O Bairro Recreio sempre foi famoso pelo elevado número de roubos, mas a situação só tem piorado. No último fim de semana, os marginais aproveitaram a cidade vazia, por conta do período junino, e “fizeram a festa”. Segundo a 77ª Companhia Independente da Polícia Militar/CIPM, responsável pelo policiamento da zona leste de Vitória da Conquista, foram registradas três ocorrências de grande potencial em todo o bairro, no entanto, acredito que as ocorrências de pequeno potencial também devem ser levadas em conta. Fui assaltada na Rua Lourival Cairo por dois seres abomináveis no último domingo, 25, que me abordaram em uma moto e levaram o meu celular. Posso afirmar que a sensação não é nada agradável, por diversas razões. Uma delas é a sensação de medo e impotência diante da situação, é algo assustador. Além disso, chega a ser revoltante ver qualquer bandidinho usurpar bens adquiridos através de trabalho honesto em apenas dois minutos, sem qualquer esforço. Mas não quero entrar nessa discussão.
Colunistas
As mobilizações por mais avanços no Brasil
As recentes mobilizações em diversas cidades do Brasil, com pessoas de diversos segmentos sociais e com reivindicações variadas, ocorrem em um país que já não é o mesmo de dez anos antes, e que justamente por seus inegáveis avanços estimula novas demandas e desejos de mudanças, legítimas e necessárias.
A ascensão social no Brasil desde 2003 deslocou uma população similar à da Argentina para a classe C, com a constituição de uma nova classe trabalhadora no nosso país. Houve a maior diminuição da pobreza extrema na estrutura social na história, devido ao estímulo à produção, à geração de 19 milhões de empregos e um aumento do salário mínimo que significou um ganho real no valor dos salários menores e um processo de crescimento que se baseou na distribuição de renda e no mercado de consumo interno.
PRF abre inscrições de concurso
Nesta segunda-feira (24), foram abertas as inscrições do concurso público do Departamento de Polícia Rodoviária Federal (DPRF) que vai preencher 1 mil vagas no cargo de Policial Rodoviário Federal. Do total, 50 vagas estão reservadas para candidatos com deficiência. O órgão também formará cadastro de reserva. Os interessados devem se inscrever até o dia 8 de julho, através do site do Cespe/UnB. A taxa é R$ 150. O candidato deve ter diploma de conclusão de curso de graduação em qualquer área de formação. A remuneração é de R$ 6.106,81 para uma jornada de trabalho de 40 horas semanais. Confira o edital.
Sabores, cheiros e sons da infância
Jorge Maia
Eu era menino, e não faz muito tempo, saindo da infância e entrando na adolescência, morando na cidade, mas em casa com quintal. Sempre tive quintais, um canto da casa que hoje é desconhecido pelos mais jovens e urbanos. Naquela época meu quintal tinha abacateiro, cana caiana, em linguagem coloquial, adorável, pé de laranja e pé de pêssego. Havia galinhas poedeiras e em algumas oportunidades era tirada uma ninhada. Era um encanto. Das frutas, o pêssego era a que eu mais gostava. O pêssego tem um encanto especial. Sua polpa macia e seu doce sabor servia de merenda, pois era acompanhada da aventura de subir na fruteira para colher, ou mais perigoso ainda; subir no muro do vizinho para pegar os pêssegos nas galhas que pendiam para o nosso muro. Muitas vezes eu ouvia: saia dai menino, você vai cair, era meu pai, ou era a voz do vizinho que dizia a mesma coisa e nestas ocasiões eu descia desembalado do muro, quase caindo e quebrando a perna ou o braço.
Emiliano José e a ironia
Há momentos em que os atropelos na luta pela existência nos fazem atropelar prioridades. É muito grave abandonarmos a prioridade da fala no momento devido. Essa falta nos fere. Bertold Brecht em seu poema “Aos que vão nascer” (bela tradução de Geir Campos) fala da dificuldade de ser amigo em tempos de opressão.
(…)
“E entretanto sabíamos:
Também o ódio à baixeza endurece as feições,
também a raiva contra a injustiça
torna mais rouca a voz. Ah, e nós,
Foco e perseverança: Homenagens
Valdir Barbosa
Dia destes, semana atrás, não mais que isto usei imagem indicativa de cólera, que teria sido provocada por desídia minha, no dia dos namorados, em artigo nominado Camisa de Força, atenciosamente publicado por expressivos blogs baianos. Confesso. Usei tal recurso como figura retórica, para explicitar as mazelas da cidade de Salvador, paulatinamente deteriorada, sobretudo nos últimos anos de descuidadas administrações. Por isto, há de ser reconhecido que o prefeito em assunção aceitou um desafio sem tamanho. Creio poder ser capaz de superar obstáculos dos mais íngremes, afinal, além dos seus valores pessoais trás, no código genético, a arte de administrar e fazer política. Porém, não se deve olvidar: isto demandará tempo.
Uma Conquista democrática
Celino Souza
Um dia frio, um bom lugar para se manifestar. Cenário ideal em Vitória da Conquista, uma joia encravada no sertão baiano que, na tarde de quarta-feira (19) deu um democrático exemplo ao restante do País de como se conduzir de forma sensata, ordeira e coordenada uma manifestação como ás tantas outras desencadeadas nos últimos dias em nosso solo verde-e-amarelo. Exceto pelos milhares, caras-pintadas, bandeiras abertas ou ás costas, cartazes e palavras de ordem, o diferencial de Vitória da Conquista das demais manifestações foi exatamente o caminhar, lado-a-lado, de jovens e adultos com imprensa e policiais militares e o respeito ao direito de ir e vir dos que não participaram e, principalmente, os aplausos de comerciantes que assistiam seguros, o caminhar da democracia pelas ruas, praças e avenidas da cidade.
Nas ruas, novamente
Ruy Medeiros
Ontem, ainda vivendo a emoção de haver sido reintegrado no corpo discente (discente mesmo) do Curso de Direito da Universidade Federal da Bahia, fui às ruas ver a manifestação preponderantemente jovem que, como em outros lugares, ocorre em nossa cidade. Mas explico minha reintegração (simbólica) no corpo de alunos da Faculdade de Direito da UFBA: em abril de 1969, após férias, quando preenchi minha confirmação de matrícula no ano letivo , o funcionário pediu que eu me dirigisse até o quadro de avisos e lesse portaria do Diretor da faculdade. Lí-a. Lá estava ato que, com base no Decreto – Lei 477, o diretor atendendo ordem dos ditadores expulsa-me e a outros colegas. Pronto. Expulso do curso, da residência universitária, do restaurante universitário e, depois, do emprego, proibido de matricular-me em outra universidade, deixei de estudar durante um bom (mau) tempo. Fui proibido de fazê-lo pela ditadura militar.
PM: Confira os aprovados no concurso
A Secretaria da Administração (Saeb) publica no Diário Oficial do Estado (DOE) desta quinta-feira (20) o resultado final e a homologação do concurso público para soldado e bombeiro da Polícia Militar da Bahia. Na mesma ocasião, também sairá a decisão dos recursos das provas discursivas, que integraram as avaliações da segunda etapa do certame. A próxima fase do concurso será a convocação dos candidatos habilitados de acordo com a ordem de classificação por cargo/quadro de Praças, região de classificação – município/sede e sexo (masculino ou feminino) para a realização dos exames pré-admissionais. Os candidatos serão submetidos a avaliação psicológica, exames médicos-odontológicos, teste de aptidão física, entrega de documentação e investigação social. O edital de convocação será publicado no DOE.O resultado final e a homologação do concurso também estarão disponíveis no Portal do Servidor ( www.portaldoservidor.ba.gov.br ) e no site Fundação Carlos Chagas ( www.concursosfcc.com.br ).
Relato de Bordo: dos centavos à cura!
“Os meros e outros peixes,
os delfins,
os cisnes, os flamingos, os albatrozes,
os pinguins,
as avestruzes,
os ursos coalas,
os orangotangos e outros macacos,
as mariposas e outros insetos
e muitos outros parentes nossos do reino animal têm relações homossexuais, fêmea com fêmea, macho com macho, por um tempinho ou para sempre.
Ainda bem que não são pessoas: se salvaram do manicômio.
Até o dia de hoje no ano de 1990, a homossexualidade fazia parte da lista de doenças mentais da Organização Mundial de Saúde”.
Texto de Eduardo Galeano em: Os Filhos dos Dias, escrito em 16 de maio de 1990.
Por Danillo Bittencourt, de Barcelona
Hoje, 18 de junho de 2013, é meu segundo dia na cidade de Barcelona, capital da Catalunha, região da Espanha. Ao acessar minha página no Facebook, percebo uma movimentação de brasileiros residentes aqui se organizando para a realização de uma manifestação contra a violação de uma série de direitos civis e humanos ocorridos recentemente no país. Como ativista dos direitos humanos que sou, mesmo diante de minha terra natal e em férias trabalhistas, não posso deixar de me unir a todos aqueles que conscientemente sabem do nosso papel na mudança social e política que queremos ver em nosso Brasil.
Caelo, capulus et panem
Jorge Maia
Eu poderia simplesmente escrever: céu, café e pão. O latim tem um que de mistério que mais assombra que fascina, mas chama à atenção, por isso o título. Mas aqui é apenas para impressionar, uma vez que o tema é leve, mas precisava causar impacto. Sempre tive uma boa impressão sobre o céu, para onde irei, não sei quando, mas tenho a certeza vai demorar muito. Aliás, não tenho pressa. Há algo que sempre me inquietou, é a paisagem celeste e as atividades ali desenvolvidas. Não acho que seja um lugar onde se ouve apenas cantos gregorianos os quais sempre estou a ouvir. Deve haver uma diversidade cultural das mais intensas. Não conseguiria viver, em lugar algum, sem as manifestações artísticas e culturais, daí ser forte a minha crença de que no céu deve vicejar um ambiente dos mais intelectuais, em que todas as manifestações artísticas se apresentam e você pode escolher entre um clássico e um moderno, para ver, ouvir ou ler em um domingo depois da missa, quem sabe antes da matinée!
Geraldo Alckmin e as outras inquietações
Dimitri Sales
A imprensa potencializou os atos de violência ocorridos nas primeiras manifestações contrárias ao aumento da tarifa do transporte público, relativizando a reação da Polícia Militar em face das condutas equivocadas de alguns manifestantes. Até o momento que a própria imprensa amargou o dessabor de suas tendenciosas informações. Após os atos de violência gratuita promovida pela própria PM na última manifestação, em 13 de junho de 2013, que não mediu esforços em reprimir com extrema violência os cidadãos, manifestantes, jornalistas ou simples transeuntes, a imprensa resolveu revelar a verdade dos fatos, apontando equívocos de certos manifestantes, ao tempo que desnudou o “heroísmo” das forças de segurança, assinalando a covardia de seus gestos.
Na mesma direção, diante da violência policial da última quinta-feira, o Governador Geraldo Alckmin não adotou um único discurso que apontasse o excesso da Polícia Militar. A todo o momento, relativizou os atos de violência do Estado, buscando justificá-los pela presença de um “pequeno grupo” violento, ou a ações com “viés político”, sem fundamentar sua vazia retórica. Limitou-se a dizer que “se houver um abuso isolado”, será rigorosamente apurado (isolado?). Afirmação essa que não goza de qualquer poder de convencimento, considerando o conjunto de suas falas.
Camisa de força
Ontem integrei o grupo de privilegiados que em diversos cantos desta terra brasilis comemorou, embalado nos eflúvios da paixão, o dia dedicado aos namorados. Assisti desde cedo, quando ainda empreendia minha caminhada matinal, a dança dos profissionais responsáveis por acordar os enamorados, perfumando e embelezando os caminhos desta cidade maltratada, com seus buquês de flores multicores indo e vindo, como formigas diligentes, no intuito de atender os fregueses das floriculturas assoberbadas de trabalho, em face da data.
Dois corpos, duas medidas
Todos somos iguais, perante Deus, mas não perante os homens. Um contemporâneo exemplo disso foi o episódio que marcou a exoneração da diretora do Centro Cultural “Camillo de Jesus Lima” (CCCJL), historiadora Maris Stella Schiavo Novaes, pela Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult), pelo fato de ela permitir a realização do velório do artista J. Murilo, em abril deste ano, nas dependências do espaço em Vitória da Conquista. Um golpe contra a democracia cultural, não restou dúvida. Como, num estado democrático de direito, fatos como esses podem acontecer, como se a cultura disseminada pelo povo simples só tivesse valor aos olhos dos poderosos enquanto vivo for o disseminador de tal arte. Morreu, acabou e que seu inerte corpo seja velado o quanto distante for da sua “verdadeira casa” – no caso, o centro de cultura, melhor. Buscamos respostas. E ela veio. Em forma de nota oficial, redigida friamente por quem desconhece a nossa realidade regional. Eivada de termos imperiosos e sob a suposta égide da lei, só fez aumentar ainda mais a descrença nessa desastrosa gestão da Secult quando se trata de reconhecimento profissional.
A imprensa e o dever da verdade
“A imprensa é a vista da Nação. Ruy Barbosa”
Carlos Costa
Não podemos falar sobre imprensa sem mencionar o grande brasileiro e baiano Ruy Barbosa. Ruy foi advogado, jurista, filólogo, filósofo, político e jornalista, mas, ele dizia que a sua vocação maior era ser jornalista. Numa época em que a imprensa era praticamente restrita aos jornais, ele ajudou a criar jornais que foram de suma importância na luta pelo Abolicionismo que teve como seus líderes principais o próprio Ruy Barbosa e José do Patrocínio. Só para termos a ideia da importância da imprensa escrita no fim do século dezenove, o mundo tomou conhecimento da intervenção militar em Canudos por causa das críticas severas e denúncias que Ruy Barbosa fazia quase que diariamente nos principais jornais brasileiros.
Aeroporto: André Cairo, o “Pai da Criança”
O presidente do Movimento Contra a Morte Prematura (MCMP), André Cairo, foi à audiência pública que discutiu o tão disputado Aeroporto de Vitória da Conquista, personificado de Lampião. Com uma placa o Lampião afirmava que o MCMP é o verdadeiro “Pai da Criança”, ou seja, foi a entidade de um homem só o verdadeiro idealizador da construção do novo aeroporto, que deverá ter o edital lançado pelo governador Jaques Wagner nesta sexta-feira (14). Por e-mail enviado ao Blog do Anderson, André falou de suas atividades em prol do equipamento. “Em 1990, escutando a Voz do Brasil, tramitava na Câmara Federal, um projeto de Ordenação Urbana, de autoria do deputado federal Raul Ferraz, resultando na Lei 10.257 do Estatuto da Cidade, com item sobre Plano Diretor Urbano, fazendo-me circular Vitória da Conquista, com olho clínico, observando que o Aeroporto Pedro Otacílio de Figueiredo se encontrava dentro da cidade, contrariando leis ambientais, perturbação do sossego público, sem condições de voos para aeronaves de grande porte, quando iniciei um trabalho de cobrança para construção de um novo aeroporto, com documentos, visitações, reuniões, palestras, manifestações, de forma ininterrupta, até então, entregando documentos em mãos de Jaques Wagner durante 8 anos”, declarou. “Nunca disse que fui o único, mas quem lançou a pedra fundamental, sendo o verdadeiro pai da criança, sim, afinal verdade não se transgride”, dsefendeeu. “Meu único interesse há 23 anos continua sendo o mesmo, o sócio econômico, sem pretensão comercial, política ou pessoal”, completou.
Azeite doce nos cabelos
Por Jorge Maia
Eu era menino, e não faz muito tempo. A lembrança permanece viva. Foram tantas vezes as repetições que se tornaram inesquecíveis. Vou falar de apenas uma delas. O outono se encerrava. Algumas folhas secas se antecipavam ao inverno e eram sopradas pelo vento ainda morno, farfalhando sua voz inconfundível, estabelecendo limites entre tempos programados pela natureza. Embora seja sertão, onde as estações não se diferenciam, com raras exceções, no inverno, percebia-se que o tempo mudava, ainda que de modo brando. Na primeira parte da tarde, quando o sol ainda mostrava vigor, depois das brincadeiras, correrias pelas ruas, sem nada a temer, na pacata Aracatu, onde o perigo era escasso e as recomendações eram: tomar cuidado com caco de vidro, não andar descalço, tomar cuidado com cachorro e olhar para os lados quando fosse atravessar a rua. Não havia sequestro e nem outro perigos, como ocorre hoje.
Bode ganha a primeira
Ubaldino Figueiredo
Mesmo praticando um futebol desarrumado, com um time bastante modificado, o Vitória da Conquista venceu o CSA, de Alagoas, pelo placar de dois a zero, poderia ser mais não fosse a falta de pontaria e o desentrosamento do ataque do Bode. O jogo começou com o time orientado pelo Guilhermino Lima indo para cima do adversário, fazendo valer o mando de campo, e logo aos quatro minutos em cobrança de falta, a zaga do CSA rebateu a bola, pra frente da área, do que se aproveitou o bom jogador Thales, e de voleio não pensou duas vezes, para marcar o primeiro gol da partida. O jogo seguiu em ritmo lento, com os times apelando para a faltas, numa demonstração de falta de preparo físico e entrosamento. No segundo tempo, com algumas modificações feitas pelo treinador do CSA, o time alagoano foi em busca do empate, prova disso, foi o número de escanteios, cinco ao todo, contra apenas um do Bode, mas o time azulão das alagoas, corria o risco de sofrer contra-ataque, mesmo assim ariscava, e não deu outra, em duas oportunidades seguida quase o Bode amplia o placar.
Bar Água Boa: Godó, Pinga de Pitanga e Contreau da Chapada
Butecando, por Leonardo Tavares
Sabe aquela sensação de que o tempo parou e você está no século passado? Pois é, o Butecando de hoje achou este lugar. Pena que é longe daqui (Vitória da Conquista), mas vale muito à pena conhecer. Nosso buteco se encontra na cidade de Igatú, que significa Água Boa, próximo a Mucugê, 6 km por um caminho de pedra e íngreme. A cidade é esquecida pelo tempo, rústica, bonita e de gente simples e hospitaleira. É, meu amigo, o Butecando não é a Tim, mas é sem fronteiras. Ao chegar à cidade, depois de se encantar se informe: é fácil chegar. Lá, encontraremos iguarias da região, cerveja gelada e pingas diversas que devem ser degustadas em uma boa roda de amigos, apreciando a vista pela janela. Lá, conhecerá o Godó, que era necessidade e hoje é luxo.
Sobre homens e “Lobo”
Por Celino Souza
Hoje, 7 de junho, quando se celebra o “Dia da Liberdade de Imprensa”, aproveito para retomar as discussões sobre o caso envolvendo o nome do representante comercial conquistense, Paulo Ricardo Lobo, acusado de estupro de menores de idade, supostamente aliciadas nas proximidades de escolas públicas. Figura conhecida na sociedade regional, logo seu nome se tornou a bola da vez em postagens e comentários nas redes sociais. Estopim aceso por notícias veiculadas na TV e em blogs. Eis que, ás vésperas da data acima mencionada e hoje, somos brindados por informações desencontradas, sem o rigor da apuração, que acabaram execrando o acusado e lançando-o aos leões famintos, posteriormente aos abutres da verdade. Aprendi, como quero crer que os demais colegas de imprensa aprenderam, que segundo a lei “ninguém é considerado culpado até que a sentença transite em julgado”. Também aprendi que não devemos nos omitir em divulgar fatos, sob pena de sermos cúmplices da mentira e subalternos de poderosos. Mas também não podemos julgar, como se legisladores fôssemos.