Cidade de sorte

Elve Cardoso

Sei que muitos já se pronunciaram acerca deste assunto e sei inclusive que parecerá bairrista, ufanista até, de minha parte, mas não posso me permitir o inaceitável de não registrar que tenho verdadeira alegria por saber que Vitória da Conquista é uma cidade de imensa sorte intelectual. Li, hoje, por exemplo, que o poeta Carlos Jeovah, autor em parceria com Esechias Araújo de uma de minhas obras prediletas – O Auto da Gamela – assumiu a direção da Casa da Cultura, instituição que merece de todos nós, conquistenses, os mais sinceros louvores pelo que representa para a cultura local, especialmente pelo seu importante papel político durante os anos de chumbos, promovendo sua arte libertária.

Por que não um balanço de oitenta dias?

Ricardo Marques

Vinte de março de 2013. Estamos completando oitenta dias da nova gestão do Prefeito Guilherme Menezes. Faltam vinte dias para completar os simbólicos primeiros cem. Não obstante ser um período de planejamento, ajuste de contas, início de execução orçamentária, misturado a carnaval, férias de verão e outros necessários processos de descanso, o Governo conseguiu manter o ritmo, a despeito das críticas infundadas e pouco sérias da oposição conquistense, que, aliás, acumulou algumas derrotas em seu discurso, logo nesses primeiros dias de Governo. E um governo de quinto mandato, por sinal.

O Papo do Papa

Jeremias Macário 

Sua aparição na sacada de seus aposentos na praça do Vaticano já foi motivo suficiente de regozijo para todos, principalmente os católicos. Seu primeiro papo em público de que seus colegas foram buscar um papa lá no fim do mundo, ao desejar uma boa noite e repouso para todos, foi o bastante para a mídia qualificá-lo de carismático, simples e humilde. Um sorriso leve e seus primeiros passos foram exaltados com louvor. Toda sua vida, como aconteceu nas eleições dos seus antecessores, foi levantada pelos veículos de comunicação desde os tempos de criança, mas pouco se aprofundou sobre transparência, dogmas, doutrinas e linhas disciplinares da Igreja diante das demandas dos novos tempos.

Festival da Juventude: diversidade, multiplicidade e democracia

Ricardo Marques

Não diminuindo a importância do debate sobre o retorno da Micareta, maio em Vitória da Conquista vai ser palco da segunda edição do Festival da Juventude. O evento tem um modelo inovador em sua concepção e tem sido construído coletivamente, com a participação de entidades estudantis e movimentos de juventude. Isso não é pouco. Alguns conceitos bem modernos como a construção colaborativa, a criatividade como elemento de gestão, a autogestão, se entrelaçam num modelo de festival que mistura arte, cultura de qualidade, música, debates, palestras, rodas de conversa, atividades esportivas, manifestações dos movimentos sociais e estudantis, tudo num único caldeirão, que em sua versão inicial conseguiu atrair caravanas de jovens de mais de cinquenta cidades baianas.

O modelo já se tornou referência e algumas outras cidades do estado já pensam em investir em propostas similares. No ano passado, o jornalista Alex Antunes comentou ter se sentido na Europa e o modelo encantou jovens que, além de diversão, estavam buscando seu lugar ao Sol. Não à toa a escolha do tema do evento: “Fazer parte em toda parte”, um verdadeiro chamado à juventude para que ela ocupe o seu lugar na sociedade, em todos os seus espaços e construções participativas.

Senhoras e senhores sejam bem-vindos!

Carla Andrade

No dia em que o mundo pára a fim de acompanhar a posse do Papa, tecemos algumas considerações acerca do Cerimonial. Como vimos no artigo anterior o cerimonial público é uma atividade regulamentada por meio do decreto nº 70.274/72 para compor as solenidades oficiais. Mas a palavra tornou-se coloquial, no entanto a sua origem é primitiva, e deriva dos ritos religiosos e antropológicos. Ao pesquisarmos em livros de história poderemos visualizar como eram executadas solenidades na Grécia, Roma, Egito, e na própria Bíblia temos exemplos de experiências, como a cerimônia de lavar os pés, originária do ato de cordialidade ao receber hóspedes em casa, traduzida para a igreja católica nas celebrações de páscoa.  Assim, é impossível falarmos de Cerimonial Público sem relacioná-lo aos adventos das novas tecnologias, pois todo bom profissional precisa envolver-se de forma satisfatória, para o cliente e para si próprio, com os recursos que possibilitem desenvolver um trabalho de qualidade. E como Cerimonial Público é regulamentado podemos dizer que ele muito se difere da organização de eventos sociais, já que não existem fórmulas mágicas para executá-lo, é quase imutável, no entanto se aprimora e precisa ser executado com responsabilidade, sensibilidade e maestria. O que vai diferenciar a sua execução é o cerimonialista responsável.

Ricardo Gordo irritado com arbitragem no empate entre o Vitória da Conquista e o Bahia

O desportista Ricardo Gordo estreia como colunista do Blog do Anderson comentando a polêmica da arbitragem que resultou no empate em 1 a 1 entre os times do Vitória da Conquista e o Bahia, no Estádio Municipal Lomanto Junior, neste domingo (17). De acordo com Ricardo Gordo, com o Lomantão lotado lhe proporcionou momentos do início da carreira do Alviverde, mas lamentou o desempenho da arbitragem que para ele favoreceu ao time da Capital Baiana. Confira o vídeo.

Pílula do balcão felino – Número 55

Marco Antonio Jardim

Reza a lenda que os gatos foram criados quando a Arca de Noé ficou infestada de ratos. Noé ordenou que os leões espirrassem. Do espirro dos leões se formou o gato. “Anjo da noite”, alguém disse que sou. Observador de balcão, impassível, algo livre, minucioso no olhar apertado, nas pesadas olheiras e fixo numa direção. Explicação alguma isso requer. Ao dia, sou felis silvestris catus. Doméstico, mas não domesticado. À noite, quando desejo, sigo o dono. E abro um sorriso bobo, parecido com sussurro. Gatos também são assim, sabem a hora de rir ou chorar, ao fim do ronronar do amor imaginado. Quando não, vou ao lado oeste em madrugada de sábado, ao lado leste da mãe felídea feiticeira, blindada pelo balcão, protegida sob pelos ondulados. Vandet. Ex-mulher de pescador de ilusões, nunca quis manter gatos em casa. Mesmo pobres, mesmo livres. Nunca houve, para ela, desastres expostos ao mar.

Marco Feliciano: um pouco de tortura vale a pena

Nadjara Régis

Em nome dos direitos humanos é que Estados-nação poderosos justificaram muitas de suas intervenções políticas, com ou sem uso da força militar, em outros países. Entanto, se de um lado a proteção aos direitos humanos justificou alguma declaração de guerra, é certo, também, que o sistema de tratados, convenções e leis internacionais que declararam direitos humanos foram fundamento para movimentos sociais pela democracia, o que contribuiu para a produção de leis nacionais naquele sentido. Fazem parte dessa história o Movimento Antimanicomial, o Movimento Tortura Nunca Mais, o Movimento contra a Homofobia, os movimentos pela igualdade e todos os movimentos sociais que reivindicam um direito sem o qual não há dignidade da pessoa humana. Esses movimentos sociais foram, no século XX, salvo raríssimas exceções, identificados com projetos políticos de esquerda.

Um prefeito dos sonhos

Foto: Blog do Anderson

Jorge Portugal

Dos sonhos da educação, pelo menos. Podem acreditar: ele existe! É prefeito de uma pequena cidade do sudoeste baiano, Licínio de Almeida, de 12 mil habitantes e está fazendo uma revolução com sua equipe, que o resto do país precisa urgentemente saber. Ou, no mínimo, o estado da Bahia. Esse que alguns leitores já estão pensando tratar-se de um ET, chama-se Alan Lacerda, do PV, e eu o conheci em carne, osso e sorriso. Seu feito: levou Licínio de Almeida ao primeiro lugar do IDEB baiano, com decisões simples e corajosas: nos seus primeiros quatro anos radicalizou o foco em educação, buscou parcerias e convênios com instituições com boa história na área, como o Instituto Ayrton Sena, estimulou seus professores de todas as formas e, para mostrar que não estava brincando, matriculou seus filhos na rede pública e determinou que seus secretários fizessem o mesmo. Quatro anos depois, reelegeu-se montado nesses resultados e, notícia das notícias: em Licínio de Almeida não existem mais escolas particulares, dada a excelência da rede pública fundamental!

Cerimonial Público, ame-o ou deixe-o

Carla Andrade

Foi na gestão de um militar, segmento que atribuo bastante destreza nos ritos cerimonialísticos, que tudo começou! Em 1972 o presidente Emílio Garrastazu Médici, sempre preocupado em passar uma imagem positiva do seu governo, aprovou as normas do cerimonial público e a ordem geral de precedência, que hoje tem um grande significado para quem desenvolve trabalhos da área nos poderes executivo, legisltivo e judiciário, em atividades de cunho religioso, político e social. A palavra cerimonial vem do latim cerimonialis – relativo às cerimônias, as quais sempre seguiram formalidades, regras, etiquetas e protocolos. É fato que existem muitos impasses e dúvidas acerca da sua execução em instituições governamentais, mas se o classificarmos como “atividadade técnico-administrativa para as organizações poderemos ter destaque para a sua execução  “em todas as questões protocolares de ordem cívica e social, como o uso correto dos símbolos oficiais, a disposição de ordem de precedência em solenidades e cerimônias oficiais, a padronização no emprego de procedimentos protocolares, a normatização  da redação na correspondência oficial, e o cerimonial de audiências e visitas de autoridades e personalidades ao Município”.

E Cristo chorou sobre os palácios do Vaticano

Leonardo Boff

Andando pelas comunidades eclesiais de base constituídas de ribeirinhos da Amazônia, nos limites com o Acre, lá onde viceja uma Igreja pobre e libertadora, ouvi de um líder comunitário, bom conhecedor da leitura popular da Bíblia, a seguinte visão que ele pretende ter sido verdadeira. Estava um dia a caminho do centro comunitário, quando se viu transportado, não sabe se em sonho ou em espírito, aos jardins do Vaticano. Viu de repente um Papa, encurvado pela idade, todo de branco, cercado pelos seus principais cardeais conselheiros. Faziam o costumeiro passeio após o almoço, andando pelos jardins floridos do Vaticano.

Da nota ao Papa

Jeremias Macário

Quem importa! Como já dizia o poeta, “quem sabe faz a hora, não espera acontecer”. Infelizmente, poucos sabem fazer a hora antes do acontecer. Por aqui, seguimos o roteiro imposto pelo sistema como se nada estivesse acontecendo, como no caso do menino Maicon que há três meses desapareceu numa abordagem policial, em Vitória da Conquista. O assunto do momento é o papa que, pelo que tudo indica, será mais um conservador, longe da renovação e da transparência fiel da Igreja. Engraçado é que, com tudo isso, surgiu agora na mídia o termo conservador moderado, podendo, nesse caso, ser também de direita e de esquerda. Ou se é conservador, ou não é.

Uma cidade mais bonita

Marcelo Flores

Aprendi com meus pais Edmundo e Jaci, que se todos os moradores embelezassem as suas ruas, a cidade ficaria mais bonita. A Lei de Adoção de Praças e Jardins implantada recentemente pela Prefeitura de Vitória da Conquista facilita mais ainda colocar em prática este aprendizado.  Nossas empresas, a Arena Miraflores e a MF Eventos fizeram as primeiras adoções aqui em Conquista, o Marco Histórico Jaci Flores, o Monumento ao Príncipe Maximiliano, incluindo o Jardim Burle Marx, ambos nos canteiros centrais da Av Olivia Flores, e recentemente adotamos o Jardim e Quiosque que ficam na entrada da UESB. Tem sido muito gratificante para nós, contribuirmos para termos uma cidade mais bonita.

 

Brevemente recuperaremos juntamente com a Prefeitura o Monumento ao Príncipe, que sofreu agressões de vândalos e de um grave acidente de transito.  Isto pode ser feito em toda a cidade e distritos do município de Vitória da Conquista. “Se florirmos nossas casas, nossas ruas ficarão floridas e teremos florido a nossa cidade”.

Condição degradante

Ruy Medeiros

Condições degradantes de trabalho – isso foi o que encontraram o Ministério Público Federal, o Ministério Público do Trabalho e a Delegacia Regional do Trabalho. Trabalhadores alojados junto a sacos de ração para gado com a presença de ratos; trabalhadores residindo em cubículos sem ventilação, alguns dos quais sem instalações sanitárias; sanitários coletivos imundos; cubículo com menos de 6,0m (seis metros) abrigando pai, mãe e filho; direitos trabalhistas negados; condições totalmente insalubres para os que trabalham. Não é pouca coisa essa infâmia. Nem é cena do Haiti após governos espoliadores e tragédia da natureza. Isso foi encontrado em dependência de entidade que atende pelo nome de Clube da Derruba, que ocupa indevidamente área pertencente à União.

E viva as mulheres!

 Edvaldo Paulo de Araujo

Adoro as mulheres!A meu ver e sob o olhar de um admirador, elas são a forca maior deste mundo. Não há na face da terra um ser tão especial. Com a sensibilidade e com uma visão através das lentes do amor igual as mulheres.Quando elas amam são incomparáveis em fidelidade e dedicação ao ser amado.Na criação dos seus filhos são de um amor imenso, de sacrifícios inigualáveis, de resistência na sua luta, que são comparadas a Deuses.Conheço historias magníficas de mulheres que quando se apaixonam nunca mais se entregam ao outro amor.Quando o ser amado se vai para outro lada da vida, se reclusa e vivem para sempre com as lembranças do ser amado em seus corações. São capazes de sobreviver nesta selva, sozinhas sem homens, mas quero ver nós homens vivermos sem elas. Um homem quando quer separar delas passam anos planejando, elas não, tomam a decisão e nos manda para fora de suas vidas. 

O imbróglio do novo aeroporto de Conquista

Carlos Costa 

Há muito tempo que o povo conquistense sonha com um aeroporto à altura do seu crescimento e da sua importância no cenário nacional. Creio que a construção de um novo aeroporto está com pelo menos quarenta anos de atraso. Felizmente, de uns anos para cá, houve por parte da sociedade conquistense uma mobilização para cobrar do Poder Público um aeroporto que realmente venha atender às nossas necessidades. Não é demais lembrar que o grupo político que governou a Bahia por mais de quarenta anos nunca pensou, nunca planejou e nunca ao menos prometeu a construção desse bem público. Infelizmente, não é de conhecimento público que os nossos políticos tenham levado tal pleito aos governantes nesse longo espaço de tempo. Com a vitória do governador Jaques Wagner em 2006, os empresários e políticos de nossa cidade começaram a vislumbrar a possibilidade de termos ao menos uma ampliação do atual aeroporto ao ponto de receber aviões de grande porte. No mês maio de 2006, o então candidato Jaques Wagner numa coletiva de imprensa ocorrida no Livramento Palace Hotel disse até em forma de brincadeira: “se vocês querem um novo aeroporto, então votem em mim.” As pessoas que estavam presentes na coletiva entenderam que Wagner estava firmando o compromisso de construir um novo aeroporto em nossa cidade.

Com Chávez, morre um pouco da revolução

Elve Cardoso

Confesso que me chocou a morte do líder revolucionário venezuelano Hugo Chávez. Ver, nos sites e na TV, aquela multidão conduzindo o caixão do presidente socialista, me remeteu imediatamente às ruas de Caracas. Pude perceber que, muito diferentemente da imagem diabólica que a mídia lhe tentou impingir anos a fio. Chávez era, para a grande maioria do seu povo, um anjo. Sim, um anjo. Alguém cuja vocação para liderança era nata e cuja habilidade para conduzir seu povo a um status jamais experimentado anteriormente, tornou-o inimigo número um das potências que insistem em manter-nos na dependência, em suas múltiplas dimensões: econômica, política e, sobretudo, cultural.

Politizando o 8 de março

Ivana Patrícia Almeida

Este momento é fundamental para refletirmos sobre a real condição feminina em nossa sociedade.  Apesar dos avanços conquistados, através de um longo histórico de luta social em prol dos direitos da mulher, ainda estamos longe de uma sociedade igualitária, onde homens e mulheres possam gozar dos mesmos direitos e deveres.  Hoje no final da tarde, como parte das comemorações do 8 de março, a União de Mulheres de Vitória da Conquista (UMVC) e o Levante Popular da Juventude promoveram nas ruas do centro da cidade uma marcha feminista. Esta mobilização teve com o propósito dar maior visibilidade ao tema da violência contra a Mulher e às diversas formas de opressão sofridas pelo universo feminino em nossa sociedade. Temas como a condição desfavorável das mulheres no mercado de trabalho, as relações de poder dentro do espaço doméstico, a emancipação feminina e a defesa de uma sociedade mais igualitária e justa fomentaram as palavras de ordem que nortearam a marcha.

Direitos ao corpo e à vida

Marcelino Galo

Mais uma vez cito uma escritora para saudar o importante mês de março que outrora se inicia. Ensinou-nos Clarice Lispector que Liberdade é pouco, o que as mulheres querem ainda não tem nome. Escrevo para saudar esse mês de luta das mulheres e para reafirmar nosso compromisso com a construção de um mundo mais justo, mais humano e mais igual, portanto, um mundo onde as mulheres e homens caminhem lado a lado e com as mesmas condições de vida. O 8 de março, dia internacional da mulher se estabeleceu como dia de luta pela memória de uma injustiça cometida contra mulheres trabalhadoras de uma fábrica têxtil norte-americana e por um conjunto de outras lutas feministas que se somaram e elevaram a luta das mulheres a condição mais humanizada e digna. A injustiça contra as mulheres é uma prática antiga na história da humanidade. Ao se erguer a primeira cerca, ao estabelecer a primeira propriedade confinamos a mulher ao mundo privado, a condição de propriedade, de extensão das posses de um indivíduo.

Somos de todos os dias

Rosa Freitas

Nós que dividimos nossa jornada entre trabalho, lar, estudo, movimentos sociais, não somos apenas mulheres, somos mulheres de luta, somos verdadeiras heroínas, quando conseguimos conciliar tão bem todas estas tarefas, conquistadas ao longo de uma história, onde hoje somos 50% da População Economicamente Ativa no Brasil, sendo  chefes de famílias mesmo com um salário inferior ao dos homens, exercendo  as mesmas funções e com os mesmos níveis de instrução. Fazemos malabarismos para exercer tão bem nosso papel, seja em nossa lar, cuidando dos nossos filhos, maridos, seja nas atividades profissionais, sociais. Nós mulheres, mães, amantes, apaixonadas e apaixonantes estamos sempre dispostas começar e recomeçar tudo na vida, somos corajosas, arrojadas, verdadeiras, guerreiras, sonhadoras, leais, belas, de várias raças, cheias de amor , de perdão e de objetivos sem perder a nossa ternura , a nossa feminilidade.Nós que amamos , que choramos, que somos frágeis e fortes, que estamos prontas a qualquer hora para os filhos, para o mundo para os nossos homens. Merecemos não só homenagem por um dia no calendário, mas por todos os dias da nossa existência.