Dez das 11 fazendas ocupadas por um grupo de supostos índios e sem terras no domingo passado em Itapetinga, Sudoeste da Bahia, foram desocupadas, após operação das Polícias Civil e Militar na tarde desta segunda-feira (2). A informação foi divulgada nesta terça-feira pelo delegado Antonio Roberto Júnior, coordenador da 21ª Coordenadoria de Polícia Civil em Itapetinga. Segundo ele, os ocupantes fugiram com a aproximação da força-tarefa composta pelas duas Polícias. O grupo, segundo a polícia, estava armado e, no final de semana, levou das propriedades diversos objetos de valor, como TVs, rádios, celas, arreios, facas e facões, e fizeram de reféns os funcionários. Até comida uma das vítimas foi obrigada a fazer. Eles bloquearam a estrada com um caminhão quebrado para dificultar o acesso.
O delegado Antonio Roberto Júnior informou que só permanecem ocupadas as fazendas Esmeralda (invadida no dia 23 de setembro por índios da etnia Pataxó Hã-hã-hãe) e Tabajara (onde estão sem terras do Movimento Livre da Terra – MLT). Ambas são do ex-ministro Geddel Vieira Lima e família. “Na fazenda Esmeralda, contamos cerca de 40 índios, que nos disseram que não têm relação com as demais ocupações nas outras propriedades. Nos afirmaram que o movimento é pacífico e permanecem lá. Na Tabajara estavam 12 homens que querem que a fazenda seja desapropriada para a reforma agrária”, disse o delegado.
Durante a operação na Tabajara, o delegado disse que um homem foi preso por porte ilegal de arma de fogo, ele estava com uma espingarda escondido em um cômodo do imóvel. No mesmo local foram apreendidos ainda uma espingarda sem cano, uma moto e dois veículos por irregularidades administrativas. Ainda segundo o delegado, cinco equipes das polícias Civil e Militar vão continuar fazendo rondas na região por tempo indeterminado, até que a ordem seja restabelecida. Outras duas equipes da Civil chegam nesta terça a Itapetinga. Leia a reportagem do Correio.