Sinhozinho do “Salão Bahia”

Sinhozinho, com 24 anos, quando abriu o
“Salão Conquista” em 1954
.
Por Luís Fernandes
.
Um dos mais antigos cabeleireiros de Conquista
.
Odilon José da Silva, mais conhecido como “Sinhozinho”, nascido no dia 8 de junho de 1930, foi o primeiro de três irmãos a tornar-se barbeiro e cabeleireiro (os outros dois foram Clarindo e Antônio).  Sinhozinho começou sua profissão em 1954 no Lindoya, juntamente com João Andrade, quando fundaram o “Salão Conquista”. Lá ficaram mais ou menos um ano até mudar-se para a Rua Zeferino Correia (onde hoje é o prédio do “Real Palace Hotel”). Nesta época trabalhavam no Salão Antônio Pernambucano, Gildásio Almeida (Dadá), Zacarias e Valmick.
.
“Sinhozinho” em 1970, um ano após a abertura
do “Salão Bahia”
.
Em 1969 Sinhozinho mudou para o outro lado da rua (onde hoje é a Esplanada) e fundou o “Salão Bahia”, junto com Antônio. Zacarias, no entanto, continuou com o “Salão Conquista”. No final dos anos 80 mudou, definitivamente, para a “Rua Valdemar Sá Porto” (no conhecido “Beco da Tesoura”). Hoje ele divide seu espaço com dois filhos (Messias e João), um cunhado (“Tonhezinho”) e mais dois amigos (“Dema” e Urandi).  Sinhozinho é, com certeza, um dos mais antigos barbeiros e cabeleireiros de Conquista.   

Superintendência da Caixa: MCMP jogou pesado

Foto: Blog do Anderson

Com o anuncio da Superintendência da Caixa Econômica Federal em Vitória da Conquista, o cenário politico foi movimentado na cidade com vários políticos alegando ser o autor do projeto. O primeiro foi o deputado Waldenor Pereira, depois o Ministro Mário Negromonte, seguido por Geddel que disse ter sido o radialista Herzem Gusmão. No portal da Prefeitura Municipal, informa que o prefeito Guilherme Menezes pediu uma audiência com o presidente da Caixa, e foi representado pelo deputado Marcelino Galo. Já nesta segunda-feira (11) surgiu outro personagem nesta história. Trata-se do presidente do Movimento Contra a Morte Prematura (MCMP), André Cairo, que afirma ter trabalhado nos bastidores. “Esse negócio de pai da criança passa muito distante do meu ego, por que a maioria das pessoas que trabalham com ego não conseguem atingir um patamar superior. Pra que essa preocupação de ficar jogando confetes, eu fiz isso ou aquilo. Na realidade a nossa parte foi feita e ai os resultados estão. As pessoas conscientes sabem muito bem que a importância dessa Superintendência foi o trabalho que fizemos. O nosso trabalho foi pesado!”, afirmou Cairo.

Eleita Comissão Arquidiocesana Universitária

Foto: Elton Quadros

Neste domingo (10) durante o Encontro Arquidiocesano de Universtários Católicos, realizada neste final de semana em Vitória da Conquista, aconteceu a eleição da Comissão Arquidiocesana da Presença Cristã Universitária. Com a presença de mais de 140 universitários, a Comissão conta com os seguintes empossados: Elton Becker (Coordenador Geral), Mírian Carla (vice-coordenadora), Luiz Carlos (Secretário), Cibele (Tesoureira) e como suplentes foram eleitos: Caio Barbosa, Elis e Márcio Esquivel. Empossada domingo a Comissão Arquidiocesana da Presenção Cristã Universitário realizará brevemente a criação dos núcleos paroquiais da PCU e deverá pautar seu trabalho em cinco dimensões: Ciência e Fé, Missão e Caridade, Espiritualidade, Fraternidade e Cultura e Arte. O mandato da atual gestão da Presença Cristã Universitária durará até o primeiro semestre de 2013 com a realização de um novo Encontro Arquidiocesano dos Universitários Católicos.

(Elton Quadros)

Dilson Ribeiro

Dilson Ribeiro em 1954. Foto: cortesia de
Lafayette Spínola (irmão de Fernando Spínola)

Dilson Ribeiro: Quem inaugurou a aviação comercial e a telefonia de Conquista
.
Por Luís Fernandes
.
Dilson Ribeiro de Oliveira nasceu na cidade de Jequié (BA), em 21 de junho de 1924. Filho de Ralph Fernandes de Oliveira, descendente direto do Coronel de Milícias João Gonçalves da Costa (5ª geração), fundador de Vitória da Conquista. Seu pai é filho do Coronel José Fernandes de Oliveira Gugé, filho de Tereza de Oliveira Freitas e do Capitão Luiz Fernandes de Oliveira. Tereza, filha de Faustina Gonçalves da Costa, era casada com Manoel de Oliveira Freitas e filha de João Gonçalves da Costa.
.
Foto da inauguração da “Real” em Jequié em 1954
.
Ralph, pai de Dilson, pelo lado materno, descende de Joana Angélica Santos (Janoca), filha de Manoel José Santos Silva (Tenente Santos). Este, casado com Ana Angélica de Lima (Sinhazinha Santos), filha do primeiro vigário da Conquista, Padre Antônio José de Andrade. O Padre Andrade e o Tenente Santos vieram de Nazaré das Farinhas (BA) logo após o ano de 1830 (as famílias Andrade e Santos têm sua origem nestas duas personalidades).
.
Lomanto Júnior recebe Dilson em Jequié, na inauguração
da linha aérea da “Real” naquela cidade, em 1954
.
Dilson, pelo lado materno, é filho de Amélia Ribeiro de Oliveira, filha de Ana de Melo Ribeiro, casada com Leonel Ribeiro, natural de Rio de Contas. Ana é filha de Vital Correia de Melo, este, filho do português Antônio Correia de Melo, que residiu quando se aportou no Brasil, na cidade paulista de Taubaté. Veio para esta região entre 1830 e 1832, casando-se com Joaquina Salgado, filha de Manoel Salgado, cidadão citado entre os primeiros moradores da Imperial Vila da Vitória (Ana, avó de Dilson, é irmã de grandes nomes da vida política, social e econômica de Conquista, como: Joaquim, Zeferino, Rufino, João e Manoel Correia de Melo, entre outros, e tia da lendária figura do prefeito Dino Correia). Neta de João de Oliveira Freitas, o único filho varão de Faustina Gonçalves da Costa, e tetraneta do fundador do Arraial da Conquista, João Gonçalves da Costa.
.
                                Dilson Ribeiro (o 7º da direita para a esquerda) pagando um
                           prêmio de capitalização no valor de 25 mil réis à Rivadávia Ferraz
                                  (o 6º da direita para a esquerda) no “Bar do Cine Conquista”
.
Trabalhando na “Kosmos Capitalização S.A” chega a Vitória da Conquista, berço de suas origens e origem do seu próprio berço, onde foi vereador eleito em 1950 pelo PSD (Partido Social Democrático), sempre ao lado de seu amigo Régis Pacheco, agente da linha aérea “Transcontinental” e posteriormente da “Real” (1949) (portanto, pioneiro da aviação comercial desta cidade), presidente da Associação Comercial de Vitória da Conquista no biênio 1959/1960, fundador e presidente (1963 a 1974) da Cia. Telefônica de Vitória da Conquista (também pioneiro da telefonia desta cidade) e chefe de gabinete da administração de Pedral Sampaio em 1983.
.
                                                           Casamento de Dilson e Maria em 1950
.
Casou-se em 1950 com sua prima Maria Correia dos Santos, não tendo nascido desta união filhos. Aos 86 anos de idade, Dilson Ribeiro de Oliveira é um monumento-vivo à história de Vitória da Conquista. Testemunhou e escreveu sobre fatos importantes ocorridos no Município e têm crônicas e livros publicados.
.
Foto da casa de Dilson na Rua Siqueira Campos, 540 (demolida para dar
lugar ao prédio “Portal das Árvores”), onde morou entre 1956 e 1986
.

Opinião: Além dos movimentos

Por Alberto Marlon

Um breve relato e algumas considerações. Em 2004, um grupo de estudantes, com apoio indireto de alguns professores, reuniram-se em um local fora da universidade. A pauta era: assistência estudantil, especificamente a carência de uma residência universitária no campus da Uesb de Vitória da Conquista. Deliberou-se pela ocupação de um módulo inacabado. Tal construção destinava-se às instalações da rádio e TV Uesb. Seguiram-se outras reuniões – em segredo – e, no dia combinado, uma verdadeira tropa, armada de barracas, colchonetes e comida, desembarcaram na Uesb e se instalaram no prédio abandonado. A partir daí a mobilização era diária, com assembléias dentro do campus, almoço coletivo na sala da reitoria, panfletagem e visitas às salas de aula. Os dias se passaram e  houve reações, especificamente por parte do pessoal administrativo e de uma parcela da comunidade discente.  A oposição ao movimento publicou panfletos – alguns de cunho preconceituoso e sensacionalistas -, comentava-se que na ocupação só tinha um bando de desocupados, “putas e maconheiros” segundo os mais incisivos, e houve uma tentativa de desocupação forçada, através de seguranças da Uesb, do módulo onde estavam acampados os estudantes. Descobriu-se até um “espião”, a serviço da oposição, morando entre os ocupantes.

Dema do Salão Bahia

“Dema” cortando cabelo no “Salão Bahia”
da Rua Zeferino Correia (anos 70). Detalhe:
a cadeira dos antigos barbeiros
.
O mais elegante cabeleireiro de Conquista
.
Por Luís Fernandes
.
Nascido em 23 de fevereiro de 1942, o elegante e simpático Valdemar Aragão, o “Dema” do Salão Bahia, com 49 anos de profissão, diz que, na época em que começou (1969) os barbeiros e cabeleireiros eram autodidatas. Iniciou sua carreira aos 20 anos trabalhando no “Salão Primor”, de João Nesvaldo, no antigo “Beco da Tesoura” (atual Alameda Lima Guerra), onde hoje é uma das entradas da “Loja Esplanada”. Sempre alinhado para atender seus clientes “Dema” faz questão de manter sua “discíplina”.
.

Movimento estudantil com requintes da ditadura

Por aluna da Uesb

Funciona assim: de tempos em tempos alguns estudantes da UESB reúnem-se em nome do Movimento Estudantil. Cobram melhorias na educação, na alimentação, no transporte, na moradia… Até ai o Movimento é legítimo, comprometido com a comunidade acadêmica e digno de respeito. Dois ou três meses depois o Movimento estudantil volta a hibernar e as coisas voltam ao “normal”.

Viva as mulheres!

Por Edvaldo Paulo de Araújo

Adoro as mulheres!A meu ver e sob o meu olhar de admirador, elas são a forca maior deste mundo. Não há na face da terra um ser tão especial com a sensibilidade e com uma visão através das lentes do amor igual às mulheres. Quando elas amam são incomparáveis em fidelidade e dedicação ao ser amado.Na criação dos seus filhos são de um amor imenso, de sacrifícios inigualáveis, de resistência na sua luta, que são comparadas a Deuses.Conheço historias magníficas de mulheres que quando se apaixonam nunca mais se entregam ao outro amor.Quando o ser amado se vai para outro lada da vida, se reclusa e vivem para sempre com as lembranças do ser amado em seus corações.

São capazes de sobreviver nesta selva, sozinhas sem homens, mas tenho duvidas quanto a nós homens, vivermos sem elas. Um homem quando quer separar delas passam anos planejando, elas não, tomam a decisão e nos manda para fora de suas vidas.

Rolando a Bola

Foto: Blog do Anderson

Por Ubaldino Figueiredo

O VITÓRIA DA CONQUISTA deu um passo decisivo para conseguir sua classificação para a semifinal do campeonato baiano, ao vencer dentro da casa do adversário, o ATLÉTICO DE ALAGOINHAS, que ontem completava 41 anos de fundação, dando assim, um presente de grego para o carcará.

O peso da morte de Zé Alencar

Foto:  Vinícius Thompson/Futura Press

No velório de José Alencar, ao lado de Dilma Roussef, Lula se emociona ao se despedir do amigo e ex-vice

“Há mortes que para um país e para a humanidade pesam menos que uma pluma. Há outras, porém, que pesam toneladas” (Mao Tsé-Tung).

Por Vitor Hugo Soares

Atiradores de plantão podem pegar pedras no meio da rua – sempre existem alguns ao alcance da mão em obras inacabada por aí – para jogar. Apesar do risco, recorro à citação das palavras do ex-líder chinês Mao Tsé-Tung na abertura destas linhas por considerá-la a mais completa tradução de sentimentos político e humano diante da partida de José Alencar.

Informe sobre as mobilizaçõ​es dos alunos da UESB

Foto: Blog do Anderson

Por Movimento Estudantil da UESB

Em 09 de fevereiro deste ano, o Governo da Bahia editou o decreto 12.583/11 e, pouco tempo após, a Portaria 001 que o regulamenta. Cortando verbas para as empresas públicas, o decreto impede a contratação de professores substitutos (impedindo a saída dos professores para qualificação) e a mudança de regime de trabalho de professores para Dedicação Exclusiva (diminuindo a disponibilidade de professores para a pesquisa e extensão).

Franklin Ferraz Neto


Franklin Ferraz, no centro, em sua posse como juiz da JCJ de Conquista
.
Primeiro Juiz do Trabalho da Junta de Conciliação e Julgamento de Vitória da Conquista
 .
Por Luís Fernandes
.
Franklin Ferraz Neto nasceu na Vila de Belo Campo, então pertencente a este município, no ano de 1927. Estudou na Faculdade de Direito da Bahia, em Salvador, colocando grau em dezembro de 1955. Como professor, foi diretor do Ginásio de Conquista e, depois, docente do Instituto de Educação Euclides Dantas. Como jornalista, dirigiu e redigiu o semanário “O Conquistense”, de junho a dezembro de 1957. Depois de um concurso dificílimo foi nomeado suplente de juiz da Junta de Conciliação e Julgamento da Justiça do Trabalho desta Comarca, sendo o primeiro juiz presidente da JCJ de Conquista. Em 1964, no entanto, os seus inimigos acusaram-no de ser partidário do Comumismo e de propagar a idéia nesta região. Com a implantação do Golpe de 31 de Março foi preso nesta cidade no dia 6 de maio de 1964, e conduzido pelo Comandante da Força do Exército para a capital, aonde continuou por cerca de 60 dias, sendo posteriormente posto em liberdade, uma vez que no inquérito procedido não foram colhidas as provas que viessem incriminá-lo. Quando foi detido estava em pleno exercício do alto cargo de Juiz da Junta de Conciliação. Depois de obter a sua liberdade, retornou a esta cidade, sendo, porém,  exonerado, continuando a exercer a sua profissão de advogado. Casou-se no dia 1º de julho de 1967 com Maria Tereza Sarno, uma ilustre filha da alta sociedade de Poções, sendo seu pai o comerciante Vicente Sarno. Infelizmente teve uma curta vida conjugal, de apenas seis meses e 22 dias, por ter falecido no dia 22 de janeiro de 1968, no Hospital Espanhol de Salvador.

Adelmário Pinheiro

Deputado Adelmário deposita cédula na urna,
em uma das votações na Assembléia
.
O médico que viveu no sertão e se tornou um dos mais influentes
 políticos de sua época
.
Por Luís Fernandes
.
José Adelmário Pinheiro nasceu no dia 15 de março de 1907, em Pojuca (BA). Em 1930 formou-se médico em Salvador. Após algum tempo conheceu o médico Osvaldo Gouveia, que o indicou para trabalhar em Tremedal, então povoado do município de Condeúba (BA). Lá chegou no dia 2 de julho de 1932.
.
Eram três casas geminadas na praça do povoado de Tremedal:
a residência, a “Farmácia Higia” e…
.
… o consultório, à frente do qual Adelmário mandou afixar
uma placa com os dizeres: “Consultório Médico”.
.
Abriu uma farmácia (“Farmácia Higia”) e um ”Consultório Médico” junto à casa onde residia. Casou-se no dia 27 de maio de 1936. Os carros foram uma paixão que acompanhou Dr. Adelmário a vida inteira. O 1º foi um Ford Bigode 29 (conhecido como “Fobica”), cujo motor serviu, depois, como o 1º gerador de energia de Tremedal. Ainda nesta cidade adquiriu o 2º automóvel, outro Ford.
.
A “Fobica” do Dr. Adelmário que o levava para atender
seus pacientes em diversos lugares no sertão baiano
.
Nove anos depois se mudou para Vitória da Conquista (1945). Aqui se instalou na Rua São Vicente. Depois morou na Praça da Bandeira e, por fim, na Rua das Flores (atual Góes Calmon). Teve dois consultórios: um na Travessa do Comércio (hoje Alameda Ramiro Santos), no edifício Santa Branca; o outro na rua do Espinheiro (hoje Francisco Santos), em sociedade com o Dr. Mário Borba. Também ensinava ciências naturais no “Ginásio do Padre Palmeira”.
.
Dr. Adelmário Pinheiro no seu consultório…
.
… e na sala de sua casa, em Tremedal.
.
Fundou em Conquista a Legião Brasileira de Assistência (LBA); dirigiu o Hospital São Vicente de Paulo, da Santa Casa de Misericórdia, e presidiu o Rotary Club. Mas, seu grande trabalho em Conquista foi a implantação do Hospital Psiquiátrico Afrânio Peixoto – o primeiro da especialidade na região. Tanto é que foi para o Rio de Janeiro especializar-se em organização e gestão hospitalar para conseguir implantar uma unidade deste tipo em Conquista, pois na Bahia não havia curso nessa área. Mas o hospital só foi inaugurado após a sua morte, no dia 6 de novembro de 1966. Em reconhecimento foi homenageado com sua foto no ambulatório.
.
Hospital Psiquiátrico Afrânio Peixoto: um trabalho de
Adelmário Pinheiro para o resto da vida
.
Adelmário marcou sua passagem por Conquista também por outras ações, como a construção do prédio da Recebedoria da Fazenda, na esquina da Rua Siqueira Campos. Na educação virou nome de escola: no começo dos anos 60, quando Luis Soares Palmeira era secretário estadual de Educação, o então prefeito Pedral Sampaio iniciou a construção da “Escola Adelmário Pinheiro”, no bairro Alto Maron.
.
Adelmário foi eleito presidente da Assembléia
Legislativa no dia 5 de abril de 1961
.
Em 1950 elegeu-se deputado estadual, sendo reeleito em 1954, 1958 e 1962. Na capital adquiriu mais veículos. O 1º em Salvador foi um Citroën e depois um Crysler preto 1948 (o 2º e último carro que teve na capital). Adelmário faleceu no dia 19 de outubro de 1963, com apenas 56 anos de idade.

Dê descanso ao seu domingo

Por Edvaldo Paulo de Araújo

Antes de começar uma reunião do CFC em Brasília, estava conversando com meu amigo Cesar Buzzin sobre as nossas rotinas do dia-a-dia, alguns costumes e vícios que nos torna meio mecânicos. A nossa discussão versava a quantidade de atividade e chegamos a conclusão de que precisamos dar descanso  aos nossos domingos e feriados. Achei o tema interessante.

Sempre vejo as pessoas questionar aos outras – o que fez no domingo? – Alguns respondem com um ar de fracasso dizendo que nada fez. Outras dizem fiz isso fiz aquilo, ou seja uma extrema atividade.Quem é o vitorioso? Quem nada fez ou o de extrema atividade?Para mim depende de cada um, desde que isso  satisfaça e goste de chegar à segunda-feira estressado, cansado para a sua atividade. Eu prefiro o ócio.

Porque Deus ao fazer o mundo descansou no domingo?O que significa descansar?Pelo meu entendimento é nada fazer. É relaxar, fazer coisas que gostamos mas principalmente quando estamos afim de fazer.

O Rabino Nilton Bonder num belíssimo texto sobre o assunto diz:……

“…” As montanhas estão com olheiras, os rios precisam de um bom banho, as cidades de uma cochilada, o mar de umas férias, o domingo de um feriado… Quem tem tempo não é serio, quem não tem é importante.Nunca fizemos tanto e realizamos tão pouco.Nunca tantos fizeram tanto por tão poucos..Parar não é interromper.Muitas vezes continuar é que é um interrupção.

Edmundo da Silveira Flores

 
Edmundo largou a batina para ser pai de dez filhos

De quase padre a um dos primeiros motoqueiros de Conquista
  
Por Luís Fernandes
  
Edmundo Silveira Flores nasceu no dia 20 de dezembro de 1911, filho do major Elpídio dos Santos Flores e Sofia Quinta da Silveira Flores (irmã de Dr. Crescêncio Silveira). Seu nascimento foi noticiado no primeiro órgão de imprensa desta cidade, o jornal “A Conquista”, edição de 25 de dezembro de 1911. Aos 18 anos foi concluir seus estudos na Europa frequentando na Espanha o “Seminário de Oya” e em Portugal o “Mosteiro de Guimarães”, na província do Minho, colégio dos jesuítas. Aprendeu letras clássicas – latim, grego e hebraico – na “Escola Apostólica de Baturité”, no Ceará. Estudou inglês, francês, italiano e espanhol na Europa. Por isso, em suas viagens pelo “Velho Continente”, não precisava de guia.
Luiz Albano, ainda menino, numa moto do pai
 

Descobriu, no entanto, que sua vocação não era vê-lo de batina como um jesuíta, e aos 22 anos retornou ao Brasil e casou-se aos 24 anos com D. Jacy Santos Flores, com quem teve dez filhos (a ex-diretora do Centro Integrado, Maria Consolata, esposa do engenheiro Mário Seixas, o empresário Luiz Albano, os gêmeos Roberto e Robério – o “Roberão” do “Carrascão”, o médico Luciano, o engenheiro Marcelo, o engenheiro agrônomo Eugênio, o comerciante Edmundo Júnior (in memorian), a administradora de empresas Margarida e o cantor Tonton Flores.

 
Edmundo trabalhou como Coletor Federal por
mais de 20 anos e aposentou nesta função
.
Introdutor da motocicleta em Conquista, adquiria as robustas “Zundapp” alemã, “Sun Bean” inglesa e “Harley Davidson” americana, andando pela cidade com o velho Cassiano Santos na garupa. Era irmão do ex-prefeito Edvaldo Flores. Edmundo faleceu no dia 8 de julho de 1994.   
.

Rolando a Bola

Foto: Blog do Anderson

Por Ubaldino Figueiredo

O Campeonato baiano de 2011 teve nesse final de semana a realização de seis jogos, sendo dois pelo torneio da morte e quatro pelas semifinais da competição. No sábado, jogando no Lomantão, o SERRANO fez o dever de casa, ao vencer o FEIRENSE por um a zero, gol marcado por ANDRÉ ARAUJO aos 45 minutos do segundo tempo. Ontem foi a vez do VITÓRIA DA CONQUISTA receber o BAHIA, em seus domínios. O Bode saiu na frente do marcador, com um belíssimo gol de LEI e poderia ter ampliado se não fosse as péssimo condições do gramado, e a falta de pontaria dos seus atacantes. No segundo tempo o Bahia empatou o jogo em uma jogada individual do lateral Marcos, mesmo estando o time da casa jogando melhor, no entanto o treinador do Bahia fez duas modificações que surtiram o efeito desejado, colocando Bruno Paulo e Gabriel, o que deu mais mobilidade ao time e liberou o bom jogador Ramon para coordenar as jogadas de ataque e equilibrar o jogo. Mas aí vem a ducha fria no time do BODE, o péssimo árbitro que antes deixara de marcar uma penalidade a favor do time da casa, desta feita assinala uma contra, numa jogada em que a bola bateu no peito do jogador SILVIO e em seguida em seu braço, não caracterizando a penalidade máxima, pois a b ola que bateu em seu braço e não ele que colocou a mão na bola, está aí a diferença, e como trocou ainda expulsou o jogador. O Bahia passou à frente do marcador, mas aos 46 minutos, em belíssima cobrança de falta, LEI que havia marcado o primeiro gol, acertou a gaveta da meta defendida por OMAR, decretando o empate em 2 a 2.

Expoconquista: Um evento de quase 80 anos

 Exposição Agropecuária de Conquista nos anos 40  

Por Luís Fernandes  

A 1ª exposição agropecuária conquistense (hoje Expoconquista) foi realizada em 1933, com o nome de “Feira de Animais”. Mas, desde 1918, vindo de Fortaleza (atual município de Pedra Azul – MG) o Cel. Theopompo de Almeida, com um plantel de reprodutores zebu das raças Guzerá e Nelore, vendia seus animais a pecuaristas locais. Theopompo foi um dos grandes criadores e comerciantes de gado da região. Incentivando a pecuária local, buscou promover a Primeira Exposição Agropecuária de Conquista em 1933. Por conta disso o nome do Parque de Exposições de Conquista o homenageia.   

 O Parque de Exposições situava-se fora do perímetro urbano de Conquista  

 Justino Gusmão, Virgílio Ferraz, Deraldo Mendes, Zeferino Correia, Pompílio Nunes, Régis Pacheco, entre muitos outros, foram grandes pecuaristas do passado conquistense. Conquista tinha o maior criatório de bovino do Estado, conforme publicação do “Àlbum Artístico, Comercial e Industrial do Estado da Bahia”, em 1930. Perdeu esta posição porque muitos dos antigos distritos onde se criavam gado e era a “Bacia Leiteira” do Município se emanciparam. Virgílio Ferraz de Oliveira foi um dos primeiros a introduzir gado selecionado na região, na sua fazenda “Quilombo”. Deraldo Mendes, nos anos 30, foi o maior criador de gado desta região.  

   Dos anos 30 aos anos 80 era somente Exposição Agropecuária
Não se têm notícias das 2ª, 3ª e 4ª exposições agropecuárias de Conquista, nem quando elas foram realizadas. A 5ª, realizada em 1953, contou com a presença do então Governador Régis Pacheco. Na 6ª, que aconteceu em 1957 e promovida pela Associação Rural do Sudoeste Bahiano, foi inaugurado o “Pavilhão Nozinho Sales”, no Parque Teopompo (sem “h”) de Almeida, empreendida pelo então presidente da entidade Pedro Morais Filho. Pelo calendário da época, a “Feira de Animais” (precursora da Exposição Agropecuária Conquistense), era efetivada num espaço de quatro anos entre uma e outra. Daí a 7ª só ter ocorrido em 1961. Na época ficou determinado que o período entre um evento e outro tinha de ser reduzido , passando de quatro anos para dois. A 7ª contou com a presença do Governador Juracy Magalhães. A próxima exposição, portanto, foi em 1963. Era a 8ª, encerrada pelo Presidente da República João Goulart, que veio a Conquista inaugurar o asfaltamento da BR-116. A próxima edição do evento, em 1965, recebeu o nome de 9ª Exposição de Animais e Produtos Derivados, alargando o leque de opções à mostra. O evento contou, no ato de abertura, com a presença do Governador Lomanto Júnior. A 10ª, ocorrida em 1967, não obteve o entusiasmo das anteriores. A 11ª, que se realizou em 1969, teve, no ato de abertura, a presença do Governador Luiz Viana Filho. A 12ª, que aconteceu em 1971, teve até paraquedismo no Estádio Lomanto Júnior. A seguinte (13ª), realizada no ano de 1973, contou, inclusive, com a presença do embaixador da Índia, Mr. Prithi Sing. A 14ª (acontecida em 1975) e a 15ª (ocorrida em 1977) não tiveram a presença do Governador Roberto Santos (então aliado a ACM), mesmo porque a cidade era administrada pela oposição ao grupo carlista, que comandava o Estado. Mas, em 1979, quebrando esta barreira, o próprio Governador Roberto Santos veio prestigiar a 16ª Exposição Agropecuária de Conquista. A 17ª (1981), 18ª (1983) e 19ª (1985) também não contaram com a presença dos Governadores Antônio Carlos Magalhães e João Durval. A 20ª, acontecida em 1987, contou com a presença do Governador Waldir Pires (PMDB). No final dos anos 80 o evento começou a ser realizado todos os anos, e já era “Exposição Agropecuária, Comercial e Industrial de Vitória da Conquista”.  

Espontaneidade

Por Edvaldo Paulo de Araújo, Direto de Roma (09.03.11)

Adoro gente espontânea, pessoas alegres, pessoas voltadas para gestos positivos. Numa bela manhã, cheguei da academia e meu celular tocou insistentemente, quando atendi, era meu amigo Loucilio de Teixeira de Freitas. Cumprimentos de praxe e a frase espontânea de que –“ onde você está meu amigo”? Esta frase representa muito para mim. Representa amizade,saudade,que faço falta na vida do meu amigo.Que precisamos nos encontrar para jogar conversa fora,beber um vinho e consertar o mundo.Amigos são assim.Fiquei muito alegre pela espontaneidade de Loucilio.Deixou suas mil ocupações, seus negócios, para telefonar de maneira espontânea para um amigo e transformar o seu dia.

Posto Aline: ‘O pioneiro na modernidade em Conquista’

.
Por Luís Fernandes
.
Situado na confrontação de três movimentadíssimas ruas de Conquista (Vivaldo Mendes, Mário Batista e Siqueira Campos), o “Posto Aline”, o mais moderno que Conquista teve até hoje, foi inaugurado em 1987 por Josino Soares Pereira (o Nena). O nome foi uma homenagem à sua filha, a hoje odontóloga Aline. Nena revolucionou ao inaugurar um posto inovador (modelo padrão da Atlantic), de luxo (era todo em granito) e moderno (suas bombas eram computadorizadas). Foi o terceiro posto do país com este padrão que a bandeira Atlantic tinha investido (os outros dois tinham sido um em São Paulo e outro em Teresópolis no Rio de Janeiro). E revolucionou também no atendimento. Na inauguração os clientes eram atendidos por modelos e manequins da cidade, que trabalhavam naqueles primeiros dias como frentistas.  

Hélio Ribeiro

Hélio Ribeiro, político oriundo do Movimento de  Cursilhos de Cristandade e do meio comercial

Por Luís Fernandes

Hélio Ribeiro Santos é filho do comerciante Waldomiro Almeida Santos e de D. Alayde Ribeiro Santos; nasceu no distrito do Japomirim, hoje pertencente ao município de Itagibá (BA), mas naquela época pertencia a Boa Nova (BA), situado à margem do rio de Contas em frente à cidade de Ipiaú. Nasceu na fazenda de seu pai no dia 21 de dezembro de 1935. Aos 4 anos já estava morando em Jequié (BA). É casado com D. Sônia Barreto Ribeiro Santos. Foi funcionário do Banco do Brasil no período de 1955 a 1976, sendo adido da Ceplac entre fevereiro de 1962 e abril de 1968, em Itabuna (BA). Em Conquista, além de comerciante (sócio da firma “Waldomiro Almeida & Cia Ltda.”), diretor da Lavisa (Laticínio Vitória da Conquista S.A) e cafeicultor no município de Barra do Choça. Desenvolveu várias atividades sociais, com destaque para o Movimento de Cursilhos de Cristandade.  

Campanha de 1982: Hélio discursando, entre Pedral (à sua esquerda e candidato a prefeito) e Raul (à sua direita  e candidato a deputado federal), com especial atenção do candidato a deputado estadual Coriolano Sales

Ingressou na política a convite de Dilson Ribeiro de Oliveira (também de família tradicional de Jequié) que, a pedido de Pedral, o convidou para ser seu candidato a vice nas eleições de 1982, enfrentando Sebastião Castro (também do MDB e apoiado por Jadiel), Margarida Oliveira (do PDS de Antônio Carlos Magalhães) e Ruy Medeiros (do PT recém-criado por Lula e seus companheiros). Pedral escolheu bem seu vice, pois trazia para junto de si uma liderança fora dos quadros do MDB que agregava votos de dois importantes segmentos da sociedade: da Igreja Católica (pois ele era integrante do Movimento de Cursilhos) e do Comércio (pois era participante da Associação Comercial e Industrial de Vitória da Conquista e do Clube de Diretores Lojistas). Hélio aceitou na condição de participar também da gestão, inclusive mantendo um gabinete na Prefeitura. Pedral concordou e afirmou que lhe delegaria a supervisão da área financeira, não se limitando, portanto, à expectativa de possíveis substituições do Titular (por diversas vezes, em viagens rápidas de Pedral, cumpriu a substituição mantendo o ritmo das atividades administrativas). Depois, quando Pedral foi coordenar a campanha vitoriosa de Waldir Pires para Governador da Bahia em 1986 e, em seguida, quando o mesmo Pedral foi assumir a pasta da Secretaria dos Transportes do Estado, é que Hélio Ribeiro assumiu, primeiro por cinco meses, depois, já como prefeito, por um período de um ano e cinco meses. 

Hélio Ribeiro e Pedral Sampaio, afinados até na transmissão de cargo

Na sua administração, além de dar continuidade às obras programadas por Pedral (Hospital Esaú Matos, Feira Coberta do Bairro Brasil, Biblioteca Municipal José de Sá Nunes, macro-drenagem dos bairros Jurema e Recreio etc.), Hélio moveu gestões junto ao Governador do Estado Waldir Pires e ao Ministro da Educação Carlos Santana no sentido de implantar o Hospital de Base e o Cefet nesta cidade, doando os terrenos para a edificação desses equipamentos.  Mas, a maior marca da gestão Hélio Ribeiro foi, certamente, com relação ao funcionalismo público municipal. Oriundo do Banco do Brasil, onde existia uma carreira de progressão funcional de acordo com o tempo de serviço e merecimento, adotou este mesmo critério para os funcionários administrativos e também para os professores municipais, com a implantação do PCCS (Plano de Cargos e Salários) e do Estatuto do Magistério, estabelecendo o piso salarial da categoria em 2.1 salários mínimos, além da Reforma Administrativa, beneficiando sumamente