
Joseval Andrade
Chega o final do ano e, com ele, chegam, também, as dúvidas dos alunos: será que vou passar de ano? Não posso perder de novo. Se desistir ou trancar, meu pai me mata… Vejo esse papo em quase todos os momentos. Eu, curioso sobre essas questões, resolvi fazer uma pesquisa entre alguns alunos. Aqueles mais chegados. O primeiro que encontrei, uma tristeza. Mesmo depois de muito tempo na faculdade (mais de 10 anos), três vestibulares (como eles mesmo dizem, pra limpar o currículo), não tem previsão de quando será a tão sonhada festa de formatura.
Nesse mesmo tom, “pesquisei” a vida escolar de outros, quer dizer, de outros e de outras. Algumas decepções, mas, também, alegrias. Deparei-me com o nome de JAQUELINE, filha de pescador e garçom nos finais de semana, já que é dono de uma barraca na Prainha, em Anagé, onde serve um peixe frito, de dar água na boca. Estou falando de “TUNICO”, da Barragem de Anagé, meu amigo do peito.
Jaqueline estudou o curso médio (1º e 2º ano) no Colégio Opção e o último ano em Anagé. Hoje, faz o 8º Semestre de Fisioterapia na Fainor. Ela já tem 59 disciplinas cursadas (num total de 177 provas) e nunca perdeu uma só, sequer. Em todo esse tempo, só fez duas avaliações finais e, diga-se de passagem, por uma diferença mínima. Numa, ficou por seis décimos e, na outra, por nove. A média geral dela na Fainor, aí computando todas as 177 provas, é de 8,3. Gostou?. Leia a crônica na íntegra.