Hotel Albatroz hospedeu Getúlio Vargas nos anos 50

Por Luís Fernandes

Fruto do espírito arrojado do empreendedor Gildete Viana, nasceu em 1950 o hotel mais charmoso de Vitória da Conquista, o “Hotel Albatroz”, uma idéia de seu irmão, Gilberto Viana, então gerente do Banco do Brasil de Itambé (morto em 6 de março de 1955 na queda de um avião no então Campo de Aviação de Conquista). O prédio foi construído por Nelson Gusmão Cunha, com o nome de “Edifício Maura”, para que servisse de modelo para a época e que marcasse presença destacada para os anos futuros. Nelson procurou Gilberto para que oferecesse o prédio a alguma pessoa que tivesse interesse em instalar ali um hotel de luxo. E Gilberto trouxe seu irmão (que estava em Salvador), a fim de tocar o empreendimento, que foi inaugurado em julho de 1950. Assim nasceu o Hotel Albatroz, o mais tradicional hotel de luxo de Conquista nos anos 50, que ao longo de sua existência ajudou a construir a história da nossa cidade, hospedando as mais ilustres personalidades do cenário nacional e até internacional. Com uma arquitetura de linhas arrojadas para a época (que atravessou e continua desafiando o tempo), o hotel possuía 48 apartamentos e chegou a hospedar o ex-presidente da República Getúlio Vargas, o cantor Roberto Carlos e um embaixador do Canadá, além de inúmeros outros cantores famosos e os jogadores dos times de futebol do Flamengo e Vasco da Gama, quando aqui vieram para a inauguração do “Estádio Lomanto Júnior” em 1966.
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Gildete Viana, idealizador do "Albatroz"
Gildete Viana, idealizador do “Albatroz”
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Somente um hotel que tivesse como objetivo principal oferecer aos seus hóspedes um serviço que prezasse pela qualidade e excelência poderia satisfazer a tantas pessoas ilustres e exigentes. E quem colaborou com esta sofisticação resumida no nível de atendimento de elevado padrão de distinção foi o atual deputado estadual Clóvis Ferraz, que trabalhou na portaria do hotel, dividindo com um dos filhos de Gildete, Pascoal Mônaco Viana (da imobiliária “Pascoal Imóveis”), o turno no atendimento. Sinônimo de charme até na denominação, o “Albatroz” deve o seu nome a um hóspede, que, ainda nos anos 50, trouxe para o Sr. Gildete um “albatroz empalhado”, decorando o saguão do hotel por um bom tempo. Como o hotel não tinha nome (no letreiro só constava o nome de “Hotel”), “Seu” Gildete resolveu colocar o nome desta ave num dos maiores empreendimentos hoteleiros da cidade por quase 50 anos. Situado na melhor localização de Conquista, na Rua Maximiliano Fernandes, 63, centro da cidade, o prédio do hotel foi adquirido definitivamente de Nelson Gusmão por volta de 1968 e, nos anos 70, um “albatroz” de neon vermelho e azul foi instalado no alto do edifício; da Serra do Periperi parecia estar “batendo as asas”. “Seu” Gildete adquiriu ainda o prédio vizinho ao hotel (que fora a primeira sede do “Clube Social Conquista”) e abriu ali o estacionamento do hotel. Gildete Viana foi também proprietário do “Palace Hotel” na Rua Chile em Salvador, em 1965. Assim foi o Hotel Albatroz.

170 Anos de Vitórias e Conquistas

Por Ezequiel Sena

Seguramente um marco histórico para a Capital do Sudoeste da Bahia, os seus 170 anos de emancipação política administrativa. E o que mais impressiona é a velocidade do seu desenvolvimento – a cidade parece passar por uma séria variação de identidade –; a rapidez de transformação que a envolve materializa-se como se fosse uma ajustada metamorfose urbanística. Uma realidade que surge, um formato novo se configura, a nova era do virtual e da eletrônica, da beleza e da riqueza, mas, infelizmente, também, da atroz inimiga dos novos tempos: a incontrolável violência. O gigantismo atingiu a capital da pecuária e do café; o mundo do comércio invadiu becos, avenidas e ruelas – antes ocupados por casarios antigos –, abriu espaço para prédios, lojas, bares, restaurantes e magazines. Os bairros periféricos viraram cidades e ficaram independentes. De tudo se vende e se acha, aqueles residentes nas Vilas Serranas ou na Urbis VI, sabem do que estou falando, pois estão muito bem servidos de supermercados, panificadoras, farmácias, açougues tão equipados e abastecidos que sequer dependem do centro comercial para sobreviverem. E tudo isso nos dá a sensação de estar vivendo em um ambiente que encara o futuro de frente enchendo de orgulho a quem nele reside.

A história do aeroporto de Vitória da Conquista

A chegada do primeiro avião a Conquista provocou no povo um misto de admiração e espanto
A chegada do primeiro avião a Conquista provocou no povo um misto de admiração e espanto
Por Luís Fernandes
 
Em 1937, num terreno doado pela Prefeitura, na gestão de Florentino Mendes, começou a construção do “Campo de Aviação de Conquista” (nome que se dava aos pequenos aeroportos da época), sob a orientação do projeto do engenheiro Lourival Dantas. Quem limpou a área para a abertura do campo foi Pedro Otacílio de Figueiredo (limpou toda a área sozinho e com uma simples enxada). O nome do aeroporto de hoje é uma homenagem a esse cidadão. Surgiu, na mesma época, o Aero Clube, iniciativa de Crescêncio Antunes da Silveira, Antônio Alves Nascimento e Henrique Hufinagel. E no dia 1º de setembro de 1939 pousava no campo o aeroplano “PP-FAIRCHILD”, pilotado pelo 1º Tenenete Aviador Antônio Eugênio Basílio.

MCMP quer construção de quatro viadutos no anel viário de Vitória da Conquista

A rotatória da estrada da Barra do Choça é palco de constantes acidentes

Preocupado com o alto índice de acidentes automobilísticos que vem acontecendo em toda extensão do anel viário de Vitória da Conquista, desde a sua inauguração em dezembro de 2002, o Movimento Contra a Morte Prematura (MCMP) vem cobrando instalação de quatro viadutos, sendo em pontos que registram frequentemente várias ocorrências com vitimas fatais em atropelamentos, colisões entre veículos e capotamentos. Segundo o presidente do MCMP, André Cairo, para minimizar o índice de mortes prematuras, seria necessário a instalação, além dos viadutos, lombadas eletrônicas e iluminação nos locais de maiores acidentes, sendo no cruzamento entre o anel e a Avenida Juracy Magalhães (Urbis VI), no acesso a estrada que liga Vitória da Conquista a Barra da choça, um na saída para Anagé e outro na entrada para o Povoado de Campinhos. “Estive reunido com o presidente da Via Bahia, empresa concessora da BR-116, nesta semana e entreguei a ele o documento com as reivindicações. E me disse que estaria analisando para um possível atendimento”, disse Cairo que também já protocolou vários documentos no Ministério dos Transportes e ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Denit). “Estamos encabeçando um abaixo assinado que será entregue a Via Bahia, afim de acelarar a instação dos viadutos” disse o presidente que já planeja manifestações em vários pontos da BR 116.

A Praça é Nossa

Por Rita Pesce

(Uma homenagem a Pedro Dantas Moreira e a extinta Praça das Borboletas em Vitória da Conquista – Bahia)

 Caminhávamos juntos pela praça e eu segurava em sua mão.Em cada canto ele falava: fica ai! Pegava com carinho em meu rosto, um leve toque quase de dois dedos, levantava minha cabeça, sorria para mim e dizia olhe para ali! Indicava- me o lugar se afastava um pouco e uma luz se acendia.

 Ele falava: essa foto vai fica ótima! E íamos à procura de outro lugar. Qualquer ângulo da praça dava para belas fotos.

 Mais alguns passos e eu me sentia como pássaro aprendendo a voar e a olhar. E ele dizia,olhe ali… E com carinho ele escolhia a direção.

 Eu ia contemplando a praça, o parque, a Biblioteca infantil, o zoológico, a cidade dos pássaros, a fonte luminosa com águas de todas as cores. O macaco Cazuza e Simão.

 Segura em sua mão, me sentia dona da praça e do mundo, não tinha medo algum. A gente comia pipoca na praça, lambuzava o queixo de sorvete, melava os dedos com algodão doce, tudo era permitido.

André Cairo é destaque no A TARDE

Por Shirley Oliveira | A TARDE

Personagem de mil faces

O perfilado deste mês é o que se pode denominar de pessoa fora do comum.

André Paulo Barros Cairo, conhecido em sua comunidade como André Cairo, não faz parte do grupo de pessoas medianas, previsíveis e que condenam a criatividade. Ele é do tipo que não se encaixa nos ditos ‘moldes sociais’ mais comuns. Natural de Vitória da Conquista, formado em Contabilidade, é ainda considerado ambientalista, ufólogo, astrônomo, músico, escritor, poeta, dançarino, artista plástico e ator. Aos 10 anos leu obras de Jorge Amado, José Mauro de Vasconcelos e Antoine de Saint Exupéry.

Seja um herói da sua própria história

Por Edvaldo Paulo de Araújo

Vejo sempre pessoas queixando da vida.Vejo sempre pessoas comentando acontecimentos casuais e nunca conteúdos, esperando que alguma coisa aconteça e nunca as vejo  como fazerem acontecer.As analises que precisam ser feitas do conteúdo para que as mudanças aconteçam. Sempre as mesmas discussões banais “flamengo e vasco”, “noticia escandalosas do dia” sempre,sempre mesmice.A discussão sobre o acumulo do  premio da loteria e essas lojas apinhadas de gente a procura da sorte grande.

Num consultório médico, numa clinica a TV ligada nos programas fúteis ou as fofocas do dia-a-dia.Como diz meu amigo Jose Carlos Fernandes, “adoro fofocas, só não tenho tempo de faze-las” ou seja o querido amigo tem coisas mais importantes a serem feitas.

As pessoas geralmente e comumente ver no herói, aquele empunhando uma espada, num belo cavalo branco que vence tudo e todos e fica sempre com a moça mais bela. Uns de maneira infantil vêem em um lutador de combates orientais, vencendo mais de cem lutadores ou então o caubói que com uma arma de seis tiros, elimina inúmeros bandidos.

Como dizia Camões

Por Paulo Pires

“Errei todo o discurso de meus anos; Dei causa a que a Fortuna castigasse as minhas mal fundadas esperanças”. A palavra Fortuna contida no poema desse magistral poeta significa “sorte”. É oportuno assinalar que em tempos passados esse fator [sorte] foi questionado e secundarizado por todas as pessoas ligadas à ciência e a filosofia, principalmente.   Nos tempos atuais, com o adventício de novas crenças em torno do fator, parece que caminhamos para um consenso de que a sorte não pode mais ser considerada uma crendice, uma coisa mítica. Existe por aí considerável número de pessoas que crêem na existência de fatores extra-sensoriais ajudando ou prejudicando os seres humanos.   Mallarmé um dos principais nomes da poesia simbolista [senão o maior] dizia que tudo é um jogo de dados. Isso mesmo. Tudo funciona como um jogo de dados. Começo a aceitar a tese do grande poeta francês.

Dilma e Vitória da Conquista

Por Fábio Sena

Não há geração espontânea de qualidade de vida. A qualidade de vida depende de investimentos públicos e privados. E não basta ter vocação, é preciso ter oportunidade.

É melhor abrir um comércio numa rua amontoada de lixo ou numa rua onde a Prefeitura mantém uma rotina de limpeza? É melhor arriscar um negócio numa cidade onde sua família não pode morar ou numa cidade onde há escolas e unidades de saúde, públicas e privadas, para seus familiares? Sua casa é mais valorizada numa rua sem qualquer infra-estrutura ou onde o governo implantou esgoto, asfalto, energia e transporte?

Antes de Lula, os outros governos concentravam o dinheiro público nas cidades do Sul e Sudeste do país, discriminando as outras regiões. Você lembra como era Vitória da Conquista até 1996? Ruas entulhadas de lixo, transporte público da pior qualidade, apenas 06 postos de saúde e o08 médicos para toda a população, servidores com salários atrasados em até seis meses, completo descrédito da Prefeitura no comércio, milhares de crianças sem escola. Era o caos.

André Cairo leva demandas ao Prefeito

Quando pensamos que André Cairo está curtindo férias ele reaparece. Através de e-mail encaminhado a redação do Blog do Anderson, o presidente do Movimento Contra a Morte Prematura (MCMP), informou que estará se reunindo com o prefeito Guilherme Menezes para apresentação de uma serie demandas para melhorias em Vitória da Conquista. Segundo Cairo o dossiê que será entregue ao prefeito Guilherme contém até o momento vinte e oito itens que vão desde a revitalização da Praça Estevão Santos (Praça do Fórum) até escavação arqueológica identificando Cemitérios Indígenas. A data ainda não foi informada, mas quem tiver alguma sugestão para incremento da lista, entre em contato com André Cairo através do E-mail: [email protected] ou (77) 9963-7331.

Portas abertas

Por Edvaldo Paulo de Araújo

Meu amigo Charlie Taylor, de há muito me convidava para conhecer o Canadá, visitar Quebec e hospedar na sua casa com sua família. Esse convite já se repetia a anos, depois da sua ultima vinda ao Brasil onde passamos alguns dias juntos resolvi aceitar o convite e visitar esse país tão  querido.

O tão sonhado dia chegou! Rumei para aquele belo país onde fui recebido, por Charlie e Anne, sua esposa, com muita alegria e festividade. No outro dia para minha surpresa e de surpresa, fui a uma festa com eles e quando lá cheguei, fiquei emocionado, pois fora feita  para mim.Me emocionei, fiquei deveras muito feliz.No meio de tanta alegria, por saber que gosto de cantar e por me elogiar nessa tarefa, Charlie me convidou para subir ao palco e cantar algumas canções. Me arrisquei no inicio com uma canção que tanto amo, “my way” interpretada por tantos astros, mas o maior sucesso foi na voz de Elvis Presley.Foi inesquecível!Nunca esqueci e jamais esquecerei.

Durante o período que fiquei lá, caminhando, visitando lojas, restaurantes, órgãos públicos, museus, faculdades, amigos de Charlie etc. fiquei encantado com o nível de cultura, educação, civilidade e da funcionalidade do estado em todos os seus níveis naquele país. Apesar de ter conhecimento e muitos dados do Canadá, mas não imaginava a esse grau, principalmente a funcionalidade do estado, como disse. Fiquei impressionado!Encantado com a atenção deste povo maravilhoso, o canadense.

Serra e os sepulcros caiados

Por Fábio Sena

Foi por opção da candidatura tucana que o debate eleitoral deste ano saiu do terreno político para o terreno meramente religioso, assumindo essa feição graças à predominância do tema do aborto sobre assuntos como educação, saúde, habitação popular, salário mínimo, entre outros. E ganhou relevo, especialmente, depois que o candidato tucano apareceu em seu programa eleitoral fazendo a leitura da Bíblia, num gesto farisaico e de deslavada hipocrisia.

O que o tucano fez, num ato de desrespeito inclusive, foi tentar colocar as Escrituras Sagradas a serviço da intolerância, assemelhando-se àqueles fariseus que oravam em voz alta nas esquinas e que Jesus chamou de “sepulcros caiados”. “Ai de vocês, escribas e fariseus, hipócritas! Pois são semelhantes aos sepulcros caiados que, por fora, realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos mortos e de toda a imundícia”. (Mateus 23.7).

Política Brasil

Por Paulo Pires

O ganhador do prêmio Nobel de Literatura 2010, Mario Vargas Llosa [peruano] esteve em São Paulo. O homem deitou falação sobre um buquê temático que englobou diversos assuntos, principalmente política, diplomacia e literatura. Conforme o Estadão de São Paulo:

“Vargas Llosa falou de política e de literatura em São Paulo, num encontro com funcionários da Editora Abril, antes de viajar para Porto Alegre, onde era convidado do seminário Fronteiras do Pensamento. Na palestra de São Paulo, conduzida por Ricardo Setti, o escritor disse que o Brasil “é visto como um exemplo a ser seguido”.

O Incrível Ubirajara Brito

O ano é 1958. Um grupo de jovens brasileiros vai para Moscou, na ainda União Soviética, para participar do Encontro Internacional da Juventude Comunista. No grupo, dois baianos: Sebastião Nery, estudante de Direito da Ufba, nascido em Jaguaquara (ali perto de Itiruçu), e Ubirajara Brito, estudante de Engenharia Civil também da Ufba, nascido em Tremedal (ali onde fica a Vila de São Felipe).

No retorno da União Soviética o grupo passa pela Polônia onde iria acontecer um outro evento estudantil. Ubirajara, carinhosamente chamado de Bira pelos colegas, chega em Lublin causando frisson entre as loiras do Leste Europeu. No dia do evento surge um problema logístico, era preciso um auditório maior do que o disponível dada a grande quantidade de universitários do mundo todo. 

Uma comissão de 10 estudantes internacionais é formada. Sebastião  e Ubirajara  foram os brasileiros escolhidos, um jovem soviético estudante de direito fez parte da comissão. O grupo foi até a Universidade Católica de Lublin tentar solucionar o problema. Foram recebidos por um professor, um jovem padre polonês que se sensibilizou com o problema e disponibilizou o maior auditório da Universidade, entregando a penca de chaves nas mãos de Sebastião Nery. O evento transcorre normalmente.

Sobre a Pesquisa

Por Paulo Pires

Um trecho da análise de dados da pesquisa informa:

“Considerando-se todos os votos, Dilma tem 46,2%, ante 42,7% do oposicionista. Em ambos os cálculos, a diferença fica no limite da margem de erro, o que caracteriza empate técnico. Votariam em branco e nulo 4% dos entrevistados, enquanto 6,6% estão indecisos. Na pergunta espontânea, em que nenhum nome é apresentado, a petista tem 44,5%, ante 40,4% de Serra”.

 “A maioria dos entrevistados acredita que Dilma será a vitoriosa na disputa (59,6%). Ela permanece com menos restrição de votos em relação a Serra. Enquanto 35,4% dizem que não votariam na petista, 37,5% afirmam que não escolheriam o tucano”.

Meu retrato na parede

Por Edvaldo Paulo de Araújo

Na minha região, aqui no sertão baiano, tínhamos o costume de quando uma mãe recém parida se encontrava em dificuldade para amamentar o seu recém-nascido, buscava alguém da sua intimidade para amamentar o pequeno rebento. A partir deste ato o pequeno assumia e era educado para isso, algumas obrigações com a sua amamentadora e uma delas era o dever divino e sagrado de tratá-la e chama-la de “mãe”. Na minha infância, na nossa fazenda em Veredinha, onde fui criado, tinha sempre que selar o cavalo e deslocar para lugares, mesmo longínquos, em determinado dias santos, só para pedir a benção aos meus padrinhos e a minha amada “mãe Fia”. Quando lá chegava encontrava alem do abraço, da sagrada benção, o bolo mais gostoso e sempre, o singelo presente.

Há alguns dias encontrei Dilson, amigo de a infância, colega de escola, que na sua adolescência sempre cercado de belas garotas, fora um momento de muita alegria e aprendizado. Narrava-me na ocasião o seu modo de vida, morava na fazenda, sem luz elétrica por opção, cultivava costumes de há muito esquecido por mim e gestos que ao revivê-los em pensamentos tocaram o meu coração.  Naquele momento resolvi retomar algumas coisas perdidas em minha vida.

Escuridão facilita ação de bandidos em Vitória da Conquista

A Praça Estevam Santos, onde está instalado o Fórum João Mangabeira em Vitória da Conquista, vem sendo alvo de reclamações devido à falta de atenção recebida do Poder Público Municipal. Segundo relatos de moradores e comerciantes da localidade, durante a noite a escuridão domina e vem servindo de abrigo e local de ação de bandidos. Preocupado com a situação, o presidente do Movimento Contra a Morte Prematura (MCMP), André Cairo, atendeu o chamado da comunidade e esteve na Praça onde constatou o teor da denúncia prometendo através de documentos, cobrar das autoridades providencias em caráter de urgência.

Eu me lembro

Por Edvaldo Paulo

Menino de nove anos de idade, ano de 1964. O Brasil vivia o momento do golpe militar. Arrumam suas poucas roupas humildes, simples, todas feitas pela mãe, algumas de ultima hora e se prepara para ir estudar na cidade grande. É forte a curiosidade ao novo, os medos, a apreensão de viver na casa alheia. Lembra de uma pequena viagem, que foram tão poucas na sua vida e se recorda da falta que sentiu da sua casa e do que rodeava esta humilde morada. Só em pensar já começa a sentir saudade do seu cavalo, dos animais de estimação, do jogo de futebol no campinho com os amigos no final da tarde.De joelhos numa cadeira olhava pela janela os campos, as florestas,a pequena e tão querida Veredinha. Duvidas e as palavras do seu pai e sua mãe quanto ao futuro, quanto à estrada que ele tinha que percorrer. Não era fácil despedir do afeto dos seus.

 Ao longe vislumbra o veiculo caçamba, que o transportaria para a cidade onde iria estudar. As ultimas recomendações da mãe Nede e do pai Chico.A benção e o abraço apertado, complementado com a voz embargada de Da Nede dizendo: “Deus te abençoe e te guarde meu filho”.As lagrimas corria em seu rosto pequeno,nunca tinha vivido um minuto sequer sem a sua família,sem a liberdade da fazenda, sem a sua casa,sem a sua cama companheira de olhares para o teto, sonhando acordado.