Olhando pela janela

Por Edvaldo Paulo de Araújo 

Era uma sexta-feira de dezembro. O avião da TAM subia rumo as nuvens em direção a congonhas São Paulo.Após minhas costumeiras orações fiquei envolto em meus pensamentos e olhando pela pequena janela da aeronave. Costumamos ouvir algumas afirmações quase sempre num sentido não muito positivo e às vezes depreciativas referindo a viver olhando pela janela, como se essas pessoas apenas olhasse a vida passar e alheia quase que totalmente a ela.Esquece-se de que determinados olhares vêem mais longe do que a direção apontada pelos olhos.Vêem muito alem do olhar direcionado ao alvo a frente. As pessoas na sua esmagadora maioria acham que a vida só acontece em determinados lugares. Que viver é estar nas reuniões festivas,em multidões entoando canções, em lugares preferidos pela maioria, em baladas recheadas de movimentos e bebedeiras.Que viver a vida é ficar sempre em movimento repetido por cinco dias atrás de um transloucado trio elétrico em busca de uma alegria efêmera e passageira.

André Cairo faz aniversário

Foto: Blog do Anderson

O presidente do Movimento Contra a Morte Prematura (MCMP), André Cairo, comemora mais um aniversário nesta terça-feira (15). Cairo não revela a idade, mas diz que terá muitos anos de vida para continuar buscando, por meio de suas ações, o progresso de Vitória da Conquista. Em 24 anos o MCMP já soma mais de duzentas conquistas, dentre elas o novo aeroporto, que teve convênio assinado na última semana.

Rio da Pílula – Número 56

Por Marco Antônio Jardim

Acordei. O toque de alvorada me tirou de um sonho luminoso. Nem por isso estava sobressaltado. O cômodo, gentilmente emprestado a mim por Ana Clarinha, era de um tal silêncio de ouro que esfreguei os olhos pacientemente, antes de encarar a luz da manhã que invadia o quarto pelas cortinas em tom de bege. Das fisgas de luz na janela do nono andar do Casablanca, o céu manipulado do Rio. Azul, com um clarão de espanto tão intenso que parecia puro, não real. Deitado, no tempo destes poucos dias demorados, posso concordar que, sim, a solidão é azul, tal qual a tela de minha mãe, em cena de rua, com arvoredo basto como as de Niterói, mas com o solo cheio de neve. Ou azul ultramarino, como o da mulher que lê uma carta no célebre quadro de Vermeer.  No quarto, até o fogo silenciaria. Levantei para me acostumar ao dia. Dessa vez, como de costume em todo o ano, o som irritante do despertador não precisou ser ativado. Despertei os sentimentos. Coloquei “Warrant”, do Foster The People, pra tocar baixinho. Na sacada, acima do movimento da Gavião Peixoto, o reflexo do sol em minhas mãos. Eu parecia, não pálido, mas caucásico, límpido e jovem no Rio. Meu rosto, com os olhos ainda semicerrados, parecia mais belo, como que visto sob a névoa ensolarada do avião.

Acabou a Paciência! E nós?

Joilson Bergher

A Oposição(?) a partir de agora esquecerá o fenômeno Luiz Inácio Lula da Silva, para centrar fogo em Dilma Rousseff. Não irá poupa-la, o rumo agora são as eleições 2014. Vai colocar as mazelas do Brasil no conta do colo dela o quanto antes, sem perda de tempo, sem dó nem piedade A mídia nativa e seus Jornalistazinhos amestrados que de forma doentia detesta o LULOPETISMO – investirá com fúria contra o atual governo: o cenário é preparar as eleições 2014! O trabalho sujo e escroto dos jornalzões contra Luiz Inácio Lula da Silva continuara nas páginas disso que se arvora de mídia (?) e empresas concessionárias públicas de televisão. A mudança já se faz clara: Crise no setor energético, crise nos aeroportos, crise no Enem, crise do Pro-Une, Crise no ensino público, crise na Copa do Mundo, crise do PAC, crise na economia, leia-se, pibinho, crise na ferrovia Leste-Oeste.

A voz do povo nordestino

Por Ezequiel Sena

Todo inicio de ano tem sido assim, e 2013 não foge a regra, a natureza enfurecida assusta o Rio de Janeiro, soterra casas, alaga bairros, derruba pontes e traz morte e desespero para muitas famílias; um fenômeno que, apesar dos avanços da ciência, o homem continua incapaz de compreender tamanho mistério. Quando não é a chuva é a seca castigando. A situação do semiárido baiano e nordestino, por exemplo, voltou a ser grave, devido a uma estiagem que insiste em permanecer no estado há décadas. As chuvas de novembro amenizaram um pouco, em alguns lugares, mas não foram suficientes e estamos de novo sob a ameaça de um seriíssimo racionamento. Vitória da Conquista já sente os efeitos; estive na região de Belo Campo, Tremedal, Anagé, Aracatu e redondezas, pude ver de perto lavouras inteiras perdidas, o chão em brasa, esturricado. 

Não é o novo que muda

Por Jeremias Macário

Um ano que passa e o outro que chega são apenas processos de uma contagem numérica. São símbolos festivos num calendário religioso. Não é o novo que faz simplesmente mudar nossas vidas. Aliás, não temos nada de novo, mas apenas repetição dos erros que persistem do passado político, econômico e social anacrônicos. As chuvas continuam a desmoronar encostas e a deixar um rastro de mortes e desabrigados, porque o dinheiro público não foi aplicado como deveria, para evitar as catástrofes de sempre. As ruínas e os entulhos do passado se juntam às do presente. Na entrada do novo, os corredores dos hospitais permaneceram cheios de enfermos, com gentes morrendo nas filas por falta de atendimento médico. A justiça e as leis seguem desiguais, a violência ceifa vidas e o ensino nos envergonha. Seria bom que tudo isso fosse o contrário, e aí, então, teríamos um novo para contar e comemorar.

MCMP será homenageado na CMVC

Fotos: Blog do Anderson

O Movimento Contra a Morte Prematura (MCMP) é um dos movimentos sociais mais atuantes em Vitória da Conquista. O ativista André Paulo Barros Cairo, presidente do MCMP, tem a sua trajetória marcada pela promoção dos direitos humanos e pela luta pela preservação da vida.  Entendendo a importância do Movimento para Vitória da Conquista, a Câmara Municipal vai realizar, no dia 1º de março, sessão especial em homenagem ao MCMP.

A sessão é uma iniciativa da presidência da Casa, e tem por objetivo, além da homenagem, divulgar o trabalho e conquistas do Movimento.Segundo o presidente da Câmara, vereador Fernando Jacaré (PT), a sessão deveria ter ocorrido em dezembro de 2012, porém, por dificuldades na agenda do Legislativo, foi transferida para março de 2013. “A Câmara reconhece o importante trabalho realizado pelo MCMP, na pessoa de André Cairo, que vem colaborando com ações que visam melhor qualidade de vida para a população. Nada mais justo que esta homenagem que será realizada pela Câmara”, afirma Jacaré.

O sabor da ausência

Por Edvaldo Paulo de Araújo

Há alguns dias em Brasília tive a oportunidade de assistir a uma posse e durante o discurso de um dos empossados uma afirmação me chamou por demais atenção. Ao afirmar a sua absoluta dedicação ao seu cargo que por sinal é voluntário não tem remuneração, disse que o tempo despendido no seu exercício deixava em falta diversos afazeres outros, como trabalho, família, amigos, ou seja, tudo o que ele prezava. Por maior que fosse a sua dedicação no seu cargo, sempre existia um sentimento de debito e cobranças de algo que não fora possível fazer.Durante o ano que passou afirmou, só teve a oportunidade de ter dois momentos com a sua querida mãe e isso se estendia a muitas pessoas do seu convívio. Tive a oportunidade de conhecer a genitora do meu amigo empossado, com quem tive um momento de uma boa e agradável conversa e adorei essa anciã, doce e amável senhora. Fiquei a pensar quanto perda estava tendo meu amigo principalmente o sublime convívio com sua querida mãe idosa.

O destino do PSB é liderar o Brasil

Por Elve Cardoso

O PSB é, por natureza, um partido discreto; não tem vocação para os holofotes fáceis, por isso mesmo não tergiversa a verdade, não cria factoides para cavar espaços na mídia, não se arvora a dono da razão e nem trai suas convicções nem seu programa partidário em troca de louros midiáticos. O PSB traz em seu DNA a mais profunda convicção de que a Democracia é o terreno mais propício para exercício da cidadania política, a Democracia em seu sentido clássico, em sua forma mais plena: ou seja, o PSB afirma suas convicções, mas está sempre aberto a novas ideias, pois sabe da responsabilidade histórica dos agentes políticos em construir um Brasil no qual Justiça Social não seja mera ferramenta de marketing governamental, mas uma autêntica e consciente opção de transformação social.

Rua da Avenida, breve história com pessoas

Por Paulo Pires

Vitória da Conquista é um lugar chegado a pleonasmos.  Começa pelo nome da cidade. Adoramos subir prá cima, entrar prá dentro e falar do protagonista principal. A  cidade tem uma vitória dentro da conquista (ou vice versa). Até a década de 1970, tínhamos um logradouro público no centro da cidade ao qual demos o nome de Rua da Avenida. Peraí, você não entendeu? Sim, o nome da via pública era esse mesmo que você leu: Rua da Avenida. Algo equivalente a Travessa do Beco ou Largo da Praça. Os cidadãos mencionavam o nome do logradouro com o maior orgulho. Em nosso falar havia uma deliciosa ênfase ingênua. O pessoal de fora devia achar o máximo uma cidade ter um logradouro com o nome de Rua da Avenida.

Divagando & Katilografando: Vistoriando

Por Francisco Silva Filho        

Para mim que estou em visita a amadíssima Vitória da Conquista, depois de passar três intermináveis anos sem vir à minha terra querida, vez que, a minha penúltima chegada aqui foi em 17/12/2009, como não poderia deixar de ser, percebi que a mola propulsora da iniciativa privada tem agraciado e presenteado o nosso lindo rincão com os mais belos investimentos. Dá gosto de ver. É bem verdade que o setor da educação pública (UESB) e também a educação privada foi, por assim bem dizer o “start” desse desenvolvimento. Todavia, não há que se olvidar que o setor privado da saúde fez uma feliz dupla com a nossa educação, brindando uma parceria vitoriosa, que gerou preciosos frutos e, dessarte, escancarou a terra mongoió aos olhos dos grandes investidores que não se intimidaram e nem se intimidam, como desbravadores, descortinam o potencial desenvolvimentista de uma vasta região que tem se mostrado carente dos melhores produtos e serviços.

Fim, fine, end, ende, fin, kraj, kpaj

Por Edvaldo Paulo de Araújo

Em meados de setembro de 2012 estive conhecendo a republica da Croácia. Um extraordinário país e conheci uma região muito linda o park plitvicka Jezera HRVATSKA, me hospedando num dos apartamentos da residência dos senhores Vadlo Petrovic e Da Natalina.

A Croácia fazia parte do território iugoslavo, país que se originou após a Primeira Guerra Mundial (1918), passando a se chamar Reino da Iugoslávia, em 1929. Este país era habitado por vários grupos étnicos(sérvios, croatas, eslovenos, albaneses, turcos, montenegrinos, entre outros), alem de apresentar grande diversidade religiosa: católicos, cristãos ortodoxos e islâmicos. Todos esses aspectos geravam grandes divergências entre a população, que manteve uma relação de convivência pacífica em razão do carisma e da liderança do marechal Josip Broz Tito.

Após a morte do grande líder Marechal Tito e diante de um quadro adverso grave e problemas socioeconômicos: crises econômicas, desemprego, greves de trabalhadores etc. fortaleceu os movimentos separatistas das republicas da Iugoslávia e, em 1991 Eslovênia e Croácia foram às primeiras nações a declararem independência.

André Cairo: Retroceder Nunca. Recuar Jamais

Foto: Blog do Anderson

João Melo | Conquista News

Cada vez que um acidente é registrado na Rio Bahia, principalmente no trecho do Anel Rodoviário, o coração do ambientalista conquistense André Cairo, enche de tristeza. Durante todo o ano de 2012, ele lutou desesperadamente, para que a Via Bahia sinalizasse e implantasse melhorias naquele atalho.  Não conseguiu. Papeis foram assinados. Promessas foram feitas. Pouca coisa saiu do virtual. André diz que em 2013 não vai retroceder. Nem recuar. Sua luta vai continuar pelo fim da onda de terror no Anel Rodoviário. É sabido que se a Rio Bahia hoje está sinalizada, no perímetro urbano e possui redutores de velocidade, e outros benefícios, grande parte destes benefícios foi conquistada diante da luta hercúlea de André Cairo, ao longo de exaustivos anos de luta.

A falta que faz Miguel Côrtes…

Foto: Blog do Anderson

Por Gilmar Dantas

Estava dando uma passada pelo perfil de Miguel Côrtes agora. Bateu uma saudade forte e tive que ir lá pra lembrar de vários momentos bons que presenciamos. E devo aproveitar este espaço aqui pra afirmar o quanto o jornalismo conquistense perdeu sem o Som Da Tribo. Não existe nada que tenha um efeito parecido. Por favor, tenho vários amigos atuando no jornalismo conquistense e não quero que se sintam ofendidos. Mas, vejam bem, o jornalismo de Conquista hoje é formado basicamente pelos oba oba, pelos sensacionalistas e pelos pessimistas, mais alguns outros veículos sem graça – salvo poucas exceções que ainda não tem visibilidade. E eu não estou restringindo aqui ao jornalismo cultural não, mas na imprensa como um todo. Miguel conseguia ser extremamente crítico só que de uma forma bem positiva, com humor e forte presença de espírito, mesmo quando estava errado (e errar é humano, sim, mesmo pro jornalista). Eu mesmo fui uma “vítima” dessas críticas, mas era sempre no intuito de ajudar. Ele sempre apoiou tudo e queria ver o desenvolvimento das coisas. E detonava quando tinha que detonar mesmo, a diferença era que ele o fazia sempre pensando com propostas. Imagine aí a saia justa que Miguel me deixou ao subir num evento que fiz e teve patrocínio da prefeitura e detonou o patrocinador! rsrs. E nos eventos seguintes o chamei de novo e ainda reiterei: o microfone é seu! Sem restrições!  Caso eu esteja enganado, por favor, mostrem os exemplos de jornalismo crítico, até pra gente poder conhecer e divulgar mais!

Conquista e os desafios ao Sistema de Trânsito

Elve Cardoso*

Em nossa cidade rodam todos os dias cerca de 100.000 veículos entre automóveis, motocicletas, caminhões e ônibus o que vêm transformando o trânsito num verdadeiro caos. Faltam vagas de estacionamento, fiscalização, educação de condutores e pedestres e sobra desorganização.  Nosso SIMTRANS não passa de uma ficção, não há uma ação coordenada entre o órgão e os demais setores que envolvem o trânsito. Só assim podemos entender a realização de obras de recapeamento em horários de maior fluxo de veículos, sem sinalização e orientações sobre alternativas.

Sem solução

Por Jeremias Macário

É Natal e tudo é festa em final de ano. Todos às compras dos seus presentes, para a noite dos comes e bebes. As ruas estão cheias com o ar de festejos e pouco espaço sobra para se refletir sobre a injustiça que ocorre ao nosso lado, numa sociedade individualista e tão desigual. Falamos muito de amor e paz, mas sem nos indignarmos contra a impunidade. Nos mandam sempre termos fé e esperança de que um dia vamos ter o prometido, ou seja, uma nação mais justa e melhor. Nos enganam com alguns trocados materiais.

Seagri abre inscrições para concurso

A Secretaria de Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária da Bahia (Seagri) abriu nesta quarta-feira (12), as inscrições para o processo seletivo com 118 vagas em cargos de nível médio e superior. Os salários variam de R$ 1.049,89 a R$ 2.288,39 e as oportunidades são para todo o estado. Para os cargos de nível superior, são 32 vagas para profissionais de engenharia e agrimensura e o salário é de R$ 2.288,39. Já para nível médio são 69 vagas para profissionais em técnicas agropecuárias e 17 para técnicos em agrimensura, com salário de R$ 1.049,89. Além do salários, os profissionais ainda vão receber também um auxílio-refeição de R$ 9 por dia útil trabalhado, auxílio-transporte e assistência médica. A jornada de trabalho é de 40 horas semanais. As inscrições podem ser feitas até o dia 18 de dezembro pelo site www.selecao.uneb.br/seagri2012.4. A taxa é de R$ 30 para nível médio e R$ 40 para nível superior. A prova objetiva está prevista para ser aplicada no dia 6 de janeiro de 2013 nas cidades de Salvador, Bom Jesus da Lapa, Itabuna, Juazeiro, Ribeira do Pombal, Senhor do Bonfim e Vitória da Conquista. O processo seletivo terá 1 ano de validade e poderá ser prorrogado uma vez, por igual período.

Triste Brasil

Jeremias Macário

Se o “Boca do Inferno” da “Triste Bahia” vivesse nos tempos atuais e lascasse o verbo contra os políticos de má conduta e dos malfeitos, ficaria decepcionado porque eles não dariam a mínima para suas críticas e denúncias. Naquela época ficavam envergonhados e até o ameaçavam de morte. Depois de séculos de mazelas, transformaram nosso país no “Triste Brasil” do “mel na chupeta” onde trocam mensagens em códigos, como “estou enviando dois volumes, um pequeno e outro maior”; “segue o livro”; e até cópias de diplomas falsos de “Bxaréu em Administração”, numa trama criminosa de extorsão, que deixaria o nosso Gregório de Mattos aturdido e mudo.  Fico triste quando vejo o nosso Brasil assaltado por malfeitores, onde uma “rapariga” nomeia cargos de alto escalão no Governo, e vendem pareceres técnicos, enquanto os pobres, que eles apontam como classe média “C”, são humilhados e até morrem nas filas de espera de uma consulta médica. E que médicos nos temos, hem!