A renúncia de Luciana Santos Silva da presidência da Ordem dos Advogados do Brasil, Sucessão de Vitória da Conquista, virou polêmica. A professora doutora da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) deixou a Ordem para ser pré-candidata a vice-prefeita da Frente Partidária União e Reconstrução por Conquista [PT, PCdoB, PV, PSB, PSD, PSOL e Rede], encabeçada pelo deputado federal Waldenor Alves Pereira Filho (PT-BA). Nesta segunda-feira (17), a própria Luciana falou sobre o assunto durante entrevista ao UP Notícias, acompanhada e gravada com exclusividade pelo BLOG DO ANDERSON. “Eu falo isso com muita tranquilidade, não tenho dúvida nenhuma de que foi feito tudo dentro da Lei. A renúncia, não vou falar nem que é um direito que me assiste, mas é uma exigência da Legislação Eleitoral, cumprindo prazo, cumprindo a Lei. Então, não é a primeira vez que isso ocorre na OAB. O que me estranha é que, a primeira vez por uma mulher, aí a gente vê a questão de gênero, a gente sempre sendo criticada por nossas escolhas, que é uma forma de dizer: o seu lugar não é aqui. E toda vez que escuto que o seu lugar não é aqui, seja de forma direta ou indireta, isso me faz andar e me faz caminhar.
Então, a minha saída da OAB foi em cumprimento da Legislação e essa minha saída também gera consequências e que essas consequências são normatizadas pela OAB. Então, diante da renúncia, quem me substituirá ou qualquer outro que pediu em todo ano de eleição à OAB passa por isso”, declarou Silva. Ainda conforme a pré-candidata, “vamos ter eleição no próximo ano e esse mandato tampão, existem regras na OAB que foram cumpridas. E aí o que me estranha quem questiona essa regra é que, se não fosse cumprida, também haveria questionamento. Então avaliar aí tanto conhecimento como a boa-fé”. O Conselho Pleno da Ordem dos Advogados do Brasil da Bahia, em uma sessão híbrida extraordinária realizada na quarta-feira (12), elegeu, por ampla maioria, o advogado Wendel Santos Silveira para o cargo de presidente da Subseção de Vitória da Conquista. O advogado e ex-presidente da Ordem por duas vezes, Gutemberg Macêdo Júnior, contesta e entrou com uma ação para cancelar esse processo eleitoral classificando como indireta sem ouvir a classe. classificando como indireta sem ouvir a classe. Para ele, o vice-presidente eleito com Luciana deveria ocupar o cargo até um novo processo de escolha.