Fotos históricas
José Maria Arêas: O discípulo que superou o mestre
Guilherme e seu “Maracanã” de votos
Por Luís Fernandes
As eleições de 1996 marcaram o fim da “Era Pedral” em Conquista e começou a “Era Guilherme”. Naquela disputa concorriam o ex-prefeito Murilo Mármore (na época desafeto de Pedral), o ex-deputado federal Yvonilton Gonçalves (Vonca – candidato de Pedral) e o então deputado estadual do PT Guilherme Menezes. Menezes venceu com um número de votos superior aos outros dois candidatos juntos. Na linguagem que Hérzem Gusmão utilizaria nas eleições gerais de 2002 o candidato do PT teve, também nas eleições municipais de 1996, “um Maracanã” de votos (a foto da época, feita por J.C.D’almeida, na apuração no Country Club Primavera, é uma prova disto).
Coriolano Sales
O deputado mais atuante da história de Conquista
Por Luís FernandesCoriolano Souza Sales nasceu no dia 8 de agosto de 1943, no município de Santa Terezinha (BA), na localidade chamada “Lagoa das Traíras”, hoje pertencente ao município de Iaçu (BA). Ingressou na escola aos dez anos de idade em Amargosa (BA), onde ficou até terminar o antigo 1º grau (hoje ensino fundamental). O 2º grau (atual ensino médio) fez em Salvador no Colégio Duque de Caxias, onde concluiu o curso de Contabilidade. Em 1969, após o Ato Institucional n.º 5, de 13 de dezembro de 1968, da ditadura militar, seria alcançado pelo Decreto Lei nº 477, de 26 de fevereiro, que cassou milhares de líderes dos Movimentos Estudantis de todo o pais, que lutavam pela melhoria do ensino nas Universidades Públicas do Brasil. Teve a sua matrícula cassada na Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia. Impedido de estudar na Faculdade de Direito na UFBA matriculou-se na Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará, onde estudou o 4º ano de Direito. Retornou à Faculdade de Direito da UFBA no ano seguinte, por ter ganho recurso perante a Congregação daquela Faculdade, graduando-se, Bacharel em Direito, em 8 de dezembro de 1970.
O estudante Coriolano Sales em visita à cidade de São Francisco (California – EUA) em junho de 1968 .Ainda estudante da Faculdade de Direito da UFBA, decorridos apenas 12 anos que saíra da zona rural, do interior do Município de Santa Teresinha, visitou os Estados Unidos da América, por um período de 35 dias, tendo participado de vários debates e seminários em algumas universidades daquele pais (Rutgers – New Jersey, Berkley – San Francisco, New York – New York, dentre outras). Concluído o curso universitário, ingressou no Banco do Nordeste do Brasil, em janeiro de 1965, ainda no Ceará. Estagiou no Departamento Jurídico do Banco do Nordeste do Brasil, em Fortaleza (CE); depois, integrou o Núcleo Jurídico do BNB em Aracaju (SE) até ser designado para dirigir o Serviço Jurídico do referido Banco na Região Sudoeste da Bahia, com sede em Vitória da Conquista, instalado no dia 11 de outubro de 1973 onde, também, mais tarde, comandaria os interesses jurídicos do extinto Banco do Estado da Bahia (BANEB) e estabeleceria, aqui, a sua banca particular de advocacia.
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Coriolano Sales recebe a graduação de Bacharel em Direito, pela Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia, em 8 de dezembro de 1970 .
Foi Coriolano Sales, juntamente com outros advogados, que trouxe para esta cidade uma sub-seção da OAB (Ordem dos Advogados da Bahia), entidade que dirigiu durante quatro anos em dois mandatos sucessivos. Presentes à solenidade o representante da OAB – Seção da Bahia, Dr. Saul Quadros Filho, Raul Ferraz, então Prefeito do Município, Juízes Crésio Dantas Alves (Justiça do Trabalho), José Bispo (Justiça Criminal), Irany Santos (Segunda Vara Cívil), o Promotor Humberto Araújo e os advogados Orlando Leite, Djalma Nobre, dentre outros, além de Humberto Flores, chefe de gabinete do prefeito.
Coriolano Sales toma posse no cargo de Presidente da OAB – Subseção de Vitória da Conquista .Como Presidente da OAB – Regional, lutou pela junção dos Cartórios Judiciais e realização de audiências no prédio antigo da “Escola Barão de Macaúbas”, que abrigou as instalações provisórias do “Fórum João Mangabeira”. Para atingir esse objetivo foi decisivo o apoio do Governador Roberto Santos (que estava encerrando o governo) e de seus Secretários Edvaldo Brito (Interior e Justiça), Carlos Santana (Educação) e Jorge Medauar (Interior e Justiça); no plano local também resultou importante para atendimento das reivindicações o apoio do então vereador Gésner Chagas e do advogado e político Orlando Leite. Todo mobiliado, “o fórum provisório” foi inaugurado no finalzinho do Governo Roberto Santos.Visto, assim, à distância, os advogados de hoje não imaginam como se revelou importante aquele trabalho de reunir os Cartórios Judiciais e as salas de audiências num mesmo local. Mais tarde, no Governo de João Durval, a dupla Pedral-Cori iria obter o apoio para a construção do Fórum atual em memorável audiência na governadoria do Estado.
.Coriolano, então deputado estadual, se encontra Irmã Dulce .
Ingressando na política local filiou-se ao PMDB, candidatando-se ao cargo de deputado estadual nas eleições de 15 de novembro de 1982. Fez campanha ao lado do candidato a prefeito José Pedral. Ambos foram eleitos. Cori para cumprimento de mandato até janeiro de 1987. Em 15 de novembro de 1986 reelegeu-se deputado estadual para a legislatura de 1987/1991. Nesse mandato se elegeu Presidente da Assembléia Legislativa da Bahia (período de 1987/1989) e Presidente da Assembléia Constituinte da Bahia (1988/1989).
+ Na qualidade de presidente da Assembléia Legislativa da Bahia o deputado Coriolano Sales recebe a visita do Cardeal Arcebispo Primaz do Brasil, D. Lucas Moreira Neves, em 12 de janeiro de 1988 .Em 15 de novembro de 1994 elegeu-se deputado federal, pela legenda do PDT, para mandato de 1995/1999, conseguindo reeleger-se em 1998. Na Câmara dos Deputados integrou as Comissões de Constituição e Justiça, Finanças e Tributação, dentre outras. Nesta passou a integrar o sub-grupo de Cooperativismo de Crédito. E nesse sentido instalou todas as cooperativas de crédito de Conquista, o Banco do Povo e o Banco da Mulher, além de várias obras e equipamentos hoje instalados em Conquista, a exemplo do Anel Viário. Pode-se, pois, afirmar, que Coriolano Sales foi o deputado (tanto estadual quanto federal) que mais atuou em Vitória da Conquista, com indicações de projetos e realizações de obras para a cidade.
Humberto Flores
A “Velha Guarda” da Rádio Clube
Hérzem Gusmão (D), Daniel Nogueira (C) e Alcime Barros (E)
Radialistas no ar nas décadas de 70 e 80 .Bar do Badu
Por Luis Fernandes
Frequentado por intelectuais, o “Bar do Badu” era a perfeita tradução do boteco bem-apessoado. Surgido em 1965, na Praça Vitor Brito (onde hoje é a revenda de veículos Jocar), a clientela fiel costumava bater ponto por ali para conversar de tudo. O bar era reduto da velha-guarda da boemia conquistense, bem como dos “cabeças pensantes” da cidade, tanto de direita quanto de esquerda. Mais de esquerda, pois a camaradagem se encontrava lá depois de discutir Marx, Lênin, a “Ditadura do Proletariado”, a “Ditadura Militar” e a política local. Aliás, o próprio dono do bar era simpatizante das idéias comunistas. Baduzinho (Atenor Rodrigues Lima, nascido no dia 7 de outubro de 1937 em Itambé-Ba), foi preso em 1964 pelo capitão Bendoqui por pichar os muros de Conquista com frases do tipo “Fora a Ditadura”. A pichação, segundo o próprio bodegueiro (hoje com 73 anos) era com “piche” (de asfalto). No depoimento para Bendoqui ele disse que só levava o balde… Ponto de encontro da elite intelectual, o Bar do Badu (uma homenagem ao pai de Atenor, “Seu” Balduíno Rodrigues Lima) era frequentado por Camillo de Jesus Lima, Dr. Cana Brasil, Dr. Hugo de Castro Lima, entre outros simpatizantes do Comunismo. Mas também, ainda na década de 60, outros habitués, que não de esquerda, freqüentavam o bar, gente formadora de opinião.
Grandes Professores do Passado
O Sociólogo Durval Lemos Menezes
Por Luís Fernandes
Durval Lemos Menezes nasceu no distrito de Iguá (antigo Angicos), no dia 18 de dezembro de 1941. Filho de Dante Menezes, sobrinho de Erathósthenes Menezes e neto do professor Abdias Menezes, cursou o ensino fundamental em Vitória da Conquista e o ensino médio na cidade do Rio de Janeiro. Em 1964 foi aprovado para o curso de Jornalismo da Universidade Federal do Brasil, mas só cursou o 1º ano, pois a ditadura militar acabou com o curso, alegando apologia ao comunismo. Mas Durval acabou graduando-se em Ciências Sociais pela Universidade do Norte Mineiro e especializou-se em Sociologia. Tem extensão universitária ainda em Geografia.
O menino Durval, ao lado de seu pai Dante Menezes (o da extrema esquerda), depois de uma caçada na “Fazenda Graciosa” (Zona da Mata) em 1953. Os demais são: Pompeu (junto do menino), o motorista de Dante, Moraes (no centro), chefe dos Correios em Conquista, Nenem Bracinho (o 3º da direita para a esquerda), irmão do jornalista Aníbal Viana, José, o cozinheiro, e Elísio (o da extrema direita), apontado como o responsável pela explosão da “Rural” de Ismênio na Praça da República nos anos 60.
Depois retornou a Conquista e foi professor em quase todas as grandes escolas antigas da cidade: Sacramentinas, Batista Conquistense, Diocesano, São Tarcísio e Juvêncio Terra, além do Centro Integrado de Educação Navarro de Brito (CIENB), do qual foi um dos seus melhores diretores. Exerceu o magistério por 35 anos e, durante esse período, foi ainda Secretário de Educação do Município na gestão do prefeito Nilton Gonçalves. Como secretário foi um dos responsáveis pela criação da “Casa do Estudante de Vitória da Conquista” em Salvador e elaborou, juntamente com Jesiel Norberto, a proposta para a criação da Faculdade de Formação de Professores de Vitória da Conquista, embrião da Uesb. Antes de aposentar, exerceu o cargo de gerente da Direc-20 (20ª Diretoria Regional de Educação de Vitória da Conquista), durante 10 meses entres os anos de 1995 e 1996, onde “revolucionou” o método de gerir um órgão de governo.
Durval em Copacabana (Rio de Janeiro) no ano de 1964. Ao lado de uma DKV, o jovem estudante cursava nesta época o 1º ano de Jornalismo na Universidade Federal do Brasil. Era seu colega o escritor Carlos Heitor Cony. Seria a 1ª turma daquela faculdade se os militares não a tivessem fechado.
O Frigorífico do Japonês foi inaugurado em 1974
Por Luís Fernandes
Sobrado do Professor Hoffman está sendo demolido
Por Luís Fernandes
Quem passa pela Rua João Pessoa, na altura da Praça João Gonçalves, depara-se com uma cena lamentável: a demolição do sobrado do Professor Hoffman, um casarão construído em meados do século passado, com uma arquitetura arrojada e uma beleza singular. Residiu neste sobradão um dos maiores educadores da história de Conquista: o prof. Alfonso Hoffman, germânico de alma sertaneja, que ensinou por muitos anos no antigo “Ginásio de Conquista”. Ele e sua esposa, a professora do “Ginásio do Padre” Beatriz L.R. Hoffman, não tiveram filhos e, depois de falecidos, o sobrado ficou com a Santa Casa de Misericórdia (com usos e frutos do professor Claudelino Rocha). Durante algum tempo funcionou nele o “Arquivo Municipal”, mas, com a morte do professor Claudelino, o sobrado foi se deteriorando e, como a Santa Casa era a proprietária do prédio, acabou perdendo-o por dívida judicial. Recentemente o sobrado foi arrematado em leilão e está sendo demolido. Ou seja, mais um exemplar da memória arquitetônica de Conquista está indo chão abaixo, assim como fora o “sobrado de Paulino”, o “Cine Conquista”, a “Casa do Elefantinho” e tantos outros casarões seculares.
Lojas do passado
Notas de Jornais antigos
Emanuel Machado Lopes foi candidato a deputado estadual em 1958
Por Luís Fernandes
Na edição nº 98, de 30 de novembro de 1957, à página 7, o jornal “O Conquistense” estampava a seguinte notícia política no alto da página: “Ao Dr. Emanoel Machado Lopes”. No centro, em quadro, dizia: “Sou candidato pobre, dos pobres e para os pobres, a deputado estadual nas próximas eleições de 1958” – assinado Emanoel Machado Lopes – homenagem de seus amigos de Vitória da Conquista. “Machadinho” (como era conhecido Emanoel Machado Lopes) foi um dos primeiros advogados de Vitória da Conquista, da turma de 1934 da Faculdade de Direito de Salvador. Não chegou a ganhar aquela eleição, mas marcou época na política conquistense com um discurso diferenciado dos tradicionais políticos. “Machadinho” é pai de Paulo Rocha, um dos grandes conhecedores da história de Conquista.
História de feiras-livres de Vitória da Conquista
História do Jornalismo em Vitória da Conquista
Grandes empreendedores do passado
Renato Vaz Rebouças, uma das maiores fortunas da história de Vitória da Conquista
Grandes empreendedores do passado
Ademar Dias Galvão, talvez o maior empreendedor da história de Vitória da Conquista
Ademar foi também presidente do Clube Social Conquista, na época em que terminou a construção de sua atual sede, bem como participou da ata de fundação do CDL (Clube de Diretores Lojistas), hoje Câmara de Diretores Lojistas, em 1963.
História dos bancos de Vitória da Conquista
História da TV em Vitória da Conquista
comunicação televisiva local ao lado de Adriana
Quadros (hoje apresentadora do programa
“Record Nordeste”, da Rede Record). Adriana
começou na TV Cabrália de Conquista em 1988.
Chefe de Jornalismo
da TV Sudoeste…
mulher a comandar a equipe
de Jornalismo da Sudoeste
2008, a convite do Grupo Aldeia,
de propaganda e publicidade
Aécio hoje é pastor da Igreja Assembléia de Deus em SP