O paraibano Moisés Mendes de Figueiredo, 61, mora em Vitória da Conquista há quase 37 anos e trabalha como segurança em empresas privadas há 27. Nos últimos quatro anos, ele exerce a mesma função, entretanto, no serviço público municipal. Moisés fez o concurso público de 2007 e foi chamado na última convocação. Ele passou dois anos no Hospital Esaú Matos e, em seguida, foi ser agente de segurança no Conselho Tutelar, que há um ano funciona no Centro Integrado dos Direitos da Criança e do Adolescente. >>>>>
O agente diz que ficou muito alegre por ter criado novos vínculos de amizade. “A minha família cresceu de repente aqui no conselho. As pessoas são muito boas, me sinto bem”. Sobre o novo espaço em que trabalha, o agente opina: “O que tenho visto é que muitas pessoas que chegam aqui desesperadas saem tranquilas, com sorriso no rosto devido ao atendimento que elas recebem.”
E foi graças ao trabalho no Centro Integrado que, o paraibano conduziu a Tocha Olímpica, no último dia 20, na cidade que o acolheu. “A tocha foi uma surpresa muito gratificante pra mim. Uma experiência única. Minhas filhas ficaram muito satisfeitas”, lembrou. O Centro Integrado foi ponto de concentração dos condutores do Revezamento e por um dos selecionados ter desistido de última hora, os organizadores do evento fizeram questão de convidar seu Moisés.
Família – O então jovem Moisés conheceu Vitória da Conquista através de um dos seus irmãos que aqui residia. Quando terminou as férias, ele voltou a sua terra natal, pediu demissão do trabalho e foi para Salvador. Lá, passou dois anos e, em 1979 veio para Conquista e “até hoje estou”. Aqui, ele se tornou segurança e constituiu família.
Pelo pouco conversado, dá para perceber que o bem valioso de seu Moisés são suas duas filhas e seus quatro netos. “Eles são tudo o que Deus me deu. Eu valorizo muito”. Moisés foi casado com Jaci de Jesus Oliveira por 36 anos. Ela faleceu a cerca de dois meses aos 55 anos de idade. “Mas estou dando continuidade a vida”, diz com a voz embargada.
Inclusive, Moisés pretende continuar participando do trabalho social da igreja que frequenta e do qual participava com sua esposa. Aos domingos à tarde, seu Moisés costumava ir com dona Jaci para os povoados atendidos pregar sua fé cristã. “Estou meio parado, mas pretendo continuar. É muito gratificante”.
Outro momento que o faz sorrir e o preenche é a companhia de seus netos. “Eu sou uma pessoa muito caseira e com as crianças é que não saio mesmo. Quando estou de folga é com eles. Aonde vou, eu os levo. Não consigo andar só”. Eles vão ao shopping, parques e aos cultos da igreja evangélica que frequenta, no bairro Guarani, onde ele vive desde que aqui chegou.