Pequenas Notas

Bola pelas costas

Por Paulo Pires

O futebol sempre foi um excelente fornecedor de expressões lingüísticas para o brasileiro entender um pouco do que se passa em nossa política. Dito isso, pode-se dizer que a expressão “bola pelas costas” ajuda ao povão, ou seja, contribui enormemente para que as grandes massas entendam o momento atual de nossa política como um todo. Ajuda também  na compreensão  particular da política nesta cidade de Vitória da Conquista. Política é um cenário disforme, controverso, mutante.  Exige dos seus agentes muita perspicácia, muita acuidade visual senão perde-se a perspectiva do que se passa diante de nossas vistas. Os instantâneos políticos já foram comparados a estrutura das nuvens. Política e nuvens mudam a cada segundo. A gente as olha e estão de um jeito. Um segundo depois ei-las totalmente diferentes. Cabe perguntar: Política é ciência ou ilusão? Ora, se levarmos em conta suas mudanças, diríamos que é mais sugestivo pensá-la como ilusão, algo transitório. Mas há discordâncias. Contrariando a maioria vale lembrar que existem muitos cursos de Ciências Políticas em nossas Universidades. Ciência, claro, também não é algo definitivo, mas pelo menos sustenta hipóteses durante algum tempo. O que hoje é científico pode não ser futuramente. Mas devemos assinalar que a transitoriedade da ciência não é tão acentuada quanto à da política. Muitos postulados científicos sobrevivem séculos. Em política, enunciados ou conceitos são insustentáveis. A maioria deles não resiste a uma hora quando submetidos à realidade dos fatos.

Academia do Papo

 A morte e o desaparecimento do gato Simba 

Por Paulo Pires 

Em uma daquelas casas compridas da Rua dos Fonsecas, final de uma dessas tardes calorentas de outono, pude acompanhar de perto, com a discrição que a ocasião exigia, uma reunião extraordinária realizada por um grupo de pardais. O objetivo daquela reunião, segundo o único ponto da pauta, seria estabelecer um plano ou planejamento estratégico para “acabar de vez” com o gato Simba. O grupo constituía-se de uns vinte membros. Minha presença àquele conclave foi obra do acaso, mera coincidência. Encostei o carro embaixo da mangueira da casa e, sem querer, comecei a ouvir pipilos estranhos, chilreios renitentes e uma algazarra prá lá de cabeluda.  O som que vinha dos passarinhos reunidos embaixo do pé de acerola não era o mesmo dos dias normais. Curioso com o barulho anormal me aproximei na ponta dos pés e pude ver o que estava acontecendo.  Lá estava aquela renca [ou seria penca?] de pardais reunidos em uma congregação frenética.

Porque Guilherme se elege no primeiro turno?

Por Justo Leal/Paulo Pires

Clóvis Flores,  ex -provedor da Santa Casa, ex-vice prefeito e ex-deputado estadual depois de observar o cenário político de Vitória da Conquista, face as eleições que ocorrerão em outubro de 2012, não tem mais dúvida: Guilherme Menezes será eleito no primeiro turno. Creio que todos os eleitores desta cidade,  aqueles que veem Politica  sem paixão ou ódio, concordam em número, gênero e grau com as observações de doutor Clovis: Guilherme ganha a eleição no primeiro turno e é oportuno que isso ocorra. Não podemos gastar tempo nem dinheiro com o que é óbvio.

Academia do Papo

   

Um telefonema (que caiu) de Cansadinho

Por Paulo Pires

Recebi um telefonema de Cansadinho. Grande amigo, nascido em Guanambi e hoje cidadão do mundo. Sempre traz consigo papos agradáveis quando entra em contato comigo. Ele surpreende tanto, que até pessoas de relativa convivência comigo, desconfiam que ele seja eu. Sim, ele seria uma espécie de alter ego de Paulo Pires. Mas não é. Ele é outro cara. Aliás, um cara engraçadíssimo. E agora que está com grana, está mais engraçado ainda. Embora insistam por aí que dinheiro não traz felicidade. Bem, isso é outra coisa… Perguntou como eu estava e, prá não fugir ao trivial, disse-lhe que estava bem. Lembrou nosso último encontro no Restaurante e Bar Santa Fé (Maurício e Érica Coelho) e rimos das bestagens que falamos por lá. Maurício e Érica são dois tesouros da noite e da vida Conquistense (gostam de culinária, artes plásticas e música como poucos). Para não ser injusto, informo que há outro casal no mesmo nível: Lorena e Otávio do Café Society, gente maravilhosa, que recebe muito bem a todos.

Pequenas Notas

Por Paulo Pires

Este colunista, em breve reflexão sobre alguns jornalistas da atualidade, encontrou diferenças que impiedosamente comprimiram meus pensamentos para um juízo pouco complacente sobre suas posições.   Jornalismo é uma das mais sagradas invenções do homem civilizado. Sem ele o mundo não teria uma janela tão aberta e grandiosamente analítica para examinar, contar, medir, ponderar e repensar as condutas desse bicho naturalmente instável e quase inexplicável chamado ser humano. Mas por que me dei ao luxo de refletir sobre o jornalismo atual? Porque, velho leitor e, melhor ainda, pessoa com o privilégio de ter lido em vida [minha e deles] grandes figuras da nossa imprensa, considero adequado fazer algumas observações sobre o que temos no cenário atual. Antes disso, porém, é preciso dizer…

“Deus eu não abandono e Guilherme Menezes eu não deixo”

Foto: Blog do Anderson

Por Anderson Oliveira & Paulo Pires

Em conformidade com o que foi registrado pelo  Blog do Anderson, e num depoimento comovente,   dona Vitória Portela, aos 82 anos,  moradora ilustre do Bairro Petrópolis, continua distribuindo alegria com o seu jeito simples e autêntico de ser. Cabeça antenada com o momento político conquistense,  dona Vitória arrancou sorrisos do prefeito Guilherme Menezes seguidos de aplausos do público após declarar: “Deus eu não abandono e Guilherme Menezes eu não deixo”. A afirmação aconteceu no final da tarde dessa segunda-feira (12), na solenidade de inauguração da Escola Mãe Vitória de Petu, no Bairro Petrópolis. Ainda no mesmo evento, dona Vitória também fez elogios e lamentou as ausências de Nailton Prates, Marília Chiacchio e Jane Sala. “Dos vereadores eu gosto muito de Jacaré e Joel do Caminhão”, disse a admirável senhora para uma platéia atenta que a ouvia com alegria e surpresa. O prefeito Guilherme Menezes, discretíssimo como sempre, recebeu os elogios de dona Vitória e agradeceu com muita sensibiidade  as palavras verdadeiras e generosas de uma pessoa que do alto de sua longevidade expressa -se com irretocável  originalidade e independência. Foi um belo acontecimento, um inesperado  depoimento e um inquestionável reconhecimento pelo que o Sr. Prefeito  e os  seus Secretários  tem feito de positivo para beneficiar toda a Comunidade Conquistense. O Blog do Anderson está de parabéns por ter registrado o momento histórico compartilhado e ampliado pelo Plataforma Conquistense..

Política não se faz com ódio

Por Paulo Pires

Dizia o mestre Ulisses Guimarães:

“Política não se faz com ódio, pois não é função hepática. É filha da consciência, irmã do caráter, hóspede do coração”.  Aqui em Vitória da Conquista, alguns ainda não entenderam o processo democrático. Se não entenderam o processo, evidente que  ainda não compreenderam o Regime Democrático. Neste regime os Partidos Políticos apresentam seus candidatos, a sociedade aprecia os nomes, avalia quem pode  fazer por ela ou não, escolhe os de sua preferência e o cidadão escolhido (seja para o Legislativo, seja para o Executivo) torna-se membro dos Poderes Públicos e passa a fazer parte desse   modelo que alguém já disse não ser perfeito, mas que ainda é o melhor que inventaram para a Política até o momento. Os que não aprenderam a conviver com esse regime, vivem furiosos  porque não se elegem, porque o povo não os quer, como se o povo tivesse obrigação de escolhê-los só porque eles tem  “olhos azuis”.

Pequenas Notas

“Eu amo Nova Iorque”

Paulo Pires

Tom Jobim era um frasista cheio de humor. Ninguém resistia às tiradas do maestro.  Quem o ouvia se deliciava em prolongadas gargalhadas.  Uma das mais famosas ele formulou quando lhe perguntaram sobre a diferença básica entre Estados Unidos e Brasil. Tom respirou e na hora sacou: “Lá é bom, mas é uma merda. Aqui é uma merda, mas é bom”. Ninguém resistia à verve do saudoso compositor. Era um sujeito muito espirituoso. Tirando o maestro fora, pergunto: E o Brasil, o que é mesmo? Apesar de tudo, o Brasil ainda é um dos melhores lugares para se viver. E dentro deste País, Vitória da Conquista é uma das melhores cidades para se morar. Evidente que meia dúzia não concorda. Aliás, essa meia dúzia parece que acorda com o intuito de meter o pau na cidade. Como diria Gaguinho um dos nossos personagens mais deliciosos: “Isso é uma absurda!”. Em Conquista, pode crer, tem gente que ao raiar do dia inicia seu esporte predileto: Caçar o que a cidade tem de ruim para descer a ripa. Claro que ninguém lhes tirará esse direito. Numa democracia, há espaço para todas as opiniões. O que se lamenta é constatar que essas opiniões são feitas apenas para destruir, originando daí uma espécie rara de doença política: Autofagia Municipal.  

Pequenas Notas

República, consciência e ética

Por Paulo Pires

Em boa hora o IBGE acaba de publicar dados econômico-sociais sobre o Brasil. Antes de discorrer brevemente sobre parte dessas informações, este autor repete o que disse há algumas semanas: O Brasil de hoje está melhor, moderadamente melhor, que o de ontem. Se alguém duvidar – e alguns até se aborrecem por esse tipo de assertiva – é fácil comprovar: Basta acessar todos os números do IBGE, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA e os da Fundação Getúlio Vargas entre outros, para se surpreender ainda que um tanto aflito sobre os dados atuais do País. O lado ruim da realidade trazida pelo IBGE é que ainda estamos mal colocados nos indicadores sociais.   

Pequenas Notas

Álvaro Pithon – um construtor

Por Paulo Pires

Na breve entrevista que concedeu à TV Sudoeste, Praça Barão do Rio Branco, em 09 de novembro, aniversário da cidade, o prefeito Guilherme, como é do seu feitio, disse em rápidas e seguras palavras que Vitória da Conquista é grandiosa porque representa a materialização de uma obra construída por muitas mãos.  Muitas pessoas, disse o Prefeito, desde o nascedouro do município até hoje nos seus 171 anos, contribuíram decisivamente para que chegássemos a essa exuberância administrativa, política, social.   Ao ouvir o Prefeito dizendo aquilo, lembrei-me que certas pessoas espalharam pela cidade que alguns membros do PT, inadvertidamente, afirmam que Conquista começou a existir a partir de 1997. Será? Será que meu Partido tem algum maluco para fazer uma afirmação como essa? Não acredito. Mas, como tem doido para tudo, pode ser até que exista. Uma coisa é certa: O Prefeito, homem de visão humanística, defensor da verdade como fio condutor exigido para interpretação clara consoante com a realidade, e todos os filiados equilibrados de nossa agremiação não tem nada a ver com uma afirmação delirante como essa.

Pequenas Notas

Ponto para Fernando Henrique

Por Paulo Pires 

Nossa coluna hoje vai para os amigos [e desafetos] que acham que passo todo o tempo falando mal de Fernando Henrique. Mesmo que isso fosse verdade, meus amigos sabem que isso não ia dar em nada. FHC é muito maior que qualquer crítica que mereça e que, portanto, eu possa lhe fazer. O negócio é o seguinte: Diante do furdúncio nos mercados, principalmente mercado financeiro internacional, temos que expor com toda responsabilidade que a informação exige e o dever sagrado de fidelidade a História, uma constatação óbvia: O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e sua equipe econômica acertaram em cheio quando em 03 de novembro de 1995 redigiram e publicaram a Medida Provisória 1.179, para implantar o PROER – Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Sistema Financeiro Nacional.

Carta de Paulo aos Conquistenses

Por Paulo Pires 

Na véspera de aniversário de 171 anos de Vitória da Conquista, com orgulho de morar e viver intensamente nela (tem gente que mora, mas não vive a cidade), dirijo-me a todos que porventura venham a ler os escritos que se seguem, alertando-os para o fato de que o conteúdo foi transmitido anteriormente a um grande conquistense, meu amigo Edvaldo Ferreira. Acrescento que as respostas foram construídas por causa de outros puxões de orelha diplomáticos que recebi do imprescindível amigo, também advogado, doutor Gutemberg Macedo. Para meu alívio, um terceiro cavalheiro apareceu, Antônio Pedro da Silva, e ao contrário dos dois anteriores não me puxou as orelhas. Aos três agradeço pela permanência da amizade, mesmo quando ficamos ou estamos em desacordo no mundo das idéias. 

Direto da Praça

Você tem vergonha de Vitória da Conquista?

Paulo Pires

Passando ontem por uma de nossas ruas, assisti a uma cena que jamais imaginaria em nossa cidade. Um grupo de jovens (moças e rapazes) exibindo faixas publicitárias com expressões altamente depreciativas em relação ao nosso município. Bonitas, mas lamentáveis, as fotos de Meninas e Rapazes muito simpáticos, que nas fotos parecem meio acabrunhados, exibindo faixas tipo “missa encomendada” dizendo que a Terra onde moram, Vitória da Conquista, é uma Vergonha Nacional. A autoria dessa beleza publicitária deve ser de uma pessoa que está muito interessada em se “tornar alguém” em nossa Terra. Sinceramente, acho que para esse fim as pessoas não precisariam utilizar esse triste expediente.  Isso dói no Coração de quem ama essa Terra. Tudo isso motivado porque uma matéria jornalística de quinta classe, feita por uma revista que não pesquisou nada, até porque não é especializada em educação, e também porque aqui nunca esteve, os induziu a esse raciocínio baixo.

Pequenas Notas

O Brasil de ontem e o Brasil de hoje (1)

Por Paulo Pires

Quando afirmo que o Brasil de hoje está e ficará bem melhor que o de ontem, pessoas menos avisadas, meus críticos contumazes, se enfurecem e começam a dizer que sou puxa saco de Lula, que me vendi ao PT, que sou cego, ingênuo e idiota (teve um aí que me chamou de idiota e aposto que o cidadão nem sabe o que é isso). Mas tudo bem. Não tenho grosserias para retribuir a ele. Até entendo porque se manifesta assim. É uma questão de educação. Aprendi a não reagir do mesmo modo que o meu agressor. Assim fazendo estaria me igualando a ele e consideraria isso também recriminável.  Pode discordar, pode me criticar, mas, por favor, evite o uso de cascos e ferraduras. Deus haverá de me perdoar ou perdoá-lo.  

Pequenas Notas

Os equívocos da revista Veja em Vitória da Conquista

Por Paulo Pires

A revista Veja notória publicação semanal do Grupo Editora Abril, há muito tem realizado um trabalho jornalístico da maior envergadura (para uns) e de discutível conteúdo (para outros). A ideologização dos seus editoriais coloca-a sob suspeita de que, na maioria das vezes, a publicação toma partido ou propende para defesa de questões em benefício das elites mais enraizadas do País, tudo em detrimento dos menos favorecidos.  Os seus diretores rechaçam essa acusação e dizem que fazem justamente o contrário. Preocupado e ao mesmo tempo indiferentemente a ideologização da revista bem como sobre as posições dos seus diretores, o autor desta coluna, gozando da liberdade de expressão que se estende a todos os cidadãos que vivem em um estado de direito, manifesta-se com certa apreensão em relação a algumas matérias que a revista produz.  Não a recriminamos por se inclinar política ou financeiramente por A ou por B. Entendemos que a Revista pode atribuir-se o sagrado direito de defender a quem achar mais coerente com o seu ideário e, portanto, nada a comentar sobre isso. Em países desenvolvidos as publicações de grande alcance tem cuidado em informar ao grande público para quem torcem. No Brasil essa prática é pouco comum.

Pequenas Notas

Paulo Pires

Deus é inocente, a Imprensa não

Por causa desta coluna, pessoas ingênuas e de bom coração certamente ficarão furiosas comigo. Antecipo a bronca e peço indulgência aos leitores, rogando que não me queiram mal. A realidade é um dado concreto contra a qual não me insurjo mais, mesmo que quisesse modificá-la. Aprendi que fenômenos ocorrem e se não for possível nos anteciparmos a eles, o melhor é nos resignarmos com as suas ocorrências. Por outro lado, dado o espírito de liberdade que norteia minha visão de mundo, não deixo de dar razão a quem fica aborrecido com este pobre escriba. O título acima [Deus é Inocente, a Imprensa não] refere-se a um livro do jornalista Carlos Dornelles, o qual passou muito longe da receptividade que deveria ter. As razões são óbvias. A Imprensa jamais daria propagação a algo que vai de encontro aos seus interesses. Mas, admito isso não é atitude comum apenas a Imprensa. Todas as pessoas e todas as Instituições quando se deparam com algo que não lhes são favoráveis [eu inclusive] fazemos ouvidos de mercador. O mundo é feito de interesses. O resto é papo furado.

Pequenas Notas

Paulo Pires

Pobre é igual cachimbo

Acontecimentos recentes nos mercados financeiros da Europa e Estados Unidos parecem confirmar um ditado popular [prá lá de popular no Brasil, reproduzido nesta coluna de forma adulterada] que sentencia o seguinte: “Pobre é igual cachimbo, só leva chumbo”. Lamentavelmente isso parece ser verdade. A Grécia, por exemplo, descobriu que a quebradeira em seu sistema financeiro ocorreu por causa dos pobres. Prá começar estão demitindo nessa semana 30 mil funcionários públicos. Ao invés de deixar os bancos quebrados irem “pra ponte que caiu”, o que fazem seus governantes? Demitir funcionários. Estes, em sua maioria, pessoas dotadas de recursos materiais mínimos, sabem que terão no futuro um resto de vida indesejavelmente turbulento. São eles que vão começar a pagar a conta pela incompetência e irresponsabilidade de um modelo de gestão político-econômica que morreu há décadas. Morreu e morreu feio, mas o farisaísmo das doutrinas neoliberais não quer admitir que elas já eram!

Pequenas Notas

Ser ou não ser, eis a questão

Paulo Pires

Consideramos louvável a decisão da cúpula do PC do B de Conquista ter optado por uma candidatura própria para Prefeito, eleições 2012. O Partido achou-se no direito de “robustecer um nome de suas hostes” e num lance de ousadia política, comum a quem vive em regimes democráticos, entendeu que é hora de voar mais alto na política local. De nosso lado, compreendemos a iniciativa do Partido e concluímos que a ninguém, exceto os da própria agremiação, tem direito de avaliar se esta deliberação é ou não a mais correta. A única observação que nos compete é lembrar que o desenlace de uma longa união partidária [19 anos] enseja questões que a rigor estão no plano de nossa política partidária e, parece-nos, na lógica dos regimes democráticos em todo o mundo.