Foto: Renata Caldeira / TJMG
Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como “Bola”, foi condenado na noite deste sábado (28) a 22 anos de prisão em regime fechado por matar e ocultar o cadáver de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes de Souza. O ex-policial civil foi o quinto réu julgado pelo crime, pelo qual o ex-jogador do Flamengo e outras duas pessoas também já foram condenadas – um suspeito foi inocentado. Eliza Samudio desapareceu em 2010 e seu corpo nunca foi encontrado pela polícia. De acordo com a juíza responsável pela decisão, Marixa Fabiane Lopes, Bola é uma pessoa agressiva e impiedosa que “tinha plena consciência da gravidade do seu ato”, agindo pela certeza de que sairia impune. Segundo o jornal Folha de São Paulo, ainda não há confirmação de que a defesa de Bola vai recorrer da condenação. Durante o julgamente, o ex-policial chegou a chorar e afirmou ser inocente: “Eu jamais mataria alguém”, declarou. Ele também disse ter sido perseguido pelo ex-delegado que investigou o caso, Edson Moreira, que agora é vereador de Belo Horizonte e desmente as acusações. Já a Promotoria lembrou o réu de que Bruno afirmou que o seu ex-secretário, Luiz Henrique Romão (o “Macarrão”) contratou Bola para matar a vítima. Outros dois réus ainda serão julgados: Elenilson Silva, caseiro do ex-goleiro, e Wemerson Souza, amigo de Bruno. Os dois são acusados de sequestrar e manter o filho de Eliza e do jogador em cárcere privado. Segundo a Promotoria, o homicídio da ex-modelo foi planejado para que o ex-jogador do Flamengo não precisasse mais pagar pensão alimentícia à Eliza, que na época recebia R$ 300 mil por mês. Bruno foi condenado em março a 22 anos e três meses de prisão em regime fechado. Informações do Correio.