Jeremias Macário | um monstro

Foto: BLOG DO ANDERSON

Jeremias Macário de Oliveira | jornalista e escritor

Dizem que é um maluco, tirano, ditador ou monstro que quer ser monarca imperador. Arvora-se a ser presidente do planeta com seus decretos destrutivos, excludentes, homofóbicos, xenófobos e racistas. É uma ameaça à sua própria República, como foi o romano Júlio César nos anos 40 a.C. que queria ser rei. Em seu favor, conta com um monte de seguidores e apoiadores bilionários, como o Hitler nazista. Mais maluco foi quem nele votou e criou a criatura maligna do fim do mundo, justamente aqueles que foram menosprezados e considerados como lixo humano. Não foi por falta de aviso porque ele expôs todas suas maldades durante a campanha eleitoral. Um cara que quer anexar o Canadá, tomar a Groelândia e o Canal do Panamá só pode ser um louco. Por que essas vítimas de exclusão votam em seus próprios algozes do tipo nazifascistas com índole de destruição dos mais fracos e menos assistidos pelo Estado, como tem ocorrido no Brasil? Será a Síndrome de Estocolmo onde o sequestrado passa a ter afeto pelo sequestrador, ou a humanidade deixou de acreditar nos governos passados que muito prometeram e pouco fizeram?

Nos últimos anos estamos presenciando uma onda violenta de extremismos, ódio e intolerância dominando vários países, inclusive na Europa, através de governos tiranos e altamente conservadores que repudiam refugiados, os mais pobres, as minorias e, principalmente, as democracias e as liberdades. São os profetas das trevas, ou os AntiCristos.

Não fossem as leis de concessões de uma Constituição, que precisa ser revista, muito dinheiro e poder, bem que o bicho estranho da mitologia grega poderia estar isolado numa jaula como animal de sete cabeças altamente perigoso, assassino e mortífero. Mesmo com tantos processos e ter incitado uma invasão ao Capitólio, o monstro conseguiu se eleger presidente.
Com a Bíblia numa mão e a outra na perversidade de cada vez mais perfurar petróleo e outros combustíveis fósseis, o monstro nem está aí para as mudanças climáticas do aquecimento global e manda agredir o meio ambiente porque quer acumular riquezas e bens de capital para tirar os Estados Unidos do grande buraco.
Como tantos outros na história das civilizações humanas, trata-se de um império em queda desde o final da Guerra Fria. A tendência é o isolamento e, para que isto ocorra, basta um acordo entre os mais poderosos. O monstro está sendo o mentor do suicídio da sua própria nação.

Nos últimos anos, entre os países mais desenvolvidos do mundo, os Estados Unidos foram os que mais sofreram quedas nos índices de desigualdade humana. Na verdade, é um império em declínio, e o monstro agora joga toda culpa nos imigrantes, como Hitler culpava os judeus no meado dos anos 30.

Com sua decadência, os Estados Unidos agora estão pagando pelo que fizeram no passado como imperialistas, quando massacraram milhões de pessoas com suas invasões sangrentas e incentivaram ditaduras por todas as partes do planeta. Sua presunção de superioridade está chegando ao fim. Aliás, o Trump monstro e coveiro é o início do fim.

Os Estados Unidos são hoje uma nação dividida e, as ações do monstro Trump, afetam o social e os direitos humanos, comprometendo a segurança nacional com aumento da violência. Suas ameaças de taxação de 100% das exportações dos países do BRICS (Brasil, África do Sul, Índia, Coréia do Sul, Rússia e outros que acabaram de entrar na organização) são mais demonstração de fraqueza que de força.

Este monstro, ou AntiCristo, está mais para coveiro de uma República enfraquecida do que um salvador da pátria. Tripudia o Brasil como se fosse um lixo, de que eles não precisam de nós, mas o pior é que nós brasileiros sempre carregamos a pecha de vira-latas, como disse o escritor Nelson Rodrigues, e nos submetemos às suas regras.

O Brasil Colônia imitava a França e depois passou a ser o Brasil dos Estados Unidos. Um turista ianque entra em nosso país com a maior facilidade e ainda estendemos tapetes vermelhos para eles. Quando é o contrário, o brasileiro se humilha nas embaixadas e consulados para tirar um passaporte e viajar para a terra do Tio Sam.


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