Banco do Povo: uma vitória de Conquista

Por 

Hoje participei da celebração dos 12 anos de existência do Banco do Povo de Vitória da Conquista. A atividade contou com a presença da atual direção e de representantes de diretorias anteriores, de visitantes e clientes, além do Prefeito Guilherme Menezes e do presidente do Banco do Povo de Diadema, que veio conhecer e trocar experiência com nosso projeto local. A ICC Conquista Solidária – Banco do Povo é uma iniciativa da Prefeitura de Vitória da Conquista, através do seu prefeito da época, Guilherme Menezes que, vendo o sucesso de ações semelhantes em outras regiões e percebendo a necessidade de executar em Conquista uma ação para ajudar os pequenos empreendedores, resolveu incentivar a criação da entidade. Não foi fácil, me lembro bem! Quase um ano de discussões e uma batalha muito forte com os vereadores daquele momento que, numa atitude contrária aos interesses da cidade, tentaram a todo custo impedir o nascimento do banco. Por falta de visão ou apenas por questões meramente políticas, quase que esta iniciativa ficaria apenas na intenção. Felizmente, tudo deu certo e o banco nasceu. Me lembro das primeiras reuniões quando aprovamos os estatutos e a primeira direção. Tudo muito novo e desafiador. Graças ao governo municipal, que doou os primeiros 150 mil reais e bancou a estrutura inicial de funcionamento, o que era apenas uma ideia virou uma realidade. Hoje o banco contabiliza mais de 32 milhões de reais emprestados nestes anos. Milhares de empreendedores, na sua maioria mulheres, puderam tocar seus negócios e mudar suas vidas.

Vigilância

Por Jeremias Macário

Volto ao comentário anterior sobre a ditadura civil-militar quando disse que tem saído coisas desencontradas na imprensa (intencional ou por ignorância) que têm me deixado estupefato. Esses apoios à ditadura requerem da nossa parte vigilância permanente em defesa da liberdade, informando corretamente às novas gerações o que realmente ocorreu naqueles tenebrosos anos de chumbo que, a meu ver, foram de 1964 a 1988(última Constituição).   Um moço, cujo nome não merece ser citado, porque seria dar  visibilidade, escreveu, no Espaço do Leitor, do jornal A Tarde, que “o que foi feito em 1964 só se pode louvar”. Se for um militar linha dura, dá até para entender, mas se é civil, nos envergonha. Aliás, para dizer tal asneira, deveria glorificar a democracia, plena ou relativa, conquistada por aqueles que lutaram por ela. É o tipo de gente que acha que não existiram torturas, estupros e mortes nos porões da ditadura. Tudo não passou de uma mentira.

Brasil Plural

Por Ezequiel Sena

Mais um final de semana recheado de notícias estarrecedoras. Começou na  edição do Fantástico da semana passada e continuou neste domingo (25), mostrando mais um episódio vergonhoso: fraudes em licitações públicas se espalham pelas esferas da União, dos estados e dos municípios. A reportagem chocou. O estarrecimento da população não apenas por desconhecer o que leva a tais procedimentos, mas pela maneira ardilosa que se repete. O dinheiro suado do trabalhador, transformado em impostos, sendo desviado para enriquecer empresários e funcionários públicos inescrupulosos. Os representantes de quatro empresas que têm contratos com o Governo Federal, de quase meio bilhão de reais, surfam no mar da desonestidade sem o mínimo constrangimento em nome da “ética do mercado”; riam num cinismo durante transações como se fosse algo natural e corriqueiro. Parece até que no Brasil é difícil manter-se íntegro. Agora aparecem políticos de todas as colorações partidárias se dizendo indignados exigindo CPI, somente porque o malfeito foi flagrado pelas lentes da televisão.  

Acham que é mentira

Por Jeremias Macário

Tem gente que ouve o galo cantar, mas não sabe aonde. Tem gente que ainda acha que é mentira que o homem pisou na lua, como não acredita que houve torturas e horrores nos porões da ditadura civil-militar. Por falta de leitura e pesquisa, essa gente sai por aí falando e escrevendo coisas deturpadas que simplesmente ouviu da boca de outras pessoas que também não se aprofundaram no assunto. Nos últimos tempos tenho acompanhado e lido na imprensa escrita, principalmente, uma enxurrada de “comentários” desinformados da parte de leitores sobre os anos de chumbo da ditadura civil-militar. Usam a raiva para combater os que defendem a comissão da verdade e ainda acham que os pesquisadores estão enganados e nada sabem. A primeira impressão que dá é que se trata de uma campanha orquestrada da direita conservadora para apagar a luta da esquerda no Brasil contra o regime da época (1964-1985, ou até 1988 ou 1990 para alguns estudiosos). A outra impressão que fica é que se trata mesmo da falta de conhecimento (a pessoa não sabe aonde o galo cantou). É um quadro perigoso e preocupante. 

As nuvens e a Política Conquistense

Foto: Blog do Anderson

Observando as nuvens durante o voo de Vitória da Conquista a Salvador na tarde dessa segunda-feira (26), nos fez lembrar a afirmação de Magalhães Pinto: “Política é como nuvem. Você olha e ela esta de um jeito. Olha de novo e ela já mudou”. Esse ditado cai perfeitamente com o atual cenário da Política Conquistense, pois tem se movimentado com muita intensidade. Até poucos meses atrás o radialista Herzem Gusmão era, vamos dizer assim, o maior ídolo do prefeito Guilherme Menezes e dos seus seguidores. Os deputados Waldenor Pereira e Zé Raimundo retornaram a base de apoio a Guilherme, mesmo sem ter o seu apoio para as suas eleições. O deputado Jean Fabrício criou a coragem e abriu mãos dos cargos ocupados no Executivo Conquistense. Clóvis Ferraz busca abrigo na Prefeitura de Vitória da Conquista. Depois de muita ação de Zé Maria Caires, parece que o aeroporto vai sair do papel. Nesta quarta ou quinta-feira estaremos retornando a querida Conquista, e vamos novamente observar a posição das nuvens. Certamente poderemos encontrar muitos formatos.

(Anderson Oliveira, direto de Salvador)

Agora tem o dinheiro

Foto: Blog do Anderson

Por Zé Maria Caires, presidente do Movimento Conquista Pode Voar Mais Alto

Considero positiva a polêmica quanto aos obstáculos na alocação dos recursos para a construção do novo aeroporto de Vitória da Conquista. Jérôme Valcke,  secretário da FIFA, que sugeriu um chute no traseiro do Brasil, gerou polêmica e ele pediu desculpas. Otto Alencar falou com todas as letras que não tem dinheiro para o aeroporto; pode ser que essa polêmica faça alocar esses recursos da dotação orçamentária. O vice-governador e secretário de Infraestrutura Otto Alencar, atendendo ao pedido do deputado Jean Fabrício (PCdoB), recebeu uma comissão de líderes para tratar de pleitos da Região Sudoeste, dentre eles o Novo Aeroporto de Vitória da Conquista. O anúncio da estrada de Mortugaba pelo Secretário foi comemorada pela Prefeita, que se fez presente ao evento. Quanto ao novo aeroporto, ele foi enfático e muito claro na exposição: “o projeto executivo, a licença ambiental e a desapropriação já estão na fase de conclusão, mas não tem recursos no momento para licitar a obra”. O Secretário sempre falou a verdade. “Pode, pode. Não pode, não pode.” A declaração de Otto nos fez acreditar que a falta de recursos era um empecilho para tocar a obra. Era, porque com a divulgação do teor da conversa na imprensa local, uma mobilização de lideranças políticas do Governo (Jean Fabrício, José Raimundo, Marcelino Galo e Waldenor Pereira, Rui Costa) reverteu a situação e hoje há um comprometido esforço de todos para alocação dos recursos. É esperado para março/2012 a publicação do Edital da obra e o sonho do aeroporto está agora no Gabinete do Governador. Conquista ainda pode sonhar?

MCMP será homenageado no Legislativo Conquistense

Foto: Blog do Anderson

Com vinte e três anos de atividade e duzentas e vinte e três reinvindicações cobradas e atendidas por parta das três esferas governamentais (Município, Estado e União), o presidente e único integrante do Movimento Contra a Morte Prematura (MCMP), André Cairo, tem muito a comemorar. Como forma de reconhecimento das suas valiosas ações, o vereador Fernando Jacaré (PT), presidente da Câmara Municipal de Vitória da Conquista, propôs a realização de uma sessão especial em homenagem ao MCMP, entidade reconhecida nacionalmente. Na manhã dessa sexta-feira (23), Cairo comentou ao Blog do Anderson sobre o evento que deverá acontecer ainda nesse ano. “Agradeço pelo reconhecimento sincero desse meu trabalho com resultados positivos”, disse Cairo.

Prefeito desassombrado

Foto: Blog do Anderson

Enquanto velhos políticos se reúnem para discutir o que fazer para destronar o atual Prefeito, doutor Guilherme Menezes em tom moderado deu diversas entrevistas nesta terça feira (20) demonstrando estar absolutamente tranquilo quanto ao pleito de outubro vindouro. As entrevistas ocorreram no CAIC, quando da entrega de 20 mil fardas com chips aos alunos da Rede Municipal. Essa tranquilidade incomoda os  adversários. Mal sabem eles que isso é fruto da consciência que tem todo gestor  quando cumpre com suas obrigações. Dívida de consciência pelo dever não cumprido é pesada e impagável. Vale a pena conferir a entrevista que ele deu ao Blog do Anderson sobre a escolha do seu vice e sua posição pessoal neste processo. O Prefeito sabe que Política é uma atividade ultra dinâmica e que os atores desse campo  se movimentam constantemente para mudar os cenários para  adequá-los àquilo que melhor  lhes convierem.  Há algo de “mineiro” no Prefeito: Ele sabe esperar, sabe meditar e melhor ainda, sabe escolher com quem anda. Afinal sua biografia política e pessoal não pode ser conspurcada por uma escolha infeliz. Na cabeça do Prefeito Guilherme deve haver um aviso: Vamos com calma, sem assombros e fantasmas. O povo sabe escolher, sabe  o que quer e quem pode fazer por Ele.

(Justo Leal)

Pequenas Notas

Por Paulo Pires

Este colunista, em breve reflexão sobre alguns jornalistas da atualidade, encontrou diferenças que impiedosamente comprimiram meus pensamentos para um juízo pouco complacente sobre suas posições.   Jornalismo é uma das mais sagradas invenções do homem civilizado. Sem ele o mundo não teria uma janela tão aberta e grandiosamente analítica para examinar, contar, medir, ponderar e repensar as condutas desse bicho naturalmente instável e quase inexplicável chamado ser humano. Mas por que me dei ao luxo de refletir sobre o jornalismo atual? Porque, velho leitor e, melhor ainda, pessoa com o privilégio de ter lido em vida [minha e deles] grandes figuras da nossa imprensa, considero adequado fazer algumas observações sobre o que temos no cenário atual. Antes disso, porém, é preciso dizer…

“Deus eu não abandono e Guilherme Menezes eu não deixo”

Foto: Blog do Anderson

Por Anderson Oliveira & Paulo Pires

Em conformidade com o que foi registrado pelo  Blog do Anderson, e num depoimento comovente,   dona Vitória Portela, aos 82 anos,  moradora ilustre do Bairro Petrópolis, continua distribuindo alegria com o seu jeito simples e autêntico de ser. Cabeça antenada com o momento político conquistense,  dona Vitória arrancou sorrisos do prefeito Guilherme Menezes seguidos de aplausos do público após declarar: “Deus eu não abandono e Guilherme Menezes eu não deixo”. A afirmação aconteceu no final da tarde dessa segunda-feira (12), na solenidade de inauguração da Escola Mãe Vitória de Petu, no Bairro Petrópolis. Ainda no mesmo evento, dona Vitória também fez elogios e lamentou as ausências de Nailton Prates, Marília Chiacchio e Jane Sala. “Dos vereadores eu gosto muito de Jacaré e Joel do Caminhão”, disse a admirável senhora para uma platéia atenta que a ouvia com alegria e surpresa. O prefeito Guilherme Menezes, discretíssimo como sempre, recebeu os elogios de dona Vitória e agradeceu com muita sensibiidade  as palavras verdadeiras e generosas de uma pessoa que do alto de sua longevidade expressa -se com irretocável  originalidade e independência. Foi um belo acontecimento, um inesperado  depoimento e um inquestionável reconhecimento pelo que o Sr. Prefeito  e os  seus Secretários  tem feito de positivo para beneficiar toda a Comunidade Conquistense. O Blog do Anderson está de parabéns por ter registrado o momento histórico compartilhado e ampliado pelo Plataforma Conquistense..

Demitido da UESB FM, Caique Santos denuncia perseguição e assédio moral

O jornalista Caique Santos anunciou em sua página no facebook hoje sua demissão da Rádio Uesb FM, onde apresentava o programa Cult Mix, e aproveitou o mesmo espaço para denunciar que sua “saída” teria sido apenas mais um lance de perseguição que teria sofrido na empresa. Em um texto denominado “sobre minha demissão da Uesb”, ele informa que foi informado da demissão pelo diretor do Sistema Uesb de Radio e Televisão Educativa, “que decidiu em “conjunto” que o programa CULT MIX e eu não são mais compatíveis com o padrão de rádio que a direção almeja para a UESB FM, 97,5”, e acrescenta: “não me foi informado em que ponto eu e meu programa (posso chamar de meu pois fui eu quem o idealizou e produzia bem como apresentava), não mais nos enquadramos na rádio, embora particularmente eu saiba muito bem os reais motivos da minha demissão”.  De acordo com o Blog do Fábio Sena, o jornalista afirma que sua demissão não decorreu de incompetência, “muito menos pelo programa Cult Mix ser de qualidade ruim ou não condizer com a “proposta” da emissora”. Caique afirma que foi alvo de perseguições e que tem testemunhas do que “sofri naquela empresa simplesmente por não compactuar com incoerências, autoritarismo e até assédio moral”. Ele afirma que sequer Desta forma, fui demitido sumariamente da Rádio Uesb FM sem necessidade de cumprimento de aviso prévio. Nem mesmo hoje foi permitido um último programa para me despedir dos amigos e ouvintes. Logicamente tiverem medo de que o que vou dizer aqui fosse no ar. A carta de Caique, que segue na íntegra, é um desabafo:

Tipos Populares: Zé Baleiro

Zé Baleiro: figura marcante nos eventos de Conquista e na entrada da "Sacramentinas" há mais de 40 anos
 
Não é o famoso cantor nordestino “Zeca Baleiro” mas é o baleiro Zé mais famoso do Nordeste (desculpe o trocadilho! Foi inevitável!). José Gonçalves de Souza nasceu em Boa Nova (BA) no dia 5 de janeiro de 1943, de família simples, mas batalhadora. Ele tornou-se vendedor de balas ainda criança em 1949, e de lá para cá nunca mais parou. Mais de meio século de profissão. Desde o tempo do “Cine Ritz”. Quem não se lembra dele na portaria dos cinemas da cidade (no Madrigal, no Riviera etc.)!
Zeca baleiro esteve presente em
quase todos os eventos importantes
de Conquista nos últimos 50 anos
“Seu” José Gonçalves, apenas com a venda de balas e doces, conseguiu manter sua família (mulher e cinco filhos). Alguns deles começaram a seguir o exemplo do pai, como Jeremias, mas desistiram, e tomaram outros rumos.
Zeca, mulher e sua “escadinha” (filhos)

Política não se faz com ódio

Por Paulo Pires

Dizia o mestre Ulisses Guimarães:

“Política não se faz com ódio, pois não é função hepática. É filha da consciência, irmã do caráter, hóspede do coração”.  Aqui em Vitória da Conquista, alguns ainda não entenderam o processo democrático. Se não entenderam o processo, evidente que  ainda não compreenderam o Regime Democrático. Neste regime os Partidos Políticos apresentam seus candidatos, a sociedade aprecia os nomes, avalia quem pode  fazer por ela ou não, escolhe os de sua preferência e o cidadão escolhido (seja para o Legislativo, seja para o Executivo) torna-se membro dos Poderes Públicos e passa a fazer parte desse   modelo que alguém já disse não ser perfeito, mas que ainda é o melhor que inventaram para a Política até o momento. Os que não aprenderam a conviver com esse regime, vivem furiosos  porque não se elegem, porque o povo não os quer, como se o povo tivesse obrigação de escolhê-los só porque eles tem  “olhos azuis”.

André Cairo na luta pelo Aeroporto de Conquista

Personificado de Lampião, o presidente do Movimento Contra a Morte Prematura (MCMP), André Cairo, saiu mais uma vez às ruas de Vitória da Conquista, na manhã desse sábado (10), cobrando do governador Jaques Wagner uma posição concreta sobre a construção do novo aeroporto do município.

Fundação pública é entidade privada?

Pessoas com pendores sovietizantes [tardios] insistem que a Fundação Pública para gerir o Hospital Esaú Matos é uma forma de Privatização. Se isso não fosse cômico, seria trágico. Uma afirmação como essa, só tem paralelo na informação de que o senhor Tiririca foi o ideólogo e relator das Bases Sacerdotais e Eclesiásticas para conclusão do documento elaborado pelo Concílio de Trento. Aviso aos ingênuos: Fundação Pública Pública de Direito Privado nunca foi, nunca será uma Entidade Privada. Se alguém disser o contrário, então tenha a coragem para vir à público dizer quem são os donos dessa Fundação Privada que dizem estar sendo constituída e cuja finalidade é administrar o Hospital Público Esaú Matos. Mencionem, por favor, quem são os donos dessa Entidade Privada para quem o Governo Municipal vai “entregar” o famoso Hospital.

Outro aspecto a ser considerado relaciona-se aos valores do Patrimônio do Hospital. Desde o advento do Plano Real o instituto da Correção Monetária foi extinto, portanto, mesmo para as Entidades Privadas, não há mais essa prática prevista no Decreto Lei 1.598/77. Portanto, os valores do Patrimônio do Hospital devem ser colocados à disposição da Fundação Pública obedecendo rigorosamente ao Princípio do Custo Histórico como Base de Valor. Em outras palavras, diríamos que os valores devem refletir o Custo Original ou Custo Contábil (sem correção monetária) extinta há dezoito anos. Por isso estão defasados em relação ao Preço de Mercado. Ou será que seremos obrigados a fazer como fez o meste Luís Gonzaga no famoso forró DEZESSETE E SETECENTOS. 

Tremedal em paz?

Essa semana a região sudoeste da Bahia foi abalada por uma série de notícias dando conta que no pequeno muncípio de Tremedal a coisa está pegando fogo.  Pergunta a ser feita: Tremedal está vivendo sua primavera sertânica ou seu outubro cinzento? O que dizer? O que faz o município de Tremedal ter e ser tão  aguerrido?

Doutor Ubirajara Brito, o mais intelectualizado dos seus munícipes esteve por lá pedindo mais ponderação aos  conterrâneos. A voz do professor é de respeitável autoridade porque Bira só deseja de Tremedal e dos seus homens públicos espírito elevado para a boa condução de sua cidade natal. A região tem histórias de muitas paixões políticas e guerras familiares. Quem não se lembra do massacre da Fazenda Tamanduá? Neste episódio o pessoal envolvido era basicamente de Belo Campo. Os tremedalenses, assim como os belo-campenses são pessoas de boa índole mas ambos pertencem àquele grupo de  cidadãos com reconhecida valentia e reagem com altivez quando sentem alguém pisando em seus calos. Claro que as coisas não podem descambar para aquele nível. Hoje vivemos em uma sociedade mais pluralista, mais democrática e com abordagens político-sociais consentâneas com a civilização do diálogo.  Naquele tempo, o revólver era o instrumento mais diplomático para resolver as coisas. Hoje não. Portanto, todos os políticos de Tremedal e região, devem resolver as contendas políticas dentro do mais rigoroso discurso que a Política exige: Com educação, respeito ao adversário e principalmente  ao eleitor que só quer do Político ações para melhoria de suas comunidades. Importante frisar que para lá se deslocaram muitos parlamentares da região dentre os quais os deputados federais Waldenor Pereira e Arthur Maia, os deputados estaduais José Raimundo e Jean Fabrício. Parece que com a chegada dos parlamentares os ânimos serenaram e a animosidade política deu oportunidade ao diálogo entre as partes.

(Justo Leal)

Pílula aa Dolce Far Niente – Número 40

Por Marco Antônio Jardim

O sociólogo italiano Domenico De Masi deveria voltar a ser influência dos meus dias. Destes que me disponho a responder a mandriice alheia. Se me consultam é para perguntar quem tem pé de abacate, piscina inflável ou cão sem dono. Indagações sem aparente coerência, como os riscos que faço na palma das mãos e que termino por manchar as roupas claras. Minha medida de duração de tolerância está entre passar pela ponte de casa, em dia claro, e chegar ao observatório da solidão na madrugada semivazia. De um lado a outro, a abulia tem dois mistérios: o da poesia e o daquele que a lê, com as devidas interseções. Daí começo a me vestir de pedaços de panos velhos, para alegria de Raquel. Naturalmente que não estou falando do traje Calvin Klein que vesti no casamento do meu irmão, porque este provoca certa culpa. Nem das roupas neutras dos dias de sábado, vestes que não são ácidas nem básicas.   Falo é de me vestir independente, feito ócio criativo. Com um pouco de recato, claro, porque é uma questão de conservação. Dizem que ando mais careta, chupando bala soft, ouvindo Sade, soul, jazz. Outros dizem que quero ser notado, não exatamente amado. Todas notícias de botequim. O que desejo é a junção de certo ar de naturalidade e outro punhado de liberdade. Into the wild. Minha esperança é que voltem a declarar (e difundir) o saudoso hábito do bom gosto. Seria uma ideal e suave indolência, meu dolce far niente. Algumas cenas me ocorrem, corroborando esta sensação: Luan de preto na webcam, Ros vestindo uma boneca pin up, Guto elogiando as vicissitudes da vida, os sorrisos de Mila e Breno no altar, o abraço leve de Jardel, o beijo de Di em sonho e Ana Paula, às 5h, numa esquina fria, falando sobre o suíço Stephan. Saudade de certa juventude e de mim mesmo assim tão frugal. De escrever em meu velho moleskine no topo da montanha. De alguma essência entre o sopro do dia e outro do crepúsculo. De ser célebre pelo que sou, não pelo que visto. De caminhar despido. Chamam tudo isso de geração schuffle, mas estou mesmo é retirando a roupa toda, retrô ou vintage, pra caminhar cantando, pensando nas invenções dos séculos. Cinema, rádio, avião.

Quem força a barra é desprezível

Por Justo Leal

A natureza ou a vida em si tem um curso. Muitas gente por aí  força  esse curso demasiadamente  e o que se vê são frustrações e calamidades. Os marxistas discordam  desse curso natural da vida. Quem sabe faz a hora, dizem eles com tom sentencial e profético. Óbvio que ao homem cabe realizar ações para melhorar-se como ser humano para tornar-se consciente dos seus deveres perante o próximo e perante a sociedade. A esse comportamento damos o nome de Ética. Ética e Moral são campos da Filosofia que nos auxiliam na compreensão dos nossos deveres e dos nossos costumes. Pessoas com maus hábitos familiares e pessoais, a rigor são imorais. Pessoas que infringem as normas da convivência social são pessoas sem ética.  Portanto, cabe a cada um fazer um exame de consciência diário para se avaliar sobre seus  comportamentos pessoais, familiares e sociais. Um fato é incontestável: Nenhuma pessoa ética força a barra. Pessoas sem éticas forçam a barra. Por quê? Porque disfarçadamente  querem fazer amizades com outras à força, não se enxergam em seus intentos  e pior de tudo: Vivem constantemente movidas pelos seus próprios interesses. Essas pessoas pensam que enganam as outras [nosotros]. Mas  estamos observando-as. É aí onde elas se dão mal. Todos, indistintamente, observamos quando as pessoas são éticas e quando não são. Todos percebemos quando estamos diante de pessoas com elevado nível moral, pessoas indisfarçadamente imorais e  pessoas visivelmente amorais. É por isso que ninguém discute: Uma pessoa sem ética, sem moral é uma pessoa desprezível. Cuidado com elas.

Jânio Freitas e as eleições de 2012

Por Jânio Freitas

A medida em que se aproxima a eleição 2012, observa-se claramente o desespero da oposição ao tentar de todas as maneiras macular a imagem do prefeito, pré candidato a reeleição, Guilherme Menezes. Na sessão preparatória do legislativo conquistense, conforme prevê o regimento, o prefeito fez a leitura da mensagem do executivo aos vereadores e por consequência, à sociedade, que lotou o plenário, ouvindo atentamente a fala do Prefeito. Diferente dos demais presentes, o vereador Arlindo Rebouças num ato de desrespeito à cidade e aos seus moradores, empunha cartazes atacando o governo municipal, numa atitude mesquinha e desprovida de razão, já que não é isso o que se vê nos quatro cantos do município, além da falta de civilidade do nobre vereador.   Parceiro do vereador, o candidato da rádio e do PMDB reforça o papel de radiador da  terra arrasada, levantando calúnias contra a administração municipal, desferindo impropérios diários contra o gestor do município. Enquanto os xingamentos correm soltos na oposição, na situação o que existe é conversa e debates sobre o município, que desponta a cada dia como um lugar melhor para se viver e trabalhar, uma cidade aberta para o mundo, uma cidade digital, cujo projeto está na fase final de execução. Embasado na política de resultados o moral do Prefeito Guilherme com o povo cresce a cada dia, levando um rosário de partidos, jamais visto em Vitória da Conquista incorporar ao projeto político que teve início em 1997, reforçando o pleito de reeleição do prefeito. Mantidas as condições atuais o prefeito se reelegerá ainda no primeiro turno. Adianto, ainda, que o que se cogita é a ampliação de partidos que se incorporarão ao projeto do governo Guilherme, levando a oposição a uma fragorosa derrota, desferida por mais de um maracanã de votos.

André Cairo agora é Têmis

Foto: Blog do Anderson

O presidente do Movimento Contra a Morte Prematura (MCMP), André Cairo, marcou mais uma vez sua presença na Câmara Municipal de Vitória da Conquista. Personificado de Dama da Justiça, o ativista lançou mais um personagem. Esse é a sua 41º intervenção artística cobrando atenção das autoridades para vários seguimentos defendidos por ele, que inclusive é destaque nacional. Confira os dizeres da placa que “Têmis” ergue nesta quarta-feira (15): “Políticos de todo o Brasil, Congresso Nacional e Poder Judiciário: Querem passar por cima de mim? Como?”; ”Congresso Nacional, Políticos de Todo o Brasil e Poder Judiciário: estou de olho em vossas excelências! Entenderam?”.