A Polícia Civil da Bahia investiga o assassinato de Mateus Arruda dos Santos, de 32 anos, funcionário público da Secretaria de Saúde de Iguaí, no Centro-Sul Baiano. O corpo de Mateus foi encontrado na tarde de segunda-feira (16) em uma residência localizada na Zona Urbana de Iguaí, que funcionava como ponto de encontro. A vítima estava sem roupas e com mais de 30 facadas, o que levanta a hipótese de um crime passional, possivelmente motivado por homofobia. Natural de Ipiaú, Mateus morava em Iguaí e era bem conhecido.
De acordo com informações, Mateus havia saído de uma festa no domingo (14), acompanhado de um homem ainda não identificado. Na segunda-feira, a família percebeu sua ausência e, preocupados, amigos se dirigiram à residência. Ao arrombarem a porta, encontraram o corpo de Mateus, sem vida e coberto de sangue. Imediatamente, a Polícia foi acionada. O delegado Ney Brito Lima, coordenador da 22ª Coordenadoria de Polícia do Interior (COORPIN) de Itapetinga, que lidera as investigações, explicou: “A Polícia Civil de Iguaí, na tarde de ontem, foi informada sobre um corpo encontrado em uma residência na Zona Urbana de Iguaí”.
Ele detalhou que, ao chegar ao local, a equipe realizou o levantamento cadavérico e identificou a vítima. O delegado continuou, dizendo: “As investigações revelaram que, no domingo, Mateus esteve em uma festa e, posteriormente, saiu acompanhado de um homem desconhecido, indo para essa casa, que, segundo informações, era utilizada para encontros amorosos”. Ney Brito também informou que, diante da ausência de Mateus, a família pediu a um amigo que fosse até a residência. Ao arrombar a porta, o amigo encontrou o corpo, já sem vida e completamente ensanguentado. Foi quando ele acionou a Polícia.
O corpo de Mateus foi encaminhado ao Instituto Médico Legal de Itapetinga para perícia e ainda não foi liberado para a família. O caso está sendo tratado como possível crime motivado pela orientação sexual da vítima. Esse tipo de violência contra a comunidade LGBTQIA+ é alarmante e reflete a triste realidade do Brasil, que continua sendo o país com o maior número de assassinatos de gays, lésbicas e transexuais no mundo. As investigações seguem em andamento, e a Delegacia Territorial de Iguaí está empenhada em identificar e prender o responsável por esse crime brutal.