José Maria Arêas: O discípulo que superou o mestre

José Maria como técnico do Conquista em 1970
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Por Luís Fernandes

Em 1965 José Maria Arêas tornou-se técnico do Humaitá e sagrou-se campeão municipal daquele ano, numa decisão com seu ex-clube, o Comerciário. Já no ano seguinte (1966) o Comerciário arrancou Zé Maria do Humaitá. Por ironia do destino Humaitá e Comerciário chegaram à final do campeonato municipal e, mais uma vez, a estrela de Zé Maria brilhou, sagrando-se bi-campeão de futebol amador, desta feita pelo Comerciário. A competição de 66 começou no Estádio Edvaldo Flores e terminou no Lomanto Júnior, recentemente inaugurado.
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Zé Maria em momentos antes de comandar sua equipe contra o time de  seu mestre Raul Bittencourt,
 no jogoentre Conquista X Galícia 
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Em 1967, no I Campeonato Estadual da Bahia, Zé Maria começou dirigindo tecnicamente o Conquista, formado basicamente por jogadores do futebol amador da cidade, a exemplo de Piolho, Naldo, Jaimilton, Diva, Geraldo da Granja, Dilson, Firmininho, Juracy e outros. Naquele tempo ele era ainda inexperiente para o futebol profissional e por isso não ficou muito tempo como técnico; então chamaram Fontoura para substituí-lo, e ele ficou como fisicultor. Mas Fontoura não emplacou e foi substituído pelo uruguaio Raul Bittencourt, que preferiu Arêas (Zé Maria) como seu auxiliar. Bittencourt despertou interesse dos clubes da capital e o levaram (primeiro foi para o Galícia e depois para o Vitória).
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O Conquista como time profissional em 1967. Em pé, da esquerda para a direita: o técnico Zé Maria, Danilo, Fontoura, Santos, Diva,Tolica e Jaimilton. Agachados: Piolho, Dão, Durvalino, Bastinho, Jorginho e o roupeiro Dão. Ao fundo, a parte coberta do “Lomantão” ainda em construção
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Com a saída de Bittencourt Zé Maria assumiu o comando técnico do Conquista e foi um bom discípulo de Raul, que o ensinou vários esquemas de jogo e os segredos do futebol. Ele manteve o time praticamente com aquele mesmo padrão deixado pelo mestre, e os dois se encontraram em duas oportunidades. O discípulo superou o mestre nas duas partidas (Conquista 1 X 0 Galícia, no Lomanto Júnior, com gol de Jurandir; e Vitória 0 X 1 Conquista, na Fonte Nova, com gol de Naldo, em 1970). Nesse mesmo ano (1970) conseguiu um 3º lugar na competição baiana e foi eleito pela imprensa da capital o técnico revelação do Campeonato Baiano daquele ano.

Guilherme e seu “Maracanã” de votos

Por Luís Fernandes

As eleições de 1996 marcaram o fim da “Era Pedral” em Conquista e começou a “Era Guilherme”. Naquela disputa concorriam o ex-prefeito Murilo Mármore (na época desafeto de Pedral), o ex-deputado federal Yvonilton Gonçalves (Vonca – candidato de Pedral) e o então deputado estadual do PT Guilherme Menezes. Menezes venceu com um número de votos superior aos outros dois candidatos juntos. Na linguagem que Hérzem Gusmão utilizaria nas eleições gerais de 2002 o candidato do PT teve, também nas eleições municipais de 1996, “um Maracanã” de votos (a foto da época, feita por J.C.D’almeida, na apuração no Country Club Primavera, é uma prova disto).

CNBB e Meio Ambiente: Uma pauta constante

Por Ricardo Marques

Nos últimos anos, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil tem demonstrado uma atenção especial a temas ligados diretamente à discussão ambiental e seus reflexos na sociedade moderna. Mais uma vez, em 2011, a temática volta a fazer parte da Campanha da Fraternidade, dessa vez com o tema “Fraternidade e a Vida no Planeta” e com o lema “A Criação geme como em Dores de Parto”.   Façamos um histórico recente e veremos que o tema volta e meia está em voga na CF: 2010: Economia e Vida – serviu de alerta às pessoas quanto à séria questão do consumismo e seus efeitos na vida humana e no meio ambiente. 2007: Fraternidade e Amazônia – suscitou a discussão sobre a importância da preservação da Amazônia para a construção de uma soberania nacional a partir de uma das suas principais riquezas naturais. 2004: Fraternidade e Água – discutiu a importância do uso racional da água e sua necessidade de preservação para as gerações futuras. 2002: Fraternidade e Povos Indígenas – fez lembrar ao povo brasileiro a sua verdadeira origem e a grande dívida da sociedade brasileira para com seus verdadeiros donos.

Bernardino Ferreira: Uma Vida

Por Arnaldo Ferreira

Filho dos agricultores Deraldo Rodrigues Ferreira e Libânia Augusta Ferreira, nasceu em 12 de fevereiro de 1921 no lugar denominado Lage do Gavião, região localizada no municipio de Anagé, Sudoeste da Bahia. Foi o décimo filho de uma família com mais 13 irmãos, e na localidade onde nasceu, morou com seus pais durante alguns anos, até quando toda a sua família mudou-se para a região dos gerais, lugar Cerqueira povoado pertencente a cidade de Mucugê-Ba – Chapada Diamantina.


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Ofuscaram Aeroporto Pedro Otacílio Figueiredo

Foto: Anderson Oliveira / Blog do Anderson

Não podemos negar que houve melhoria no terminal de passageiros do Aeroporto de Conquista, mas já estrangulou. As poltronas disponíveis não atendem a quantidade de usuários, os mesmos ficam circulando e disputando uma cadeira. A falta de equipamento para manuseio das bagagens faz com que uma viagem de Salvador à Conquista que dura em torno de 40 minutos, pode ficar até 60 minutos só para recolher as malas. A Empresa que administra o aeroporto, fez uma identificação visual tão eficiente que ofuscou o nome de OTACILIO DE FIGUEREDO, um passageiro ficou perplexo e me perguntou se havia mudado o nome do aeroporto, com este apelo de marketing podia a referida empresa adquirir o Raio X que custa pouco mais de R$ 20 mil e com isso equiparia o aeroporto para receber aeronaves maiores.

(José Maria Caires)

Coriolano Sales

Campanha para deputado estadual em 23 de setembro de 1982 no CSU. No destaque, discursando, Coriolano Sales, ladeado pelo então vice-prefeito Gildásio Cairo.  Aos fundos: José Pedral Sampaio (ex-prefeito), Raul Ferraz (prefeito), o radialista Edmundo Macedo, dentre outras lideranças políticas

 O deputado mais atuante da história de Conquista

Por Luís Fernandes

Coriolano Souza Sales nasceu no dia 8 de agosto de 1943, no município de Santa Terezinha (BA), na localidade chamada “Lagoa das Traíras”, hoje pertencente ao município de Iaçu (BA). Ingressou na escola aos dez anos de idade em Amargosa (BA), onde ficou até terminar o antigo 1º grau (hoje ensino fundamental). O 2º grau (atual ensino médio) fez em Salvador no Colégio Duque de Caxias, onde concluiu o curso de Contabilidade. Em 1969, após o Ato Institucional n.º 5, de 13 de dezembro de 1968, da ditadura militar, seria alcançado pelo Decreto Lei nº 477, de 26 de fevereiro, que cassou milhares de líderes dos Movimentos Estudantis de todo o pais, que lutavam pela melhoria do ensino nas Universidades Públicas do Brasil. Teve a sua matrícula cassada na Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia. Impedido de estudar na Faculdade de Direito na UFBA matriculou-se na Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará, onde estudou o 4º ano de Direito. Retornou à Faculdade de Direito da UFBA no ano seguinte, por ter ganho recurso perante a Congregação daquela Faculdade, graduando-se, Bacharel em Direito, em 8 de dezembro de 1970.

O estudante Coriolano Sales em visita à cidade de São Francisco (California – EUA) em junho de 1968
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Ainda estudante da Faculdade de Direito da UFBA, decorridos apenas 12 anos que saíra da zona rural, do interior do Município de Santa Teresinha, visitou os Estados Unidos da América, por um período de 35 dias, tendo participado de vários debates e seminários em algumas universidades daquele pais (Rutgers – New Jersey, Berkley – San Francisco, New York – New York, dentre outras). Concluído o curso universitário, ingressou no Banco do Nordeste do Brasil, em janeiro de 1965, ainda no Ceará. Estagiou no Departamento Jurídico do Banco do Nordeste do Brasil, em Fortaleza (CE); depois, integrou o Núcleo Jurídico do BNB em Aracaju (SE) até ser designado para dirigir o Serviço Jurídico do referido Banco na Região Sudoeste da Bahia, com sede em Vitória da Conquista, instalado no dia 11 de outubro de 1973 onde, também, mais tarde, comandaria os interesses jurídicos do extinto Banco do Estado da Bahia (BANEB) e estabeleceria, aqui, a sua banca particular de advocacia.

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Coriolano Sales recebe a graduação de Bacharel em Direito, pela Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia, em 8 de dezembro de 1970
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Foi Coriolano Sales, juntamente com outros advogados, que trouxe para esta cidade uma sub-seção da OAB (Ordem dos Advogados da Bahia), entidade que dirigiu durante quatro anos em dois mandatos sucessivos. Presentes à solenidade o representante da OAB – Seção da Bahia, Dr. Saul Quadros Filho, Raul Ferraz, então Prefeito do Município, Juízes Crésio Dantas Alves (Justiça do Trabalho), José Bispo (Justiça Criminal), Irany Santos (Segunda Vara Cívil), o Promotor Humberto Araújo e os advogados Orlando Leite, Djalma Nobre, dentre outros, além de Humberto Flores, chefe de gabinete do prefeito.

Coriolano Sales toma posse no cargo de Presidente da OAB – Subseção de Vitória da Conquista
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Como Presidente da OAB – Regional, lutou pela junção dos Cartórios Judiciais e realização  de audiências no prédio antigo da “Escola Barão de Macaúbas”, que abrigou as instalações provisórias do “Fórum João Mangabeira”. Para atingir esse objetivo foi decisivo o apoio do Governador Roberto Santos (que estava encerrando o governo) e de seus Secretários Edvaldo Brito (Interior e Justiça), Carlos Santana (Educação) e Jorge Medauar (Interior e Justiça); no plano local também resultou importante para atendimento das reivindicações o apoio do então vereador Gésner Chagas e do advogado e político Orlando Leite. Todo mobiliado, “o fórum provisório” foi inaugurado no finalzinho do Governo Roberto Santos.Visto, assim, à distância, os advogados de hoje não imaginam como se revelou importante aquele trabalho de reunir os Cartórios Judiciais e as salas de audiências num mesmo local. Mais tarde, no Governo de João Durval, a dupla Pedral-Cori iria obter o apoio para a construção do Fórum atual em memorável audiência na governadoria do Estado.

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Coriolano, então deputado estadual, se encontra Irmã Dulce
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Ingressando na política local filiou-se ao PMDB, candidatando-se ao cargo de deputado estadual nas eleições de 15 de novembro de 1982. Fez campanha ao lado do candidato a prefeito José Pedral. Ambos foram eleitos. Cori para cumprimento de mandato até janeiro de 1987. Em 15 de novembro de 1986 reelegeu-se deputado estadual para a legislatura de 1987/1991. Nesse mandato se elegeu Presidente da Assembléia Legislativa da Bahia (período de 1987/1989) e Presidente da Assembléia Constituinte da Bahia (1988/1989).

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Na qualidade de presidente da Assembléia Legislativa da Bahia o deputado Coriolano Sales recebe a visita do Cardeal Arcebispo Primaz do Brasil, D. Lucas Moreira Neves, em 12 de janeiro de 1988
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Em 15 de novembro de 1994 elegeu-se deputado federal, pela legenda do PDT, para mandato de 1995/1999, conseguindo reeleger-se em 1998. Na Câmara dos Deputados integrou as Comissões de Constituição e Justiça, Finanças e Tributação, dentre outras. Nesta passou a integrar o sub-grupo de Cooperativismo de Crédito. E nesse sentido instalou todas as cooperativas de crédito de Conquista, o Banco do Povo e o Banco da Mulher, além de várias obras e equipamentos hoje instalados em Conquista, a exemplo do Anel Viário. Pode-se, pois, afirmar, que Coriolano Sales foi o deputado (tanto estadual quanto federal) que mais atuou em Vitória da Conquista, com indicações de projetos e realizações de obras para a cidade. 

Caça aos Mestres

Por Ezequiel Sena

Um tema seriíssimo e um vazio de grandes proporções à sociedade brasileira: o desinteresse dos jovens pelo Magistério. Esta lamentável estatística foi divulgada recentemente pelo Ministério da Educação. A carreira que já ecoou aos quatro cantos como símbolo do amor e da vocação de tantas gerações. Quem diria! – hoje sequer desperta a mínima vontade da classe estudantil. É triste dizer isso. A que ponto chegou talvez a mais nobre das profissões. Por que isso está acontecendo? Negligência ou descaso dos governantes? Claro, ambas as respostas são verdadeiras. Faz-me recordar a atualíssima frase do notável educador brasileiro, Paulo Freire (1921-1997), “Ninguém nega o valor da educação e que um bom professor é imprescindível. Mas, ainda que desejem bons professores para seus filhos, poucos pais desejam que seus filhos sejam professores.” Muito me intriga saber que, além da descrença dos jovens pela carreira pedagógica, ainda existe escassez de salas de aula de qualidade. Imagine que futuro tem um país que admite reduzir seus professores? Para se ter uma idéia, a quantidade de estudantes nos cursos que preparam docentes para os primeiros anos da educação básica caiu pela metade em quatro anos, segundo dados do Censo do Ensino Superior do MEC, o que vem comprovar a renúncia dos jovens à carreira. Outro fato curioso, ao mesmo tempo em que se forma menos professores desencadeia um número de profissionais dando aula sem a devida formação.

Novo Pinicão deve ficar pronto ainda em 2011

Foto: Ascom/MCMP
O gerente da Embasa, Walter Barros, apresentou as obras ao presidente do MCMP, André Cairo

A convite do gerente da Empresa Baiana de Água e Saneamento (Embasa), Walter Barros, o presidente do Movimento Contra a Morte Prematura (MCMP), André Cairo, esteve verificando o andamento das obras da nova Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), situada próximo à Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), em Vitória da Conquista. De acordo Cairo a área tem 20 hectares, com o valor da obra orçada em R$ 98 milhões. “Esse projeto atende os anseios do MCMP, que há longos anos vem reivindicando a transferência do “Pinicão”, para outra localidade fora do perímetro urbano, com manifestações, audiências, pronunciamentos, reuniões, documentos, Ação na Justiça e expressivo apoio da Imprensa contribuindo com a satisfação da comunidade, acabando com sofrimento de 90 mil pessoas diretamente e 80 mil indiretamente”, comentou o presidente. Ainda de acordo o ativista a conclusão das obras está prevista para final de 2011. Sobre o Pinicão, André Cairo sugeriu ao Prefeito Guilherme Meneses, que seja construído uma área de lazer no local.

Luís Fernandes faz gente rir e chorar

Foto: Blog do Anderson

Luís Fernandes traz o passado de Vitória da Conquista ao tempo real

O historiador Luís Fernandes enriqueceu a história de Vitória da Conquista resgatando os fatos e personalidades que marcaram o passado e contribuíram para o progresso desse município. Frequentemente em seus artigos que o Blog do Anderson vem reproduzindo, além de deleitar os leitores em uma linguagem fácil, ele também traz muitas lagrimas de quem viveu e dos que passam a conhecer com a mais pura verdade o tempo antigo de Vitória da Conquista, com fotos e fatos. Confira o que o colunista Luís Fernandes já destacou.

A “Velha Guarda” da Rádio Clube

Hérzem Gusmão (D), Daniel Nogueira (C) e Alcime Barros (E)

Radialistas no ar nas décadas de 70 e 80
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Por Luís Fernandes
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Em 1968 surgiu Hérzem Gusmão, que comanda sua “Resenha Geral” por longos 40 anos. Em seguida veio Edmundo Macedo (começou no Rádio em 1969) com seu programa musical, Samuel Oliveira com o programa “De tudo para todos”, Wilson Marcílio, na Rádio Regional, com notícias policiais transmitidas diretamente da Delegacia de Polícia, e Camponês, que comandava dois programas sertanejos (um na Clube AM e outro na Clube FM).
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Samuel Oliveira
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Zé Gandula, que entrou na Rádio Clube como sonoplasta, acabou tendo seu próprio programa: o “Rolando a Bola”, que tratava do esporte amador da cidade. Enyl Lemos também passou a ter um programa semelhante. Da velha guarda da Clube destaque ainda para Daniel Nogueira, Alcime Barros e José Filho.
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Camponês
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Outros que marcaram época no Rádio foram: Tempero, que comandava um programa de samba e que morreu num acidente automobilístico na Avenida Frei Benjamin; Luiz Cláudio, comunicador e empresário artístico, que também faleceu tragicamente por afogamento; e Oliveira Neto, que tinha um programa sertanejo na Clube e escrevia para o jornal de Aníbal Viana. Sua morte foi a mais trágica de todas: ele foi sequestrado em Conquista e torturado às margens do rio Catulé (próximo a Itapetinga) até a morte (seu corpo foi deixado na Praça Caixeiros Viajantes, em Conquista, para identificação).
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Wilson Marcílio

Perdão

Por Edvaldo Paulo de Araújo

Ódio, magoas, ressentimentos, malquerenças, sentimentos de vinganças….tem a malignidade de poluentes mentais, vírus e radicais livres, porque desencadeiam no corpo doenças mil. Ao guardar sentimentos negativos, toda essa carga de sentimentos amargos é como você entupir todos os espaços do seu corpo de lixo radioativo. Não faça isso com você, exerça o mais nobre dos sentimentos, um dos atos mais dignos do ser humano, o PERDÃO. O perdão é balsamo para os fracos e força para os oprimidos. Alivia o peso e nos ajuda a caminhar livres e leves. O perdão é um ato sublime que nos eleva a condição de Deus.

Quantas vezes perdoarei ao meu irmão”? Indagado Jesus responde: “Perdoá-lo-eis, não sete vezes, mas setenta vezes sete”

Eis um dos ensinamentos do mestre Jesus, que deve ser usado com inteligência e deixar para sempre morar em nossos corações. Estas palavras misericordiosas, como uma oração simples, resumida, que Jesus ensinou aos discípulos se verifica justiça, excelência e a infinita grandiosidade de Jesus.

Conversa Franca

A “roda de conversa” e a política da boa governança 2

por Fábio Sena

O governo municipal de Vitória da Conquista vem dando consecutivos saltos na qualidade da relação que mantém com a população. Depois de implantar um dos mais modernos instrumentos de participação popular, o Orçamento Participativo (em nossa cidade cada vez mais forte e atuante), após fortalecer os conselhos municipais e criar os conselhos locais de saúde, depois de criar uma Secretaria da Transparência (primeira da Bahia), o governo inova, mais uma vez, com as “rodas de conversas” nos bairros.

A Roda de Conversa e a política de boa governança

*Ricardo Marques

A gestão pública moderna caracteriza-se por um modelo de administração gerencial pautado pela crescente participação popular, através de mecanismos criados para garantir que os grupos sociais possam construir essas políticas públicas juntamente com os poderes executivos e legislativos. Um dos grandes gargalos desse processo é o desinteresse da população, em geral, por conta de uma mídia que insiste em nivelar por baixo as instituições políticas do país e seus representantes. Esse modelo de informação, longe de educar e conscientizar os cidadãos, faz, na verdade, com que estes se afastem ou criem resistências insuperáveis que vão do desinteresse à ojeriza do processo político. A posição de alguns cidadãos de não querer se envolver é uma posição política ou de despolitização, que faz com que pessoas cujos interesses estão longe de ser o de construir um modelo de democracia participativa.

Minha Jaqueira

 
por Pedro Macuco
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Na minha terra, ainda menino, aprendi a admirar pessoas, bichos, árvores. Amava andar nas ruas, sem compromisso com nada, coisas de garoto. Vivia olhando o rio da cidade, suas águas mansas e sem pressa de correr para encontrar o azul do mar. Era um tempo, como diria Chico Buarque na canção Todo o sentimento, “um tempo da delicadeza”. Era assim, entre a escola que me ensinou o bê-a-bá da vida e minha casa, que eu andava pra lá e prá cá, jogando futebol com os amigos de outrora e admirando as coisas. Podia ser um ônibus que ligava minha cidade ao mundo ou um velho cacaueiro com seus frutos doces e de ouro. Foi naquele tempo, aquele da delicadeza de Chico, que pude viver os melhores momentos da minha vida. Quando nada me preocupava, a não ser trocar a comida do passarinho na gaiola ou estudar para finalmente aprender as quatro operações matemáticas, um problema que me persegue até hoje.

Com viadutos no Anel Viário vidas seriam poupadas

Foto: Blog do Anderson

André Cairo cobra sinalização especial e quatro viadutos no Anel Viário

Em contato com o Blog do Anderson na tarde deste domingo (20), o presidente do Movimento Contra a Morte Prematura (MCMP), André Cairo, lamentou as ocorrências registradas nas estradas de Vitória da Conquista nas últimas 24 horas, em espacial no Anel Viário. Segundo Cairo, se existisse viadutos, uma sinalização adequada, minimizaria acidentes, perdas e danos. O presidente parabenizou a Polícia Rodoviária Federal (PRF) que vem fazendo um bom trabalho, mas infelizmente a iminência de perigo no Anel Viário é enorme. “Nem mesmo com duzentos patrulheiros resolveria consideravelmente a quantidade de ocorrências. Nesta segunda-feira estarei estruturando uma nova manifestação e juntada de documentos pra entrar na Justiça, contra a Via-Bahia, para que nossas reivindicações (Construção de quatro viadutos) sejam atendidas”, declarou.

Bar do Badu

Grandes decisões políticas de Conquista saíram do Bar do Badu, como, por exemplo, a indicação de Jadiel para ser prefeito da cidade

Por Luis Fernandes

Frequentado por intelectuais, o “Bar do Badu” era a perfeita tradução do boteco bem-apessoado. Surgido em 1965, na Praça Vitor Brito (onde hoje é a revenda de veículos Jocar), a clientela fiel costumava bater ponto por ali para conversar de tudo. O bar era reduto da velha-guarda da boemia conquistense, bem como dos “cabeças pensantes” da cidade, tanto de direita quanto de esquerda. Mais de esquerda, pois a camaradagem se encontrava lá depois de discutir Marx, Lênin, a “Ditadura do Proletariado”, a “Ditadura Militar” e a política local. Aliás, o próprio dono do bar era simpatizante das idéias comunistas. Baduzinho (Atenor Rodrigues Lima, nascido no dia 7 de outubro de 1937 em Itambé-Ba), foi preso em 1964 pelo capitão Bendoqui por pichar os muros de Conquista com frases do tipo “Fora a Ditadura”. A pichação, segundo o próprio bodegueiro (hoje com 73 anos) era com “piche” (de asfalto). No depoimento para Bendoqui ele disse que só levava o balde… Ponto de encontro da elite intelectual, o Bar do Badu (uma homenagem ao pai de Atenor, “Seu” Balduíno Rodrigues Lima) era frequentado por Camillo de Jesus Lima, Dr. Cana Brasil, Dr. Hugo de Castro Lima, entre outros simpatizantes do Comunismo. Mas também, ainda na década de 60, outros habitués, que não de esquerda, freqüentavam o bar, gente formadora de opinião.  

História dos Prefeitos de Conquista

Por Luis Fernandes

Foi eleito em 15 de novembro de 1988 com o apoio de Pedral Sampaio. Em 1º de janeiro de 1989 assumiu a Prefeitura estendendo seu mandato até 31 de dezembro de 1992. Murilo fez uma administração, que se não despertou tanto entusiasmo, também não fora desprezível. Oficializou a micareta (que se tornou nacionalmente conhecida). Hoje, quando se analisa qualquer administração anterior à do PT, a tendência é deslustrar governos que antecederam Guilherme Menezes, como se GM fosse o marco zero (Guilherme não precisa, todavia, desconstruir realizações do passado para marcar seu lugar na história, que parece garantido). Não foi bem assim. No tempo de Murilo a cidade era limpa e havia uma preocupação com as praças, jardins e espaços públicos de lazer e convivência social, através do projeto “Bela Cidade”. Murilo fez o estádio da Zona Oeste, o “Murilão”, as feiras cobertas do Alto Maron e da Patagônia, a Praça Desembargador Mármore Neto e o Hospital Esaú Matos. Pode-se até apresentar uma lista de obras em defesa da administração de MM, mesmo não tendo nenhuma notória; nenhum opositor, entretanto, poderá dizer, sendo justo, que foi uma administração desprezível. Queria fazer de Vitória da Conquista a Curitiba do Nordeste. Não pôde. Teve um governo complicado, que não conseguia sequer pagar os funcionários. Chegou a inventar dinheiro, ressuscitando os antigos vales (que funcionaram bem antigamente, quando todo mundo podia ser freguês da “venda”, do armazém da esquina). Nos tempos de Murilo (e de Sarney) a inflação era alta para todos. Para os funcionários da prefeitura ainda maior. Os salários saíam atrasados e desvalorizados. Com o vale-compras Murilo pensou ter resolvido as coisas. O lado da prefeitura, talvez. Mas servidores e funcionários passaram mal, mesmo com o arremedo de dinheiro inventado. Quando iam ao supermercado ou à farmácia com o famigerado vale, ficavam sabendo que as mercadorias, para os barnabés municipais, tinham 20%, 30% de majoração. Argumento dos comerciantes: só conseguiam trocar os vales por moeda tonante depois de 60, 90 dias. A inflação eles tiravam dos salários dos “barnabés”.

Solenidade de conclusão do curso ginasial no “Ginásio  de Vitória da Conquista”, em 1958. Murilo
 foi o orador da turma

Academia do Papo

Fechamento de Bares e Restaurantes (I)

Por Paulo Pires

O projeto de Lei que tramita na Câmara de Vereadores de Vitória da Conquista cuja finalidade é estabelecer tempo limite para funcionamento de Bares e Restaurantes, parece que está tomando conta de inúmeras manifestações em quase todos os segmentos sociais do nosso Município. Não é prá menos. Cada pessoa tem sua visão de mundo e, em conseqüência disso, uma solução individual para o que se lhe apresenta. O problema é que a decisão para a questão não pode se cingir a visões ou dimensões particulares. Quem já morou ou esteve em Londres, por exemplo, deve ter se surpreendido com o tratamento que os aludidos estabelecimentos recebem na City: Abrem as 18 e fecham às 24 horas.

O assunto, além de outras abordagens, merece ser considerado também como um problema de Ordem e Saúde Pública. No caso brasileiro, onde se busca a custo de muita patinação o Progresso, parece haver pouco apreço para a Ordem. As pessoas [muitas] tão envoltas com o hedonismo particular parecem pouco receptivas a ideia de que é preciso estabelecer novas regras de convivência social, incluindo-se aí limites para o tempo da boemia. Tudo tem seu tempo, vejam em Eclesiastes.

MP recebe representação do MCMP contra HGVC

Foto: Ascom/MCMPA promotora Carla Santoro recebeu a denúncia do MCMP contra o HGVC

O Ministério Público (MP) recebeu nesta segunda-feira (14) a denúncia do Movimento Contra a Morte Prematura (MCMP), contra a situação na emergência do Hospital Geral de Vitória da Conquista (HGVC). O presidente do MCMP, André Cairo, apresentou a documentação à promotora, Carla Medeiros dos Santos Santoro, onde  relata problemas sérios enfrentados por pacientes. “Entreguei um dossiê demonstrativo solicitando providências legais cabíveis junto ao HGVC, quanto ao funcionamento de setores que vem comprometendo a saúde de pacientes em enfermarias, entre outras anomalias claramente perceptíveis”, disse Cairo, que diz acreditar numa Ação Civil Pública para solução do problema, que vem causando enorme desconforto e insatisfação a um grande número de pacientes de todas as idades, em especial aos idosos, e pessoas de menor poder aquisitivo. Confira a representação.

Toque de recolher em Vitória da Conquista?

Na última sexta-feira, (11/02), a Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista realizou uma reunião para se discutir o “disciplinamento” do horário de funcionamento de restaurantes e bares em Vitória da Conquista. Em Itiruçu isso se chama toque de recolher.   Participaram da reunião na prefeitura a cúpula da administração municipal, membros do conselho de segurança da cidade e alguns policiais militares. Não havia na reunião donos de restaurantes, proprietários de lanchonetes, garçons de bares, lancheiros de trailers ou gerentes de lojas de conveniência. Gente diretamente interessada nesse debate.