Candidato a prefeito barrado em Convenção

Fotos: Anita Dias/Star Color  

Só agora, um candidato a disputar as eleições para Prefeito em Brasília, resolveu levar a público o seu impedimento na Convenção para escolha de candidatos, onde a Imprensa não esteve presente, quando o popular “Seu Pepé”, conhecido como uma pedra no sapato das Autoridades, programado a lançar seu nome para Prefeito, foi barrado por seguranças a pedido da maioria, por levar um cartaz, “Vote em Seu Pepé para Prefeito, que se elegerá por 4 vezes, pelo seu caráter, potencial ético e moral. 1º Mandato – Ótimo, 2º – Excelente, 3º – Incontestável e 4º – Sem Palavras”, sendo  vaiado ao pedir para o povo acordar.

 

Em silêncio, ligou o mega fone e bradou: “Meu Partido, pede um, pede outro prá acabar com a incompetência, corrupção, impunidade, abuso de poder, e nada! Tocarei no ouvido de muitos, esperando que se toquem, seguindo o exemplo do PBT – Partido Boca no Trombone, afinadíssimo com a ética! Ser prefeito não é difícil, difícil é ser perfeito, mas isto é possível”, finaliza Pedhium Ped Ôttro Prakordah, popularmente Seu Pepé, incorporado no ambientalista e presidente do Movimento Contra a Morte Prematura – MCMP, André Cairo, do PJC, de olho neles, astuciosos.

Facebook é ou não um bom instrumento de campanha política?

Por Paulo Pires

Alguns contatos facebookianos declaram-se (com  alguma razão) avessos à candidatos que utilizem  o FACEBOOK como instrumento de divulgação de campanha.

Em tese esses contatos (ou pessoas)  estão corretos. É desagradável e recriminável  pensar que um ser humano se  tornou “amigo” de outro pelo FACEBOOK com o objetivo mesquinho de obter desse amigo, vantagens  ou  apoio para sua campanha eleitoral. Por outro lado cabe perguntar:  E as campanhas políticas que picham muros, despejam pelas ruas milhares de santinhos, usam poderes econômicos descontrolados, injetando recursos também sem controle em  cabos eleitorais, fortunas em faixas, outdoors, enfim, sujando o ambiente em todos os pontos do município?  O que dizer desses candidatos? O autor deste comentário, também candidato,  tal qual ocorre com a grande maioria, declara-se sem recursos para realizar sua campanha. Não tenho dinheiro para  arabescos e balangandãs e  diante dessa penúria pergunta:  O que fazer?

Saudades de Miguelito

Fotos: Arquivo / CCAA

Por Graça Bittencourt, CCAA

É com muita tristeza que tivemos a notícia da partida de nosso amigo, aluno e parceiro: Miguel Cortês. Sabemos que esse momento agora é de muita saudade, porém, gostaríamos de lhe fazer uma homenagem. Amanhã faríamos um programa com ele para informar as novidades que o CCAA terá para o novo Semestre e ele sempre nos abriu as portas do SOM DA TRIBO e nos permitiu uma ampla participação.

Esse programa faz parte da vida do Conquistense há muitos anos e o CCAA sempre aliou a sua marca a projetos sérios e bem quistos. Queremos relembrar alguns dos momentos que tivemos com Miguel no ar e, certamente, não faltarão oportunides para homenageá-lo. Deixamos aqui nesta simples mensagem um amplo agradecimento ao Som da Tribo e o pedido que haja continuidade ao trabalho de um profissional respeitado e tão querido.


Pequenas Notas

Paulo Pires

Olavo de Carvalho: O “nosso lado” e o “outro lado”

O filósofo Olavo de Carvalho, em seu livro Imbecil Coletivo, entre tantos temas que aborda, trata da questão do embate político ideológico colocando sobre a mesa a questão de “o nosso lado” e o lado antagônico, ou seja, o “outro lado”. O irônico e irritado filósofo assevera e nisso ele está tecnicamente correto que os políticos agem sob  o instinto de que quem faz parte do “nosso lado” é bom; E quem faz parte do “outro lado” não presta. Não importa quem esteja falando, mas de quem se esteja falando. O “outro lado” quando fala de si, o faz como “o nosso lado” e esse é o lado bom. O mesmo se dá com o “outro lado”  que também se julga o lado bom. Durma-se com um barulho desses. O filósofo Sartre dizia que “o inferno são os outros”. O jogo de palavras de Olavo é interessante. Ele é inteligente e parece gostar de dois dos seus principais defeitos. O primeiro deles: Ele é doido. O segundo: Não tem papas na língua. Quem conhece o filósofo considera que a sua loucura pode ser explicada pelo fato de ele mesmo se considerar o Pai do Pensamento Perfeito. Infelizmente muitas pessoas demonstram  desapreço às suas idéias e isso o deixa mais furioso ainda. Quanto a loucura dele e dos filósofos em geral, recomenda-se buscar o que disse o poeta Fernando Pessoa sobre esses seres maravilhosos.

Pílula de Nova Casa, Novo tempo

Por Marco Antônio Jardim

Pessoas mudam de ideias e roupas. Eu fico a tentar mudar os hábitos, mover a casa. Com destemor, peito aberto, sem deixar a coluna arquear ao carregar móveis, pequenos objetos e as boas impressões que a memória há de conservar. Na madrugada, perto da noite, sem medo de amar um novo tempo e ordem, abrindo caminhos, portas, janelas, mudando as coisas que podem ser mudadas, transformando o deserto de ideias da velha moradia em coisas da alma. Em certo momento, já noite, ao lado do entardecer, sentindo o vento no rosto, sentei numa almofada e contei estrelas em despedida. Não sei mais nem menos da vida, mas sei que ela existe e que já era a hora, desde o meio dia em pleno sol, de por tudo em outro lugar. Fiz meu silencioso ritual de separação dos cômodos vazios e recantos escuros, da rua inquieta, de pessoas e sombras que me vigiam dia e noite, da habitação mais cara ao coração, e transformei. Desci a rua do poeta e subi a 1º de Maio na manhã que seguiu ao dia seguinte. Por onde estou agora a morar, a sintonia toda é aquela que eu devia mesmo esperar. A da estranha sensação de pertencimento. Ou, como previu Sarytta, estou indo a novo rumo, novo tempo, novo alvorecer surgindo. Na composição da travessia, só me despedi, afinal, do reflexo das coisas. Do aceno fugidio na plataforma, a estação por inteira é mesmo a vida. E meu tempo, nela, é quando. A velha casa, portanto, não me segue mais. O novo tempo é o que basta, além do cool jazz. É tudo tão recompensador, diante deste inspirado compositor que é o tempo.

O Cinema de Vitória da Conquista: cem anos homenageados em vinte

Por Marcelo Lopes

Cercada por um muro simples, coberto com palhas de coqueiro, o primeiro espaço de exibição de Vitória da Conquista tinha um o cinematógrafo manual com um aparelho gerador da luz do projetor à carboreto. Era 1912 e a casa de exibição de propriedade do Sr. Jacinto Sampaio, na Travessa Coronel Pompílio, atual Zeferino Nunes, inaugurava uma era importante da sociabilidade conquistense. A magia daquele cinema, ainda mudo, formou gerações inteiras. Os demais espaços que se seguiram a partir de 1917 (Cinema Jurandyr, o Cine Iris, Cinema Ideal, Odeon Cinema, Cine Conquista), foram fundamentais para a fixação de uma atividade cultural que congregava famílias mais diversas; dos mais humildes aos mais ilustres, com ingressos que variavam de um a dois mil réis para adultos e a metade para os de menor idade, de acordo a espécie do filme a ser exibido.

Embasa aprova sugestão do MCMP

Foto: Blog do Anderson

Uma sugestão do ambientalista André Cairo, presidente do Movimento Contra a Morte Prematura (MCMP), poderá ser a solução para o abastecimento de água em Vitória da Conquista. O assunto foi tratado em reunião na última semana, entre o ativista e o gerente regional da Empresa Baiana de Água e Saneamento (EMBASA), José Olímpio Cardoso. “Reforçamos a sugestão emergencial do MCMP, no bombeamento de água do Rio Catolé para barragem Água Fria 1 e 2, numa reunião que durou quase uma hora, com resultados positivos”, disse Cairo. Ainda de acordo com o presidente, autor do projeto, a a sugestão havia sido acatada pela Embasa ao tomar conhecimento em maio de 2012, quando André Cairo apresentou a ideia publicamente, documentos, audiências com o prefeito Guilherme Meneses, pronunciamento na Tribuna Livre da Câmara, palestras, e-mails, expressiva divulgação nos blogs e emissoras de rádio.

Edital do novo aeroporto só em outubro

Foto: Blog do Anderson

Por Zé Maria Caires

Estive no dia 21 de junho, em Salvador, no DERBA para buscar informações sobre o novo aeroporto. Tudo faz crer que a licitação da mais importante Obra do Sudoeste da Bahia não vai sair neste primeiro semestre, como esperávamos. O lançamento do Edital depende da aprovação do Projeto pelo Comando Aéreo Regional/ COMAR, que tem data prevista para concluir análise em 27 de julho. Outros impedimentos foram equacionados, as duas indústrias serão relocadas e o frigorifico se comprometerá manter a mesma qualidade e eficiência que opera atualmente. Após aprovação do comando, teremos que esperar assinatura do convênio Estado x União, posteriormente lança-se o Edital de Concorrência que, obrigatoriamente, ficará publicada 30 dias no mínimo. Ocorrendo tudo dentro da normalidade, só em outubro conheceremos a construtora do novo aeroporto; minha preocupação é a lentidão do processo: foi publicada a liberação dos recursos em março e três meses depois o projeto ainda não foi referendado pelo Comando Aéreo. Não ocorrendo a publicação do Edital neste ano de 2012, para assegurar os recursos, poderemos perder os R$ 20 milhões; outra alternativa é “outra” nova emenda de bancada para garantir o início das obras no ano de 2013.

* José Maria Caires é presidente do Movimento Conquista Pode Voar Mais Alto

Conquista cidade aberta

 Por Paulo Pires 

Fato evidente [e louvável] no cotidiano de Vitória da Conquista é o empenho de quase todos os seus segmentos discutindo questões relacionadas ao município. As hipóteses que se constroem como respostas às nossas demandas e propostas, mesmo que não sejam brilhantes, são dignas de louvor. Apela-se, em muitos casos, para o bom senso. Este, conforme observa Descartes na página inicial do seu Discurso sobre o Método: “… é a coisa melhor dividida no mundo, pois cada um se julga tão bem dotado dele que ainda os mais difíceis de serem satisfeitos em outras coisas não costumam querê-lo mais do que tem”.  Na realidade quase todo mundo dá pitacos sobre a cidade. Consideramos esse fator como algo positivo. Discute-se sobre o que está bom, sobre o que nos falta, quais são nossos erros, nossos acertos. O que deveríamos ter feito e o que precisamos fazer. Quais são os problemas mais urgentes?   Como e o quê  exigir para que o gestor municipal tome decisões acertadas e urgentes em relação ao bem estar do povo?

“Não estão nem aí…”

Por Jeremias Macário

– A saúde está zerada, no descaso total. Não aguento mais. Estou no limite máximo. Estou sobrecarregada e eles (diretores, governantes e políticos) não estão nem aí para a situação. Os médicos não querem mais trabalhar na saúde pública.

É o desabafo de uma médica (Dra. Renata) num dos hospitais no Rio de Janeiro, dedo em riste e aos gritos frente às câmaras de uma rede nacional de televisão, mas não teve repercussão além disso. O eco da sua voz ficou ali naquele recinto sujo, misturado aos lamentos dos pacientes que apoiaram o protesto. A dor do próximo não importa mais.

    Devem estar dizendo: mais uma vez! É isso, novamente volto a falar do quadro caótico da saúde no país, onde o Congresso Nacional é o mais caro do mundo; um boi de Alagoas tem o preço mais alto; e uma casa, em Goiás, tem uma negociata mais enrolada, de difícil entendimento.

MCMP destaca Meio Ambiente em protesto

Na semana Mundial do Meio Ambiente, o presidente do Movimento Contra a Morte Prematura (MCMP), André Cairo, saiu às ruas de Vitória da Conquista em protesto. “A manifestação é um alerta aos Governantes da Terra, para os avisos da natureza, reagindo com fúria quando afetada, destruindo tudo com facilidade, e que sentem para decidir, como no seu Planeta, em perfeito equilíbrio, onde decisões chegam prontas nas mesas, sendo votadas, sem adiamento, presença de ego, nem blá, blá, blá”, disparou o ativista. O MCMP destacou o Cacique Seatle, da Tribo Duvamish, que escreveu uma carta a Franklin Pierce, Presidente dos EEUU, em 05 de junho de 1854, fazendo exigências ecológicas e espirituais, caso vendessem suas terras, sendo instituído o Dia Mundial do Meio Ambiente. “Não é possível Governantes da Terra permitirem que o Planeta chegasse nesta situação comprometedora e alarmante, onde saneamento, arborização, água, higiene, limpeza, despoluição, qualidade de vida, alimento, proteção aos animais, etc. São indispensáveis, permitindo o poder econômico e a corrupção interferirem em seu equilíbrio. A gazela desperta ao nascer do sol, pedras com dinamite”, concluiu Cairo que fixou os protestos no Monumento em Homenagem ao Índio com as colaborações de Leonardo Carqueija e Vera Soeiro.

Fotos: Blog do Anderson

Bahia: Mais do Mesmo a Pior

Por Tiago Fonseca Nunes

Sabemos da notoriedade que Salvador desfruta da opinião pública (leia-se turistas) no que diz respeito aos seus “cantos, encantos e axé”. Vislumbra pelo sincretismo religioso, pela batida dos atabaques, pelas baianas de acarajé, pelo carnaval (ah, “o baiano é carnavaaaal!”), pelo gingado e pelo berimbau. E só! Entretanto, quem de fato identifica as deficiências que a cidade – primeira capital do país – carrega, é o povo soteropolitano. Esse sim é ciente de que o período que estamos passando é de total descrença no que se vê e se escuta. Mas até quando? Enumerar os dissabores, mais gritantes, pelos quais vivenciamos cotidianamente é tarefa fácil, chegando a ser trágico ver o quanto a Bahia padece.

Pequenas Notas

Bola pelas costas

Por Paulo Pires

O futebol sempre foi um excelente fornecedor de expressões lingüísticas para o brasileiro entender um pouco do que se passa em nossa política. Dito isso, pode-se dizer que a expressão “bola pelas costas” ajuda ao povão, ou seja, contribui enormemente para que as grandes massas entendam o momento atual de nossa política como um todo. Ajuda também  na compreensão  particular da política nesta cidade de Vitória da Conquista. Política é um cenário disforme, controverso, mutante.  Exige dos seus agentes muita perspicácia, muita acuidade visual senão perde-se a perspectiva do que se passa diante de nossas vistas. Os instantâneos políticos já foram comparados a estrutura das nuvens. Política e nuvens mudam a cada segundo. A gente as olha e estão de um jeito. Um segundo depois ei-las totalmente diferentes. Cabe perguntar: Política é ciência ou ilusão? Ora, se levarmos em conta suas mudanças, diríamos que é mais sugestivo pensá-la como ilusão, algo transitório. Mas há discordâncias. Contrariando a maioria vale lembrar que existem muitos cursos de Ciências Políticas em nossas Universidades. Ciência, claro, também não é algo definitivo, mas pelo menos sustenta hipóteses durante algum tempo. O que hoje é científico pode não ser futuramente. Mas devemos assinalar que a transitoriedade da ciência não é tão acentuada quanto à da política. Muitos postulados científicos sobrevivem séculos. Em política, enunciados ou conceitos são insustentáveis. A maioria deles não resiste a uma hora quando submetidos à realidade dos fatos.

Butecando

Bar do Liu: Fígado e Sardinhas

Por Leonardo Tavares

Fígado. Em Conquista, nos botecos, é fácil encontrar essa iguaria e mais fácil ainda de encontrar quem retorça a cara ao falar “Disso eu não gosto”. Acho que porque nunca comeram esse, um dos melhores Fígados da cidade, em minha opinião. O endereço? Quase em Frente ao estádio Edvaldo Flores, subindo a Av. Bruno Bacelar, no comecinho do Alto Maron. Lá, amigos se reúnem para papear e, seja com Cerveja (no estilo Boteco) ou uma pinga temperada, para comer o carro chefe da casa.  Estreia hoje, na Coluna do Butecando, o Bar do Liu, que tem Liu como proprietário (sério?! Não brinca), pessoa de personalidade tímida, mas cordial e resenhista, se você puder fazer parte de seu ciclo de amizades. Os mais chegados têm lugar cativo no mural de fotos que fica exposto no bar, eternizando momentos de descontração e visitas ilustres. Flamenguista de coração e dono de um tempero sem igual, ele está sempre apto a servir seus clientes. Do Balcão para as mesas é um pulo, mas há quem fique por lá mesmo… Às vezes, se senta perto do freezer e às vezes na calçada – nada disso importa. Na TV pode estar passando DVDs ou mesmo novela – ninguém presta atenção. A ordem é papear e quem sabe – se der sorte – você pode encontrar, na estufa, a famigerada sardinha frita à milanesa que, com limão, é ótima pra acompanhar a cerveja. O bar funciona de Terça a Sábado de dez da manhã às dez da noite, mas isso depende do humor do dono que costuma por pra fora a galera do “Fica mais Tarde”. Lê-se: os Mais chegados e cativos no Mural.

As eleições de 2012, o parlamento e a ética na política

Por Waldenor Pereira

A relativa proximidade das eleições municipais gerais de outubro estimula a reflexão sobre o funcionamento do Estado democrático de direito que estamos construindo no Brasil, sobre seus méritos e suas insuficiências, particularmente no que diz respeito à lisura da representação política e ao correto funcionamento da máquina pública. A consolidação do Estado democrático sempre esteve no centro das preocupações do PT e é, rigorosamente falando, uma das principais razões de existirmos como partido. Meus correligionários e eu nunca devemos esquecer disso. O primeiro desafio que enfrentamos é o de encontrar o meio termo que nos permita valorizar o que já alcançamos em termos de avanço institucional sem que isso nos leve a subestimar o muito que ainda nos resta fazer. O certo, contudo, é que, apesar de todos os avanços, pouco a pouco volta a se disseminar pela sociedade o sentimento de que a esfera política não funciona à altura do que nossos concidadãos anseiam e merecem. Certamente uma parcela desse sentimento advém de setores sociais que perderam privilégios com o aprofundamento da democracia e o fortalecimento das demandas populares. Mas seria um sério erro descaracterizar, por conta disso, a preocupação ética legítima que se espalha pelo país.

Quando o medo de perder a eleição ultrapassa a razão

Por Diêgo Gomes

Diversos articulistas que apóiam o governo municipal, por medo ou receio de discutir os problemas de Vitória da Conquista, vem atacando constantemente a oposição na cidade. O motivo é bem simples: o medo real de perder as eleições de 2012 justamente para a oposição. Silenciar sobre a pior educação e uma das piores saúdes públicas do Brasil, levando-se em conta as maiores cidades do país, é tentar tapar o sol com a peneira. Sem falar de outras questões. Esses temas virão à tona na campanha eleitoral e esses mesmos articulistas/governistas vão tentar mudar o foco e dizer que o governo só tem, só tem, isso mesmo, só tem 15 anos ininterruptos no poder e que não puderam resolver os problemas dos outros 157 anos (sem contar o período de Arraial da Conquista) de existência da cidade por culpa da oposição.  Para eles a cidade as mil maravilhas nasceu em 1997. O que não se encaixa nesse conceito, faz parte do “passado”. Ao falar do SUS, poderiam explicar a população conquistense porque o CEMAE e CEMERF foram construídos numa região onde as pessoas pouco precisam realmente do SUS. Por que não tê-lo construído na zona Oeste da cidade ou em local onde a população carente que utiliza os serviços é maioria?

O fracasso da Oposição Conquistense

 

Há duas maneiras de fazer política. Ou se vive para a
Política ou se vive da Política. Nessa oposição não há
nada de exclusivo. Max Weber

Por Carlos Costa

Uma das razões por que o Partido dos Trabalhadores administra Vitória da Conquista há mais de quinze anos é a fragilidade da oposição. A mesma passa três anos em total estado de latência e quando se aproxima as eleições se agrupa tal quais os habitantes da Arca de Noé. É uma oposição demagoga e sem nenhuma criatividade. Há quatro anos, o radialista Ficha Suja não conhecia sequer o interior do nosso município, então, próximo ao período eleitoral, começou a percorrer a zona rural levando uns “pernas de paus” para realizarem peladas por onde passavam.  Sexagenário, o desalentado radialista se aventurava jogar mesmo não possuindo nenhuma intimidade com a bola. Há muito tempo que a oposição à administração do prefeito Guilherme Menezes está perdida, sem rumo e sem um discurso capaz de empolgar o eleitorado. Prova disto são os encontros que o radialista Ficha Suja está promovendo para ao menos unir os dinossauros da política conquistense que lutam com todas as forças para continuarem ao menos em evidência.

Butecando

Bar de Kerry: buchada, cerveja e resenhas…

Por Leonardo Tavares

Em Vitória da Conquista se faz presente essa agradável e tradicional cultura de bar. Existem aqueles em que somos obrigados a desfilar nossas melhores roupas, podemos fazer uma boa refeição e pagamos um pouco mais caro pela qualidade – também pelo status. Sapatos lustrosos e bochechas rosa com aquele ar de importância. E, claro, temos que sair antes de a bebida começar a fazer efeito. Seja a próxima parada ou o primeiro destino, todos são bem-vindos quando chegam às portas dos queridos botecos. Há quem se recuse a entrar. Há quem chame de nojento. Há também quem queria outro petisco se não a tripa de porco (com farofa). Mas não há quem não reconheça a atmosfera aconchegante que brota dali. Os freqüentadores, na maioria das vezes, não apenas freqüentam. Eles já são amigos dos garçons, trocam piadas com o dono, sentam-se na mesa como se estivessem na casa de sua mãe. Essa coluna é para lembrar desses queridos lugares e tem como intuito indicar para vocês iguarias, particularidades e amenidades encontradas por lá. E, no meio de tanto boteco bom, decidir fazer minha estreia no Diário do Oprimido com o Bar de Kerry. Se é para falar de iguarias que chamam minha atenção, não tinha como começar de outro jeito.

Academia do Papo

 A morte e o desaparecimento do gato Simba 

Por Paulo Pires 

Em uma daquelas casas compridas da Rua dos Fonsecas, final de uma dessas tardes calorentas de outono, pude acompanhar de perto, com a discrição que a ocasião exigia, uma reunião extraordinária realizada por um grupo de pardais. O objetivo daquela reunião, segundo o único ponto da pauta, seria estabelecer um plano ou planejamento estratégico para “acabar de vez” com o gato Simba. O grupo constituía-se de uns vinte membros. Minha presença àquele conclave foi obra do acaso, mera coincidência. Encostei o carro embaixo da mangueira da casa e, sem querer, comecei a ouvir pipilos estranhos, chilreios renitentes e uma algazarra prá lá de cabeluda.  O som que vinha dos passarinhos reunidos embaixo do pé de acerola não era o mesmo dos dias normais. Curioso com o barulho anormal me aproximei na ponta dos pés e pude ver o que estava acontecendo.  Lá estava aquela renca [ou seria penca?] de pardais reunidos em uma congregação frenética.