Taberna da História: A primeira feira livre de Conquista

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Luís Carlos Fernandes | Taberna da História

As feiras livres foram, no passado de Conquista, a maior fonte de riquezas para muitos comerciantes e negociantes. A primeira da cidade localizava-se na “Rua Grande” (atuais Praças Tancredo Neves e Barão do Rio Branco). Ali existia, desde a época da Imperial Vila da Vitória, um “Barracão” onde os feirantes se reuniam e os tropeiros vindos de outras localidades se encontravam.

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Entre 1912 e 1915, durante a gestão do Intendente José Fernandes de Oliveira Gugé, o velho Barracão já se encontrava bastante arruinado e foi demolido. Porém, a feira continuou sendo realizada na praça, onde se encontrava a maioria das casas comerciais, mesmo sem o Barracão. As feiras livres foram, no passado de Conquista, a maior fonte de riquezas para muitos comerciantes e negociantes. A primeira da cidade localizava-se na “Rua Grande” (atuais Praças Tancredo Neves e Barão do Rio Branco).

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Ali existia, desde a época da Imperial Vila da Vitória, um “Barracão” onde os feirantes se reuniam e os tropeiros vindos de outras localidades se encontravam. Entre 1912 e 1915, durante a gestão do Intendente José Fernandes de Oliveira Gugé, o velho Barracão já se encontrava bastante arruinado e foi demolido. Porém, a feira continuou sendo realizada na praça, onde se encontrava a maioria das casas comerciais, mesmo sem o Barracão.

Taberna da História: Taquara Drink Som, a maior casa noturna de Conquista dos anos 70

Foto: Acervo | Taberna da História
Fotos: Acervo | Taberna da História

Luis Carlos Fernandes | Taberna da História

Anos 70. A noite dançante, um som extremamente alto de origem eletrônica, cadenciado inicialmente numa batida constante, luzes multicoloridas e muitos espelhos, anunciavam ao mundo a era Disco Music e muita gente sacudiu ao som de Tina Charles, Tavares e Donna Summer na night away. O novo estilo que surgia necessitava de espaços grandes que mais pareciam clubes, e casas para este propósito foram abertas. Na mesma época crescia nos clubes uma batida diferente, mais suingada, oriunda dos guetos negros americanos: era a Soul Music que iniciava a noite e quando esquentava entrava o Funk Sex Machine de James Brown ou outras de um tal grupo chamado Kool and the Gang. Esta era a época da mais famosa casa dançante de Conquista dos anos 70 e início dos 80 – o famoso “Taquara Drink Som”.

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O “Taquara” foi uma casa de recreio inaugurada no dia 24 de junho de 1972, por Leonardo Martins Melo (hoje proprietário da “Balanças Texas”) na Avenida Juracy Magalhães, saída para Itambé, km 4. Nela existiam ocas temáticas feitas de taquaruçu, com os nomes dos países da América do Sul e seu correspondente em tupi-guarani, a exemplo da ita-oca, da ibi-oca etc. numa área arborizada de 14.000m², além de bar, restaurante, parque infantil e um mini-zoológico de 100m² por 3m de altura, com animais de várias espécies, inclusive uma onça pintada.

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A boate funcionou até 1988. Neste período, grandes seresteiros e cantoras lá se apresentaram, a exemplo de Nelson Gonçalves, Carlos Galhardo, Altemar Dutra, Ângela Maria, Núbia Lafayete, Carlos José, Jair Rodrigues, Waldick Soriano, Osvaldo Fahel, Miltinho, Jerry Adriano, Agnaldo Timóteo, Sérgio Reis e muitos outros. Luiz Caldas fez seu primeiro show em Conquista no “Taquara”, ainda menino. Até shows infantis foram realizados no “Taquara”, como o de Tia Arilma e Emília do Sítio do Pica-Pau Amarelo.

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A boate cresceu e acabou servindo também de espaço de eventos. Conta Leonardo que um dia foi procurado por uma comissão composta pelos professores Antônio Nery (então diretor da Escola Normal), Rosevaldo Brito (na época diretor do Centro Integrado de Educação Navarro de Brito), Lucas e Napoleão, solicitando o espaço do “Taquara” para a realização dos bailes de formatura dos alunos daqueles estabelecimentos de educação. Não só o proprietário cedeu o espaço como construiu um anexo para a realização destes eventos, que se tornou uma marca registrada nas décadas de 70 e 80 em Conquista. Quase todas as grandes escolas da cidade lá fizeram suas festas de formatura.

O Trio da 96: Maciel Junior, Deusdete Dias e Jânio Freitas

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Amante do rádio desde criança, contava os dias para chegar o dia de um dos melhores programas que já escutei: “Esperando a Micareta”. Sinceramente confesso que me emocionei ao ver essa foto com os três ícones da comunicação de Vitória da Conquista. Eis ai o “Trio da 96”: Maciel Junior, Deusdete Dias e Jânio Freitas. Assim como eu muita gente deve ter voltado ao tempo com essa fotografia histórica que o nobre Maciel intitulou de ‘Sessão Nostalgia’. Um abraço.

(Anderson Oliveira)

Taberna da História: Igreja Matriz de Condeúba

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Tranquilino Leovegildo Torres, em sua obra Memória Descriptiva do Município de Condeúba, assinala: “… nos princípios do século XVIII, os habitantes da Serra Talhada construíram uma pequena capela, sob a denominação de Santo Antônio da Barra do Sítio de Condeúba, antiga e extensa fazenda existente à margem do Rio Gavião. Esta Capela foi benta pelo Pe. Visitador Geral, João de Vasconcellos Pereira, em 30 de junho de 1745…”.

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Trata-se, pois, da atual Igreja Matriz de Condeúba que, na época, era filial da Freguesia Nossa Senhora do Rio Pardo (MG). A primeira Irmandade fundada no município foi a de Santo Antônio em 13 de junho de 1752, que durou até o ano de 1811.

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Em 1845 foi fundada a Irmandade do Santíssimo Sacramento pelo Arcebispo da Bahia Dom Romualdo Antônio de Seixas, a qual permanece em atividade. O fundador do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, filho de Condeúba, fez esta afirmação baseada em fontes fidedignas, recolhidas do arquivo da Igreja Matriz.

Taberna da História: Origem de “Tremedal dos Ferraz”

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Tremedal teve a sua origem no povoamento da fazenda “Brejo”, de propriedade de Joaquim Gonçalves, que em 1885 aí se estabeleceu com a família e agregados, vindos do município de Areia, hoje Ubaíra. A partir de 1895, outras famílias se juntaram às primeiras (em virtude da fertilidade da região), transformando o lugarejo num povoado. Devido ao espírito empreendedor da família Ferraz a localidade passou a ser conhecida por “Tremedal dos Ferraz”, que propiciou ao município sua emancipação político-administrativa, através da lei estadual nº 559, de 5 de novembro de 1953, sendo, no entanto, instalado em 7 de março de 1955, por indicação e dedicação do então deputado estadual Adelmário Pinheiro, um ilustre antigo morador.

Taberna da História: Chegada de Régis Pacheco a Conquista após vitória em 1950

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Régis Pacheco foi prefeito de Conquista em 1938, nomeado pelo interventor Landulfo Alves de Almeida, terminando seu mandato em outubro de 1945, quando Getúlio Vargas foi deposto da presidência da República e o General Renato Pinto Aleixo o da interventoria federal da Bahia. Em 1946 foi eleito deputado federal e, em 1950, Governador do Estado. Após a vitória em 15 de novembro de 1950 voltou a Vitória da Conquista e foi recebido com festa, conforme atesta a foto desta postagem.

Taberna da História: Banda SS433

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SS 433 era uma banda de Rock ‘n Blues de Vitória da Conquista nos anos 80. O nome foi um presente de um amigo dos componentes, Pepino, que se inspirou num sistema binário (constituído de uma estrela e de um objeto compacto – provavelmente um buraco negro) que chegaria à Terra no ano 2000 e destruiria apocalipticamente tudo, numa alusão ao profeta Nostradamus. Trata-se, pois, de um dos mais exóticos microquasares conhecidos, batizada pelos astrônomos Nicholas Sanduleak e Charles BruceStephenson (o SS). Foi a entrada de 433 em 1977 seu catálogo de estrelas com fortes linhas de emissão. A banda surgiu em 1982, com a seguinte formação: Kako Santana na guitarra, Arodir Assis no contrabaixo, Isaac Oliveira na bateria e Marco Aurélio (Mazinho Jardim) no vocal e gaita. Gravaram seu primeiro compacto de vinil (o single) em 1984, puxado pelo sucesso de “Jane Furacão” (Ela é Jane, ela é Jane/ Amante do rock in roll/ É a garota que um guru me disse/ Para não ter um caso de amor/ Ela é punk, ela é punk/ Amante do rock in roll/ É um motor de arranque/ que faz gerar pavor…). Eu, ainda adolescente, assisti a um show desta banda no auditório da Escola Normal no início dos anos 80… (Luís Fernandes).

Taberna da História: Izalto Ferraz de Araújo

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Luís Fernandes | Taberna da História

Izalto Ferraz de Araújo, descendente da tradicional família Ferraz de Tremedal, nasceu no citado município no dia 19 de novembro de 1888. Na sua terra natal foi fazendeiro e conceituado comerciante. Transferiu residência para Vitória da Conquista, tornando-se, de logo, fundador do Clube Social Conquista e sócio benemérito da Santa Casa de Misericórdia. Politicamente, foi escolhido prefeito tampão por impedimento do titular em maio de 1946, exercendo o cargo até abril de 1947. Aos 87 anos de idade, estando em sua residência no dia 12 de março de 1975, foi vítima de um assalto cometido por quatro bandidos armados, que invadiram sua casa e o espancaram, juntamente com sua esposa, Dona Tereza Ferraz de Araújo (na época, com 67 anos de idade), depois de amarrados, sendo forçados a entregar a chave do cofre, onde continha dinheiro, joias e ações, tendo o roubo atingido mais de Cr$ 2 milhões (dois milhões de cruzeiros). Face aos graves ferimentos, foi conduzido ao Hospital São Vicente da Santa Casa de Misericórdia e no dia 15 de março veio a óbito.

Taberna da História: Rua do Cobertor

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Luís Fernandes | Taberna da História

Antigamente o clima da cidade era mais frio e o inverno durava um período mais longo. As donas-de-casa colocavam nesta rua cobertores para secar em frente às suas casas, nascendo, deste fato, o nome de sua origem: “Rua do Coberto”, atual Rua Laodicéia Gusmão.

Taberna da História: Limpeza Pública de Conquista em 1938

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Luís Fernandes | Tabernda da História

A Limpeza Pública de Conquista em 1938, durante a administração municipal do prefeito Régis Pacheco, adquiriu novos equipamentos para o que, na época, se chamava “Asseio e Higiene Públicos”. O município adquiriu duas nova carroças para o transporte do lixo ao custo de 2:456$000 (dois contos e quatrocentos e cinquenta e seis mil réis), tendo a Prefeitura gasto ainda com os reparos nas existentes a quantia de 1:175$000 (um conto e cento e setenta e cinco mil réis). Quanto ao asseio, nos exercícios de 1938 (de junho a dezembro) e 1939 foi feita a despesa de 10:553$000 (dez contos e quinhentos e cinquenta e três mil réis).

Taberna da História: Olívia Flores

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Luís Fernandes | Taberna da História

Dona Olívia Ferreira Flores, nascida no dia 15 de setembro de 1894 em Aracatu (BA), casou-se muito jovem, aos 16 anos de idade, em 1910, com seu primo Cândido dos Santos Flores – tio (irmão do pai, Elpídio Flores) de Edvaldo de Oliveira Flores, que já foi Prefeito de Conquista e Vice-Governador da Bahia e é tio também (irmão da mãe, Sílvia Flores) de Humberto Flores, por muitas vezes vereador nesta cidade. O esposo de Olívia Flores havia herdado uma pequena propriedade rural na região de Itambé (BA), que passou a ser administrada por ela, pois o esposo estava em constante tratamento do coração, motivo pelo qual ela teve que assumir a direção dos negócios. Aos poucos ela conseguiu aumentar a propriedade, passando de pequena produtora rural a uma das mais importantes pecuaristas da região. Olívia Flores chegou a possuir cerca de duas mil cabeças de gado na fazenda localizada em Itambé. Depois do crescimento nessa região, surgiu a oportunidade de mudar suas atividades rurais para Itapetinga.

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Vendeu a antiga propriedade e investiu todo o seu talento e incessante capacidade de trabalhar na nova fazenda, triplicando seu patrimônio. Dona Olívia chegou em Conquista em 1940 e foi morar na Rua Zeferino Correia. Ela e Cândido ficaram casados durante 52 anos, quando ele falecera em 1962. Da união do casal nasceram 18 filhos.Na época em que a atual prefeitura era a cadeia pública, Dona Olívia levava café da manhã para os presos todos os domingos. Dona Olívia era espírita. Não aparecia diretamente à frente da política local, mas era essencial sua participação nas reuniões dos bastidores. Militante da política local acompanhou, sem tergiversar, a facção liderada por seu grande amigo Régis Pacheco. Ajudou, inclusive, Pedral a se eleger em 1962.

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Quando houve o Golpe Militar em 1964 Pedral teve seus direitos políticos cassados. Nessa época, ela e outras pessoas, organizaram um “Clube do Tricô”, que na verdade era um disfarce, pois, nos bastidores, o assunto tratado era política. Fazia-se respeitar e era admirada em todas as fortes campanhas políticas nas quais tomava parte. Procurava conquistar os adversários políticos, dentro da ética, não arranhando convicções. Era uma mulher de muita personalidade e de atitudes definidas. Dona Olívia Flores faleceu no dia 16 de março de 1976, conforme noticiado no “Jornal de Conquista” (edição de 20 de março de 1976).

Taberna da História: 1º comício do MDB em Conquista foi no dia 10 de Outubro de 1966

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Régis Pacheco foi o primeiro presidente do MDB de Conquista e foi um dos oradores do primeiro comício do partido nesta cidade

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Depois do Golpe Militar de 1º de Abril de 1964 só foi permitida a existência de dois partidos políticos: ARENA (Aliança Renovadora Nacional) e MDB (Movimento Democrático Brasileiro). Neste bipartidarismo a ARENA era de situação e o MDB, oposição. Em Vitória da Conquista, o MDB instalou seu diretório no dia 1º de maio de 1966 e elegeu o então deputado federal Régis Pacheco como Presidente da Executiva Municipal. A ARENA reestruturou seu diretório no dia 15 de outubro de 1968, quando, na ocasião, elegeu o empresário Renato Vaz Rebouças para Presidente Municipal do partido. O primeiro comício do MDB foi realizado na noite de 10 de outubro de 1966 na Praça Barão do Rio Branco e do mesmo tomaram parte os deputados federais Régis Pacheco e Tarcilo Vieira de Melo, o senador Josafá Marinho, o economista Rômulo Almeida, Hermógenes Príncipe e Luiz Sampaio, saudados pelo candidato a vereador Antônio José Sá Nascimento. Os ilustres visitantes foram chamados pelo povo conquistense como “Caravaneiros da Democracia”. Ainda discursaram neste dia Gilberto Quadros e Fernando Dantas Alves.

Taberna da História: Maximiliano Fernandes foi intendente de Conquista entre 1908 e 1911

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Luís Fernandes | Taberna da História

Depois da morte do coronel Francisco Santos, seu cunhado, o coronel Gugé, assume a liderança política local. Gugé chefiou a política desta cidade até 1918, quando morreu. O coronel José Maximiliano Fernandes de Oliveira (conhecido como Cazuza Fernandes), que governou o Município até dezembro de 1911, era sobrinho de Gugé e se tornou um dos maiores chefes da oligarquia agrária regional. Governou o município de 1º de janeiro de 1908 a 31 de dezembro de 1911 e, tal como o antecessor, sofreu oposição do Coronel Pompílio Nunes de Oliveira. Uma das principais obras da sua administração foi a construção da “Caixa d’Água”, localizada logo abaixo do “Poço Escuro”, que foi durante anos fonte de abastecimento de água para a cidade. Neste local está atualmente o “Viaduto Wellington Figueiredo”. Esta obra, segundo o jornal “A Palavra” (edição de 2 de novembro de 1917) foi financiada pelo próprio Maximiliano, pois o Município não tinha condições de executá-la. Ele era um rico fazendeiro, por isso bancou esta obra. Além desta, macadamisou ruas e reformou o prédio do “Paço Municipal”, dando-lhe uma bela fachada com as estátuas de mármore branco, símbolos da “Lavoura” e da “Justiça”.

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Maximiliano, nascido no dia 29 de outubro de 1867, era filho de Manoel Fernandes de Oliveira e Umbelina Maria de Oliveira (portanto, bisneto do Coronel João Gonçalves da Costa, o fundador de Conquista). Cazuza Fernandes era casado com Ana Santos Silva, nascida no dia 23 de julho de 1869 e irmã de Francisco Santos. Portanto, Maximiliano e Francisco eram também cunhados. De boa cultura intelectual, que lhe fora ministrada por seu padrasto, o professor e jornalista Ernesto Dantas Barbosa, destacou-se pela nobreza de caráter. Antes de ser intendente foi juiz de paz do distrito da Vila em 1892. Em 1927, quando foi fundada a “Companhia Rodoviária Conquistense”, foi o Coronel Cazuza Fernandes escolhido seu diretor presidente, ficando à frente da construção da estrada de rodagem desta cidade até Boassu, no município de Jequié. Faleceu no dia 27 de março de 1940, conforme o jornal “O Combate”, nº 28, edição de 3 de abril de 1940.

Taberna da História: Visita de Getúlio Vargas a Vitória da Conquista e Feira de Santana em 1950

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Luís Fernandes | Taberna da História

Em campanha de sua candidatura a Presidência da República, esteve em Vitória da Conquista o então ex-presidente Getúlio Vargas, no dia 31 de agosto de 1950. Foi recebido no aeroporto local às 10h00. Do aeroporto ao centro da cidade, foi conduzido em carro aberto, sob forte aclamação popular, hospedando-se no “Hotel Albatroz”. Mais tarde, às 20h00, discursou na histórica praça política de Vitória da Conquista, a Praça Barão do Rio Branco. Deixou a cidade no dia seguinte. Nesta mesma época, o ex-presidente voltou a visitar a cidade de Feira de Santana em 195, (já esteve nela por duas vezes, mas como presidente, em 1933 e 1935), sendo hóspede do coronel José Pinto, pai do ex-prefeito Chico Pinto, na casa rosada já demolida.

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Um fato curioso aconteceu durante seu comício na Praça João Pedreira. Enquanto alguns servidores do DNER, incentivados por udenistas ensaiavam uma vaia, a multidão cantava a marchinha que já havia tomando conta do país: “Bota o retrato do velho outra vez, bota no mesmo lugar, o sorriso do velhinho, faz a gente trabalhar…”. A água encanada de Feira de Santana foi uma obra iniciada por Getúlio. Ele a prometeu no comício de 1950. Logo depois da posse. os vereadores Chico Pinto, Wilson Falcão e Antônio Araújo foram ao Rio de Janeiro e, no Palácio do Catete, cobraram a promessa. Getúlio atendeu determinando que o ministro baiano Simões Filho tomasse as primeiras providencias, o que foi feito. No começo dos anos 50 Getúlio emprestou o nome à maior avenida da cidade de Ferira onde foi colocado o seu busto.

Taberna da História: A primeira feira livre de Conquista

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Luís Fernandes | Tabernda da História

As feiras livres foram, no passado de Conquista, a maior fonte de riquezas para muitos comerciantes e negociantes. A primeira da cidade localizava-se na “Rua Grande” (atuais Praças Tancredo Neves e Barão do Rio Branco). Ali existia, desde a época da Imperial Vila da Vitória, um “Barracão” onde os feirantes se reuniam e os tropeiros vindos de outras localidades se encontravam. Entre 1912 e 1915, durante a gestão do Intendente José Fernandes de Oliveira Gugé, o velho Barracão já se encontrava bastante arruinado e foi demolido. Porém, a feira continuou sendo realizada na praça, onde se encontrava a maioria das casas comerciais, mesmo sem o Barracão.

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Em 1908, a Comissão de Obras Públicas do Conselho (antiga Câmara de Vereadores) discutia uma melhor utilização do espaço coletivo. Estava em votação oProjeto 130, que autorizava ao Intendente Municipal, Coronel Gugé, a demolição do barracão da feira. Os conselheiros Manoel Caetano dos Santos (proprietário da fazenda “São Miguel” – distante 6km do local onde iniciou a vila da Barra – e pai do primeiro prefeito de Barra do Choça, Roduzindo Alves dos Santos) e Francisco Pilôto, ambos tinham casas comerciais próximas ao barracão, se pronunciaram contrários à demolição, alegando que “havia obras urgentes como cemitério, matadouro e calçamento” que ainda aguardavam solução.

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Para conseguir convencer o Conselho a aprovar o projeto de lei que autorizaria a demolição do “Barracão”, o Coronel Gugé usou de malícia para tal intento: colocou no projeto a palavra “demolir” ao invés de “derrubar”, pois havia um comerciante da “Rua Grande” que não queria que o barracão fosse derrubado, pois ele achava que seu comércio seria prejudicado. O comerciante era o Coronel Francisco da Silva Costa (Chico Costa), que também era conselheiro, e, quando soube que o barracão havia sido demolido, se dirigiu até Gugé e disse: “Eu votei para demolir e não para derrubar“. Gugé deu aquela risadinha…E para não contrariar o sincero correligionário o Coronel Gugé adquiriu uma grande casa, com amplo quintal, ao lado da “Loja Estrela”, do Coronel Costa, que ficou muitos anos servindo de arrancharia de tropeiros e feirantes.

Taberna da História: Conjuntos formados nos Anos 60 na região de Conquista influenciados pelos Beatles

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Luis Fernandes | Taberna da História

Back to 60’s. A mania de imitar os “quatro garotos de Liverpool” chegou a Vitória da Conquista e região na segunda metade dos Anos 60 e primeira dos 70, com a criação de várias bandas com nomes, estilos (cabelo tigela – com aquela franjinha na altura das sobrancelhas), figurinos (de terninho e bota com salto “carrapeta”), performances e músicas influenciadas pela maior banda de rock pop de todos os tempos – The Beatles.

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As bandas tinham nomes que começavam com “the” ou “os” (tradução de “the”). A imitação já começava pelo nome: “Os Imborés” e “Os Trepidantes” em Vitória da Conquista (http://tabernadahistoriavc.com.br/os-trepidantes-e-os-imbores/), “The Zorbas” de Brumado, “Os Inocentes” de Caculé (http://tabernadahistoriavc.com.br/primeiros-conjuntos-musicais-de-cacule/), “Os Fantasmas” de Poções e por aí vai…

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Com estes nomes, óbvio que eram bandas que imitavam os Beatles ou mesmo se inspiravam na banda britânica. Os Fantasmas em Poções tinham os seguintes componentes: Tonhe Banana, Albérico, Jeová e Sandoval. The Zorbas em Brumado tinha a seguinte formação: Zé Primo no saxofone, Noério no acordeom, Missias Leite na bateria, Dangue Araújo no vocal, Dário Leandro Hora na guitarra e Altino da Embasa no baixo.

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Eles costumavam tocar nos clubes do município, a exemplo do Juá, do Catiboaba, da Magnesita etc. O certo é que todo mundo queria ouvir Love me do, She Loves You e Twist and Shout sendo executadas por onde estas bandas, todas no embalo da Beatlemania.

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História Conquistense: Herzem Gusmão entrevistou ACM na inauguração da TV Sudoeste

Fotos: Blog do Anderson
Fotos: Blog do Anderson

A primeira edição da regista Raízes retrata fatos históricos de Vitória da Conquista no início dos anos noventa. Entre as notícias está à inauguração da TV Sudoeste, a entrega do título de Liderança Empresarial da Região ao empresário Pedro Moraes [in memoriam], entrevista com Elomar Figueira de Mello e o ex-prefeito de Encruzilhada, Paulo Maurício.

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Ao apresentar a Raízes ao Blog do Anderson, o fotógrafo JC d´Almeida fez questão de destacar um registrou de sua autoria do radialista Herzem Gusmão entrevistando o ex-governador da Bahia, Antônio Carlos Magalhães. “Imagem enigmática por se tratar de duas pessoas famosas no passado e também no presente”, comentou d´Almeida nesta quarta-feira (5).

Taberna da História: Edmundo da Silveira Flores

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Luís Fernandes | Taberna da História

Edmundo Silveira Flores nasceu no dia 20 de dezembro de 1911, filho do major Elpídio dos Santos Flores (comerciante de joias) e Sofia Quinta da Silveira Flores (filha de Silêncio Silveira e de Dona Crescenciana Antunes da Silveira, pais do médico Crescêncio Silveira). Seu nascimento foi noticiado no primeiro órgão de imprensa desta cidade, o jornal “A Conquista”, edição de 25 de dezembro de 1911. Fez o curso primário com o professor José Lopes Viana.

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Jacy e Edmundo Flores na Europa

Aos 18 anos foi concluir seus estudos na Europa frequentando na Espanha o “Seminário de Oya” e em Portugal o “Mosteiro de Guimarães”, na província do Minho, colégio dos jesuítas, ficando por lá durante cinco anos. Aprendeu letras clássicas – latim, grego e hebraico – na ”Escola Apostólica de Baturité”, no Ceará. Estudou inglês, francês, italiano e espanhol na Europa. Por isso, em suas viagens pelo “Velho Continente”, não precisava de intérprete.

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Descobriu, no entanto, que sua vocação não era vê-lo de batina como um jesuíta, e aos 22 anos retornou ao Brasil e casou-se aos 24 anos com Dona Jacy dos Santos Flores, com quem teve dez filhos (a ex-diretora do Centro Integrado, Maria Consolata, esposa do engenheiro Mário Seixas, o empresário Luiz Albano, os gêmeos Roberto e Robério – o “Roberão” do “Carrascão”, o médico Luciano, o engenheiro Marcelo, o veterinário Eugênio, o comerciante Edmundo Júnior, a administradora de empresas Margarida e o cantor Antônio (Tonton) Flores.

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Luiz Albano, ainda menino, numa moto do pai

Edmundo exerceu o cargo de Coletor Federal de Vitória da Conquista até aposentar-se. Foi ainda o introdutor da motocicleta em Conquista, adquiriu as robustas “Zundapp” alemã, “Sun Bean” inglesa e “Harley Davidson” americana, andando pela cidade com o velho Cassiano Santos na garupa. Era irmão do ex-prefeito Edvaldo Flores. Edmundo faleceu no dia 8 de julho de 1994.

Taberna da História: Heleusa Figueira Câmara, uma linda mulher culta

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Luís Fernandes | Taberna da História do Sertão Baiano

Uma mulher bela é uma dádiva dos deuses. Uma mulher culta é um dom divino. E quando as duas coisas se juntam, então, numa só mulher? Só sendo uma Opus Dei (uma Obra de Deus) feita no capricho. Assim é Heleusa Figueira Câmara, nascida no dia 14 de maio de 1944 em Vitória da Conquista. Poetisa, contista, teatróloga e professora titular da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), além de uma linda mulher.

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Filha do médico Ubaldino Gusmão Figueira e da professora Maria Stella Moraes Figueira, é de formação religiosa protestante (batista), recebeu uma educação familiar muito conservadora. Casou-se em 1963, com o engenheiro civil Almir Querino Câmara e após o nascimento de seus filhos Diana, Mônica, Danilo e Verônica, voltou aos estudos. Em 1974 prestou vestibular para o Curso de Letras, na Faculdade de Formação de Professores de Vitória da Conquista, tendo concluído a licenciatura na Fundação Educacional do Nordeste Mineiro. Em 1981, tornou-se professora da UESB. Especialista em Língua Portuguesa – Redação PUC/MG (1983); Mestre em Ciências Sociais pela PUC/SP (1999); Doutora em Ciências Políticas PUC/SP (2005). Na Uesb chegou a ser Vice-Reitora. Conheça a história de Heleusa Figueira Câmara.