Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima foi inaugurado em 1986

Construção do Centro de Cultura na gestão do Governador João Durval Carneiro (1983-1986)
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Por Luís Fernandes
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Em 1983 o Estado da Bahia incluiu em seu orçamento a construção de um centro cultural em Vitória da Conquista. A falta de local adequado para sediar a instituição (já que a prefeitura ofereceu um terreno onde hoje se localiza a URBIS VI) fez com que a Fundação Cultural do Estado da Bahia cogitasse na transferência do projeto para Jequié-BA, fato muito debatido pelos políticos e artistas da cidade, inconformados com a perspectiva da perda. O prefeito J. Pedral sugeriu a transferência do terreno da Casa da Cultura, que breve voltaria ao próprio município, quando vencia o comodato, com prazo de construção de 10 anos, vez que a Casa da Cultura não dispunha de recursos para, sequer, murar o terreno. A Casa da Cultura doou o terreno, com aprovação da Câmara de Vereadores, constando em escritura pública, registrada no Cartório do 1º Ofício de Registro de Imóveis, cláusula destinando uma sala para a doadora e outra para a Academia Conquistense de Letras. Construído entre 1985 e 1986, no governo João Durval Carneiro, tendo como secretário da Educação e Cultura Edivaldo Boaventura, presidente da Fundação Cultural, Olívia Barradas, o centro de cultura passou a funcionar experimentalmente a 14 de setembro de 1986, quando foi nomeado diretor Massimo Ricardo Benedictis. Sua inauguração oficial ocorreu a 11 de março de 1987. A presidente da Fundação Cultural – Olívia Barradas – e o sub-secretário da Educação, Remy de Souza, inauguraram o Centro de Cultura Governador João Durval Carneiro. Em 1987, no governo Waldir Pires, sua denominação foi mudada para Centro de Cultura Camilo de Jesus Lima, homenageando o poeta que residiu por muitos anos em Vitória da Conquista. Era secretário da cultura José Carlos Capinan. Em 1994 uma placa foi afixada no local, dando conta da mudança de nome, na gestão do diretor Geraldo Moreira Brito (Geraldo Sol).

Grandes empresas de Vitória da Conquista

Loja 11 do Superlar (hoje Hiper Bompreço)
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Breve histórico do Superlar
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Por Luís Fernandes
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A partir de 1966 acontecem os primeiros momentos do Grupo Superlar, concretizando década a década seu posicionamento no varejo regional. A história começa a ser contada em dezembro de 1950 e dá-se com a vinda de Pedro Francisco de Moraes Filho a Vitória da Conquista com o propósito de abrir um negócio próprio, com estrutura forte e sólida, diferente dos comércios aqui instalados. Fundou um armazém de estivas sob o nome comercial de Morais & Cardoso, tornando-se na mesma época sócio-fundador da “Fábrica de Sabão Teiú”. Instalou a casa de ferragens, de material elétrico e de construções com o nome de CIFER, na Praça 9 de Novembro. Pedro Francisco de Moraes Filho nasceu em Guanambi no dia 23 de setembro de 1926. Dezesseis anos depois de sua vinda, com a experiência e recursos financeiros provenientes de seu trabalho no comércio, decide abrir um supermercado, com algo inovador, incomum na cidade. O nome fez referência direta ao objetivo planejado: ser um Super-Mercado, um Super-Lar. No dia 2 de setembro de 1966, na Rua Sete de Setembro, o Sr. Pedro Moraes inaugura o Superlar, que depois seria chamada de Loja 1, com grande variedade de produtos. O sucesso da primeira loja proporcionou a expansão do negócio, viabilizando a abertura de outras na cidade e região nas décadas de 70 e 80.
Dia da inauguração da Loja 11 do Superlar (no detalhe:
a Avenida Rosa Cruz ainda no “chão batido”, sem asfalto)
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Após 14 anos de experiência o Sr. Pedro Moraes, percebendo a crescente mudança e novas necessidades da população, promove a abertura do primeiro supermercado de grande porte da região, localizado próximo a “Escola Normal”. Era a Loja 11 do Superlar, inaugurada em 1980. Com enorme variedade de produtos, em loja ampla com estacionamento para os clientes, esse novo formato inaugurado em Conquista surgiu como novidade na região. O sistema de auto-serviço já havia sido adotado com a Loja 5 (situada na Avenida Crescêncio Silveira, próximo ao “Mercadão”), e a necessidade em atender a crescente demanda populacional torna-se foco, como modelo estratégico para evolução e aprimoramento do negócio.
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Pedro Moraes (ao centro) observa sua mãe
(à direita) e o prefeito Raul Ferraz (à esquerda)
decerrarem a fita de inauguração do Superlar
Loja 11
+
A expansão começa a partir daí, percebida claramente ao final da década de 1970, onde o grupo Superlar já contava com cerca de 30 lojas em sete cidades da região Sudoeste da Bahia (a rede cresceu e, nos anos 80, já existiam filiais em Itambé, Itapetinga, Barra do Choça, Planalto, Poções e Jequié), inclusive a maior da cidade de Jequié, situada na Avenida Rio Branco (hoje Biblioteca Municipal).  Na década de 1990 o momento conjuntural político desfavorável ao crescimento da economia nacional motivou mudanças estratégicas do grupo. E a rede Superlar Supermercados começou a se retrair até fechar suas lojas (umas foram vendidas para igrejas, outras continuam como supermercados e algumas alugadas).
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Bateria de caixas do Loja 11. No detalhe os
“jalecos verde e branco” dos funcionários
do Superlar. Existia ainda o jaleco azul
(que era dos chefes de seção)
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Com a reestruturação em vigência, a sede e antiga distribuição situada na Rua Juracy Magalhães tornou-se escritório da família para gerir outros negócios. O comando presidencial passara às mãos do filho mais velho, Pedro Francisco de Moraes Neto, o “Pedrinho”, que, após voltar dos Estados Unidos (onde passara uma boa temporada) assume os negócios da família e os administra até hoje no endereço da Juracy Magalhães, principalmente após o falecimento de seu pai.

Tipos Populares de Vitória da Conquista

O espiritualista "Zé Pequeno" previu a própria morte

José Pequeno

.Por Luís Fernandes
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Quase não se vêem mais em Conquista os seus tipos populares, aqueles vultos pictóricos que conviveram com o povo e o alegrou nas suas dores ou deram mais brilho à sua festa. Desapareceram com o progresso da cidade. Faz falta a geografia humana deles e não podem, como história, serem esquecidos da memória dos conquistenses. Um deles é o espiritualista José de Oliveira Santos, mais conhecido como “José Pequeno” ou simplesmente “Zé Pequeno”. Nascido em Vitória da Conquista no dia 13 de julho de 1913, Zé Pequeno, quando garoto, foi morar na casa de D. Zaza, filha do Cel. Gugé. Lá já exsita um outro José e D. Zaza, para fazer distinção entre um e outro, apelidou-o de “Zé Pequeno”. Inicialmente trabalhou com laticínios; depois tornou-se umbandista e daí nunca mais parou. Começou a ser procurado como vidente e curandeiro, criando seu próprio terreiro. Ficou conhecido como um dos maiores pais-de-santos do Brasil. Casou-se duas vezes na Igreja. A primeira esposa foi Djanira Ferreira de Oliveira e a segunda Marinalva Santos de Oliveira. Além dos filhos biológicos, teve cerca de 400 filhos de criação. A cada dia 27 de setembro “Zé Pequeno” realizava uma das maiores festas de caruru do Brasil, reunindo cerca de 4 mil pessoas não só de Conquista mas também de outros lugares. Sete anos antes de morrer ele fez uma previsão: que no dia 27 de setembro de 1976, ou seja, no dia da festa de caruru que ofereceria, ele iria morrer. No final destes sete anos tudo aconteceu do mesmo jeito que ele havia dito. Morreu naturalmente conversando com um dos seus ajudantes.   

A História das gráficas de Vitória da Conquista

O primeiro linotipo
 
Por Lúis Fernandes
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A primeira máquina de compor (linotipo), conhecida em Vitória da Conquista, foi comprada pelo Sr. Lehar Ladeia David e instalada em sua tipografia “Cruzeiro do Sul”, no antigo “Beco da Tesoura” (hoje alameda Lima Guerra), no dia 9 de dezembro de 1956, com a presença do então prefeito Edvaldo Flores. Lehar chegou em Conquista no ano de 1953. Foi ele também quem montou a primeira “tipografia eletrificada com motor próprio” e instalou a primeira clicheria da cidade. Pode-se, pois, afimar que Lehar Ladeia David foi um dos iniciadores das artes gráficas de Conquista.
Lehar David (sentado) foi o grande incentivador das artes gráficas de Vitória da Conquista

Saúde de Vitória da Conquista nos anos 60

Jadiel Vieira Matos, seu nome denomina
o “Anel Rodoviário” de Vitória da Conquista
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Por Luís Fernandes
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Em 1961 chega a Conquista o médico ortopedista Dr. Jadiel Vieira Matos, nascido em Nova Canaã (BA) no dia 26 de junho de 1932. Formou-se me Medicina pela Universidade Federal da Bahia no ano de 1958. Foi prefeito em Conquista pelo MDB, entre 1972 e 1976. Três anos depois (1979) chegou a Assembléia Legislativa da Bahia. Ao morrer, em 13 de junho de 1998, exercia mandato de vereador de Vitória da Conquista pelo PSB. Em 1966 foi inaugurado o “Hospital Psiquiátrico Afrânio Peixoto”, de propriedade do Estado. O hospital foi construído no governo de Lomanto Júnior (no Estado) e Orlando Leite (no Município). 
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Dr. Josué Figueira (com óculos escuros) e Dr. Sebastião
Castro (no centro, com óculos de grau) na inauguração
do Hospital Samur no dia 12 de julho de 1971. Na
extrema direita o então prefeito Nilton Gonçalves
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Em 1967 Conquista recebeu os médicos Dr. Sebastião Rodrigues de Castro (ortopedista e traumatologista) e Dr. Josué Figueira Andrade (cirurgião geral). Dr. Sebastião nasceu em 20 de janeiro de 1940 na cidade de Ribeira do Pombal (BA). Sua família transferiu-se para Vitória da Conquista em novembro de 1947. Formou-se pela Faculdade de Medicina da UFBª em 1965. Foi um dos fundadores do Hospital Samur – Serviço de Assistência Médica e Urgência, em 1971. Foi ainda deputado estadual por Conquista nos anos 80. Dr. Josué nasceu em Conquista no dia 30 de março de 1938 e fez o curso de Medicina na mesma UFBª e formou no mesmo ano que Dr. Sebastião. Aliás, ambos retornaram a Conquista no mesmo ano (1967) e foram sócios-fundadores do mesmo hospital (Samur).
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Dr. Nivaldo Burgos chegou em Conquista em 1970
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O último médico a chegar em Conquista no final da década de 60 foi o Dr. Nivaldo Braz Carvalho de Burgos Soares, pediatra, que graduou-se pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia. Sua clínica funcionava na Rua Francisco Santos, próximo ao prédio da Galeria Joaquim Correia.

Primeiro Hospital de Vitória Conquista foi nos anos 50

Hospital Regional Dr. Crescêncio Silveira inaugurado em 1953
Por Luís Fernandes
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Em 1953, três anos após ser construído, o Hospital Crescêncio Silveira foi finalmente inaugurado. Antes, porém, em dezembro de 1951, chegou a Conquista o médico cardiologista Fernando Dantas Alves. Dr Fernando nasceu em Lençois (BA) no dia 26 de maio de 1924 e diplomou-se em 17 de dezembro de 1948 pela Faculdade de Medicina da Bahia.
Dr. Fernando Dantas Alves foi
presidente ou diretor de quase
todas as instituições desta cidade
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Em 11 de janeiro de 1952 a Santa Casa de Misericórdia inaugurava a “Maternidade Régis Pacheco”, com a presença do então Governador da Bahia e homenageado. Em maio de 1952 foi instalado, na Santa Casa, o 1º “Banco de Sangue” da cidade, com supervisão do Dr. Onildo Oliveira e Drª Sara Matos. No ano seguinte (1953) o Hospital Crescêncio Silveira foi inaugurado.
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Dr. Altamirando Costa Lima, pai
dos escritores Francisco Gabriel
(Chico da Costa Lima) e Altamirando
Filho (Nando da Costa Lima)
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Em 1957 chegava em Conquista o Dr. Altamirando Costa Lima, cardiologista, construindo uma das casas mais charmosas de Conquista (próxima, hoje, ao Bompreço e ao lado da Sacramentinas). Dr. Altamirando nasceu em Irará (BA) no dia 5 de outubro de 1920. Formou-se pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia no dia 13 de dezembro de 1947 e veio a falecer em Conquista em 1994. Existe hoje em Conquista um medical center com seu nome, na Avenida Otávio Santos.
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Dr. Gil, pai do cantor e compositor
Gilberto Gil, é homenageado extra-
oficialmente pelos conquistenses
com o nome de uma praça: a
“Pracinha do Gil”, onde morou por
toda a vida em Vitória da Conquista
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No ano seguinte (1958) foi a vez de chegar o Dr. José Gil Moreira, vindo de Salvador, de onde nascera em 18 de março de 1913. Em dezembro de 1939 diplomou-se em Medicina pela Faculdade e Medicina da Bahia. Foi clinicar em Ituaçu (BA), onde nasceu seu filho mais famoso (Gilberto Passos Gil Moreira). Sua outra filha é Gildina Passos Gil Moreira. Dr. Gil foi eleito vereador em dezembro de 1962, vindo a falecer 30 anos depois (1992).

História da Saúde de Vitória da Conquista

Casa de Saúde São Geraldo, inaugurada em 1943 pelos
irmãos Dr. Fernando Spínola e Dr. Orlando Spínola
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Por Luís Fernandes
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A Saúde em Vitória da Conquista, na década de 1940, avançou em todos os aspectos: mais médicos chegando, mais leitos surgindo, mas equipamentos e aparelhos sendo instalados nas un idades médico-hospitalares. O primeiro posto médico do Estado nesta cidade, para atendimento da população de baixa renda, funcionou numa casa situada na Praça Caixeiros Viajantes. Foi instalado em 1941, sob a direção do doutor Orlando Ferreira Spínola, que aqui chegou neste mesmo ano. Hoje está situado na Praça José Gonçalves, onde funciona o DST-AIDS.
Posto de Saúde Dr. Régis Pacheco: 1º posto médico do Estado
nesta cidade. Fotografia tirada no final da década de 1970

Dr. Orlando seria, mais tarde, eleito deputado estadual por Vitória da Conquista em várias legislaturas. Também nesse ano (1941) chegou para trabalhar em Conquista o ginecologista Dr. Arthur Guimarães Seixas Pereira. Nascido em Salvador no dia 18 de fevereiro de 1917 formou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina da Bahia. Casou-se com a professora Ondina Cunha de Seixas Pereira, com quem teve dois filhos. Durante dez anos foi diretor da “Escola Normal” (IEED). Na imprensa local foi diretor dos jornais “O Conquistense” e “O Sertanejo”. Faleceu em 28 de fevereiro de 1975.



Dr. Arthur Seixas: a biblioteca do IEED
leva o seu nome
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Em 1943 chegou em Conquista o oftalmologista e otorrinolaringologista Dr. Hugo de Castro Lima, que nasceu em Salvador no dia 22 de novembro de 1915. Diplomou-se pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia no dia 9 de dezembro de 1939. Casou-se no dia 29 de janeiro de 1940 com Marina Pedreira de Castro Lima, de cujo casamento nasceram cinco filhos. Dr. Hugo, em 1964, depois do Golpe Civil-Militar, foi preso e detido no dia 6 de maio com mais outros companheiros. Foi ele o médico legista que assinou o laudo apontando suicídio do vereador Péricles Gusmão Régis, morto nas dependências do Quartel da Polícia Militar sob o comando, nos IPMs (Inquéritos Policiais Militares), do Capitão Bendochi.
Dr. Hugo de Castro Lima:
médico legista que apontou
“suicídio” no laudo de Péricles
Gusmão Régis, único
conquistense morto pelos
militares de 1964.

Nesse mesmo ano (1943) deu-se a fundação da “Casa de Saúde São Geraldo”, uma iniciativa dos irmãos Dr. Fernando Spínola e Dr. Orlando Spínola. Em 1946 chegou em Conquista o Dr. José Adelmário Pinheiro, da cidade de Tremedal (BA), que chegou a ser deputado estadual por três legislaturas consecutivas (1950/1954/1958). Dr. Adelmário Pinheiro nasceu em 1907, em Pojuca (BA), e formou-se pela Faculdade de Medicina da Bahia. Casou-se com Izalta Ferraz de Araújo, ainda em Tremedal. Faleceu em 19 de outubro de 1963.
 
Dr. Adelmário Pinheiro: existe uma escola
estadual no bairro Alto Maron com o seu nome

No ano seguinte (1947) chegou o Dr. Esaú Vieira Matos, que nasceu em Poções (BA) no dia 9 de agosto de 1917. Em Salvador fez o curso de Medicina na Faculdade de Medicina da Bahia, diplomando-se em 3 de dezembro de 1944. Antes de vir para Conquista clinicou em Jaguaquara (BA) e morou nos Estados Unidos da América, onde se especializou em Obstetrícia e Anestesiologia. Lá se casou com Sarah Elizabeth Zelley em 30 de novembro de 1946 e tiveram quatro filhos mais um adotivo. Em 1958 o Dr. Esaú e o Dr. Arlindo Martins compraram a “Casa de Saúde São Geraldo”, participando, depois, da sociedade os doutores Elifaz Matos e Sifrônio Mello e, mais tarde, o Dr. Aécio Cunha. O Dr. Esaú faleceu no dia 17 de outubro de 1983.
 
Dr. Esaú Matos: homenageado
com o nome da Maternidade
Municipal do bairro Kadija.

Em 1948 chegou o obstetra e pediatra Dr. Hostílio de Carvalho. Nascido em Monte Azul (MG) no dia 10 de janeiro de 1900, formou-se em Medicina em Recife (PE). Nesse ano (1948) foi concedido ao Dr. Crescêncio o título de “Diretor Perpétuo do Hospital São Vicente de Paulo”, a mais alta honraria concedida por aquele hospital.

História dos Cinemas de Vitória da Conquista

Cine Madrigal: último cinema de rua de Vitória da Conquista
Nivaldo Araújo, natural de Itaquara (BA), foi proprietário de cinco salas de cinema em Vitória da Conquista; instalou seu 1º cinema, o “Cine Ritz”, onde antes funcionava o “Cine Vitória”, no prédio da antiga “Rádio Clube de Conquista”, pois o “Vitória” já estava desativado. Logo depois Nivaldo o vendeu para “Juvenal Calumbi” (uma empresa de cinema de Salvador). Isso ocorreu assim que Nivaldo adquiriu o “Cine Glória” de Frederico Maron (Itabuna-Ba), que havia construído o 1º Glória. Nivaldo reformou o prédio, mudando-lhe a fachada. O “Glória” tinha capacidade para 600 pessoas. Esse 2º Glória só foi desativado em 1992, quando o Grupo Cinematográfica Nivaldo O. Araújo Ltda., empresa de Nivaldo que controlava todos os cinemas de Conquista nos anos 70, 80 e 90, vendeu o prédio para a Igreja “Universal do Reino de Deus”.
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O 2º Glória, com sua “nova” fachada (década de 1970), hoje
é a “Igreja Universal do Reino de Deus” da Francisco Santos
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Em julho de 1971 Nivaldo Araújo já havia adquirido os outros três cinemas da cidade: o Eldorado, o Riviera e o Madrigal. O “Eldorado” pertencia ao grupo de Petrônio Sales, que explorava o prédio de propriedade de José Isidoro da Silva Primo (dono do posto de gasolina que funcionava na frente ao cinema). O Eldorado tinha capacidade para 300 pessoas. Mais tarde, Nivaldo devolve o prédio a Isidoro, extingue o Eldorado e constrói um prédio na Avenida Itabuna (bairro Brasil) e instala ali o “Trianon”, por volta de 1974, com capacidade para 500 pessoas. Mais tarde Nivaldo vende o prédio do Trianon para a Igreja Universal.
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Cine Riviera: uma das fachadas de cinema mais clássica
do Brasil foi derrubada pelo “Econômico” para dar lugar ao
prédio da atual loja “Insinuante” na Barão do Rio Branco
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O “Riviera” pertencia ao grupo de Petrônio Sales, Joaquim Teixeira e Cláudio Cordeiro, que havia adquirido o “Cine Conquista” de João Picopel e mudado o nome para “Riviera”. Tinha capacidade para 550 pessoas. Picopel e Inocêncio, por sua vez, tinha comprado o cinema de Jeremias Gusmão. Depois, Nivaldo Araújo vendeu o prédio ao Banco Econômico, para ser derrubado e construído no local a nova agência, inaugurada em 1984. Por fim, o “Madrigal”, que foi adquirido de Gentil Alves (Jânio Quadros-Ba). Gentil construiu o prédio da “Galeria Madrigal”. “O cinema foi inaugurado no dia 22 de maio de 1968, com a exibição da fita A Noite dos Generais“, lembra Edilno Ferreira Macedo, gerente do Madrigal na época e que foi colega de banco de Nivaldo e Enésio (os três trabalharam no Econômico e os três tinham vinculações com cinema). “No dia da inauguração tinha capacidade para 1.022 lugares”, complementa Edilno, que lutou até o fim para que o Madrigal não fosse fechado em Conquista, mesmo depois que a “Art Filmes” o adquiriu em 1996, fechou em 2001 e reabriu em setembro de 2002. Ícone da antiga geração de amantes da 7ª arte de Conquista, o Madrigal, infelizmente, teve seu fechamento definitivo no dia 30 de julho de 2007.  

Hotel Albatroz hospedeu Getúlio Vargas nos anos 50

Por Luís Fernandes

Fruto do espírito arrojado do empreendedor Gildete Viana, nasceu em 1950 o hotel mais charmoso de Vitória da Conquista, o “Hotel Albatroz”, uma idéia de seu irmão, Gilberto Viana, então gerente do Banco do Brasil de Itambé (morto em 6 de março de 1955 na queda de um avião no então Campo de Aviação de Conquista). O prédio foi construído por Nelson Gusmão Cunha, com o nome de “Edifício Maura”, para que servisse de modelo para a época e que marcasse presença destacada para os anos futuros. Nelson procurou Gilberto para que oferecesse o prédio a alguma pessoa que tivesse interesse em instalar ali um hotel de luxo. E Gilberto trouxe seu irmão (que estava em Salvador), a fim de tocar o empreendimento, que foi inaugurado em julho de 1950. Assim nasceu o Hotel Albatroz, o mais tradicional hotel de luxo de Conquista nos anos 50, que ao longo de sua existência ajudou a construir a história da nossa cidade, hospedando as mais ilustres personalidades do cenário nacional e até internacional. Com uma arquitetura de linhas arrojadas para a época (que atravessou e continua desafiando o tempo), o hotel possuía 48 apartamentos e chegou a hospedar o ex-presidente da República Getúlio Vargas, o cantor Roberto Carlos e um embaixador do Canadá, além de inúmeros outros cantores famosos e os jogadores dos times de futebol do Flamengo e Vasco da Gama, quando aqui vieram para a inauguração do “Estádio Lomanto Júnior” em 1966.
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Gildete Viana, idealizador do "Albatroz"
Gildete Viana, idealizador do “Albatroz”
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Somente um hotel que tivesse como objetivo principal oferecer aos seus hóspedes um serviço que prezasse pela qualidade e excelência poderia satisfazer a tantas pessoas ilustres e exigentes. E quem colaborou com esta sofisticação resumida no nível de atendimento de elevado padrão de distinção foi o atual deputado estadual Clóvis Ferraz, que trabalhou na portaria do hotel, dividindo com um dos filhos de Gildete, Pascoal Mônaco Viana (da imobiliária “Pascoal Imóveis”), o turno no atendimento. Sinônimo de charme até na denominação, o “Albatroz” deve o seu nome a um hóspede, que, ainda nos anos 50, trouxe para o Sr. Gildete um “albatroz empalhado”, decorando o saguão do hotel por um bom tempo. Como o hotel não tinha nome (no letreiro só constava o nome de “Hotel”), “Seu” Gildete resolveu colocar o nome desta ave num dos maiores empreendimentos hoteleiros da cidade por quase 50 anos. Situado na melhor localização de Conquista, na Rua Maximiliano Fernandes, 63, centro da cidade, o prédio do hotel foi adquirido definitivamente de Nelson Gusmão por volta de 1968 e, nos anos 70, um “albatroz” de neon vermelho e azul foi instalado no alto do edifício; da Serra do Periperi parecia estar “batendo as asas”. “Seu” Gildete adquiriu ainda o prédio vizinho ao hotel (que fora a primeira sede do “Clube Social Conquista”) e abriu ali o estacionamento do hotel. Gildete Viana foi também proprietário do “Palace Hotel” na Rua Chile em Salvador, em 1965. Assim foi o Hotel Albatroz.

A história do aeroporto de Vitória da Conquista

A chegada do primeiro avião a Conquista provocou no povo um misto de admiração e espanto
A chegada do primeiro avião a Conquista provocou no povo um misto de admiração e espanto
Por Luís Fernandes
 
Em 1937, num terreno doado pela Prefeitura, na gestão de Florentino Mendes, começou a construção do “Campo de Aviação de Conquista” (nome que se dava aos pequenos aeroportos da época), sob a orientação do projeto do engenheiro Lourival Dantas. Quem limpou a área para a abertura do campo foi Pedro Otacílio de Figueiredo (limpou toda a área sozinho e com uma simples enxada). O nome do aeroporto de hoje é uma homenagem a esse cidadão. Surgiu, na mesma época, o Aero Clube, iniciativa de Crescêncio Antunes da Silveira, Antônio Alves Nascimento e Henrique Hufinagel. E no dia 1º de setembro de 1939 pousava no campo o aeroplano “PP-FAIRCHILD”, pilotado pelo 1º Tenenete Aviador Antônio Eugênio Basílio.

Há 21 anos o Serrano recebia o Flamengo em Vitória da Conquista

O ativista André Barros Cairo, presidente do Movimento Contra a Morte Prematura (MCMP), compartilha com os leitores do Blog do Anderson, umas imagens que segundo ele foi um dos momentos históricos que aconteceu em Vitória da Conquista. Foi no dia 2 Julho de 1989, com o Estádio Municipal Lomanto Junior lotado durante uma partida de futebol entre o Flamengo e o Serrano. Presente no campo, o ativista erguia uma faixa anunciando uma Manifestação Contra a Violência no Trânsito para o dia 23 de julho de 1989. 

“Isto significa que o MCMP tem 21 anos de existência, ultrapassando 187 conquistas, e relevantes serviços prestados à comunidade de forma desprendida, palestras sobre 12 temas, além do Ambientalista do MCMP ter criado 35 personagens em defesa da vida, do meio ambiente, trânsito, da economia, da segurança etc., tendo participado do Programa do Jô, no Via Brasil, na Globo News com produção do Jornalismo da TV Sudoeste, já com novo personagem que sairá às ruas nos próximos dias, valendo ressaltar, que o Movimento tem respeitabilidade significativa, com expressivo apoio da Imprensa, inclusive circulando todo o planeta através da Globo, Record, SBT, Revista VEJA, Rádios, Jornais, Blogs, Internet etc., agradecendo o expressivo apoio, nesses 21 anos que se passaram, com propósito contínuo, ilimitado, nos fundamentos da consciência, lógica e razão”, disse Cairo em nota enviada ao Blog do Anderson.

Foto: JC d´Almeida

LUIZ QUADROS: Uma estrela que nunca se apagará!

Por Antônio Teixeira

Todos nós temos um destino e as vezes nos esquecemos que por aqui passamos apenas para cumprir uma missão. A de Luiz Quadros foi, com certeza, de encher os olhos dos conquistenses e baianos, de um forte magnetismo para o telejornalismo, com seu talento, competência e profissionalismo; também de conquistar  o coração de todos com sua bondade, simpatia e determinação. Embora estando em outro plano, bem mais próximo de todos nós, prestamos nossa eterna homenagem a Luiz Quadros, que foi um “ícone” e pioneiro na comunicação televisiva local, que escreveu com sua vida na história do telejornalismo conquistense, a sua página mais bela, tendo todos por ele o maior carinho, razão pela qual nós lamentamos a sua partida inesperada, prematura ainda no vigor de sua intensa e jovial vida. Uma conotação identifica a figura física de Luiz Quadros com o trajeto de sua vida: foi um grande profissional! E esse profissionalismo marca a sua biografia e honra a sua imagem que deixou na mente dos conquistenses.

Vitória da Conquista antiga

O ex-deputado Coriolano Sales discursando na inauguração da Praça Presidente Tancredo Neves em Vitória da Conqusta, no dia 9 de novembro de 1985, com as presenças do representante da família do homenageado, o então neto Aécio Neves, vice-governador Edvaldo Flores, ex-prefeito José Pedral Sampaio e sua esposa, Zica Pedral,  ex-deputado federal Raul Ferraz,  ex-vereador Pedro Alexandre Massinha,  ex-secretário de saúde do Município, Armênio Santos, do radialista João Mello, do vereador José Wiliam, dentre dezenas e dezenas de lideranças locais e regionais.