Norte de Minas Gerais: pastor preso por estupro tem prisão prorrogada em Montes Claros

Foto: Michelly Oda | G1
Foto: Michelly Oda | G1

A Polícia Civil pediu, nesta segunda-feira (14), a prorrogação da prisão do pastor investigado por abuso sexual de uma criança de cinco anos em Montes Claros, no Norte de Minas Gerais. Ele foi preso no dia 13 do mês passado, durante o cumprimento de mandado de prisão temporária, mas com pedido da Delegacia de Mulheres, responsável pela investigação, a prisão foi prorrogada por mais 30 dias. De acordo com a delegada Karine Costa Maia, a investigação já identificou pelo menos mais uma pessoa que teria sido abusada por João da Silva. A delegada conta que o crime aconteceu quando João da Silva fazia curso de pastor na capital mineira. “A vítima é de Belo Horizonte. Ela nos procurou e os relatos se assemelham com o caso daqui de Montes Claros. Este caso foi repassado para a Polícia Civil de Belo Horizonte, pois já faz algum tempo que ocorreu e hoje a vítima é maior de idade”, afirma a delegada. O inquérito que investiga o crime em Montes Claros aguarda um laudo psicológico da criança e deve ficar pronto nos próximos 30 dias. Confira a reportagem do G1.

O advogado Pedro Banabé, que atua na defesa do pastor no inquérito instaurado em Montes Claros, afirmou estar ciente da prorrogação e a considera um trâmite comum durante o processo investigativo. “Isso é comum quando não se consegue concluir o inquérito. Creio que ainda não tenha provas suficiente para indiciá-lo. Nós também já pedimos a revogação da prisão dele e esta semana devemos ter uma resposta”.

Entenda o caso

João da Silva era pastor secundário em uma igreja evangélica no Bairro Roxo Verde em Montes Claros. Os abusos contra a menina de cinco anos eram cometidos dentro da igreja, onde ele lecionava aulas particulares de inglês para a criança.

Na época, a Polícia Civil afirmou que os pais desconfiaram do crime após a criança demonstrar desinteresse em participar das aulas. Ela alegava que “o tio João fazia bobagens com ela”. Após acompanhamento psicológico, os pais observaram os desenhos feitos pela criança e perceberam que havia algo errado. Eles denunciaram o caso e a Justiça decretou a prisão temporária do pastor.


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