O Coletivo de Entidades Negras (CEN) divulgou nesta segunda-feira (22) uma nota repudiando o uso do nome “acarajé” para batizar a 23ª fase da Operação Lava Jato, que teve mandados de busca e apreensão cumpridos na Bahia, entre outros estados. “Nosso repúdio vem no sentido do total desrespeito religioso a um elemento sagrado do candomblé, desrespeitando assim, de forma acintosa, toda a tradição e história dessa religião no Brasil”, diz nota divulgada pelo coletivo, que exige “imediata alteração” do nome da operação. Para a organização, o uso da palavra “acarajé” faz com que a religiosidade do candomblé fique vinculada a uma operação criminal. “Isso, para nós e toda nossa comunidade religiosa, é inaceitável”. O principal alvo dessa fase da operação é o publicitário baiano João Santana, responsável por várias campanhas presidenciais do PT. A Polícia Federal afirmou em nota que a fase da operação foi denominada “Acarajé” porque este era o termo usado por alguns dos investigados ao se referir a dinheiro em espécie. Leia a íntegra da nota do Coletivo de Entidades Negras.