentos eleitorais. Uma vez passados, a normalidade retorna ao seu rumo comum, em direção aos seus propósitos finalísticos.

A OAB não se permite dividir, por nenhuma razão. Ela possui muitos adversários, e o advogado não pode ser um deles. Não podemos permitir que forças estranhas ao nosso quadro interfiram em nossa eleição, que, uma vez finalizada, volta ao seu curso de normalidade, congregando todos os advogados, conscientes do seu compromisso e do seu juramento. Ninguém divide a OAB.

Jorge Maia. 18 de setembro de 2024

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do BLOG DO ANDERSON


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