Por Jeremias Macário
Li dia desses a reclamação de um colunista de jornal de grande circulação de que estava sem assunto para escrever. Achei muito estranha a sua preocupação. Ora, o que mais temos neste país são assuntos os mais diversos, que vivem a atropelar uns aos outros. Pena que são os mais escabrosos, escandalosos e desumanos. Aqui mesmo em Vitória da Conquista temos vários temas para escolher, que dariam para passar um ano escrevendo e ainda sobrariam muitos. Mas, vamos nos deter no centenário de nascimento do jornalista, escritor, poeta e crítico literário Camilo de Jesus Lima (nascido em8 de setembro de 1912, em Caetité), que praticamente passou em branco e ficou desconhecido para a grande maioria da população. Um chocho centenário.
A “homenagem” prestada no Centro de Cultura, que leva o seu nome, feita nos dias 4, 5 e 6 passados, ficou muito aquém do desejado. Pelo tamanho da sua obra literária e de suas ações, tendo projetado Conquista lá fora (foi premiado no Rio de Janeiro), merecia uma programação cultural à sua altura e do porte de uma cidade como Conquista, a terceira maior da Bahia.