A causa da morte de Luís Leite foi insuficiência respiratória, congestão e tromboembolismo pulmonar. Familiares acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), que confirmaram o óbito no local. Após necropsia realizada pelo Instituto Médico Legal, o corpo foi liberado e deverá ser sepultado em Salvador, embora o horário e o local não tenham sido divulgados. Luís Leite, que estava sendo investigado por injúria racial, foi preso anteriormente no Conjunto Penal de Itabuna, mas foi solto em 6 de novembro após receber habeas corpus. A mesma decisão que concedeu sua liberdade também deu mais tempo para ele recorrer em liberdade. O caso que resultou na investigação ocorreu em 21 de fevereiro deste ano, quando uma auditora, mulher negra, denunciou o obstetra por comentários racistas durante uma auditoria na Maternidade Otaciana Pinto, onde ele estava de plantão. Segundo a denúncia, o médico teria afirmado que a auditora era bonita por ter “sangue branco” e, em outro momento, questionou: “Você já viu alguém com pele preta ser bonita assim? Então, se você é bonita, é porque tem sangue branco”, de acordo com a delegada Lisdeili Nobre. Em 23 de fevereiro, Luís Leite foi libertado após pagar fiança de R$ 14.120, mas foi preso novamente em outubro, sendo solto novamente após um novo habeas corpus. A defesa de Luís Leite sempre negou as acusações, alegando que ele apenas fez um elogio à auditora, o qual, segundo a defesa, foi interpretado de forma equivocada.
