“Nasce o Sol a dois de julho. Brilha mais que o primeiro. É sinal que neste dia, até o Sol, até o Sol é brasileiro. Nunca mais, nunca mais o despotismo regerá, regerá nossa nação. Com tiranos não combinam brasileiros corações.”
Ademar Cirne e Lucas Gabriel Cirne
E assim foi escrito! Na manhã ensolarada de 2 de julho de 1823, o alferes e poeta Ladislau dos Santos Titara saudava com seus versos os heróis da memorável e épica batalha de Pirajá, ocorrida em 8 de novembro de 1822. Parecia destino traçado. Depois de mais de uma semana de fortes chuvas que insistiam em cair sobre a capital baiana, exatamente naquele dois de julho, o Sol nasceu como nunca se tinha visto. Era o astro rei dando os parabéns à vitória dos baianos e as boas vindas às tropas de várias regiões que entravam triunfantemente pela estrada das boiadas, hoje Rua Lima e Silva, Bairro da Liberdade, para expulsar os correligionários do comandante português Inácio Luís Madeira de Melo e concretizar definitivamente a independência do Brasil na Bahia.