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A enfermeira e vereadora Maria Elizabete de Abreu Rosa, suspeita de participar de um esquema de adoções ilegais na Bahia, poderá ficar em silêncio durante depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Pessoas, na próxima terça-feira (27). O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu nesta sexta-feira (23) liminar para que Maria Elizabete não responda a perguntas que considere resultar na produção de provas contra si. Pela decisão, ela também não poderá sofrer medidas restritivas de direito ou privativas de liberdade ao ficar em silêncio. Maria Elizabete havia sido convocada para prestar depoimento à CPI, no dia 13, mas não compareceu e nem justificou a ausência. Na ocasião, a CPI ouviu o casal Carmem Kiechofer e Bernhard Michel Topschall. Os dois são acusados de participar de um esquema que resultou na adoção ilegal de cinco irmãos, filhos de lavradores, no município de Santo Amaro (BA). O casal que também foi beneficiado por dois habeas corpus, concedidos pelos ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski, do STF, permaneceu calado durante o depoimento à CPI. O presidente da CPI, deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA) disse que vai pedir a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico de Carmem Kiechofer, de seu marido, Bernhard Michael Topschall, e das empresas do casal.