Ao final de mais um ano, depois de bilhões roubados dos cofres públicos e outras iguais cifras desperdiçadas em obras paradas, assistimos impotentes a morte levar vidas e vidas nas abandonadas estradas baianas, especialmente as rodovias que cortam a região Sudoeste. Verdadeiras armadilhas, roleta-russa do descaso, a grande maioria está intransitável. Resultado de gestões inoperantes, que deixaram surgir buracos, ou pior; crateras. Chega o Verão. Turistas de todas as partes do País, chegando aos montes, são colhidos de surpresa. Não menos surpresos são os nativos, pessoas que contribuem com a economia regional prestando serviços ou escoando produtos. >>>>>
A masculinidade que se vincula ao homem desde que o mundo é mundo está intimamente ligada ao preconceito, que se manifesta no nosso cotidiano através do machismo e o resultado é que muitos homens postergam ou deixam de fazer o exame preventivo de Câncer de Próstata, o toque retal. >>>>>
Com a viola e recitais afinados dos cantadores e poetas, o Sarau do Espaço Cultural Cascalho voltou com seu novo visual, dando seu recado literário na noite do último sábado (12). O encontro varou a madrugada entre uma cerveja, um vinho, um agradável bate-papo e uma comidinha caseira que ninguém é de ferro. Ficou o gosto do quero mais entre os participantes. Depois de seis meses de recesso, o Sarau voltou com toda garra e disposição com as visitas ilustres de Karina, Paulo Gabiru, Baducha e Cellêmias que se juntaram ao grupo mais presente de Itamar, Dorinho, Walter Lages, José Carlos D´Almeida, Moacir Morcego, Jeremias e a dona da casa Vandilza que recepcionou os novos participantes.
O professor Itamar Aguiar, como sempre um dos mais frequentadores do nosso ambiente, com suas histórias e filosofia, conduziu os debates e as discussões com maestria, ao som da viola tocada por Paulo Gabiru que, na ocasião, prestou uma homenagem ao nosso maltratado “Velho Chico”. O fotógrafo D´Almeida fez questão de registrar com fotos todos os lances e ainda mostrou seu talento na declamação de poemas. Dorinho, Walter Lages, Baducha e Moacir soltaram suas vozes com suas músicas autorais e apresentação de clássicos das canções da MPB que se eternizaram. Como sempre acontece, o “Sarau Cascalho” abriu espaço democrático para as revelações de causos e estórias populares com debates sobre política, literatura e assuntos diversos do nosso cotidiano. >>>>>>
Meninos eu vi! Eu vi João Gonçalves da Costa, descendo pela encosta do Rio Verruga logo abaixo da casa que viria a ser de dona Henrique Prates. Os meninos de outrora no Arraial da Vitória, andavam desconfiados de ainda ter índio por perto. Coisa do pensamento, nada de verdade, estória. Vi também uma porção de gente chamada Lopes, conversando com outros que se chamavam Correia. Santos Silva tinha de pau. Depois vieram os Gusmões com Plácido e o pessoal de Justino. Ao mesmo tempo os Fernandes e os Sales de outro lugar. Andrades chegaram muitos, antes do padre Manuel Januário e daí prá frente, foram Mendes, misturados com Fonsecas, que se juntaram com o povo de Tremedal, território dos Ferraz. De Anagé vieram os Soares e da Barra da Choça também, que mandou um pouco dos Leites, um povo alto e forte, dourado que nem xerém. >>>>>
Havia chegado em casa, uma amiga me trouxe e me deixou no portão , resolvi comprar um pastel na feirinha do Alto Marom e no caminho, a 50 mts da feira, fui abordado por três elementos, um baixinho branco e dois magros e altos que ficaram atras de mim; o baixinho me encarou de frente e eu, vendo que ele não estava armado, resolvi fugir, afinal estava a poucos metros da barraca de pastel e já haviam várias pessoas por ali, na fuga levei uma rasteira e cai, destroncando o ombro esquerdo e batendo a lateral do rosto no asfalto, rompi o supercílio e enquanto me banhava de sangue e gritava por socorro os fdp enfiavam as mãos nos meus bolsos, me surrupiando carteira e celular. Fugiram. >>>>>>
Vitória da Conquista nasceu com predisposição à adoção de estrangeiros, aliás, “conditio sine non” para o seu desenvolvimento, isso não se pode negar. Grandes nomes egressos de outras plagas baianas e de outros estados do nordeste, sudeste – em especial Minas e São Paulo, aqui chegaram com a cara e a coragem e trabalharam duro; contribuíram com o desenvolvimento e o progresso de Conquista. >>>>>>
O regulamento da Copa Governador do Estado, promovida pela Federação Bahiana de Futebol (FBF), garante a presença do campeão e vice, no próximo ano, na série “D” do Campeonato Brasileiro e na Copa do Brasil. Os finalistas terão que optar por um dos torneios nacionais. O Vitória da Conquista poderá conseguir uma dessas vagas, dependendo somente de um empate contra a Jacuipense, no próximo domingo, às 16 horas, no Estádio Lomanto Júnior. Nos dez encontros entre ambos, o Conquista venceu seis, empatou dois e perdeu dois. >>>>>
A propaganda eleitoral gratuita merece reformulação criteriosa. Apesar do direito de resposta que confere ao candidato ou terceiro atingido, pode ter efeito que vai além de mero aborrecimento, por que atinge patrimônio moral reconhecido na comunidade. Foi o que ocorreu recentemente no segundo turno eleitoral de Vitória da Conquista. >>>>>>
A PEC 241 dos 20 anos de cortes nos gastos públicos é o maior pecado mortal de todos os mandamentos fazendários de um país contra a educação e a saúde, principalmente a partir de 2018. É o método irracional mais simples de uma oligarquia burguesa egoísta para não bulir nas mordomias dos marajás entranhados há séculos nas três castas dos poderes. É mais um corte drástico da ração dada à plebe para que a deles continue vitaminada. É como rifar a criadagem para sustentar o castelo e seus reis e rainhas. >>>>>>
Nádia Márcia Campos | Bacharel em Serviço Social | [email protected]
Neste momento em que escuto um cidadão passar aos berros na rua gritando “fora PT, vão trabalhar vagabundos”, impossível não sentir um nó na garganta, impossível não lembrar das noites, fins de semana e horários de refeições deixados de lado por mim e por outros tantos companheiros que tocaram com responsabilidade a administração pública municipal de Vitória da Conquista nos últimos 20 anos. >>>>>
Quero dizer o que vi e senti, enfim. Mesmo que me cause revelar coisas de mim.
Eu te vi, em meio a uma noite de multidão ébria.
Vestia jeans, firmado por um cinto de couro marrom, os longos cabelos presos num coque, barba espessa bem desenhada, olhos semicerrados, inebriados pelos segundos, e vez em quando um espontâneo sorriso solar.
Parecia prenúncio de verão, signo de ar ou mar, não sei bem o que recitar.
Segurou minha bebida e meu cigarro e tocou meus braços antes de partir.
Na partida, seu rosto não me parecia estranho.
Te vi num convescote de regozijo, tempos atrás. >>>>>>
Das bases espaciais, os cientistas que brincam de desvendar os ministérios e a origem do universo, pulam, se abraçam e festejam a lua de mel entre a roseta e o cometa cigano. Bilhões e bilhões de dólares são gastos em naves, foguetes e cápsulas ultrassofisticados para em breve pousar em marte e nele bilionários fazerem viagens de passeio, veraneios e até moradia. Muito lindo o amor entre a roseta e o cometa com imagens explícitas de beijos e transas com direito a longos e inesquecíveis orgasmos dos terráqueos e dos enamorados. Tudo filmado e muitos aplausos dos deuses cientistas para as comoventes cenas dos momentos mais íntimos. Foi um amor à primeira vista e que seja “eterno enquanto dure”, como dizia o poeta. >>>>>
Trata do assalto. Não esse crime contra pessoas individualmente, cada vez mais constante numeroso e revoltante, mas do assalto organizado concentrado, planejado, contra milhões de pessoas, em curso de prática por pessoas eleitas teoricamente para não assaltar. Vou ao centro: o assalto praticado pelos parlamentares contra a constituição e contra a sociedade por meio de bomba (agora dá para você entender a expressão “pauta bomba”?) de alto teor explosivo. Leia na íntegra.
O Brasil é um dos campeões mundiais em elaboração de planos econômicos. Somente desde l986, com o malfadado Plano Cruzado seguiram-se, além de remendos e adaptações, mais quatro verdadeiras engenhocas econômicas, culminando com o Plano Real – 1993/94 que serviu para eleger e reeleger Fernando Henrique Cardoso. Mesmo o seu aparente sucesso não impediu que o Brasil fosse obrigado a elevar os juros/Selic a estratosféricas taxas de 50% am e, mais uma vez, submeter-se à tutela econômica vergonhosa do FMI. >>>>>
“Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana.” Carl Gustav Jung.
Ainda hoje é possível observar um grande temor social pelo simples fato de pronunciar a palavra “câncer”, como se esse fosse o fator causador da enfermidade. Mais velho que o Profeta Moisés, o provável primeiro registro sobre o câncer de mama é datado em 2.500 a.C. por sacerdote egípcio Imhotep ao descrever uma “massa protuberante no seio”. É inegável que nós, mulheres, somos as maiores vítimas de neoplasia maligna na mama, o que amedronta a comunidade feminina desafia os cientistas no mundo todo em busca da cura para o câncer de mama. Embora a doença seja uma moléstia grave e requeira cuidados, além da doença em si, outro fato que aflige a maioria das mulheres ao longo do tratamento é a mutilação. Leia o artigo na íntegra.
A ingratidão de uma mãe para com seu filho que sempre reconheceu e engrandeceu suas origens é imperdoável perante a sociedade e aos olhos de outros mais distantes da sua terra, ou até diante de um tribunal de julgamento. Esta ingratidão está por ser materializada através de uma placa de “VENDE-SE” afixada na casa onde nasceu e morou até os nove anos o cineasta conquistense baiano Glauber Rocha, um dos ícones do Cinema Novo no Brasil. >>>>>>
A Constituição da República Federativa do Brasil, em seu artigo primeiro, caput, afirma que o Brasil é um “Estado Democrático de Direito”, o que nos faz crer que somos regidos por um sistema de governo democrático, onde as liberdades fundamentais dos cidadãos são garantidas e respeitadas. A uma ligeira análise do que acontece à nossa volta, percebemos que na prática não é bem assim. Aliás, estamos muito longe disso. É bem verdade que já foi pior ― muito pior ―, mas esta óbvia constatação não deve servir de justificativa para nossa acomodação. Aliás, os acontecimentos político/jurídicos recentes nos dão conta de que ainda temos que trilhar uma longa estrada até construirmos em nosso país uma democracia que faça jus ao nome. Leia na íntegra >>>>>
Naqueles idos da década de 70, ao final da balada no Carrascão ou Cafezal, a rapaziada não tinha outra saída senão descer a serra do Piripiri para comer um filé à parmigiana no Restaurante Bareta. Antes, porém, convinha dar uma olhada para sondar o Ambiente. No Baretta alguns clientes mais violentos costumavam chegar mais cedo e, cheios de manguaça, danavam a criar problemas com os casais que desciam do Carrasco ou Cafezal. Tirando esses pequenos senões, tudo era lindo, maravilhoso. O Bareta só fechava por volta das 11 da manhã (para dar uma lavada no piso) e meio dia já estava aberto para receber novos clientes. >>>>>