Direto da Praça

Créo Evangélico

A semana passada ouvi parte de um debate curioso sobre música popular e música gospel em uma de nossas emissoras de rádio. O programa, realizado de segunda à sexta no horário das 11 às 12 horas, pela Rádio Melodia é conduzido pelo pastor Gilaelson [creio que se escreve assim o nome do mediador]. As discussões giraram sobre a utilização ou não de músicas profanas em templos religiosos. O encontro transcorreu de forma inteligente e a maioria dos debatedores considerou o uso de músicas profanas como uma apelação vergonhosa. Como a Democracia assegura a todos o direito de opinião, um dos participantes disse ser favorável ao uso de músicas populares e confidenciou que alguns templos já estão usando até o Créo Evangélico. Sinceramente, fiquei curioso… Será? Será como esses evangélicos que ele mencionou cantam e dançam o Créo?

Direto da Praça

 

Paulo Pires

O Jornal Le Monde e a Revista Der Spiegel 

O Le Monde de 24 de maio e a revista alemão Der Spiegel de 31 do mesmo mês, deitaram elogios ao Sr. Lula da Silva. Certamente o presidente ficou inflado de vaidades. Não vamos repetir o que disse essas duas importantes publicações européias (vide Google). Diríamos que qualquer cidadão, principalmente do mundo político, sentir-se-ia no topo da montanha. 

Israel caiu na isca

A flotilha humanitária que estava em mares internacionais, atacada pelo exército israelense, mostrou definitivamente ao mundo como é que Israel se comporta no Oriente Médio.  Um observador mediano percebe hoje que os conterrâneos de Ben Gurion, depois de terem vivido séculos e séculos como nosso irmão pequeno (aquele que sempre leva cascudos dos maiores) passou agora a ser o maior distribuidor de  bordoadas da região. Mas que ficou feio na fita, isso ficou…

Direto da Praça

Futuro para a juventude ou juventude para o Futuro

Acho que foi o presidente Roosevelt quem disse: “… já que estamos em dificuldade para construir um bom futuro para nossa juventude é hora então de construirmos nossa juventude para o futuro”.  No caso brasileiro penso não ser impertinente perguntar: Será que estamos fazendo isto? Será que estamos preparando nossa juventude para uma vida melhor? Creio que não.

Uma das razões?  Falta de institutos [gerais] para redução da violência ou quem sabe formulações de políticas [ou a falta delas] nesta direção. A ausência dessas políticas abre brecha para o elevado número de ocorrências a ela vinculadas.  Neste sentido, não se pode deixar de afirmar: A violência como fenômeno social ainda está distante do tratamento que merece. Nossas ações para reduzi-la são feitas de forma incipientes, amadoras, ingênuas, totalmente deslocadas da realidade. Já dissemos anteriormente e continuaremos a repetir: as famosas, sublimes e humanas “passeatas pela paz” não passam de procissões de fiéis que crêem ser atendidos pelos delinqüentes a partir da lacrimosidade de suas súplicas. Esquecem-se esses “bons fiéis” que os “sujeitos” a quem eles recorrem [suplicam] desconhecem dentre outros juízos [infelizmente] a existência de Deus.  Nossos honrosos e indispensáveis fiéis [eles são indispensáveis] crêem insistentemente que as patéticas “passeatas” tem o condão de “debelar” a violência. Lamentamos dizer, mas discordamos frontalmente – mais uma vez – dessa interpretação.

Orelhões quebrados castigam a população de Vitória da Conquista

André Cairo vai à justiça exigir manutenção de orelhões em Vitória da Conquista

Quem nunca precisou de telefones públicos, os famosos orelhões, pelo menos uma vez na vida? Mas basta andar pelas ruas de Vitória da Conquista para constatar a má conservação dos aparelhos e das cabines, seja devido aos atos de vandalismo da própria população da cidade, seja pelo desgaste causado pelo tempo e pela escassez de reparos por parte da empresa responsável.

Segundo o presidente do Movimento Contra a Morte Prematura (MCMP), André Cairo, que fez um levantamento e constatou que cerca de 100 aparelhos espalhados pelos bairros da cidade e na zona rural apresenta algum tipo de defeito. “Estive na sede da Oi aqui em Vitória da Conquista e me informaram que o assunto só pode ser resolvido na matriz da empresa que fica no estado de Pernambuco. Enviamos um documento via correios há mais de três meses, mas até hoje não recebemos respostas”, disse Cairo e informou que estará entrando na justiça dentro dos próximos dias.

Ativista conquistense sai em defesa da aprovação da PEC 300

O ativista foi às ruas de Vitória da Conquista em defesa da PEC 300

Está tramitando no Congresso Proposta de Emenda Constitucional (PEC) de nº 300 que propõe equiparar os vencimentos das Policias Militares e Bombeiros Militares de todas as unidades da federação com os praticados hoje pelo Distrito Federal.

Segundo André Cairo, presidente do Movimento Contra a Morte Prematura (MCMP), que vem realizando Manifestações em apoio à PEC 300, com novas atividades para os próximos dias, a aprovação desta Proposta será positiva sobre vários aspectos, entendendo justificar, diante do exercício da profissão de risco, entre outros fatores, a exemplo do afastamento da busca de atividades paralelas para suprir o orçamento familiar, além da autoestima.

Ao Mestre Gilberto Quadros, com carinho

A mais potente trincheira do homem é a grandeza d´alma. Generosa como beijo de criança, aplaca o furor do ódio, quebranta a injustiça, ergue a razão.”

Ezequiel Sena

Bons escritos sempre fascinam a humanidade. As palavras ditas ou escritas por um bom narrador adquirem existência própria. Percorrem caminhos, transportando-nos, então, para um mundo de compartilhamento, de aventuras e de sonhos. Nascem personagens acompanhados tanto de problemas, como de alegrias e tristezas, tão reais que são impossíveis de serem decifrados. E não se surpreenda caso algum deles parecer tão íntimo, ou até mesmo membro da sua própria família, afinal de contas isto é literatura e literatura é vida.

Academia do Papo: “Universidade para feios: Uma crítica ginasiana a beleza e a moda”

Paulo Pires

O site Núcleo de Notícias de Vitória da Conquista ontem, 06 de maio de 2010, reproduz uma matéria da BBC Brasil, cujo teor é o seguinte: “As Universidades de Granada e Jaén (ambas no sul da Espanha) estão convocando mulheres feias para um projeto experimental científico. O objetivo é testar um tratamento psicológico que cure os transtornos provocados pela obsessão com o ideal de beleza inalcançável”.

É oportuno perguntar: Por que só mulheres? Avalio a opção exclusiva às mulheres como algo discriminatório e daqui envio o meu protesto. Na realidade estou me sentindo excluído e penso que o problema não é só meu. Mas, tudo bem. Vamos ao que interessa. Há alguns anos a Rádio Bandeirante de Vitória da Conquista realizou um Concurso em parceria com a Loja Nacional para eleger os três homens mais feios de nossa cidade. Adivinhem quem ganhou? Se você marcou Galego Pega Frete acertou na mosca. O segundo lugar ficou para outro amigo, o horroroso e mal humorado Argeu. Para quem não se lembra, este cidadão é aquele que se candidatou a vereador nos idos de 1990 e tomou uma das maiores bombas do nosso eleitorado. Sim, aquele mesmo do lema: “Quem comeu, comeu, agora é a vez de Argeu”. Na competição ele não conseguiu o primeiro lugar. Frustrado, iniciou uma série de contatos com advogados de forte presença curial para acionar a Rádio e a Loja. A intenção era solicitar ressarcimento por danos morais. Nosso “formoso” personagem considerava sua vitória líquida e certa. Por não ter sido vitorioso o que vimos ao final da história foi um sujeito alquebrado, desiludido e triste. Prá ser sincero, creio que depois de sua malograda candidatura ao posto de “o Cara mais feio da cidade” Argeu nunca mais foi o mesmo. De vez em quando nos encontramos e percebo em seu semblante traços de indisfarçável decepção. Acalento-o dizendo que no Reino de Deus “Os últimos serão os primeiros”. Ele ouve e fica calado…

Direto da Praça: Baba do Pó

Paulo Pires

O Brasil de 2010 tá demais. Todo dia ocorrem fatos que deixam nossa sociedade arrepiada. São acontecimentos reais, irreais e surreais que ultrapassam ao mais imaginativo dos cérebros humanos. Tem de tudo para nosso [des] gosto. Os fatos reais se transformam em surreais. Em alguns casos os irreais e surreais passam por metamorfoses tão acentuadas que acabam “ficando normais”.  Ninguém sabe determinar a fronteira entre a verdade, a mentira e a ilusão. Anteontem uma adolescente de 16 anos passou em uma maternidade, viu uma senhora com um bebê nos braços, pediu à vovó inocente para dar “uma voltinha” com o recém-nascido. Sem que ninguém percebesse a mocinha se evadiu do local. A família quando deu conta do sumiço, a jovem e a criança já estavam longe. Foi um pega prá capar dos diabos. Felizmente a mocinha seqüestradora não era uma maluca qualquer. Estava apenas frustrada por um aborto que sofrera dias antes. Mas era tão amadora em seu projeto de substituição de bebê,  que ao chegar em casa sua família logo “sacou” que algo estava errado.  Apertou-a sobre a origem da criança que trazia nos braços e imediatamente chegou-se a conclusão que a mocinha a havia subtraída de alguém. As convicções se confirmaram quando viram o alarido feito por outra família na televisão. A família a fez devolver a criança.  Neste caso, o que parecia inacreditável acabou em final feliz.

Direto da Praça

Devaneios sobre educação

 Por Paulo Pires

Após ouvir o professor José Marcelino de Rezende Pinto, Faculdade de Filosofia Ciências e Letras da USP, caí na tentação de fantasiar sobre aspectos da educação brasileira. Por que continuamos tão atrasados?  Por que continuamos patinando [e nos arrepiando] quando verificamos os resultados apresentados pelos nossos jovens? E o que dizer do perfil psicossocioprofissional dos nossos docentes? Nossa educação é ruim porque ficou assim agora? Ou é ruim porque sempre foi assim?  Dizem os historiadores que quando Dom Pedro II conheceu Domingos Sarmiento, um dos melhores presidentes da Argentina em todos os tempos, ficou impressionado quando o argentino lhe falou sobre a política educacional do seu País.

Presidente do PSB de Vitória da Conquista diz que PT age como o regime militar

Gidelson Félicio compara as decisões petistas com as da ditadura militar e diz ser uma chantagem a retirada da candidatura de Ciro Gomes a Presidência da República

Em artigo publicado nesta segunda-feira (26), o presidente interino do PSB em Vitória da Conquista, Gidelson Felício, repudiou as ações do PT quanto à forçada retirada da candidatura de Ciro Gomes à presidência da republica e comparou os petistas como os carrascos da ditadura militar. Essa decisão forçada e operada pelo PT nos remete a tempos sombrios da Ditadura Militar, quando foi instituído o bipartidarismo”, protestou Félicio.

 Segundo Gidelson, Ciro Gomes está preparado para defender as idéias que os socialistas “almejam, e alavancaria a eleição dos deputados federais, diferente do que tem sido posto através da “chantagem” do PT, do não apoio a eventuais candidatos a governador e a senador nos diversos estados onde o PSB tem nomes fortes. Ao contrário de atrapalhar, a candidatura Ciro fortaleceria as nossas lideranças regionais”. Leia o artigo na íntegra

Direto da Praça

Paulo Pires

Quem está certo?

Um crítico de literatura certa ocasião se aproximou de Gabriel Garcia Marques e confessou ficar impressionado com a plasticidade e a paleta criativa da obra do ciclópico colombiano. Enalteceu sua excepcional capacidade de criar exuberâncias estéticas destacando: “sua habilidade descomunal para inventar situações inusitadas, tudo beirando ao surrealismo”. Gabo – como era chamado pelos íntimos – respondeu com a tranqüilidade de sempre: “O senhor não conhece meu país. Tudo que coloco em minhas obras referente à Colômbia, realmente acontece. Nada é surrealista”.

Academia do Papo

Paulo Pires

Os meninos da Rua Paulo

Acabo de ler no Blog de Anderson que o Teatro Carlos Jeovah vai exibir a partir da semana que vem uma seqüência de filmes de faroeste, ou como dizíamos antigamente: “Um montão de filmes de coboy”. Não sei se terei tempo ou paciência, mas vou me esforçar para assistir a alguns.

O tempo passou e as diligências também. O Cine Conquista fechou o mesmo ocorrendo com o Glória, Madrigal, Eldorado e Trianon. O Ritz nem se fala. No início dos anos 70, Conquista possuía cinco ou seis cinemas. Por incrível que pareça, hoje só temos uma sala de exibição na UESB (Janela Indiscreta) e mais duas no Shopping Conquista Sul. Todos os nossos velhos cinemas foram para o espaço. Não podemos deixar de lembrar que cada um deles funcionava com linhas e produções temáticas diferentes. O Glória, por exemplo, exibia muitos caubóis açucarados, principalmente interpretados por um ator americano, de baixa estatura, cara de chorão que aparecia nos filmes cheio de roupas apertadas chamado Audie Murphy. O Glória também era “chegado” a exibição de filmes – ou películas, como dizem os mexicanos – da Pelmex. A maior sensação dos astecas para nós, meninos de Conquista, era um lutador mascarado chamado Santo e seu genial conterrâneo Mário Moreno, mais conhecido mundo a fora como Cantinflas.  Este simpático humorista juntamente com o lutador mascarado eram verdadeiramente falando, nossos grandes ídolos. Como dizia Lilico: Tempo bom! Lembro daqueles filmes e daquela época com uma nostalgia lírica quase poética.

Direto da Praça

O Roubo da História

Paulo Pires

Uma das coisas mais impressionantes nos Países Centrais e respectivas sociedades é a incrível vocação para olvidarem o que ocorre em outros lugares e suas dedicações exclusivas somente ao que ocorre em seu derredor.

Se não aconteceu em Nova Iorque pouco interessa. Tudo gira ao redor deles, com eles, para eles. Não ouvem ninguém, não vêem ninguém, os outros não interessam. O que lhes importa é a sua satisfação pessoal etnocêntrica e que tudo o mais vá pro inferno.

PARADA GAY: André Cairo dançou na avenida fantasiado de Bat Gay

O presidente do Movimento Contra a Morte prematura, André Cairo, participou da 1ª Parada do Orgulho de Ser LGBT que levou cerca de três mil pessoas às ruas de Vitória da Conquista na tarde deste sábado (17). Com passos ensaiados, o ativista que saiu de Batman com uma placa com a frase “Gay não, Batgay”, dançou e chamou a atenção de muita gente. ““Este evento foi importantíssimo, pois a pior doença é o preconceito e a discriminação, todos nós somos iguais, mas temos que respeitar as diferenças. Todo homem é livre de escolher o que ele quer ser”, disse Cairo.

Futilidades ou um deserto de idéias

Por Ezequiel Sena

A dimensão com que são divulgados certos fatos pelos telejornais hoje em dia se propaga com tanta velocidade, cuja dinâmica supera qualquer parâmetro da compreensão humana. O mundo mudou é verdade, como também as pessoas e os costumes, mas não dá para aceitar com naturalidade o que é ofertado pelos meios de comunicação como algo sublime ou modelo comportamental.  Sinceramente, acho isso uma idiossincrasia fútil e absurda. Ou será que vivemos em uma época onde se verbaliza a frase do ministro e diplomata Oswaldo Aranha, (1894-1960), dita há mais de cinco décadas que “o Brasil era um deserto de homens e ideias”. Certamente nos transformamos em pessoas pós-modernas, sem ao menos entender o que isso significa; tornamo-nos twitteiros, blogueiros, cibernéticos, contudo não passamos disso. E se não tivermos o equilíbrio necessário, entraremos na onda de ficarmos alienados, uma vez que tudo isso tanto atrai como fascina.

Direto da Praça

Dilma e Serra: semelhanças e dissemelhanças

Por Paulo Pires

O presidente Lula da Silva, alternando atitudes sectárias com momentos de discutível imparcialidade, afirma vez por outra que dada a qualidade dos candidatos, o Brasil contará com um bom presidente seja quem for o eleito [ele se refere evidentemente a Dilma e Serra].   Para esclarecer esta afirmação  – e aí ele não consegue esconder justificável jactância – diz: o futuro presidente ou a futura presidente, diferentemente do País que ele, Lula, pegou, encontrará uma Nação arrumada. Alguns certamente discordam ou discordarão do senhor Lula. Outros, como eu, em tese, concordamos com a afirmação do presidente. Em 2002, no dizer de doutor Delfim Neto e outros renomados economistas, o país estava literalmente quebrado [estava mesmo!]. Contas públicas estouradas, endividamento enorme, déficit fiscal gigantesco, salário mínimo de 78 dólares, reservas monetárias zero, política cambial na contramão, relações internacionais e comerciais voltadas em sua maior parte para os EUA, equívocos por cima de equívocos. Um dia, doutor Fernando Henrique perplexo com a situação não agüentou e fez uma declaração patética: “Este país é ingovernável!”.

Direto da Praça

Paulo Pires

Introdução mirim a dois assuntos palpitantes

1)    Complexo de inferioridade

Com o relançamento do livro O Cinematógrafo de Paulo Barreto – cronista João do Rio –  o povo brasileiro pode fazer um breve exame de como se comportavam nossos conterrâneos ao final do século 19, início do século 20. Diz o aclamado cronista que notava nos compatriotas verdadeiro desprezo pelo País. Alguns representantes das classes mais abastadas proclamavam escancaradamente que conhecer o Brasil era inútil, afirma com desilusão o escritor.

Direto da Praça

Paulo Pires

Por Paulo Pires

Dorme Sujo

Um leitor do blog de Herzem disse que não agüenta mais chegar em casa e sequer lavar o rosto. Ele mesmo se autodenominou de Dorme Sujo. Juro que há tempos não ouvia esta expressão e fiquei alegre em saber que pelo menos algumas pessoas de nossa velha Conquista não se esqueceu de utilizar termos que criamos para designar certos ocorrências e situações em que somos vitimas.  Dorme Sujo, essa é boa, não? O fato é que a falta de água que estamos vivenciando nesta primeira semana de abril de 2010, nos leva a concluir sobre a importância desse líquido. Água definitivamente é Vida. Não existe vida sem água.