Pequenas Notas

Por Paulo Pires

Este colunista, em breve reflexão sobre alguns jornalistas da atualidade, encontrou diferenças que impiedosamente comprimiram meus pensamentos para um juízo pouco complacente sobre suas posições.   Jornalismo é uma das mais sagradas invenções do homem civilizado. Sem ele o mundo não teria uma janela tão aberta e grandiosamente analítica para examinar, contar, medir, ponderar e repensar as condutas desse bicho naturalmente instável e quase inexplicável chamado ser humano. Mas por que me dei ao luxo de refletir sobre o jornalismo atual? Porque, velho leitor e, melhor ainda, pessoa com o privilégio de ter lido em vida [minha e deles] grandes figuras da nossa imprensa, considero adequado fazer algumas observações sobre o que temos no cenário atual. Antes disso, porém, é preciso dizer…

“Deus eu não abandono e Guilherme Menezes eu não deixo”

Foto: Blog do Anderson

Por Anderson Oliveira & Paulo Pires

Em conformidade com o que foi registrado pelo  Blog do Anderson, e num depoimento comovente,   dona Vitória Portela, aos 82 anos,  moradora ilustre do Bairro Petrópolis, continua distribuindo alegria com o seu jeito simples e autêntico de ser. Cabeça antenada com o momento político conquistense,  dona Vitória arrancou sorrisos do prefeito Guilherme Menezes seguidos de aplausos do público após declarar: “Deus eu não abandono e Guilherme Menezes eu não deixo”. A afirmação aconteceu no final da tarde dessa segunda-feira (12), na solenidade de inauguração da Escola Mãe Vitória de Petu, no Bairro Petrópolis. Ainda no mesmo evento, dona Vitória também fez elogios e lamentou as ausências de Nailton Prates, Marília Chiacchio e Jane Sala. “Dos vereadores eu gosto muito de Jacaré e Joel do Caminhão”, disse a admirável senhora para uma platéia atenta que a ouvia com alegria e surpresa. O prefeito Guilherme Menezes, discretíssimo como sempre, recebeu os elogios de dona Vitória e agradeceu com muita sensibiidade  as palavras verdadeiras e generosas de uma pessoa que do alto de sua longevidade expressa -se com irretocável  originalidade e independência. Foi um belo acontecimento, um inesperado  depoimento e um inquestionável reconhecimento pelo que o Sr. Prefeito  e os  seus Secretários  tem feito de positivo para beneficiar toda a Comunidade Conquistense. O Blog do Anderson está de parabéns por ter registrado o momento histórico compartilhado e ampliado pelo Plataforma Conquistense..

Demitido da UESB FM, Caique Santos denuncia perseguição e assédio moral

O jornalista Caique Santos anunciou em sua página no facebook hoje sua demissão da Rádio Uesb FM, onde apresentava o programa Cult Mix, e aproveitou o mesmo espaço para denunciar que sua “saída” teria sido apenas mais um lance de perseguição que teria sofrido na empresa. Em um texto denominado “sobre minha demissão da Uesb”, ele informa que foi informado da demissão pelo diretor do Sistema Uesb de Radio e Televisão Educativa, “que decidiu em “conjunto” que o programa CULT MIX e eu não são mais compatíveis com o padrão de rádio que a direção almeja para a UESB FM, 97,5”, e acrescenta: “não me foi informado em que ponto eu e meu programa (posso chamar de meu pois fui eu quem o idealizou e produzia bem como apresentava), não mais nos enquadramos na rádio, embora particularmente eu saiba muito bem os reais motivos da minha demissão”.  De acordo com o Blog do Fábio Sena, o jornalista afirma que sua demissão não decorreu de incompetência, “muito menos pelo programa Cult Mix ser de qualidade ruim ou não condizer com a “proposta” da emissora”. Caique afirma que foi alvo de perseguições e que tem testemunhas do que “sofri naquela empresa simplesmente por não compactuar com incoerências, autoritarismo e até assédio moral”. Ele afirma que sequer Desta forma, fui demitido sumariamente da Rádio Uesb FM sem necessidade de cumprimento de aviso prévio. Nem mesmo hoje foi permitido um último programa para me despedir dos amigos e ouvintes. Logicamente tiverem medo de que o que vou dizer aqui fosse no ar. A carta de Caique, que segue na íntegra, é um desabafo:

Tipos Populares: Zé Baleiro

Zé Baleiro: figura marcante nos eventos de Conquista e na entrada da "Sacramentinas" há mais de 40 anos
 
Não é o famoso cantor nordestino “Zeca Baleiro” mas é o baleiro Zé mais famoso do Nordeste (desculpe o trocadilho! Foi inevitável!). José Gonçalves de Souza nasceu em Boa Nova (BA) no dia 5 de janeiro de 1943, de família simples, mas batalhadora. Ele tornou-se vendedor de balas ainda criança em 1949, e de lá para cá nunca mais parou. Mais de meio século de profissão. Desde o tempo do “Cine Ritz”. Quem não se lembra dele na portaria dos cinemas da cidade (no Madrigal, no Riviera etc.)!
Zeca baleiro esteve presente em
quase todos os eventos importantes
de Conquista nos últimos 50 anos
“Seu” José Gonçalves, apenas com a venda de balas e doces, conseguiu manter sua família (mulher e cinco filhos). Alguns deles começaram a seguir o exemplo do pai, como Jeremias, mas desistiram, e tomaram outros rumos.
Zeca, mulher e sua “escadinha” (filhos)

Política não se faz com ódio

Por Paulo Pires

Dizia o mestre Ulisses Guimarães:

“Política não se faz com ódio, pois não é função hepática. É filha da consciência, irmã do caráter, hóspede do coração”.  Aqui em Vitória da Conquista, alguns ainda não entenderam o processo democrático. Se não entenderam o processo, evidente que  ainda não compreenderam o Regime Democrático. Neste regime os Partidos Políticos apresentam seus candidatos, a sociedade aprecia os nomes, avalia quem pode  fazer por ela ou não, escolhe os de sua preferência e o cidadão escolhido (seja para o Legislativo, seja para o Executivo) torna-se membro dos Poderes Públicos e passa a fazer parte desse   modelo que alguém já disse não ser perfeito, mas que ainda é o melhor que inventaram para a Política até o momento. Os que não aprenderam a conviver com esse regime, vivem furiosos  porque não se elegem, porque o povo não os quer, como se o povo tivesse obrigação de escolhê-los só porque eles tem  “olhos azuis”.

André Cairo na luta pelo Aeroporto de Conquista

Personificado de Lampião, o presidente do Movimento Contra a Morte Prematura (MCMP), André Cairo, saiu mais uma vez às ruas de Vitória da Conquista, na manhã desse sábado (10), cobrando do governador Jaques Wagner uma posição concreta sobre a construção do novo aeroporto do município.

Fundação pública é entidade privada?

Pessoas com pendores sovietizantes [tardios] insistem que a Fundação Pública para gerir o Hospital Esaú Matos é uma forma de Privatização. Se isso não fosse cômico, seria trágico. Uma afirmação como essa, só tem paralelo na informação de que o senhor Tiririca foi o ideólogo e relator das Bases Sacerdotais e Eclesiásticas para conclusão do documento elaborado pelo Concílio de Trento. Aviso aos ingênuos: Fundação Pública Pública de Direito Privado nunca foi, nunca será uma Entidade Privada. Se alguém disser o contrário, então tenha a coragem para vir à público dizer quem são os donos dessa Fundação Privada que dizem estar sendo constituída e cuja finalidade é administrar o Hospital Público Esaú Matos. Mencionem, por favor, quem são os donos dessa Entidade Privada para quem o Governo Municipal vai “entregar” o famoso Hospital.

Outro aspecto a ser considerado relaciona-se aos valores do Patrimônio do Hospital. Desde o advento do Plano Real o instituto da Correção Monetária foi extinto, portanto, mesmo para as Entidades Privadas, não há mais essa prática prevista no Decreto Lei 1.598/77. Portanto, os valores do Patrimônio do Hospital devem ser colocados à disposição da Fundação Pública obedecendo rigorosamente ao Princípio do Custo Histórico como Base de Valor. Em outras palavras, diríamos que os valores devem refletir o Custo Original ou Custo Contábil (sem correção monetária) extinta há dezoito anos. Por isso estão defasados em relação ao Preço de Mercado. Ou será que seremos obrigados a fazer como fez o meste Luís Gonzaga no famoso forró DEZESSETE E SETECENTOS. 

Tremedal em paz?

Essa semana a região sudoeste da Bahia foi abalada por uma série de notícias dando conta que no pequeno muncípio de Tremedal a coisa está pegando fogo.  Pergunta a ser feita: Tremedal está vivendo sua primavera sertânica ou seu outubro cinzento? O que dizer? O que faz o município de Tremedal ter e ser tão  aguerrido?

Doutor Ubirajara Brito, o mais intelectualizado dos seus munícipes esteve por lá pedindo mais ponderação aos  conterrâneos. A voz do professor é de respeitável autoridade porque Bira só deseja de Tremedal e dos seus homens públicos espírito elevado para a boa condução de sua cidade natal. A região tem histórias de muitas paixões políticas e guerras familiares. Quem não se lembra do massacre da Fazenda Tamanduá? Neste episódio o pessoal envolvido era basicamente de Belo Campo. Os tremedalenses, assim como os belo-campenses são pessoas de boa índole mas ambos pertencem àquele grupo de  cidadãos com reconhecida valentia e reagem com altivez quando sentem alguém pisando em seus calos. Claro que as coisas não podem descambar para aquele nível. Hoje vivemos em uma sociedade mais pluralista, mais democrática e com abordagens político-sociais consentâneas com a civilização do diálogo.  Naquele tempo, o revólver era o instrumento mais diplomático para resolver as coisas. Hoje não. Portanto, todos os políticos de Tremedal e região, devem resolver as contendas políticas dentro do mais rigoroso discurso que a Política exige: Com educação, respeito ao adversário e principalmente  ao eleitor que só quer do Político ações para melhoria de suas comunidades. Importante frisar que para lá se deslocaram muitos parlamentares da região dentre os quais os deputados federais Waldenor Pereira e Arthur Maia, os deputados estaduais José Raimundo e Jean Fabrício. Parece que com a chegada dos parlamentares os ânimos serenaram e a animosidade política deu oportunidade ao diálogo entre as partes.

(Justo Leal)

Pílula aa Dolce Far Niente – Número 40

Por Marco Antônio Jardim

O sociólogo italiano Domenico De Masi deveria voltar a ser influência dos meus dias. Destes que me disponho a responder a mandriice alheia. Se me consultam é para perguntar quem tem pé de abacate, piscina inflável ou cão sem dono. Indagações sem aparente coerência, como os riscos que faço na palma das mãos e que termino por manchar as roupas claras. Minha medida de duração de tolerância está entre passar pela ponte de casa, em dia claro, e chegar ao observatório da solidão na madrugada semivazia. De um lado a outro, a abulia tem dois mistérios: o da poesia e o daquele que a lê, com as devidas interseções. Daí começo a me vestir de pedaços de panos velhos, para alegria de Raquel. Naturalmente que não estou falando do traje Calvin Klein que vesti no casamento do meu irmão, porque este provoca certa culpa. Nem das roupas neutras dos dias de sábado, vestes que não são ácidas nem básicas.   Falo é de me vestir independente, feito ócio criativo. Com um pouco de recato, claro, porque é uma questão de conservação. Dizem que ando mais careta, chupando bala soft, ouvindo Sade, soul, jazz. Outros dizem que quero ser notado, não exatamente amado. Todas notícias de botequim. O que desejo é a junção de certo ar de naturalidade e outro punhado de liberdade. Into the wild. Minha esperança é que voltem a declarar (e difundir) o saudoso hábito do bom gosto. Seria uma ideal e suave indolência, meu dolce far niente. Algumas cenas me ocorrem, corroborando esta sensação: Luan de preto na webcam, Ros vestindo uma boneca pin up, Guto elogiando as vicissitudes da vida, os sorrisos de Mila e Breno no altar, o abraço leve de Jardel, o beijo de Di em sonho e Ana Paula, às 5h, numa esquina fria, falando sobre o suíço Stephan. Saudade de certa juventude e de mim mesmo assim tão frugal. De escrever em meu velho moleskine no topo da montanha. De alguma essência entre o sopro do dia e outro do crepúsculo. De ser célebre pelo que sou, não pelo que visto. De caminhar despido. Chamam tudo isso de geração schuffle, mas estou mesmo é retirando a roupa toda, retrô ou vintage, pra caminhar cantando, pensando nas invenções dos séculos. Cinema, rádio, avião.

Quem força a barra é desprezível

Por Justo Leal

A natureza ou a vida em si tem um curso. Muitas gente por aí  força  esse curso demasiadamente  e o que se vê são frustrações e calamidades. Os marxistas discordam  desse curso natural da vida. Quem sabe faz a hora, dizem eles com tom sentencial e profético. Óbvio que ao homem cabe realizar ações para melhorar-se como ser humano para tornar-se consciente dos seus deveres perante o próximo e perante a sociedade. A esse comportamento damos o nome de Ética. Ética e Moral são campos da Filosofia que nos auxiliam na compreensão dos nossos deveres e dos nossos costumes. Pessoas com maus hábitos familiares e pessoais, a rigor são imorais. Pessoas que infringem as normas da convivência social são pessoas sem ética.  Portanto, cabe a cada um fazer um exame de consciência diário para se avaliar sobre seus  comportamentos pessoais, familiares e sociais. Um fato é incontestável: Nenhuma pessoa ética força a barra. Pessoas sem éticas forçam a barra. Por quê? Porque disfarçadamente  querem fazer amizades com outras à força, não se enxergam em seus intentos  e pior de tudo: Vivem constantemente movidas pelos seus próprios interesses. Essas pessoas pensam que enganam as outras [nosotros]. Mas  estamos observando-as. É aí onde elas se dão mal. Todos, indistintamente, observamos quando as pessoas são éticas e quando não são. Todos percebemos quando estamos diante de pessoas com elevado nível moral, pessoas indisfarçadamente imorais e  pessoas visivelmente amorais. É por isso que ninguém discute: Uma pessoa sem ética, sem moral é uma pessoa desprezível. Cuidado com elas.

Jânio Freitas e as eleições de 2012

Por Jânio Freitas

A medida em que se aproxima a eleição 2012, observa-se claramente o desespero da oposição ao tentar de todas as maneiras macular a imagem do prefeito, pré candidato a reeleição, Guilherme Menezes. Na sessão preparatória do legislativo conquistense, conforme prevê o regimento, o prefeito fez a leitura da mensagem do executivo aos vereadores e por consequência, à sociedade, que lotou o plenário, ouvindo atentamente a fala do Prefeito. Diferente dos demais presentes, o vereador Arlindo Rebouças num ato de desrespeito à cidade e aos seus moradores, empunha cartazes atacando o governo municipal, numa atitude mesquinha e desprovida de razão, já que não é isso o que se vê nos quatro cantos do município, além da falta de civilidade do nobre vereador.   Parceiro do vereador, o candidato da rádio e do PMDB reforça o papel de radiador da  terra arrasada, levantando calúnias contra a administração municipal, desferindo impropérios diários contra o gestor do município. Enquanto os xingamentos correm soltos na oposição, na situação o que existe é conversa e debates sobre o município, que desponta a cada dia como um lugar melhor para se viver e trabalhar, uma cidade aberta para o mundo, uma cidade digital, cujo projeto está na fase final de execução. Embasado na política de resultados o moral do Prefeito Guilherme com o povo cresce a cada dia, levando um rosário de partidos, jamais visto em Vitória da Conquista incorporar ao projeto político que teve início em 1997, reforçando o pleito de reeleição do prefeito. Mantidas as condições atuais o prefeito se reelegerá ainda no primeiro turno. Adianto, ainda, que o que se cogita é a ampliação de partidos que se incorporarão ao projeto do governo Guilherme, levando a oposição a uma fragorosa derrota, desferida por mais de um maracanã de votos.

André Cairo agora é Têmis

Foto: Blog do Anderson

O presidente do Movimento Contra a Morte Prematura (MCMP), André Cairo, marcou mais uma vez sua presença na Câmara Municipal de Vitória da Conquista. Personificado de Dama da Justiça, o ativista lançou mais um personagem. Esse é a sua 41º intervenção artística cobrando atenção das autoridades para vários seguimentos defendidos por ele, que inclusive é destaque nacional. Confira os dizeres da placa que “Têmis” ergue nesta quarta-feira (15): “Políticos de todo o Brasil, Congresso Nacional e Poder Judiciário: Querem passar por cima de mim? Como?”; ”Congresso Nacional, Políticos de Todo o Brasil e Poder Judiciário: estou de olho em vossas excelências! Entenderam?”.

Reflexões sobre a “Segurança Simbólica” e a Greve dos Policiais Militares na Bahia

Por Marcelo Nogueira Machado

Na Assembléia Geral realizada na noite do dia 11/02/2012, no Sindicato dos Bancários, foi oficialmente encerrada a greve pelos Policiais Militares da Bahia, que obteve repercussões mediáticas que impactaram o cotidiano e a programação do Carnaval na Bahia e deve ser objeto de algumas reflexões sobre a sensação de segurança simbólica, o direito de greve das forças de segurança pública e as estratégias do seu exercício. Com a pretensão de conquistar a incorporação de gratificações por atividades policias – GAP IV e V, negociadas com o Governo Jaques Wagner desde 2009, dentre outras reivindicações administrativas, econômicas e políticas, o Movimento Grevista se inseria legitimamente no conjunto de articulações e mobilizações em torno da apreciação pela Câmara de Deputados, em segundo turno,  da PEC 300/2008, apensada a PEC 446/2009, que estabelece um piso nacional, sob a forma de subsídio, para as categorias dos policias civis, militares e bombeiros dos Estados da Federação, a ser regulamentada por lei federal, após revisão pelo Senado e sanção presidencial.

A Copa de 2014: até jogo de futebol vai ter

Ricardo Marques*

Aconteceu em Salvador, no último dia 07 de Fevereiro, a Edição Especial do Fórum Regional Copa Bahia 2014 que tratou exclusivamente dos chamados Centros de Treinamento de Seleções (CTS), erroneamente chamados de “subsedes” da Copa do Mundo. O evento foi organizado pela SECOPA e pelo SEBRAE. Importante dizer que a Copa do Mundo do Brasil vai ter doze sedes: Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS), Brasília (DF), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Manaus (AM), Natal (RN), Recife (PE) e Salvador (BA). As demais cidades estão tentando participar de alguma outra forma da Copa. As alternativas são os campos base para treinamento ou os campos para aclimatação. Na Bahia, vinte locais estão inscritos e estão sendo avaliados. Eles estão distribuídos em quatorze cidades baianas que pleiteiam receber uma seleção, mesmo que para o período preparatório da Copa do Mundo. E isso não quer dizer pouco: a cidade escolhida para receber uma seleção no período preparatório será a mais falada pela imprensa desse país por um período de uma semana a dez dias, dependendo do tempo escolhido pela seleção para o treinamento em terras brasileiras.

Fazer greve é legítimo; negociar é obrigação da luta e do governo

A desocupação nesta quinta-feira (9) da Assembleia Legislativa do Estado da Bahia, tomada por cerca de 250 soldados da Polícia Militar e sob cerco da Força Nacional de Segurança e do Exército, é o primeiro sinal de alívio numa crise que se estende há dez dias. Falta agora concluir com êxito as negociações, sem as intransigências que de parte a parte têm caracterizado o conflito. Chegar a bom termo é uma exigência da população, uma obrigação de quem luta e de quem governa.

José Reinaldo Carvalho

Uma luta que é a todos os títulos legítima e legal por reivindicações salariais de uma corporação que ganha salários irrisórios e é em não raras situações submetida a um regime opressivo e humilhante nas casernas, transformou-se em crise política com projeção nacional, haja vista a movimentação de ministros, deputados, senadores, o governador do estado e a própria Presidência da República. O deslocamento para a Bahia de numerosos contingentes do Exército, da Força Nacional de Segurança e da Polícia Federal é a ilustração dramática disso.

Cuidado com pessoas que ‘dizem as verdades’

Por Paulo Pires

Diante dos últimos acontecimentos, é imperioso dizer em curtas palavras que devemos tomar muito cuidado com pessoas que se arvoram ou afirmam  que só  ”dizem verdades”. Caifás, aquele sumo sacerdote, com medo do prestígio e das ações positivas realizadas por Jesus Cristo junto aos pobres, excluídos, prostitutas, leprosos, mendigos e outros, danou a falar mal do Nazareno como forma de diminuir do filho de Deus. E daí, em nossa tradição cristã tomamos conhecimento de como se produzem boatos. Mas esse Caifás, que se auto intitulava e se proclamava como detentor da Verdade, fazia aquilo tudo – hoje sabemos com muita clareza – por temor a perda de poder que seus ensinamentos hipócritas traduziam. Quando ele [Caifás] tomou conhecimento das maravilhas que Jesus operava, não teve outra alternativa senão aquela que seu caráter invejoso apontava: Criou um monte de boatos, fofocas e mentiras  para desestabilizar o poder e o prestígio do filho de Deus.

Greve da PM: André Cairo insiste na aprovação da PEC-300 o escalonamento vertical

Foto: Blog do Anderson

Presente no evento que reuniu várias entidades conquistenses em busca de imediatas medidas para o retorno da segurança de Vitória da Conquista e trazer de volta a tranquilidade da população, que vive em pânico desde a última quinta-feira (1º), quando teve inicio a greve da Polícia Militar, o presidente do Movimento Contra a Morte Prematura (MCMP), disse, em entrevista ao Blog do Anderson que é de direito as reivindicações dos militares. “Se estivesse aprovado a PEC-300 e o escalonamento vertical não estaria existindo essa greve. Então se realmente existe a greve é que os policiais e os seus familiares estão em dificuldade”, disse o ativista que é um profundo defensor da PEC-300, projeto de emenda constitucional que institui um piso salarial para policiais e bombeiros militares de todo o país. “Vandalismo é uma coisa e o direito de greve e reivindicação dos policiais é outra coisa. Eu volto a repetir a questão social, educação, saúde, desemprego, isso não se resolverão de um dia para o outro. O mais importante nesse momento é investir na segurança, investir alto na segurança. 72 horas sem policiamento na rua a cidade vira um caos, como o que aconteceu em Salvador e a tendência é se alastrar por todo o Brasil”, declarou Cairo quando indagado sobre a onda de vandalismo que permanece na Capital do Sudoeste Baiano. Em uma rápida conversa , o prefeito Guilherme Menezes assegurou a Cairo que o problema já está fase de resolução, tendo em vista que a Guarda Nacional já foi solicitada e deverá chegar em Vitória da Conquista ainda nesta tarde.

Greve da PM: MCMP apoia movimento grevista

Foto: Blog do Anderson

A greve dos policiais continua, tendo participação do Movimento Contra a Morte Prematura (MCMP), única entidade em apoio aos grevistas, além da ASPOJER, PPM e AJUPM. Em seu discurso na Câmara de Vereadores, o ativista e Presidente do MCMP, André Cairo, afirmou que se a PEC 300 tivesse sido aprovada e aplicação da Lei do Escalonamento Vertical, não teria existido a greve,”72 horas sem a Educação não haverá gravidade, sem a Saúde, poucos óbitos, sem a Segurança, muitos homicídios, assaltos,  perdas e danos, medo, apreensão, intranqüilidade, entendendo que Policiais também tem filhos, pai, mãe, irmãos, avô, bisavô, amigos, etc. Espero que o Governador Jaques Wagner atenda as reivindicações da categoria, onde não quebrará o Estado, enquanto policiais estão quebrando com baixos salários, além da discriminação”. Personificado de Zé Trombone Bombardine, o ativista saiu às ruas em alerta.

(André Cairo)

Butecando

Bar Nova Amizade: Definição de “estupidamente gelada”

Por Leonardo Tavares

Hoje vou falar de um dos melhores cardápios da cidade. Sem exageros. Já ensinei tanto sua localidade que está na ponta da língua. Vamos lá: é ali, descendo duas ruas depois do seminário, passando pela Praça do Boneco – Bairro Brasil. Lá você encontra um dos botecos mais bem frenquentado da cidade, onde Médicos, Advogados, Engenheiros, Professores e, é claro, NÓS, apreciadores de botecos, se encontram e reúnem seus amigos para desfrutarem de preciosas iguarias. Estreia hoje, no Diário do Oprimido, o Bar Nova Amizade, mais conhecido como o Bar de Duchinha ou Ducha, se você tiver intimidade o bastante com essa mulher de fibra e pulso firme, flamenguista doente e capaz de demonstrar uma doçura sem tamanho quando um laço afetivo é criado. O ambiente é simples e limpo. Lá tem que ter paciência para beber. Isso porque a cerveja ao ser servida não pode ser tocada por tempo mínimo se não empedra. Mas sempre – SEMPRE – tem alguém que desobedecerá a regra e isso vai ser motivos de muitas risadas – perda de cerveja inocente – e resenhas futuras. A “fórmula” de como é gelada a cerveja já foi motivo de conversas ao pé do balcão e de propostas monetárias vindas da capital, mas o segredo ficou por aqui, povoando o imaginárium de seus clientes. A boa e velha pinga de Anísio não pode faltar, conhecida de forma pueril como Absinto do Sertão, é uma das boas pedidas pra se começar a degustação.

Guilherme diz que relação com Wagner é perfeita e quer Centro de Educação Científica

Fotos: Blog do Anderson

Por Giorlando Lima, do blog Notas da Bahia

Prometi aos leitores do blog – e eles são importantes, ainda que não passem de 250 – que publicaria uma segunda parte da conversa que tive com o prefeito Guilherme Menezes, de Vitória da Conquista. Resisti, pois não quero que o site assuma a cara de um site de coisas de Conquista, apenas. Porém, como não consegui inspiração e coragem para buscar outros assuntos e temas que “estadualizassem” ou “nacionalizassem” o blog, além das poucas, mas ostensivas cobranças feitas, publicarei a matéria. Dela toda destaco dois pontos: A explicação do prefeito para desencontros entre ele e o governador, no começo do mandato de Wagner, quando muita gente achava que Guilherme estava sendo “muito ousado”, e a parte em que Guilherme anuncia que a prefeitura terá que fazer concurso – e em breve – para agentes comunitários de saúde, alem de médicos e enfermeiros. E dou relevo ainda ao projeto da Escola de Educação para a Ciência. Leia tudo abaixo (leia devagar, mas leia. Separei em partes).

Política

Durante o primeiro mandato do governador Jaques Wagner, especialmente nos dois primeiros anos, corria à boca miúda, nos gabinetes palacianos e nos elevadores da governadoria, que o prefeito Guilherme Menezes resolvera dar a testa com o governador. Não era para menos. O prefeito faltou a alguns encontros com Wagner, deixou de comparecer a eventos que o governador fez na cidade. Alguns entendiam como descortesia meramente, outros como a manifestação de alguma contrariedade conhecida apenas dos dois – ou alguns poucos – e muitos atribuíam ainda ao “jeito de Guilherme”.