Investigação Policial | candidata a vereadora em São Paulo, Léo Áquilla diz ter sofrido ataque a tiros

Foto: Reprodução | Instaghram

Léo Áquilla, candidata a vereadora em São Paulo, relatou ter sofrido um ataque a tiros na noite de quinta-feira (26) na Zona Norte Paulistana. Segundo ela, um motociclista armado disparou contra o carro em que ela e seu assessor estavam na Rodovia Presidente Dutra, no Parque Novo Mundo. Léo, que é uma mulher trans, classificou o atentado como “tentativa de homicídio” devido à sua defesa de pautas LGBTQIA+. Em nota e entrevista à TV Globo, ela mencionou ter recebido outras ameaças anteriormente. A Polícia Civil investiga o caso como “tentativa de homicídio”. A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP) não se posicionou sobre a investigação. A assessoria de Léo divulgou uma nota: “Comunicamos a todos apoiadores, amigos e familiares que Léo Áquilla foi vítima de uma tentativa de homicídio esta noite. Os projéteis atingiram seu carro, mas ela não foi atingida. Estamos tomando todas as medidas cabíveis. Léo está abalada no momento, mas mesmo assim que possível se pronunciará”.

“Passou uma moto por mim, do lado direito , e bateu no meu retrovisor e parou no acostamento levei um susto e parei imediatamente no acostamento pra prestar socorro para o cara e saber se estava tudo bem. Ele veio no acostamento na contramão em direção ao meu carro. Do nada ele chegou perto do meu carro e começou a acelerar, mas aquela aceleração ensurdecedora, um barulho muito alto, e junto vi o movimento de sacar uma arma. E quando eu me abaixei ele deu o primeiro tiro, que estourou o vidro do meu carro”. O caso foi levado por Léo e seu assessor para o 73º Distrito Policial (DP), no Jaçanã, onde o caso seria registrado e investigado. As vítimas querem que os policiais identifique o autor dos disparos e apurem os motivos que o levaram a atirar e fugir. Antes do ataque, Léo e seu assessor estavam indo a Guarulhos, na região metropolitana, ver as condições de trabalho de mulheres transexuais após denúncias de que elas estavam em condições insalubres. Léo é uma mulher trans de 54 anos que atuou como repórter e apresentadora em programas de televisão. Recentemente, ela foi coordenadora de políticas LGBTQIA+ da Prefeitura de São Paulo. “Eu tenho recebido muitas ameaças porque eu combato transfobia, eu combato lgbtfobia, eu defendo mesmo a comunidade, aí eu vivo recebendo ameaças. Eu já pedi para que as autoridades me dessem escolta e ninguém acreditou em mim. Estão esperando o quê, que realmente me matem como quase aconteceu hoje?”


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