Desenvolvimento Rural | 4ª Semana do Produtor de Leite de Vitória da Conquista reúne quase trezentos participantes

Fotos: SECOM | PMVC

A 4ª Semana do Produtor de Leite de Vitória da Conquista movimentou o Distrito de José Gonçalves neste sábado (12), com uma programação intensa de palestras, oficinas e troca de experiências entre produtores, técnicos e especialistas. O evento aconteceu na Fazenda Tio Júnior e reuniu quase 300 participantes, com o objetivo de fortalecer a cadeia produtiva do leite na Joia do Sertão Baiano, que ocupa a 7ª posição entre os maiores produtores do Estado da Bahia. Durante a abertura, o secretário municipal de Desenvolvimento Rural, Breno Pereira Farias, destacou os investimentos realizados pelo Governo Municipal de Vitória da Conquista no setor.

Segundo ele, “temos intensificado os investimentos na Zona Rural, com projetos voltados para o melhoramento genético do rebanho, como o Programa Mais Pecuária Brasil, que oferece mais de 600 doses de inseminação artificial por ano, visando aumentar a produtividade. Além disso, contamos com uma equipe de quatro veterinários que prestam assistência técnica contínua aos produtores”. O vice-prefeito Aloísio Alan Costa Fernandes reforçou o compromisso da gestão municipal. Ele comentou que “estamos sempre ao lado dos produtores rurais, levando informação e tecnologia para aumentar a capacidade de produção, proporcionando condições para que vivam e cresçam com a atividade leiteira”.  A presidente da Associação dos Produtores de Leite do Sudoeste da Bahia (APROSULBA), Francielle Farias, conduziu a palestra

“Produção de Leite dos 30 aos 300 Litros” e reforçou a importância da capacitação técnica. Para ela, “essas trocas reforçam a necessidade de investir em genética, alimentação balanceada e práticas sanitárias adequadas, contribuindo para o aprimoramento da atividade no semiárido”. Na sequência, a zootecnista e instrutora do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), Hellenn Cardoso, falou sobre os desafios da gestão nas propriedades. Ela explicou que “a gestão é fundamental para a sustentabilidade da atividade. Um dos principais erros cometidos é a falta de controle financeiro. muitos não registram os gastos e lucros da propriedade”.

Segundo Hellenn, “descuidos como não anotar datas de nascimento dos animais, ignorar o calendário vacinal e não balancear a alimentação por lotes comprometem significativamente o retorno econômico da bovinocultura leiteira”. O produtor e empresário Alírio Júnior, responsável pelo Laticínio Tio Júnior e anfitrião do evento, compartilhou sua trajetória. Ele disse que “é uma tradição que veio de pai para filho. Quando comecei, nem sabia o que era um laticínio. Nossa maior dificuldade era comercializar o leite. Iniciamos com 800 litros por dia e hoje agregamos mais de 30 produtores locais. Também temos parceria com outros 10 produtores para aquisição de vacas. Atualmente, produzimos iogurte, queijo mussarela, manteiga e leite pasteurizado, gerando renda e impactos positivos na Zona Rural”. A produtora Rosimeire Amaral, do povoado da Batalha, também contou sua experiência. “Me mudei para a Zona Rural e começamos com algumas vacas.

Hoje, temos cerca de 70 cabeças de gado e estamos produzindo doce de leite artesanal no Curral da Pedra”, relatou. Da comunidade de Pedra Branca, Fernando Bezerra falou sobre o uso da palma como alternativa alimentar. “Vendo leite para um rapaz do povoado da Caiçara. Aqui no semiárido, a gente planta palma para ajudar na alimentação do rebanho. Já participei de outras edições para assistir às palestras de Paulo Suassuna sobre o cultivo da palma”, contou.  A realização é da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural (SMDR), em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE).

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