Jeremias Macário

Jeremias Macário trabalhou 38 anos como jornalista (15 destes em Conquista). Foto de 1991, quando aqui chegou
O “cão de guarda” da história do Jornalismo conquistense

Por Luís Fernandes

Jeremias Macário de Oliveira, natural de Piritiba (BA), nasceu no dia 11 de fevereiro de 1947; se diplomou em Comunicação com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) em 1973 e, depois de militar por muitos anos em Salvador, assumiu a Sucursal de Vitória da Conquista do jornal A Tarde em 1991, onde trabalhou até se aposentar em 2005, após 38 anos de Jornalismo. Foi “cão de guarda” a vida toda, pois fazia Jornalismo Realista, sem ideologia, sem partidarismo. Ético acima de tudo, defende o jornal-empresa, aquele que não fica refém de prefeituras.

Vivaldo Mendes: Um dos grandes edis do passado

                       
Por Luís Fernandes
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Vivaldo Mendes Ferraz nasceu no ano de 1917. Foi um dos fundadores do Diretório Municipal da extinta União Democrática Nacional, sob cuja legenda se elegeu vereador por duas legislaturas. Foi presidente da Câmara Municipal, militando nas hostes juracisistas. Protestante, faleceu no dia 2 de outubro de 1973, sendo enterrado na fazenda “Quatis”, de propriedade da família. Era pai de Vivi Mendes.  

Pequenas Notas

 Tudo acaba bem quando começa bem

Por Paulo Pires 

O vídeo com pronunciamento da professora Amanda Gurgel do Rio Grande do Norte exibido pelo You Tube está dando o que falar. Não podia ser diferente. A sinceridade, a eloqüência, os dados reais, as imagens verdadeiras e as cenas descritas pela pedagoga provocam impressões fortíssimas em quem o assiste.  É pungente e verdadeiro. Não diria verdadeiro demais porque a verdade nunca excede. Somos uma Nação jovem com um povo jovem e um grande defeito: A maioria das nossas estruturas ainda não está preparada para atender a um mundo complexo que requer e exige dignidade, agilidade, compromisso e menos veleidades. Percebemos isso quando terminamos de assistir a fala da professora.  Chegamos a uma óbvia constatação: Nossos erros ainda estão muito presentes, nossas falhas são muito gritantes e os defeitos de nosso passado parecem nos perseguir como espectros da maldição de começar mal aquilo que deveria ter sido feito buscando o bem (tendo a perfeição como meta).

Parada Gay: André Cairo sai de Supergay

O presidente do Movimento Contra a Morte Prematura (MCMP), André Cairo, chamou a atenção de dezenas de pessoas que foram à II Parada do Orgulho de ser LGBT (Parada Gay) que aconteceu neste sábado (21) em Vitória da Conquista. Fantasiado de SuperMan, Cairo levou uma placa com os dizeres: Gay não SuperGay; Gaysão. Na primeira Parada Gay, André saiu de Batgay, na segunda de Supergay, já para terceira ele ainda não informou qual dos seus quarenta e cinco personagens sairá do armário para avenida.

Fotos: Rubenildo Metal

Academia do Papo

A derrota da máscara (2)

Por Paulo Pires

David Nasser, o fecundo jornalista da revista O Cruzeiro, foi contratado pelo endiabrado Assis Chateaubriand por intermédio de uma rapidíssima entrevista. Doutor Assis, como gostava de ser chamado, depois de fazer perguntas sobre jornalismo, pediu-lhe que mostrasse seu talento fazendo ali “na perna” uma crônica sobre Deus. Nasser, que também parecia ter pacto com outras entidades, olhou firme para o futuro patrão e perguntou: “A favor ou contra?”.  O dono das Associadas, surpreso pela audácia do moço, disse, bem ao seu estilo: “Tá contratado!”. Isso mesmo. Nasser nem precisou escrever o texto; sua resposta já dava a entender como ele se comportaria na função de jornalista. O homem escrevia sobre os mais variados assuntos e tão importante quanto isso, o fazia em belo estilo.  O Brasil que lia a revista ao abrir O Cruzeiro procurava a crônica de Nasser e se espantava com o inusitado de suas colocações. Ao longo da vida e apesar do bom estilo, Nasser colheu grandes amizades e também muitos desafetos. A vida é assim mesmo. Ninguém pode agradar a gregos e troianos. Ou, como disse o Padre Vieira: “Ninguém pode agradar a dois senhores ao mesmo tempo”.

Giorlando Lima

 
                              
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Por Luís Fernandes
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Giorlando Lima, natural de Jacobina (BA), tendo morado ainda em Feira de Santana e Jequié, chegou a Vitória da Conquista em 1984, enviado pelo jornal A Tarde para auxiliar o saudoso Hélio Gusmão. Em Conquista, onde ficou por 22 anos, trabalhou ainda no jornal Tribuna da Bahia e foi editor e redator dos jornais “Parlamento” e “Diário do Sudoeste”, além de fundador do jornal “Folha de Conquista” em 1990. Editou ainda a revista Conexão no final dos anos 90 e foi chefe de Jornalismo da TV Sudoeste de Vitória da Conquista e da TV Santa Cruz de Itabuna (BA). Hoje mora em Salvador (BA). Giorlando atua na área de comunicação desde 1978. Começou no jornal “A Palavra”, depois foi para o “Correio da Serra” até experimentar o rádio, na “Rádio Clube Rio do Ouro”, todos de Jacobina. Em Feira de Santana trabalho no jornal “Feira Hoje” e na revista Panorama da Bahia. Giorlardo é, pois, outra figura muito inteligente do Jornalismo Baiano; suas matérias geralmente são bem articuladas; seu texto é crítico e até polêmico, mas quase sempre acima da média dos jornalistas baianos.

Parada Gay: André Cairo sai de SuperGay

Foto: Blog do Anderson

O ativista André Cairo, presidente do Movimento Contra a Morte Prematura (MCMP), foi uma das principais atrações da I Parada Gay de Vitória da Conquista onde saiu de BatGay. Já para esta segunda edição, que acontece neste sábado (21), Cairo confirmou sua presença e informou que sairá em ritmo dançante de SuperGay, em defesa da diversidade.

Atos de Governos

Atos de Governos: um decreta a liberdade dos escravos, o outro a servidão de professores.

 Por Itamar Pereira de Aguiar

Prof. Dr. DFCH/UESB

 No dia 13 de maio há 123 anos, a princesa Isabel através da lei imperial nº 3.353, decretou a libertação dos escravos e o povo de santo em agradecimento saiu às ruas e festejou com um “Bembé”, o “Bembé” do mercado de Santo Amaro. Em 13 de maio último, sexta-feira dia de Oxalá que para os adeptos dos candomblés é sincretizado com Senhor do Bonfim faz, exatamente, 94 dias que o governo Wagner publicou o decreto 12.583 em 9 de fevereiro de 2011, institucionalizando a intervenção nas universidades. Em resposta ao famigerado decreto que avilta a AUTONOMIA e tenta submeter os estudantes, professores e funcionários a um regime de controle autoritário e, porque não dizer “escravocrata”, os professores da UESB antecedidos por diversas paralisações organizadas pelos estudantes, entraram em greve que já perdura há um mês e 5 dias. No dia 28 de abril, de modo irregular e covardemente, Wagner cortou os salários dos professores da UESB, UEFS e UESC, o que já dura, 15 dias. A UNEB após as demais também entrou em greve. A resistência vem crescendo e o desgaste do governo aumentando. 

Academia do Papo

A morte da elegância – conquistenses ilustres

Por Paulo Pires

Com o falecimento de Dalmar Gusmão, sexta feira 13 de maio/2011, pode-se afirmar com segurança [e tristeza] que o charme masculino conquistense dos anos 50, 60 e 70 está desaparecendo do nosso Planalto. Dalmar era filho de Ariovaldo Fernandes, que junto a Jeremias Gusmão [seu cunhado], Aureomar, Ziziu, Bebé, Wellington Mendes e Osvaldo Santos Mello, formavam aquele santuário de grandes pecuaristas. Ao lado de outros grandes amigos da região de Itambé e Itapetinga como Zé Caixeiro, Zeca Espinheira, Jovino Oliveira, Waldemar Holanda, Cori Moreira, Pequeno e Belizário Ferraz entre outros, esses senhores constituíram-se em verdadeiras lendas da criação bovina baiana.

Ato Arbitrário: um atentado à autonomia universitária

Por Itamar Pereira de Aguiar
Professor doutor  DFCH/UESB

No dia mundial da Dança, 29 de abril de 2011 o governador Wagner nos retirou pra dançar e recebeu uma “mala”. Sem qualquer aviso prévio, em um dos seus delírios encaminhou à imprensa baiana um comunicado dando conta das realizações do seu governo, do quanto tem feito pelas Universidades Estaduais, pelos seus servidores, numa tentativa desastrada e autoritária de justificar o corte dos salários dos professores da UESB, UEFS e UESC. Tal medida, no entanto, não atinge apenas aos professores, mas, a toda economia do Estado, uma vez que os docentes com os seus salários covardemente cortados, não terão como honrar os compromissos assumidos com as instituições financeiras, comerciais, com os planos de saúde, os seus sindicatos, além das dificuldades para pagar aluguel e manterem suas famílias.

Paulo Nunes

Paulo Nunes no auge do jornal “Hoje”, quando ainda tinha cabelo
Um dos maiores nomes do Jornalismo da Bahia dos últimos 20 anos
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Por Luís Fernandes

Desde que desembarcou na mídia em abril de 1987 Paulo Nunes da Silva transformou-se numa das mais conhecidas figuras da mídia baiana. Parte desta “fama” ele construiu, de certo modo, pela agenda que acabou sendo obrigado a montar ao adquirir filling para o Jornalismo. Agenda que, por sinal, cresceu substancialmente com seu ingresso no “Rádio”. No pico, ele chegou a incomodar muita gente e a agradar muito mais. Acusado de não dar vida fácil aos desafetos (que são pouquíssimos!), na sua defesa diz que nunca atacou quem quer que seja, apenas reagiu às tentativas de assalto ao poder a qualquer custo. De todo modo, tem hoje contra si o radialista Hérzem Gusmão.

O Governo do Estado e a Greve nas Universidades

Foto: Blog do Anderson

O Governo do Estado e a Greve nas Universidades – A nota paga do Governo.

Por Ruy Medeiros

A direita está exultante e satisfeita com o Governo Jacques Wagner: participa do Governo e procedimentos deste são aqueles recomendados por partidários do reacionarismo. No entanto, parte da direita diz o contrário daquilo que pensa, por evidente disputa de espaço na sociedade. É o atual caso da greve nas universidades. O que o governo tem feito em relação à greve é exatamente o que os anteriores governadores faziam.

Cadete: De lambe-lambe a fotógrafo digital

 

Por Luís Fernandes

Entre os nordestinos que vieram para Vitória da Conquista a partir da segunda metade da décda de 40 está o paraibano Antônio Francisco da Costa Neto ou simplesmente Cadete, como é chamado, natural do município de Uiraúna (Paraíba), onde nasceu no dia 27 de maio de 1933, no “Sítio Gracejo”. Aos 8 anos de idade foi morar no “Sítio Coaty” e, depois, no “Sítio Bom Jesus”, ambos no município de Luiz Gomes, no estado do Rio Grande do Norte, onde trabalhava na lavoura e, nas horas vagas, aprendeu os ofícios de carpinteiro, artesão de couro e alfaiate. 

Retrocesso à Liberdade

Por Ezequiel Sena

Na opinião de muitos historiadores a biografia da vida nunca fala a verdade por inteiro. Como também seus protagonistas nunca dizem tudo. Em contrapartida as coisas vão e voltam, com títulos e olhares diferentes. A intenção desta abertura é para comentarmos sobre um movimento solitário de militares remanescentes do golpe de 64 que se articulou judicialmente para retirar do ar a novela “Amor e Revolução” escrita por Tiago Santiago, em exibição desde 04 de abril último, pela emissora SBT. Sabemos que a luta por audiência é acirrada e às vezes desonesta, principalmente quando alguma programação alcança índices surpreendentes e causa incômodo no tradicionalismo; contudo, não se pode negar a importância desta iniciativa de transformar em novela os momentos que marcaram a nossa história, ainda que sejam sombrios.    

Dia do Trabalho e o partido da contradição

           *Por Frederico Cabala

Creio que o grande dilema enfrentado pelo segundo partido de maior força no Brasil, o Partido dos Trabalhadores, seja a ausência de um diálogo com seu passado, eufemismo que pode ser traduzido em incoerência e desrespeito com o próprio trajeto histórico. O PT é filho das greves fabris e carrega no nome a causa trabalhista. Mas, como advertiu Chico Buarque, em A Banda: “para o meu desencanto o que era doce acabou”. O Partido que outrora chamava atenção pelas paralisações generalizadas e pelo movimento sindical é o mesmo que, atualmente, corta salários e proíbe reivindicações quando professores de universidades estaduais legitimamente decidem se manifestar em face das determinações do governo. Tal atitude, que contraria o preceito constitucional (artigo 37, VII, da CF/88) e combate o direito fundamental do salário, remete a tempos que a Bahia não gostaria de reprisar. Diferentemente do despersonalizado PT, o 1° de Maio de 2011 nada deve diferir do seu ponto de partida, registrado no mesmo dia do ano de 1886, ocasião em que a voz dos trabalhadores pôde ser ouvida e atendida a partir das reivindicações ocorridas no centro urbano industrial de Chicago. O 1° de Maio de agora deve ser pautado nos assalariados que, mesmo sem salários, não se rendem e não se cansam de gritar em nome da dignidade da categoria.  

 Frederico Cabala é estudante de jornalismo. [email protected]

Com aeroporto Conquista poderá ser subsede da Copa

Foto: Blog do Anderson
José Maria Caires é presidente do Movimento Conquista Pode Voar Mais Alto

Por José Maria Caires

O aeroporto de Vitória da Conquista, cada dia mais próximo, apesar de ser uma reivindicação antiga, nos últimos anos houve uma grande evolução no andamento da concretização do sonho da região.

Com:

1-recursos assegurados no orçamento, 2-área definida e em processo de desapropriação, 3-projeto executivo concluído, 4-licença ambiental em fase de conclusão, resta agora, mais uma vez a união de todos os segmentos para cobrar do Governo agilidade no edital de Concorrência Pública para contratação da empresa de Construção. Estima-se que em 24 meses após a licitação, a obra poderá ser concluída, há até quem acredita na possibilidade de uma redução nesse prazo, um exemplo dessa possibilidade, foi do aeroporto de Lençóis aqui mesmo na Bahia, que foi construído em 10 meses. Apesar do questionamento da existência de uma pequena área de MATA DE CIPÓ que poderia emperrar a licença ambiental, essa possibilidade foi totalmente descartada pelo Instituto do Meio Ambiente (Ima), que inclusive já realizou apresentação do projeto no local da obra, discutindo os impactos com a sociedade envolvida. O aeroporto será construído numa área totalmente desmatada, sendo necessária apenas a limpeza e regularização do terreno. Queremos, portanto agradecer mais uma vez o apoio de todos os partidos políticos, de todos representantes da sociedade civil organizada, dos clubes de serviços, das entidades de classe e, sobretudo da imprensa escrita, falada e televisada em prol desse grande projeto que transformará nossa Região.

Vicente Cassimiro

Um dos melhores advogados de Conquista de todos os tempos
Por  Luís Fernandes.
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Vicente Cassemiro, paraibano de nascimento (natural de Itaporanga), depois de estudar Contabilidade em João Pessoa (1958/1960) e no Rio de Janeiro (1960/1963), ingressa na Faculdade de Direito Cândido Mendes em 1967, concluindo ali o curso de Bacharelado em Ciências Jurídicas em 17 de dezembro de 1971, vindo para Vitória da Conquista em janeiro de 1972 para exercer a profissão de advogado. Além de causídico, Cassemiro é ainda cronista, poeta e orador, sendo um dos fundadores da Academia Conquistense de Letras. Vicente tem um dos melhores textos jurídicos da Bahia, com petições bem formatas e formuladas, com profundo conhecimento redacional, jurídico e intelectual.  

O primeiro zonofone de Vitória da Conquista

Rotondano trouxe o primeiro aparelho para Conquista em 1912
Por Luís Fernandes
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O italiano de nome João Rotondano, comerciante, residente na “Rua dos Fonsecas”, trouxe de Salvador (naquele tempo chamada “Bahia”) para esta cidade o primeiro “Zonofone” ou “Fonógrafo” visto em Conquista. Foi a maio novidade do ano de 1912. O fonógrafo repete, com precisão, as peças que nele forem recolhidas, reproduzindo corretamente as palavras com o timbre de voz natural, bem como o som de qualquer instrumento. Esse instrumento causou grande espanto na cidade e foi o precursor do toca cd. Os meninos tinham medo; quando a “caixa-falante” funcionava corriam; as velhas diziam que “aquilo era coisa do capeta”. Rotondano cobrava dois tostões de cada pessoa para fazer funcionar o “zonofone”.

Naldo, o Maitre

Um dos melhores meio-campistas da história do futebol baiano

Por Luís Fernandes

Marinaldo Dias Bacelar, o “Naldo”, um dos melhores jogadores de futebol de Vitória da Conquista de todos os tempos, nasceu no dia 1º de fevereiro de 1949, na “Rua da Boiada” (atual “Rua João Pessoa”). Começou sua carreira no “União” do professor “Sana”, por volta de 1965; depois foi para o “Humaitá” de “Zé Maria” ser o nº 8, o famoso “garçom”, pois servia muito bem aos seus colegas para fazer o gol. Aliás, mais que “garçom”, ele era um verdadeiro maitre (o mestre), que organizava todo o meio-de-campo do time.

Em 1968 foi para o “Conquista” e aí ele se despontou de vez como um grande craque. Num jogo contra o Galícia em 1969 ele foi chamado de craque por nada mais nada menos Nilton Santos (a “Enciclopédia do Futebol”), pois o melhor lateral direito do mundo, na época, era técnico do Galícia. Nesse jogo o Conquista ganhou do Galícia por 4X1 (2 gols de Naldo e 2 de Piolho). Detalhe: um dos gols de Naldo foi um “golaço”. Depois Naldo jogou ainda no Cruzeiro de Belo Horizonte em 1971, no América do Rio em 1972, no Botafogo de Salvador em 1973 e no Atlético de Alagoinhas em 1974. Encerrou cedo sua carreira, ainda nos anos 70, deixando uma grande lacuna no futebol baiano.

Rodovia Conquista-Itambé: Inaugurada nos anos 1930

Inauguração da estrada estadual Vitória da Conquista/Ilhéus, em frente ao busto do presidente Vargas, na Serra do Marçal, no ano de 1940

Por Luís Fernandes

Com a ligação desta cidade a de Jequié, pela estrada de rodagem, o fazendeiro Gentil Flores, com o apoio de outros companheiros como Henrique Brito, Flaviano Ferraz, Rogério Gusmão, Osório Ferraz e José Galdino da Luz, tomou a deliberação de ligar esta cidade a de Itambé por uma rodovia, passando pela ladeira do Marçal. Sem auxílio de engenheiros foram feitas sondagens do terreno por Flaviano Ferraz e em seguida iniciada a construção. Na ladeira da California foi construída uma ponte com mais de 20 metros de comprimento sobre o córrego Periquito. No mês de junho de 1931 os automóveis fonfonavam pelas ruas de Itambé, procedentes de Vitória da Conquista. Em 1940 seria inaugurada a rodovia Conquista/Ilhéus.